INTERVENÇÃO DA FISIOTERAPIA GERIÁTRICA NA SINDROME DE FRAGILIDADE INTRODUÃO
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- Tiago Fontes Estrela
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1 INTERVENÇÃO DA FISIOTERAPIA GERIÁTRICA NA SINDROME DE FRAGILIDADE INTRODUÃO A população de pacientes idosos encontra-se em constante ascensão. Sabe-se que a idade avançada interfere no prognóstico, Apesar das divergências na definição de fragilidade, como uma síndrome clínica com fisiopatologia e manifestações próprias como uma síndrome geriátrica em que o acúmulo de déficits relacionados ao envelhecimento prediz alterações adversas de saúde, desta forma existe um consenso de que a mesma é um evento multifatorial, progressivo, caracterizado por vulnerabilidade a estressores de baixo impacto com diminuição da habilidade de manutenção da homeostasia, mas independente de comorbidade e incapacidade funcional 1. Em geral, os idosos percebidos como frágeis são aqueles que apresentam riscos mais elevados para desfechos clínicos adversos, tais como: dependência, institucionalização, quedas, piora do quadro de doenças crônicas, doenças agudas, hospitalização, lenta ou ausente recuperação de um quadro clínico e morte 1. Estudos apontam o papel central e determinante da fraqueza muscular no processo de fragilidade, sendo as causa potenciais sarcopenia, disfunção neuroendócrina e/ou imunológica, e o exercício, é atualmente um dos métodos comprovado e seguro para manter, impedir e reverter esta alteração, com esta visão levantou o questionamento de que maneira a Fisioterapia Geriátrica pode ser trabalhada na prevenção ou não evolução da Síndrome, com o objetivo de investigar e analisar a intervenção da Fisioterapia Geriátrica sobre a Síndrome de Fragilidade.
2 Justificando assim sua importância, visto que, o crescimento da população idosa é uma realidade em nosso país, e as quantidades de estudos voltados para estas questões não são proporcionais, ao crescimento do envelhecimento populacional, surgindo como um importante evento na atenção integrada à saúde, mostrando uma área fértil não só pelo tema, mais também pela crescente população idosa e falta de profissionais qualificados no atendimento da síndrome de fragilidade. MATERIAS E MÉTODOS Trata-se de uma pesquisa do tipo aplicada de natureza descritiva em que se observa, registram, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis) sem manipulá-los 2. Procura descobrir, com a precisão possível, a frequência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com outros, sua natureza e características 3. Com uma abordagem qualiquantitativa 4. A população estudada foi composta por todos os pacientes idosos que estiverem internos nas enfermarias da unidade hospitalar no período de Abril de 2012 a Março de A amostra compreendeu 168 idosos, de ambos os gêneros, com idade igual ou superior a 60 anos. Em uma amostragem aleatória simples que se caracteriza por ser aquela em que cada elemento da população tem uma chance conhecida e diferente de zero de ser selecionado para compor a amostra 5. Critérios de inclusão: Concordância em participar do estudo através do termo de consentimento livre e esclarecido assinado pelo paciente ou acompanhante se caso necessário; Ter idade igual ou superior a 60 anos; Ambos os gêneros; Admitidos na enfermaria do referido hospital. Critérios de exclusão: Idosos incapacitados de responder ao questionário;
