1º Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira

Transcrição

1 1º Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira

2 Equipe Brasil: Universidade Federal de São Paulo - Ronaldo Laranjeira - Ilana Pinsky - Marcos Zaleski USA: Universidade do Texas - Raul Caetano

3 Objetivo Levantamento sobre o padrão de consumo de álcool pela população brasileira Orientar as futuras políticas sobre o álcool no Brasil

4 Questionário 1. Dados sócio-demográficos; 2. Padrão de consumo de álcool; 3. Dirigir alcoolizado; 4. Efeitos prejudiciais do beber; 5. Dependência pelo CIDI; 6. Formas de tratamento álcool;

5 Metodologia

6 Amostragem Estudo probabilístico em todos os estágios com arrolamento dos pontos amostrais; Amostra total de entrevistas: entrevistas representando a população brasileira com mais de 14 anos; entrevistas (oversample) com adolescentes; Estratificação da amostra utilizando-se dados do IBGE (Censo e PNAD).

7 Distribuição da Amostra 143 cidades em todo o Brasil

8 Setor Censitário Exemplo de setor censitário Total de 325 sorteados em todo o Brasil

9 Setor Censitário Exemplo de setor censitário Total de 325 sorteados em todo o Brasil

10 Resultados

11 Frequencia -Faixa etária a a a a ou mais Muito frequente Frequente Ocasional Raramente Abstinente

12 Quantidade Usual - Gênero Total Masc Fem 0 12 ou mais doses De 5 a 11 doses De 3 a 4 doses Até 2 doses

13 Intensidade do beber entre adultos 9% 48% 15% 15% Bebedor Freqüente Pesado Bebedor Menos Freqüente Abstêmio 14% Bebedor Freqüente Bebedor Infreqüente

14 Tipo de bebida (% doses anuais) 2% 12% 25% 61% Vinho Cerveja Bebidas ice Destilados

15 Bebeu em Binge Último ano - gênero To tal M asc Fem 59 Bebeu em Binge no último ano Bebeu, mas não em binge Não bebeu no último ano

16 120 Uso Nocivo Dependência (n=2346) Masculino Feminino Total Sem uso noc/dep Uso nocivo Dependência 9

17 1º Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool Adolescentes (14-17 anos) Ilana Pinsky Autores: Ronaldo Laranjeira, Raul Caetano, Marcos Zaleski

18 Freqüência de consumo-gênero (%) Total Masc. Fem Muito Frequente Frequente Ocasional Raramente Abstinentes A distribuição das freqüências de consumo não apresenta diferença significativa entre os sexos. Muito freqüente= todos os dias - Freqüente: 1-4 vezes/semana Ocasional= 1-3 vezes/mês Raramente= menos de 1 vez/mês - Abstinentes: menos de 1 vez/ano ou nunca bebeu.

19 Freqüência de consumo-gênero Meninos e meninas consomem bebidas alcoólicas com freqüências semelhantes; Cerca de dois terços de adolescentes de ambos os sexos são abstinentes; Por outro lado, quase 35% dos adolescentes menores de idade consomem bebidas alcoólicas ao menos uma vez ao ano; O fato de que 24% dos adolescentes bebem pelo menos uma vez ao mês merece atenção.

20 Quantidade Usual de Consumo - gênero ou mais doses De 5 a 11 doses De 3 a 4 doses Até 2 doses Total Masc Fem As diferenças entre sexos são estatisticamente significantes.

21 Quantidade Usual de Consumo gênero - Diferentemente da relação de freqüência, há diferenças entre meninos e meninas no que diz respeito à quantidade de álcool ingerida habitualmente. Quase um terço dos meninos que bebem consumiu 5 doses ou mais no último ano, contrastando com 11% para as meninas.

