RELATÓRIO DE ATIVIDADE CIRANDAS PELA EDUCAÇÃO/2017 ANO IV. PELO DIREITO HUMANO À EDUCAÇÃO: Quem são e onde estão estes sujeitos? UNCME MINAS GERAIS
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- Alexandre Dinis Cerveira
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1 RELATÓRIO DE ATIVIDADE CIRANDAS PELA EDUCAÇÃO/2017 ANO IV PELO DIREITO HUMANO À EDUCAÇÃO: Quem são e onde estão estes sujeitos? UNCME MINAS GERAIS MEDIADORA: Juliana Carla Pessoa TEMA: Gestão Democrática LOCAL: Rua Vereador Orlando Moselli, nº 40 - Bairro: Oswaldo Barbosa Pena I - Nova Lima / MG - Telefone: DATA: 24/05/2017 HORÁRIO: 8h30-11h30 NÚMERO DE PARTICIPANTES: 28 participantes - Conselheiros do CME, Diretoras das Escolas Municipais de Nova Lima e Secretária de Educação de Nova Lima. OBJETIVOS: Fortalecer a gestão democráticas dentro das escolas Discutir a meta19 do PME GESTÃO DEMOCRÁTICA NOVA LIMA, 24 DE MAIO DE 2017
2 TEXTOS UTILIZADOS COMO SUPORTE PARA A CIRANDA Pelo Plano Nacional de Educação PNE 04 a 11 de junho em todo Brasil - semanadeacaomundial.org O QUE É A SEMANA DE AÇÃO MUNDIAL? A SAM (Semana de Ação Mundial) é uma iniciativa realizada simultaneamente em mais de 100 países, desde 2003, com o objetivo de envolver a sociedade civil em ações de incidência política em prol do direito à educação. Lançada pela CGE Campanha Global pela Educação), a Semana mobiliza e incita governos para que cumpram os acordos internacionais da área, anteriormente o Programa Educação para Todos (Unesco, 2000) e, agora, os compromissos do Marco Ação Educação 2030 (Unesco, 2015). Coordenada pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação há 13 anos, a SAM brasileira acontece, em 2017, entre os dias 4 e 11 de junho em todo o território nacional. Ela precede a data de aniversário do Plano Nacional de Educação (Lei n /2014), sancionado dia 25 de junho de Assim, a SAM brasileira está dedicada ao monitoramento do terceiro ano de implementação do PNE. Nesse sentido, o tema da SAM neste ano é Pelo Plano Nacional de Educação rumo aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, marcando um balanço da implementação da Lei do PNE, contextualizado com o monitoramento dos ODS no Brasil, com ênfase em educação, igualdade de gênero e fortalecimento das instâncias democráticas de participação. NÃO VAMOS INVENTAR A RODA! PELO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - PNE A Semana de Ação Mundial 2017 traz luz à necessidade do cumprimento do Plano Nacional de Educação (Lei n /2014), sancionado em 2014 e com duração até Estamos já em seu terceiro ano de vigência e suas metas e estratégias com prazo previsto para 2015, 2016 e 2017 não foram integralmente cumpridas. Isso significa dizer que, dentre outros pontos: não foi elevada a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5%, conforme preconiza a meta 9;
3 ainda não temos estruturada uma política nacional de formação continuada para as (os) profissionais da educação, como prevê a estratégia 15.11, nem os seus Planos de Carreira, conforme a meta 18; LEIS ESTADUAIS E MUNICIPAIS PARA A GESTÃO DEMOCRÁTICA DA EDUCAÇÃO AINDA NÃO EXISTEM (ARTIGO 9 ); também não universalizamos a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 e 5 anos (meta 1); ainda não universalizamos as matrículas para a população entre 15 e 17 anos (meta 3); não foi regulamentado o Sistema Nacional de Educação (SNE) e, assim, ainda carecemos de um regime estruturado de colaboração entre União, Estados, o Distrito Federal e Municípios (estratégia 20.9); não foi implementado o Custo Aluno-Qualidade Inicial (CAQi) (estratégia 20.6) e o Custo Aluno- Qualidade (CAQ) ainda não foi definido (estratégia 20.8), o que quer dizer que não estamos financiando adequadamente nossa educação pública para que tenha um padrão de qualidade adequado, impactando, inclusive, no cumprimento de todas as demais metas e estratégias do Plano. Aliado a esse cenário de atraso no cumprimento das metas do PNE, como sabemos, o Brasil enfrenta nesse momento um grave período de depressão econômica, o qual tem ocasionado o descumprimento de metas nacionais e internacionais de educação, com subfinanciamento para a área, enfraquecimento das instâncias de participação e fragilização da democracia. Ainda mais desafiador, diante do cenário que estamos vivenciando no campo da educação, realizaremos, neste ano, teremos as etapas regionais, municipais, e estaduais da Conferência Nacional de Educação 2018 (Conae), a qual poderá se converter em um espaço de resistência e de fortalecimento das instâncias democráticas de participação. Para tanto, faz-se necessário fortalecermos os fóruns municipais, estaduais e nacional de educação e a atuação da sociedade civil. É diante desse contexto que a Semana de Ação Mundial 2017 vem mobilizar a população com o intuito de exigir que governantes e tomadores de decisão cumpram com a Lei. Consideramos que alertar para o descumprimento das metas e estratégias do Plano Nacional de Educação é alertar para as violações de direitos que estão ocorrendo e fazer o controle social a fim de que o direito humano à educação seja cumprido na sua integralidade. Não significa, contudo, desacreditar no que foi construído com ampla participação da sociedade civil nos quatro anos de tramitação da Lei n /2014, do PNE, no Congresso Nacional. Muito pelo contrário, estamos aqui reafirmando esse pacto consensuado pela sociedade com nossos governantes e cobrando que o cumpram. Não vamos inventar a roda!, o Brasil precisa cumprir as leis que garantem os direitos sociais. GIRAR A RODA SEM INVENTÁ-LA É GARANTIR O MONITORAMENTO POR TODAS E TODOS, SEM EXCEÇÃO, DO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - LEI RECONHECIDA MUNDIALMENTE PELO AVANÇO DA INCLUSÃO DOS 10% DO PIB PARA EDUCAÇÃO, COM VASTA PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL EM SEU PROCESSO DE TRAMITAÇÃO, O VERDADEIRO CAMINHO PARA A EDUCAÇÃO DE QUALIDADE. Caminho também para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no Brasil.
