nascimentos, óbitos, doenças Mede a ocorrência de eventos Exemplo: número de nascimentos vivos, óbitos ou número doentes emprego: administrativo
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- Paulo Gesser Rico
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1 Medidas de ocorrência de eventos em epidemiologia Outros eventos necessitam de uma série de exames laboratoriais para sua identificação ou há imprecisão do momento do seu inicio, por exemplo demência, menopausa, etc Assim, muitos estudos necessitam de clara definição do evento a ser estudado. Evento - em epidemiologia é definido com um dado fenômeno de doença ou saúde que pode ser caracterizado. E eventos nascimentos, óbitos, doenças Alguns eventos são facilmente caracterizados como por exemplo: nascimentos, óbitos e alguns episódios de doenças, onde os sinais e sintomas encontram-se claramente definidos e é possível identificar o momento de seu surgimento. 1- Número absoluto Mede a ocorrência de eventos Exemplo: número de nascimentos vivos, óbitos ou número doentes emprego: administrativo Estados Número de casos de AIDS* em alguns estados e Brasil, Nº Casos N.º DE CASOS CONFIRMADOS DA NOVA INFLUENZA A(H1N1), NO MUNDO. Brasil Piauí 221 Ceará 768 Amazonas 553 São Paulo Rio de Janeiro Rio Grande do Sul Fonte: SVS Mapa: CDC/Europa Fonte: CDC/Europa (mapa) e OMS (Tabela Dados de 31 jul) Indicador - 31 jul 31/07/2009 Total Países afetados - OMS 168 Casos confirmados Óbitos confirmados
2 N.º DE CASOS CONFIRMADOS DA NOVA INFLUENZA A(H1N1), NAS AMÉRICAS. 07/08/ Medidas relativas Total de casos: Indicador Total Países afetados 35 Casos confirmados Óbitos confirmados Fornecem informações mais detalhadas sobre a ocorrência de eventos Fonte: OPAS Razão Razão: é o resultado da divisão de uma quantidade por outra, não necessariamente relacionada, em um dado período de tempo. Razão a/b representa quantas vezes o fenômeno constante no numerador (a) da fração ocorre em relação ao existente no denominador (b) da fração. razão ratio (em inglês) Ex: Razão de sexos Estado de São Paulo, 2007 a Nº homens b Nº mulheres a nº de homens b nº de mulheres ,7* *por 100 mulheres Proporção É uma razão em que o numerador está contido no denominador. Mede a participação relativa de uma parte em relação ao todo ou freqüência relativa de uma parte em relação ao conjunto. b a a a + b Mortalidade proporcional por doenças infecciosas, Estado de São Paulo 2007 a a + b nº óbitos D. Infecciosa total óbitos ,05 % 2
3 Distribuição por faixa etária entre casos de Sintomas Respiratórios Agudos Graves (SRAG) com influenza. Brasil, até SET 31/2009. Distribuição de casos de SRAG por influenza em mulheres em idade fértil, segundo gestação. Brasil Fonte: Sinan/SVS Fonte: Sinan / SVS / MS Proporção de casos de aids em homens com 13 anos de idade ou mais, segundo categoria de exposição e ano de diagnóstico. Brasil, * Proporção 100% 80% 60% 40% 20% Taxa ou coeficiente: Relaciona a ocorrência de eventos e a população 0% Ano de diagnóstico homossexual bissexual heterossexual UDI hemofilico transfusao trans. vertical ignorado Fonte: MS/SVS/PN-DST/AIDS Casos notificados no SINAN até 30/06/2008. * Dados preliminares para os últimos 5 anos O tamanho e a composição da população é função de: Conceito: a população é dinâmica Dinâmica Características Históricas Os elementos que definem a dinâmica da população são: NASCIMENTOS ÓBITOS MIGRAÇÃO 3