22 Quantidade Usual de Consumo gênero Dos adolescentes que bebem, muitos consomem quantidades altas; Quase metade dos meninos adolescentes, que beberam no último ano, consumiram três doses ou mais por situação habitual;

23 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Intensidade do beber entre os adolescentes segundo gênero 5% 7% 3% Bebedor freqüente pesado 8% 10% 10% 9% 11% 11% 10% 12% 6% Bebedor freqüente Bebedor menos freqüente Bebedor Infreqüente 66% 68% 64% Abstêmio Total Masculino Feminino Bebedor freqüente pesado bebe uma vez/ ou mais por semana e consome cinco ou mais doses por ocasião uma vez na semana ou mais Bebedor freqüente bebe uma vez/semana ou mais e pode ou não consumir 5 ou mais doses por ocasião pelo menos uma vez/semana, mas mais de uma vez por ano. Bebedor menos freqüente bebe de uma a três vezes/mês e pode ou não beber cinco doses ou mais ao menos uma vez ao ano. Bebedor infreqüente) bebe menos de uma vez/mês, mas ao menos uma vez/ano e não bebe cinco ou mais doses em uma ocasião. Abstêmio bebe menos que uma vez/ano ou nunca bebeu na vida.

24 Freqüência do Beber de Risco Adolescentes Freqüência do binge 15% 12% 51% 18% 4% Menos de 1 vez por mês 1 vez por mês 2 a 3 vezes por mês 1 vez por semana ou mais Não sei

25 Freqüência de dirigir depois de beber 3 doses + 1/2; 6% < 1/2; 1% todas; 13% Nunca; 17% 1 vez; 18% algumas; 19% 2-3 vezes; 23%

26 Aprovação de Políticas Públicas Programas de prevenção nas escolas Aumentar Diminuir Manter

27 Aprovação de Políticas Públicas Programas de tratamento para alcoolismo Aumentar Manter Diminuir

28 Aprovação de Políticas Públicas Imposto sobre bebidas Aumentar Manter Diminuir

29 Aprovação de Políticas Públicas Idade mínima para venda de álcool Aumentar Manter Diminuir

30 Aprovação de Políticas Públicas Os programas de tratamento para alcoolismo deveriam ser gratuitos e obrigatórios em Postos de Saúde, Ambulatórios da Rede Pública e Hospitais Gerais? SIM: 96%

31 Aprovação de Políticas Públicas Deveria haver um aumento na fiscalização dos comerciantes em relação à venda de bebidas alcoólicas para menores de idade? SIM: 95%

32 Aprovação de Políticas Públicas Deveria haver mais esforços por parte dos estabelecimentos para evitar que continuem a servir bebidas alcoólicas para clientes que já estão alcoolizados? SIM: 89%

33 Aprovação de Políticas Públicas Deveria haver restrições de horário para a venda de bebidas alcoólicas? SIM: 76%

34 Aprovação de Políticas Públicas Deveria ser proibida a propaganda de bebidas alcoólicas na TV, incluindo vinho, cachaça, cerveja? SIM: 68%

35 Melhores Práticas Idade mínima para a compra de álcool Monopólio governamental para a venda de álcool Restrições de horário para a venda de álcool Restrições a densidade de bares Taxação álcool - PREÇO Pontos de checagem de sobriedade Diminuir limites alcoolemia Suspenção administrativa de cartas de motorista Intervenção Breve

36 Piores Práticas Código voluntário de prática em bares Promover atividades sem álcool Educação sobre álcool nas escolas Educação nas universidades Propaganda contra o álcool Warning labels Motorista alternativo ou taxi para alcoolizados

37 Impacto do Fechamento dos Bares em DIADEMA American Journal of Public Health (in press) SÉRGIO DUAILIBI ILANA PINSKY RONALDO LARANJEIRA

38 Justificativas da Lei Seca Diadema : 1999 = 105 homicídios / habitantes. Violência contra mulher: 73% queixas relacionadas ao álcool. Altos índices especialmente após 23 h. Média de 49,5% homicídios ocorrendo entre 21h - 6h e tendo relação com bares.

39 HOMICIDES PER 1,000 RESIDENTS Figure 2: Homicides per 1,000 Residents 0.14 Before closing-time regulation After closing-time regulation Jan-95 Jul-95 Jan-96 Jul-96 Jan-97 Jul-97 Jan-98 Jul-98 Jan-99 Jul-99 Jan-00 Jul-00 Jan-01 Jul-01 Jan-02 Jul-02 Jan-03 Jul-03 Jan-04 Jul-04 Jan-05 Jul-05 Note: Homicide rate for July 2005 is based on half-month of data.

