UNIDADE DE ORTOGERIATRIA DO CENTRO HOSPITALAR GAIA/ESPINHO. Rafaela Veríssimo 23 de Novembro de 2017
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1 UNIDADE DE ORTOGERIATRIA DO CENTRO HOSPITALAR GAIA/ESPINHO Rafaela Veríssimo 23 de Novembro de 2017
2 Introdução A fragilidade do idoso reflete-se no prognóstico da fratura do fémur 10% doentes morrem no hospital dentro de 1 mês Metade recuperam o nível prévio de independência e metade deterioram-se A fratura é responsável por menos de metade das mortes Álvarez-Nebreda L, Jiménez AB, Rodríguez P, Serra JA. Epidemiology of hip fracture in the elderly in Spain. Bone. 2008;42:
3 Introdução - Diferenciação da intervenção geriátrica especializada As unidades de Ortogeriatria permitem tratar doentes idosos admitidos por patologia ortopédica aguda, habitualmente fratura do fémur. Responsabilidade partilhada por Ortopedia e Geriatria - Coordenação com outros serviços para dar assistência a idosos com risco de incapacidade
4 PERSPETIVA HISTÓRICA As primeiras experiencias das unidades especificas ente geriatras e ortopedistas datam dos anos 60 e são provenientes dos Hospitais de Hastings e Stoke-on-Trent. Este esquema surgiu da colaboração entre um serviço de ortopedia num hospital com atividade cirúrgica e uma unidade de geriatria num outro hospital próximo.
5 VANTAGENS DA ORTOGERIATRIA Redução do tempo de espera cirúrgico Redução do risco de deterioração funcional Redução da mortalidade à alta hospitalar Redução das complicações, do tempo de demora média de internamento e melhor recuperação funcional após a intervenção cirúrgica. Guía de Buena Práctica Clínica: Anciano afecto de fractura de cadera
6 VANTAGENS DA ORTOGERIATRIA Os doentes admitidos durante o internamento apresentam: >10 comorbilidades > três síndromes geriátricos Sáez López P, Madruga Galán F, Rubio Caballero JA. Detección de problemas en pacientes geriátricos con fractura de cadera. Importancia de la colaboración entre traumatólogo y geriatra. Rev Ortop Trau- matol. 2007;51:
7 METAS Internamento nas primeiras 4 horas Cirurgia no prazo de 48 horas Tratamento precoce das complicações médicas Fisioterapia intensiva Deambulação precoce Prevenção da fractura secundária
8 UNIDADE DE ORTOGERIATRIA DO CHVNGE Início do Projeto: 18 de Outubro de 2015
9 UNIDADE DE ORTOGERIATRIA OBJECTIVOS
10 OBJETIVOS o OBJECTIVO PRINCIPAL Atenção integral ao idoso com fractura do fémur
11 OBJETIVOS o OBJECTIVOS SECUNDÁRIOS Redução das complicações, do tempo de demora média de internamento e melhor recuperação funcional após a intervenção cirúrgica.