4 POPULAÇÃO Nascimentos Imigração NºIndiv. População indivíduos Emigração Óbitos Tempo Como a população é dinâmica é necessário introduzir o conceito de tempo de observação O número de indivíduos e eventos dependerá do tempo de observação, tendo em vista que a população é dinâmica. Quando se quer estudar a ocorrência de óbitos durante um período de observação, esta será expresso por: qi Oi Ni qi probabilidade de morte no período/tempo de observação i Oi nº de óbitos ocorridos no período/tempo de observação i Ni nº de indivíduos existentes no período/tempo de observação i, indivíduos em risco ou população exposta Definido o tempo de observação de 1 mês e serão estudados 10 indivíduos e neste espaço de tempo ocorreu 1óbito q1 O1 N ,100 Foi aumentado período de seguimento ou tempo de observação de para 3 meses para os mesmos 10 indivíduos e no intervalo de tempo entre o seguimento anterior e ao final de 3 meses ocorreu mais 1óbito q2 O2 N ,111 O1 nº de óbitos ocorridos no período/tempo de observação i 1 N1 nº de indivíduos existentes no período de observação i, população exposta 10 q1 probabilidade de morte no período/tempo de observação i 0,100 O2 nº de óbitos ocorridos no segundo período de observação 2 1 N2 nº de indivíduos existentes no segundo período de observação, população exposta será 9 q2 probabilidade de morte no segundo período de tempo de observação 2 0,111 4
5 Foi aumentado período de seguimento ou tempo de observação de para 6 meses para os mesmos 10 indivíduos e no intervalo de tempo entre o seguimento anterior e o final 6 meses ocorreu mais 2 óbitos q3 O3 N3 O3 nº de óbitos ocorridos no terceiro período de observação 3 2 N3 nº de indivíduos existentes no terceiro período de observação, população exposta ,250 q3 probabilidade de morte no período/tempo de observação 0,250 Ao final de 6 meses de observação a probabilidade de morte será a somatória das probabilidades de morte observadas: q ^ Σ q i q ^ 0, , ,250 0,461 q ^ apresenta valor diferente do que seria obtido se fosse considerado a população como estática, onde a probabilidade de morte seria igual a: Probabilidade de morte E 4 0,400 P Taxa ou coeficiente Mede a intensidade ou velocidade de mudanças instantâneas de estado em processos dinâmicos NºIndiv. Vivo morto Sadio doente E p. t E evento (nascimento, óbito, doença) p população exposta t tempo de observação Tempo População exposta em um dado período de observação Unidade de medida pessoa tempo NºIndiv. O numero de eventos e da população exposta à ocorrência de eventos depende do tempo de observação. Ex: A ocorrência de 12 eventos em um período de observação de 500 dias Tempo de observação definido I 12/500 0,024 por pessoas- dia ou 2,4 por 100 pessoas dias Como não se forneceu o número de indivíduos seguidos estes resultados podem representar: o seguimento de 50 indivíduos por 10 dias cada um (50*10) ou o seguimento de 5 indivíduos por 100 dias cada um (5*100) 5
6 Unidade de medida pessoa tempo O numero de eventos e da população exposta à ocorrência de eventos depende do tempo de observação. Ex: a ocorrência de 12 eventos em um período de observação de 500 dias I 12/500 0,024 por pessoas- dia ou 2,4 por 100 pessoas dias Como não se forneceu o número de indivíduos seguidos estes resultados podem representar: o seguimento de 50 indivíduos por 10 dias cada um (50*10) ou o seguimento de 5 indivíduos por 100 dias cada um (5*100) Para facilitar o calculo, sem considerar a unidade pessoas-tempo de toda a população ou introduzir cálculos complexos, que levem em consideração a variação de eventos e da população exposta, durante determinado tempo de observação é necessário seguir alguns pressupostos para o calculo de taxas ou coeficientes : Para uma determinada área geográfica o tempo de observação não pode ser muito longo, de modo que não ocorram mudanças na composição da população. Nascimentos, óbitos, imigração e emigração apresentam distribuição uniforme ao longo do período de tempo considerado - população em estado de equilíbrio Pressupõe que a distribuição de eventos é homogênea ao longo do período de observação. Taxa de mortalidade geral Em determinado local e ano Usualmente utiliza-se o período de observação de 1 ano, assim o ponto médio do ano é a data de 1º de julho. Utiliza-se a população estimada de 1º de julho. nº de óbitos população ½ período 1000 Taxa de mortalidade geral Estado de São Paulo 2007 Número de óbitos do ESP em Taxa de mortalidade específica por idade População do ESP em 1º de julho de Taxa nº de óbitos pop. ½ período ,02 por 1000 hab. nº de óbitos grupo etário pop. grupo etário ½ período ou