4 GESTÃO DEMOCRÁTICA Lei Municipal nº. 2559, de dezembro de Plano Municipal de Educação Meta 19: Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas Implantar até o segundo ano de vigência desta Lei sistema meritocrático e participativo de escolha do diretor escolar, com as seguintes características: a) etapa classificatória: candidatos inscritos participam de curso intensivo de formação continuada de gestores, elaboram um pré-projeto de gestão de escola e são avaliados por uma banca examinadora externa, exigindo-se a nota mínima de 70,0 (escala de 0,0 a 100,0 pontos), para a participação na segunda etapa do processo; b) etapa ou fase participativa: desta etapa participam somente os aprovados na etapa precedente. Nesta segunda fase, o diretor escolar será eleito pela maioria simples do votos da comunidade escolar, dentre os aprovados na etapa ou fase denominada de meritocrática Garantir aos diretores escolares e supervisores pedagógicos participação vinculatória em programa de formação continuada de gestores, com certificação, com início previsto no começo do primeiro ano de vigência desta Lei Estimular a constituição e o fortalecimento de colegiados escolares, como instrumentos de participação e fiscalização na gestão escolar e educacional Proporcionar a formação de todos os representantes de conselhos relacionados à Educação; Estimular a participação e a consulta de profissionais da Educação, alunos e seus familiares na formulação dos projetos políticos-pedagógicos, currículos escolares, planos de gestão escolar e regimentos escolares, assegurando a participação dos pais na avaliação da instituição escolar Capacitar os gestores escolares sobre o tema especifico "Gestão Compartilhada"; Exigir a habilitação própria na área da educação e curso superior como critério de candidatos para a investidura no cargo de diretor de escola.
5 Como será o processo de eleição para diretoras das Escolas Municipais de Nova Lima? GESTÃO DEMOCRÁTICA - Contextualização No Brasil, com a reabertura político-democrática, pós Ditadura Militar ( ), a Constituição Federal de 1988 chegou para definir a gestão democrática do ensino público, na forma da lei como um de seus princípios (Art. 2006, Inciso VI). Alguns anos mais tarde, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1996, vem reforçar esse princípio, acrescentando apenas e a legislação do sistema de ensino (Art. 3º, Inc. VIII). A partir de então, o tema se tornou um dos mais discutidos entre os estudiosos da área educacional. Detalhamento na LDB A LDB, em seus artigos 14 e 15, apresentam as seguintes determinações, no tocante à gestão democrática: Art Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I. Participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II. Participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. Art Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas de direito financeiro público.
6 RELATÓRIO DO ENCONTRO A Ciranda iniciou com a apresentação da SAM (Semana de Ação Mundial), que este ano o tema é "Pelo Plano Nacional de Educação, a SAM brasileira está dedicada ao monitoramento do terceiro ano de implementação do PNE, com ênfase em educação, igualdade de gênero e fortalecimento das instâncias democráticas de participação. Foi feita uma reflexão sobre o papel de cada um no fortalecimento das instâncias democráticas de participação. Em seguida houve a leitura e o estudo do texto: Gestão escolar democrática: definições, princípios e mecanismos de implementação ( em anexo). Conversamos sobre os 6 elementos básicos da Gestão Democrática na esfera escolar: na constituição e atuação do Conselho escolar; na elaboração do Projeto Político Pedagógico, de modo coletivo e participativo; na definição e fiscalização da verba da escola pela comunidade escolar; na divulgação e transparência na prestação de contas; na avaliação institucional da escola, professores, dirigentes, estudantes, equipe técnica; na eleição direta para diretor(a). Foi um momento muito valioso, contamos com a participação da Secretária de Educação, Viviane Gomes de Matos. As diretoras das escolas fizeram relatos das dificuldades e entraves no trabalho diário, seus anseios e conquistas neste novo contexto de gestão democrática, implantada recentemente no município. Para finalizar todos os participantes registraram suas sugestões para a reformulação da lei de processo de eleição de diretores das escolas municipais. Foi concluído que a Gestão Democrática, necessitará de um contínuo estudo e prática diária para que de fato seja garantida nas escolas do Município.
7 CIRANDA PELA EDUCAÇÃO - CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE NOVA LIMA - MG
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