40 Queda de Homicídios Número de vidas salvas (em 4 anos) : 528 Média antes da lei 22 mortes por mês, logo depois caiu para 12. Diminuição de 133 mortes por ano numa cidade de 360 mil habitantes

41 ASSAULTS ON WOMEN PER 1,000 RESIDENTS Figure 1: Assaults against Women per 1,000 Residents 0.25 Before closing-time regulation After closing-time regulation Jul- 00 Oct- 00 Jan- 01 Apr- 01 Jul- 01 Oct- 01 Jan- 02 Apr- 02 Jul- 02 Oct- 02 Jan- 03 Apr- 03 Jul- 03 Oct- 03 Jan- 04 Apr- 04 Jul- 04 Oct- 04 Jan- 05 Apr- 05 Jul- 05 Note: Assault rates for July 2000 and July 2005 are based on half-months of data.

42 Violência Contra as Mulheres N de Agressões Prevenidas : 423(4 anos) % Redução de agressões : 25,8%

43 Conclusão Política de redução dos Horários de venda de Bebidas Alcoólicas mostra substancial impacto sobre os problemas relacionados ao álcool.

44 Pesquisa de compra de bebidas alcoólicas por adolescentes em duas cidades do Estado de São Paulo Marcos Romano, Sérgio Duailibi, Ilana Pinsky, Ronaldo Laranjeira.

45 OBJETIVOS Verificar com que freqüência os menores de 18 anos compram bebidas alcoólicas em pontos de venda de álcool; Propor intervenções comunitárias.

46 Método Foram pesquisados 426 estabelecimentos em Diadema e 108 em Paulínia; Instruções: não ocultar a idade e dizer que a bebida seria para consumo próprio. Reproduzir uma situação real;

47 Resultados 1. Diadema: 426 pontos de venda de álcool, houve compra de bebidas alcoólicas em 82% dos locais. 2. Paulínia: 108 Pontos de venda, foi possível a compra de bebida alcoólica em 85% dos locais. Positividade do teste de compras 100,00% 90,00% 80,00% 70,00% 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% Sim Não Sim Não Série1 Diadema Paulínia

48 Conclusões A pesquisa permite concluir que adolescentes adquirem bebidas alcoólicas facilmente em diferentes estabelecimentos de Diadema e Paulínia A situação nestas cidades não deve ser diferente da grande maioria dos municípios brasileiros.

49 Pesquisa sobre o Dirigir Alcoolizado no Brasil SÉRGIO DUAILIBI RONALDO LARANJEIRA

50 DIRIGIR ALCOOLIZADO Objetivo Geral: Realizar levantamento de dados referentes ao beber e dirigir nas cidades de Diadema, Santos, Belo Horizonte, Vitória e São Paulo

51 Método Baseou-se nos pontos de fiscalização de sobriedade ( sobriety checkpoints ), utilizada internacionalmente. Sextas e sábados das 22hs às 3hs

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54 Número de Motoristas Diadema Motoristas 1000 Recusas 15% Belo Horizonte Santos Vitória São Paulo TOTAL % 29% 37% 24% 28%

55 Prevalência do Dirigir Alcoolizado Vitória BH Santos SP Dia >

56 Resultados Média de 19% dos pesquisados, com níveis de álcool maiores que os permitidos pela lei; Média de 33% dos condutores com algum nível de álcool no sangue; A maior prevalência de alcoolizados: sexo masculino, solteiros, na faixa de 21 a 30 anos. A amostra com alcoolemia positiva não estava visivelmente intoxicada.

57 Coordenadores PROF. DR. RONALDO LARANJEIRA PROF. DRA. ILANA PINSKY PROF. DR. MARCOS ZALESKI PROF. DR. RAUL CAETANO UNIDADE DE PESQUISA EM ÁLCOOL E DROGAS UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO