ERGONOMIA E ACESSIBILIDADE Aplicada à Habitação de Interesse Social. Aula 02 Introdução: Conceitos & Aplicações)

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1 Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Curso de Especialização em Arquitetura da Habitação de Interesse Social ERGONOMIA E ACESSIBILIDADE Aplicada à Habitação de Interesse Social Aula 02 Introdução: Conceitos & Aplicações) Prof. Mario S. Ferreira Junho, 2013

2 CENÁRIO III Revolução Industrial Globalização: Produto Serviço

3 TEMPO GASTO PARA UM PRODUTO ATINGIR 50 MILHÕES DE USUÁRIOS -Redução do tempo de aprendizagem ; -Cenário de aceleração na inovação: novos produtos; -Redução do ciclo de vida dos produtos e utilidades domésticas;

4 HISTÓRIA I REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Idade do Carvão e do Ferro ( ) Era do Aço e da Eletricidade ( ) II REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (?) Taylorismo em prática: modo de produção de Henri Ford Duas Guerras Mundiais (até 1945) Economia de escala III REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Vale do Silício / Informática (após 1970) Novo ambiente e modo de produção (limpo e silencioso) Substituição dos conceitos eletromecânicos por eletroeletrônicos

5 Evolução das Técnicas e das Tarefas (Adaptado de Santos et al., 1997) SÉCULO XXI Válvula... Transistor...chip...biochip redução volumétrica inversamente proporcional à capacidade operativa dos artefatos e objetos. Ergonomia: dispositivos e artefatos (4 níveis) Até 1950 A partir de 1950

6 Evolução das Técnicas e das Tarefas Século XXI Aspectos cognitivos e perceptuais tão ou mais fortes Hall (1996) Mudança significativa do ambiente físico: difícil compreensão. Evolução/Surgimento de tarefas : Novas técnicas, Novos equipamentos/dispositivos Novos níveis conhecimento/habilidades, Antes: manipulação direta de instrumentos; Hoje: interconexão; Homem: sistema de tratamento de informações detecta, discrimina, trata, informa; Diferente de Frederick Taylor: sinal-resposta.. ERGONOMIA Rejeição do conceito de trabalho como exclusivamente manual; Evidência da atividade cognitiva em qualquer tipo de trabalho.

7 CENÁRIO III Revolução Industrial Miniaturização & Redução Volumétrica

8 lteração constante do arquétipo (forma conhecida) dos produtos, equipamentos, artefatos CENÁRIO

9 CENÁRIO III Revolução Industrial Alterações no uso do objeto Alterações no arquétipo do objeto

10 CENÁRIO

11 CENÁRIO III Revolução Industrial Reflexos no ambiente construído

12 Características do Século XXI e o Impacto sobre o Ser Humano: Cenário Tecnológico CARACTERÍSTICAS IMPACTO SOBRE O SER HUMANO Introdução crescente de novos artefatos e utilidades no cotidiano doméstico e profissional; Redução volumétrica dos objetos e equipamentos resultantes da incorporação da tecnologia eletroeletrônica; Redução do ciclo de vida dos produtos e utilidades domésticas; Utilização intensiva do controle remoto (televisores, gravadores e projetores, computadores, celulares. Instalação de equipamentos originalmente não previstos, em espaços residenciais e profissionais Transtorno no uso diário de utilidades: dificuldades de acionamento e manipulação; Necessidade de programação (fogões, fornos, geladeiras, televisores); Dificuldade de manejos e coordenação motora Redução do tempo de aprendizagem ; Alteração da habilidade manual, necessidade de uso do polegar em contatos simples e arrastes. Aumento da temperatura no ambiente: troca de calor dos motores, compressores e condensadores dos novo equipamentos adquiridos/ redução do índice de incidência lumínica natural e do nível de ventilação do compartimento: volumetria dos equipamentos;

13 Características do Século XXI e o Impacto sobre o Ser Humano: Cenário Cultural CARACTERÍSTICAS Substituição da letra pelo número; Lógica de programação, conectividade e interatividade; Substituição da linguagem verbal (alfanumérica) pela tecla; Instruções, informações e comandos em idiomas diferentes de sua realidade cultural de origem (predomínio do inglês); Alteração constante do arquétipo (forma conhecida) dos produtos, equipamentos, artefatos e ambientes; Alteração no arranjo interno das habitações e edificações profissionais. IMPACTO SOBRE O SER HUMANO Implicações na memória de longo termo (Kapferer (1978): recepção das mensagens: processo envolvendo 04 fenômenos: atenção, percepção, compreensão e memorização; Alterações na solicitação dos sentidos (visão, tato e audição): legibilidade, engates e interpretação dos sinais; Desconsideração do contexto cultural: importância decisiva e significação restrita às mensagens transmitidas (processo cognitivo: efetivado no contexto cultural); Dificuldades na percepção e cognição: controle remoto (quantidade de comandos, idioma); Dificuldades semânticas e pragmáticas (leitura e compreensão das funções de produtos e ambientes) Alteração na percepção dos espaços e ambientes arquitetônicos.

