Saúde Suplementar no Brasil. Silvia Sfeir Diretora de Assuntos Corporativos & Acesso Novartis Biociências S/A 20 de setembro, 2016

Transcrição

1 Saúde Suplementar no Brasil Silvia Sfeir Diretora de Assuntos Corporativos & Acesso Novartis Biociências S/A 20 de setembro, 2016

2 Conflito de Interesse Diretora de Assuntos Corporativos e Acesso, funcionária da Novartis O Conteúdo desta apresentação é de minha responsabilidade pessoal e não reflete a opinião do meu empregador. Declaro não haver conflitos de interesse relacionados ao conteúdo apresentado.

3 Agenda: Mercado ANS Rol de procedimentos Desafios e Perspectivas Tendências

4 Mercado Números do Setor 48,4 milhões de beneficiários em planos de assistência médica (80% coletivos, 20% individuais) 810 Operadoras em atividade 24,92% Taxa de cobertura Cobertura dos planos privados por UF Uma em cada quatro pessoas no país tem plano de saúde planos privados registrados de assistência médica com beneficiários Fontes: ANS Caderno de Informações - 06/2016 SIB/ANS/MS (Mar/2016) e IBGE/DATASUS (2012)

5 Mercado Atendimento Assistencial (2015) 266,7 milhões de consultas médicas 211,56 milhões consultas ambulatoriais 55,09 milhões consultas em pronto socorro 7,9 milhões de internações 746,9 milhões de exames complementares 48,4 milhões de terapias

6 Mercado Atendimento Assistencial (2015) Estabelecimentos de saúde por atendimento a planos privados de saúde: Fonte: ANS Mapa assistencial 2015

7 (milhões) Mercado Evolução Beneficiários de planos privados de assistência à saúde: (Brasil, Junho de ) 60,0 50,0 40,0 30,9 31,3 31,4 31,7 33,1 34,4 36,1 37,9 40,4 41,7 43,7 45,7 47,0 48,3 49,8 50,1 48,5 30,0 20,0 10,0 2,3 2,8 3,4 3,9 4,7 5,8 6,7 7,9 9,9 11,9 13,9 15,8 18,0 19,1 20,5 21,5 22,0 0,0 jun/00 jun/01 jun/02 jun/03 jun/04 jun/05 jun/06 jun/07 jun/08 jun/09 jun/10 jun/11 jun/12 jun/13 jun/14 jun/15 jun/16 Assistência médica com ou sem odontologia Exclusivamente odontológico Fonte: ANS/MS Caderno de Informações 06/2016

8 Mercado Evolução? Registro de operadoras: (Brasil, Junho de ) Fonte: ANS/MS Caderno de Informações 06/2016

9 Mercado Distribuição dos Beneficiários

10 Mercado Distribuição dos Beneficiários 810 Operadoras onde detém 82% dos beneficiários 13% 2% 6% 46% 33% Fonte: ANS Caderno de Informações - 06/2016 COOPERATIVA MEDICA MEDICINA DE GRUPO AUTOGESTAO SEGURADORA FILANTROPIA

11 Mercado O futuro da pirâmide etária Tendência de envelhecimento: (Brasil, 2010 e projeções) Fonte: IBGE

12 Mercado O futuro da pirâmide etária Situação da Saúde Suplementar: (Brasil) anos ou mais 1,21 1,85 70 a 79 anos 2,94 3,63 60 a 69 anos Homens 5,63 6,24 Mulheres 50 a 59 anos 9,34 9,93 40 a 49 anos 12,86 13,18 30 a 39 anos 15,51 15,57 20 a 29 anos 18,31 17,74 10 a 19 anos 18,51 17,34 0 a 9 anos (%) 15,69 14,52 (%) 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 Fontes: SIB/ANS/MS (Jun/2016) e IBGE/DATASUS

13 Mercado Ressarcimento ao SUS O ressarcimento é uma obrigação da ANS definida na Lei 9.656/1998 e ocorre devido à utilização dos serviços do SUS pelas pessoas com planos de saúde. O objetivo é induzir as operadoras a cumprirem os contratos com uma rede de prestadores de serviços adequada e qualificada.