7 Taxa de mortalidade por idade e causa de morte Coeficiente de mortalidade por aids (por hab.), segundo região de residência por ano de óbito. Brasil, * nº de óbitos p/ det. Causa grupo idade pop. grupo etário ½ período Coeficiente de mortalidade Brasil 6,0 (2006) Ano do óbito Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste FONTE: MS/SVS/DASIS/Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM POPULAÇÃO: MS/SVS/DATASUS em informações em saúde/ demográficas e socioeconômicasacessado em 04/11/2008. * Dados preliminares para 2007 Coeficiente de Mortalidade* segundo sexo e faixa etária, Brasil, 2005 Faixa Etária Masculino Feminino Total Menor 1 ano 1.622, , ,03 1 a 4 anos 64,44 56,27 60,71 5 a 9 anos 30,08 23,12 26,65 10 a 14 anos 37,81 23,98 30,98 15 a 19 anos 152,70 41,27 97,26 20 a 29 anos 259,57 65,76 161,78 30 a 39 anos 315,72 115,55 213,08 40 a 49 anos 585,22 280,55 428,20 50 a 59 anos 1.198,73 642,14 909,41 60 a 69 anos 2.340, , ,53 70 a 79 anos 5.138, , ,53 80 anos e mais , , ,77 Total 639,11 452,89 544,57 Fonte: DATASUS * Por hab Taxa de mortalidade infantil Taxa de mortalidade infantil nº de óbitos menores de 1 ano nº de nascidos vivos determinado local e ano 1000 Número de óbitos menores de um ano no ESP Número de Nascidos Vivos ESP ,6 /000 nv 7
8 Evolução da Taxa de Mortalidade Infantil, Brasil, Taxa de incidência nº de casos novos população ½ período ou determinado local e ano Fonte: Ripsa, Coeficiente de Incidência de AIDS* em alguns estados e Brasil, Estados População Casos Coef. Incidência Taxa de prevalência Brasil ,77 Piauí ,73 Ceará ,94 Amazonas ,72 São Paulo ,15 Rio de Janeiro ,04 Rio Grande do Sul ,29 nº de casos novos (novos + antigos) pop. grupo etário ½ período ou *Fonte: SVS por hab. Taxa de prevalência de hanseníase em alguns estados e Brasil, 2002 UF Taxa prev. hansen. Coeficiente/Taxa de Letalidade Brasil 4.37 Rio Grande do Sul 0.22 Santa Catarina 0.62 Taxa Letalidade nº de óbitos determinada doença nº de casos determinada doença 100 São Paulo 1.28 Pará 9.74 Goiás Piauí Taxa Letalidade nº de óbitos meningite de meningite 2007 nº de casos meningite ,98% Mato Grosso do Sul Fonte: MS/SVS - por hab 8
9 Se você fosse o gestor de um serviço de saúde que indicador você utilizaria para estimar o volume de vacinas necessárias para atender a população? Justifique Exercício N de casos Tétano Acidental: N. de casos e Incidência por Hab. BRASIL * 700 0, , ,3 0, , , , , * 2009** Coef. Incidência por hab. Quais as medidas necessárias para o acompanhamento da tuberculose que é uma doença de longa duração? Anos N de casos absolutos Coef. De Incidência Fonte:SVS/MS- *notificação de casos não encerrada Com base nestas informações Identifique o que mede a taxa de mortalidade infantil especifica por Más Formações Congênitas e Cromossômicas e o que mede a mortalidade proporcional por Más Formações Congênitas e Cromossômicas. Avalie o comportamento destes dois indicadores no estado de São Paulo no período. Tabela 1. Total de óbitos infantis, óbitos infantis por Má Formações Congênitas (MFC), total de nascidos vivos, coeficiente de mortalidade por MFC e mortalidade proporcional por MFC. Estado de São Paulo, ano Total de óbitos Total de óbitos por MC Total de NV CM (/1000 n.v.) por MFC MP por MFC ,0 13, ,8 14, ,7 15, ,9 16, ,9 17, ,7 17, ,0 19, ,9 19, ,6 19, ,7 19, ,5 19,3 Referencias bibliográficas: Laurenti R e cols Estatísticas de Saúde, 2a edição revista e atualizada. São Paulo: EPU, 2005 Carvalho JAM, Sawyer DO e Rodrigues RN Introdução a alguns conceitos básicos e medidas em demografia, Szklo M & Nieto FJ. Measuring disease occurrence. in: Epidemiology beyond the basics, Aspen Pub, Maryland ELANDT-JOHNSON RC Definition of rates: some remarks on their use and misuse.am. J. Epidemiol..1975; 102: Fonte: Fundação Seade. 9
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