12 CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE A Unidade de Ortogeriatria está inserida na Unidade 3 do CHVNGE em Espinho É constituída por uma enfermaria com 6 quartos individuais
13 UNIDADE DE ORTOGERIATRIA Constituição da Equipa
14 Ortopedista Internista Fisiatra Fisioterapeuta Nutricionista Psicólogo Assistente Social Enfermeiro Reabilitação Enfermeiros Auxiliares Secretariado A EQUIPA
15 INTERVENÇÕES NA UNIDADE O protocolo de admissão inclui um painel de análises, radiografia da anca e avaliação pelo Serviço Social e nutricionista à admissão na unidade Todas as semanas às terças feiras é realizada uma reunião multidisciplinar para discussão dos casos clínicos
16 INTERVENÇÕES NA UNIDADE O treino de marcha inicia-se desde o primeiro dia, se indicação de marcha pela equipa de Ortopedia
17 INTERVENÇÕES NA UNIDADE Visita médica diária (Internista) Visita semanal de Ortopedia e apoio diário pela consulta e/ou bloco Visita de Medicina Física e Reabilitação 2 x/semana Treino diário de fisioterapia (Fisioterapeuta) Avaliação por Nutricionista à admissão e periodicamente Avaliação por Psicologia quando requisitado Avaliação por Serviço Social à admissão e periodicamente Orientação para consulta de Ortopedia,Consulta de Medicina Fisica e Reabilitação e Consulta de Ortogeriatria
18 UNIDADE DE ORTOGERIATRIA Resultados
19 Número RESULTADOS DEMOGRAFIA Doentes N=178 Distribuição por Sexo Distribuição por idade µ = 82,8 Mediana= 84 23% % ,5 % Feminino Masculino IDADE
20 RESULTADOS - GLOBAIS TIPO TRATAMENTO 9 d, 5% DISTRIBUIÇÃO / UNIDADES 20 d, 11% 93 d, 52% Cirurgia Conservador 169 d, 95% 65 d, 37% Unidade III Unidade II Unidade I
21 Nº Doentes RESULTADOS - GLOBAIS NÚMERO DE COMORBILIDADES 25,3% 24,2% 15,7% 12,9% 10,7% 6,2 % 3,9 % 1,1% Nº Comorbilidades 76,4% COMORBILIDADES Nº % ICC 46 25,8 DCV 27 15,2 IVP 13 7,3 FA 29 16,3 DEM 54 30,3 Park 8 4,5 HTA ,6 DM ,4 Osteop 28 15,7 Inf.Resp.C 14 7,9 D.Tiroide 10 5,6 Dislip 49 27,5 Neo 25 14,0 Outras 26 14,6
22 RESULTADOS - GLOBAIS DOENTES COM COMPLICAÇÕES DESTINO 102 d, 57% ITU 21 ITRinf 10 ICC 9 Deliri um 12 Des Hidro 19 DPOC 9 LRA 12 Outra s d, 43% CE TRANF / INT FALECIDO RNCCI TRANF / EXT DOMICILIO Nº % ,7 6 3,4 13 7,3 14 7,9 2 1, ,1 SCP 1,6 Não Sim TOTAL ,0
23 RESULTADOS - GLOBAIS mrankin / À alta Escala / grau Nº % 2 3 1, , , , ,2 Total ,0 Sim Não MORTALIDADE Intra - Hospitalar Aos 30 Dias Aos 6 Meses Nº % Nº % Nº % 13 7,3 17 9, , , , ,8 Total , , ,0
24 Nº Doentes 63,3% RESULTADOS - GLOBAIS Demora média e tempo de cirurgia DM Tcir 40 Mediana= 11 µ = 12, Nº DIAS
25 RESULTADOS: MORTALIDADE E COMPLICAÇÕES Complicações Total Valor p OR RR Sem Com Valor IC Valor IC Mortalidade Hospitalar Vivo Nº % 95,1% 89,5% 92,7% ,282,716 7,277 1,528,760 3,076 Óbit o Nº % 4,9% 10,5% 7,3% Mortalidade aos 30 dias Vivo Nº % 95,1% 84,2% 90,4% ,638 1,223 10,819 2,048,970 4,324 Óbit o Nº % 4,9% 15,8% 9,6% Mortalidade aos 180 dias Vivo Nº % 93,1% 82,9% 88,8% 0,057 2,800 1,059 7,406 1,718,933 3,164 Óbit o Nº % 6,9% 17,1% 11,2%