14 Mercado Ressarcimento ao SUS Status das notificações*: O ressarcimento ao SUS é o instrumento regulatório, que através do cruzamento periódico de dados da base do SUS com a base da ANS e atendendo as condições estipuladas, é exigido. Fontes: Boletim Informativo ANS (Jun/2016)

15 ANS

16 Sistema de Saúde História Recente 1982 CONASS Conselho Nacional de Secretários de Saúde 1990 CDC; Congresso: atividade econômica e assistência à saúde; Lei no 9.656; Leis orgânicas nº e Regulamentação (Lei (RN 363 e 365) 1988 CONASEMS; Constituição/SUS: saúde privada regulada 2000 ANS (lei nº 9.961/00) 2015 RN 387 (Novo Rol)

17 ANS Agência Reguladora Agência reguladora (econômica e assistencial) federal vinculada ao Ministério da Saúde. Atua na regulação, normatização, controle e fiscalização do setor de planos privados de saúde no Brasil, com a finalidade: Promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde; Regular a saúde suplementar, inclusive quanto as relações com prestadores e consumidores; Contribuir para o desenvolvimento das ações de saúde no país

18 ANS e a participação da sociedade Audiências Públicas CAMSS - Câmara de Saúde Suplementar Câmaras e Grupos Técnicos Consultas e Participações Públicas COPISS - Comitê de Padronização das Informações em Saúde Suplementar Comitê de Qualidade Setorial COSAÚDE - Comitê Permanente de Regulação da Atenção à Saúde Comitê Gestor do QUALISS COGEP

19 ANS Atuação para alteração de norma Origem Através de seus Canais de Relacionamento com os usuários de planos de saúde, a ANS identifica temas que precisam de normatização ou de regulamentação mais clara Câmaras e Grupos Técnicos Após decisão de um dos diretores ou da diretoria Colegiada da ANS são instituídas as Câmaras Técnicas, compostas por especialistas e entidades representativas do setor que discutem o tema com integrantes da ANS. Se necessário um estudo técnica ainda mais aprofundado, pode ser instituído um Grupo Técnico. As conclusões desses debates tornam-se fundamentos para a elaboração da legislação. Minuta A minuta ou versão inicial para a norma legal é produzida e é acompanhada pela exposição de motivos que levaram a Diretoria colegiada a se pronunciar sobre cada tema Consulta Pública A minuta ou versão inicial da norma é submetida e o texto é apresentado à sociedade, ficando por um período disponível para comentários e sugestões dos interessados Consolidação e Respostas As contribuições recebidas são avaliadas e respondidas e podem resultar em alterações no texto da norma inicialmente proposta. Aprovação, assinatura e Publicação A Diretoria colegiada delibera e aprova a norma, assinada pelo diretor-presidente da ANS. A norma é divulgada no Diário Oficial da União e no sítio da ANS

20 Regulamentação ROL de Procedimentos

21 ANS Processo de Revisão do ROL para incorporação de Novas Tecnologias Construção de critérios de priorização NÍVEL DE EVIDÊNCIA E GRAU DE RECOMENDAÇÃO SEGURANÇA RELEVÂNCIA CLÍNICA EFICÁCIA CLÍNICA CUSTO EFETIVIDADE FORÇA DO DESFECHO MEDIDO Fonte; ANS Março/16 lano_de_saude_e_operadoras/area_d o_consumidor/nota_priorizacao.pdf PREVALÊNCIA

22 ANS Processo de Revisão do ROL para Incorporação de Novas Tecnologias Definidos os critérios de priorização da ANS: Existência de dados epidemiológicos relativos às patologias prevenidas/tratadas com o uso da tecnologia (incidência, prevalência, letalidade, mortalidade, morbidade, etc.); Ausência de outras tecnologias já incorporadas que desempenhem a mesma função; Existência de mão de obra especializada para utilização/manuseio da tecnologia em saúde; Existência de insumos e matéria-prima necessários para o uso da tecnologia em saúde; Existência de rede de prestação de serviços comprovadamente instalada; Existência de resultados efetivos em desfechos clínicos; Existência de estudos atualizados sobre o impacto econômico financeiro da tecnologia- CUSTO EFETIVIDADE, de preferência utilizando dados nacionais; CONITEC já avaliou e aprovou a tecnologia em questão. Fonte; ANS Março/16