3 Ter idade inferior a 60 anos; Não concordar em participar do estudo; De acordo com a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde/ Ministério da Saúde (CNS/MS), e levando -se em conta os princípios basilares da Bioética (autonomia, beneficência, não maleficência e justiça), fica assegurado total sigilo sobre as informações coletada. RESULTADOS E DISCUSSÕES A população deste estudo foi constituída por 168 pacientes, com idade de 60 a 98 anos, uma média de 74,4 ±9,65 anos. Houve predomínio do gênero feminino 57,1% da população estudada. Destes 72,5% cor parda, 69,0% aposentados, 60,5% casados, sendo apenas 39,9% residentes da cidade de Patos - PB. Os fatores de risco para desenvolvimento de infecções associadas à internação hospitalar, onde se destaca a internação prévia (60,1%), o uso prévio de antibióticos (68,3%). Entre os procedimentos cirúrgicos realizados nesta população a laparotomia exploratória (35%) foi o mais realizado, seguido de hérnia (10%) e fratura do colo do fêmur (10%). Entre os procedimentos invasivos que poderão predispor a ocorrência de infecções o uso de sonda nasogástrica (SNG) representa 38,3%; a presença de dreno 30,8%. Os resultados do presente estudo demonstram que dos 168 pacientes houve uma maior admissão de pacientes do gênero feminino; sendo mais que o dobro do masculino. Fato este que pode ser justificado pelo aumento da população feminina em detrimento da masculina, segundo dados mundiais 6. Estudos realizados demonstram que as mulheres diante de problemas de saúde, elas ficam mais atentas e procuram os serviços de saúde disponíveis 7. Mostra que o gênero masculino é mais displicente com a saúde é que a cada três
4 mortes, duas são de homens, que vivem, em média, sete anos a menos que as mulheres, pois eles sofrem muito mais de doenças do coração, diabetes, câncer, níveis elevados de colesterol e pressão arterial 8. A população brasileira atual é de habitantes Segundo (IBGE Censo 2010), no ano de 2025, onde esta população brasileira deverá atingir 228 milhões de habitantes. Houve predominância da cor parda no presente estudo. Devido a população paraibana estar semelhante aos padrões de etnia em relação à cor Pardos:42,6%, Brancos:49,7%, Negros:6,9%, Indígenas: 0,3%, Amarelos: 0,5%. Como a população estudada é de idosos, a atividade ocupacional predominante foi de aposentados. Já que a intensidade das atividades laborativas tende a diminuir na 3ª década de vida 9. Fala que contribui para o desenvolvimento de atividades importantes para a auto-estima; o estimulo às relações sociais, a vinculação e a interação entre sujeitos são os objetivos que buscam combater a incidência de depressão. Assim proporcionando idosos satisfeitos, motivados e com um projeto de vida adoecem menos e contribuem de modo positivo no contexto social. CONCLUSÃO É de fundamental importância conhecer as alterações fisiológicas decorrentes do processo de envelhecimento e saber identificar as síndromes geriátricas para a prevenção da independência do idoso. Logo, analisar a Intervenção da Fisioterapia Geriátrica na Síndrome de Fragilidade não é uma tarefa muito simples na prática clínica diária do cuidado ao idoso devido à complexidade na avaliação cotidiana. Visto que, com uma única avaliação não existe a possibilidade de determinar o prognóstico hospitalar na população idosa que previamente
5 apresenta órgãos comprometidos. Na avaliação do prognóstico observou-se alto risco de mortalidade na população estudada, o que pode ser confirmado pelo percentual de 44% de óbitos, dos pacientes admitidos no período de coleta dos dados para este estudo demonstrando assim uma falta de conhecimento sobre a Síndrome de Fragilidade em Idosos. REFERENCIAS 1 Fried LP, Ferruci l, Darer J, Williamson J, Anderson G. Untangling the concepts of disability, frailty and comorbidity: Implications for improved targeting and... Biol Sc Med Sc. 2004; 59(3): Marconi MA, Lakatos EM. Técnicas de pesquisa. Atlas São Paulo 2008; 7: 6. 3 Cervo AL, Bervian AP. Metodologia cientifica. Pearson Prentice Hall São Paulo, 2002; 5: Goldenberg MA arte de pesquisar. Record Rio de Janeiro 2004; 8: Mattar FN. Pesquisa de Marketing. Atlas São Paulo 2001; 3 7 Stumm E, Zambonato D, Kirchner D L, B E. Perfil dos idosos assistidos por unidades de estratégia de saúde da família que sofreram infarto agudo do miocárdio. Revista da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2009;12(3): IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. 18 de Setembro de Goleman D. Inteligência emocional. Barcelona Kairos, 1997.
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