14 AJUSTE ADEQUAÇÃO tarefa PREVISTA X atividade EXECUTADA Ergo-Trabalho Nomos-Leis ERGONOMIA DISCIPLINA REFORMISTA Conjunto de Conhecimentos sobre o desempenho do Homem em Atividade/Trabalho Fator Humano: variável principal definidora arquétipo objetos, utilidades, Instrumentos, espaços, ambientes, tarefas

15 SITUAÇÃO DE TRABALHO Treinamento Específico TAREFA Detecção Decisão ATIVIDADE Cultura Compreensão Cognição Formação & Informação PREVISTO EXECUTADO

16 ESTUDO Limitações Necessidades Aptidões Físicas, Fisiológicas & Psicofisiológicas CONCEPÇÃO Produtos Equipamentos Espaços Ambientes Métodos Procedimentos Relações PAPEL DA ERGONOMIA

17 Aplicações da Ergonomia (Dimensões da Atuação) Ergonomia de Concepção Fase inicial do projeto do produto, máquina ou ambiente; Ergonomia de Correção Solução de problemas em situações já existentes; (ALAIN WISNER(1987) Ergonomia de Conscientização Auto-gestão dos problemas ergonômicos, transformações e adaptações do ambiente de trabalho; Conscientização dos atores envolvidos

18 INTERCIÊNCIA ajuste e adequação dos produtos, equipamentos, espaços, procedimentos e relações às limitações, necessidades e aptidões humanas do ponto de vista físico e psicológico. IEA (2001) DISCIPLINA REFORMISTA Conjunto de Conhecimentos sobre o desempenho do Homem em Atividade/Trabalho

19 ERGONOMIA E HISTÓRIA ª GUERRA MUNDIAL ANÁLISE DE PROJETO PONTO DE VISTA ANATÔMICO EQUIPAMENTOS REDESENHADOS ADAPTADOS AO ORGANISMO HUMANO 1949 LABORATÓRIOS DE PESQUISA HUMAN ENGINEERING HUMAN FACTORS ERGONOMICS

20 ...SOBRE ERGONOMIA Imutável Estudo das Relações entre o projeto mutável e o imutável X Mutável Não sujeito à fadiga Decisões de rotina Confiabilidade Memorização dados Seleção rápida de informação

21 ...SOBRE ERGONOMIA ERGONOMIA FÍSICA Limitações Necessidades Aptidões Físicas e Fisiológicas ERGONOMIA NÃO-FÍSICA Limitações, Necessidades Aptidões Cognitivas Psicofisiológicas Antropometria Biomecânica Fisiologia Psicologia Comunicação Semiologia

22 ERGONOMIA FÍSICA Antropometria e Fisiologia

23 ERGONOMIA FÍSICA Biomecânica Parâmetros a respeito da estrutura mecânica, força mobilidade dos humanos

24 ERGONOMIA Não-FÍSICA Cognição & Percepção Ferreira(2005): alterações profundas nas funções residenciais: evolução tecnológica, modificação de configuração das utilidades domésticas;

25 ERGONOMIA Não-FÍSICA Cognição & Percepção Ambiente de III Revolução Industrial Lógica digital 1. Substituição da linguagem verbal (alfanumérica) pela tecla; letra pelo número; 2. implicações na memória de longa duração; 3. Acionamentos remotos: TVs, projetores, computadores, celulares; 4. Programação e acionamento de fogões, fornos, geladeiras, TVs;

26 ERGONOMIA Não-FÍSICA Prossêmica Os limites do Homem não coincidem com sua pele: Dimensões Ocultas ESFERA INVISÍVEL em expansão ou contração

27 FAIXA DE DOMÍNIO DA ERGONOMIA QUALIDADE Necessidades Humanas Fisiológicas Sociais Pessoais Psicológicas Níveis de Exigência do Trabalho Emprego Salário Condições de Trabalho Estágios de Desenvolvimento Sobrevivência Acumulação de Bens Ideologia

28 Aplicações da Ergonomia (Dimensões da Atuação)