23 ANS Processo de Revisão do ROL para Incorporação de Novas Tecnologias Formulário Técnico (formulário de entrada COSAUDE) Detecção pelos técnicos da ANS de situações problemas Consulta Pública REVISÃO DO ROL Fonte; ANS Março/16

24 Revisão do Rol de Procedimentos Principais Inclusões no Novo ROL Olho Implante de polímero intravítreo de liberação controlada para tratamento uveite e edema macular por oclusões venosas e diabetes. Tratamento com pantofotocoagulação a lase para retinopatia da prematuridade. Coração Implante de cardiodesfibrilador multissitio TRC-D dispositivo que ajuda a evistar morte súbita em doentes cardiacos. Implante de Monitor de Eventos (Looper) utilizado para diagnosticar perda de consciência por causas indeterminadas. Câncer Enzalutamida medicamento oral para tratamento do câncer de próstata. Fornecimento de medicação para o controle da dor como efeito adverso na terapia antineoplástica. Laserterapia para tratamento da inflamação da mucosa devido a quimoterapia ou radioterapia. Termoterapia transpupilar a laser para tratamento de melanoma. Dengue Antígeno NS1 do vírus da dengue, anticorpos IGG e IGM (teste rápido): exames laboratoriais de sangue utilizados para auxílio diagnóstico da dengue. Deficiência Auditiva Implante de prótese auditiva ancorada no osso para o tratamento das deficiências auditivas. Incontinência Urinária Tratamento da hiperatividade vesical com aplicação de toxina butolínica Doenças Reumatológicas e Inflamatórias Terapia imunobiológica subcutânea para artrite psoriásica, Crohn e espondilite anquilosante. Anti-CCP: exame laboratorial de sangue utilizado para auxílio diagnóstico de artite reumatóide. HLA B27: exame laboratorial de sangue para auxílio do diagnóstico de espondilites.

25 AMPLIAÇÕES Revisão do Rol de Procedimentos FONOAUDIOLOGIA Pacientes com gagueira e transtornos da fala e linguagem NOVO ROL De 24 para 48 sessões por ano Pacientes com transtornos globais do desenvolvimento, tais como autismo e Sindrome de Asperger; disfasia e afasia; pacientes portadores de implante coclear Pacientes portadores de agnosia e apraxia De 48 para 96 sessões por ano De 12 para 24 sessões por ano FISIOTERAPIA Consulta para cada nova doença De 1 para 2 sessões por ano PSICOTERAPIA INCLUSÕES FONOAUDIOLOGIA Pacientes que se submeteram ao implante de prótese auditiva ancorada no osso NUTRIÇÃO Gestantes e mulheres em amamentação De 12 para 18 sessões por ano NOVO ROL Inclusão de 96 sessões por ano Inclusão de 12 sessões por ano

26 Desafios, Perspectivas e Tendências

27 Os Desafios Mudança no perfil epidemiológico Envelhecimento da população Crescimento e segmentação da demanda GERENCIAMENTO DOS FATORES SÓCIOAMBIENTAIS E DEMOGRÁFICOS Maior investimento em pesquisa Maior eficácia dos tratamentos Tecnologia de informação GERENCIAMENTO DOS FATORES TECNOLÓGICOS CUSTO Novo Perfil Setorial Para Saúde Inflação Médica e Reajuste dos planos Regulação e Judicialização Crise econômica, aumento dos custos GERENCIAMENTO FATORES POLÍTICOS E ECONOMICOS

28 Perspectivas e Estratégias Aperfeiçoamento da elaboração de políticas públicas e avaliação dos impactos regulatórios Gestão de Custos e Desperdícios Aumento da Eficiência Novo Perfil Setorial Para Saúde Melhoria da oferta e dos níveis de serviço Saúde baseada em evidencias; Padronização de Procedimentos Qualificação Prestadores e Operadoras Indicadores de Desempenho e Estímulo aos programas de prevenção e promoção

29 Obrigada