26 RESULTADOS: MORTALIDADE E MULTIMORBILIDADE Mortalidade Hospitalar Vivo Óbito MultiMorbilidade OR RR Total Valor p Sim Não Valor IC Valor IC Nº % 91,2% 97,6% 92,7 % Nº % 8,8% 2,4% 7,3% Mortalidade aos 30 dias Vivo Óbito Nº % 88,2% 97,6% 90,4 % Nº % 11,8% 2,4% 9,6% Vivo Nº Mortalidade aos 180 dias Óbito % 86,8% 95,2% 88,8 % Nº % 13,2% 4,8% 11,2 %
27 RESULTADOS MÉTODO E INDICADORES Idade Nº Média D.P Mediana Valor p Ortogeriatria 93 83,87 7, Tradicional 85 81,64 7, Demora Média T. cirurgia Ortogeriatria 93 13,37 6, Tradicional 85 11,92 10,077 9 Ortogeriatria 93 2,54 2,984 2 Tradicional 76 2,84 2,
28 RESULTADOS - GLOBAIS Modelo OR RR ORT Total Valor p G Trad Valor IC Valor IC Mortalidade Hospitalar Não Nº % 98,9% 85,9% 92,7% Nº Sim % 1,1% 14,1% 7,3% 15,12 3 1, ,013 7,248 1,097 47,883 Multi- Morbilidade RNCCI Ganhos Funcionalid ade Sim Nº % 86,0% 65,9% 76,4% ,187 1,524 6,666 1,900 1,184 3,050 Não Nº % 14,0% 34,1% 23,6% Não Nº % 98,9% 84,7% 92,1% Nº Sim % 1,1% 15,3% 7,9% 16,61 1 2, ,966 7,854 1,182 52,169 Sim Nº % 71,0% 37,6% 55,1% ,049 2,163 7,578 1,995 1,425 2,794 Não Nº % 29,0% 62,4% 44,9%
29 RESULTADOS: MORTALIDADE Idade Demora Média T. cirurgia Mortalidade Hospitalar Mortalidade 30 Dias Mortalidade 180 Dias Mortalidade Hospitalar Mortalidade 30 Dias Mortalidade 180 Dias Mortalidade Hospitalar Mortalidade 30 Dias Mortalidade 180 Dias Nº Média D.P Mediana Valor p Vivo ,67 6,931 84,0 Óbito 13 84,54 9,448 88, Vivo ,55 7,075 83,5 Óbito 17 85,18 7,410 87, Vivo ,49 7,109 83,0 Óbito 20 85,25 6,973 85, Vivo ,06 8,366 11,0 Óbito 13 7,77 7,328 7, Vivo ,04 8,264 11,0 Óbito 17 9,24 9,045 9, Vivo ,99 8,176 11,0 Óbito 20 10,20 9,807 9, Vivo 163 2,67 2,737 1,0 Óbito 6 2,67 4,131 2, Vivo 158 2,67 2,752 1,0 Obito 11 2,73 3,319 2, Vivo 155 2,66 2,750 1,0 Óbito 14 2,79 3,215 2,
30 RESULTADOS: MORTALIDADE E MODELO Mortalidade Hospitalar Mortalidade aos 30 dias Mortalidade aos 180 dias Vivo Óbito Vivo Óbito Vivo Óbito Modelo OR RR Total Valor p ORTG Trad Valor IC Valor IC Nº % 98,90%85,90%92,70% ,12 1, ,01 7,25 1,097 47,88 Nº % 1,10%14,10% 7,30% Nº % 96,8% 83,5% 90,4% ,915 1,636 21,386 3,168 1,124 8,927 Nº % 3,2% 16,5% 9,6% Nº % 94,6% 82,4% 88,8% ,771 1,307 10,882 2,228 1,030 4,820 Nº % 5,4% 17,6% 11,2%
31 PERFIL DO DOENTE ADMITIDO Mulher 86 anos Com multimorbilidade Operada nas 1ªs 48 horas Internada por período de 11 dias Com funcionalidade associada a ajuda técnica na data da alta
32 CONCLUSÕES 13,5% são indivíduos nonagenários e ¾ apresentam mais de 2 comorbilidades Em termos demográficos existe um predomínio do sexo feminino na fratura proximal do colo do fémur Metade dos indivíduos apresentam complicações médicas durante o internamento No CHVNGE cerca de 55% dos individuos apresentam um mrankin à data de alta 3 A taxa de execução cirúrgica às 48h neste período de tempo correspondeu a 63,3% A idade foi superior nos indivíduos internados na ortogeriatria por oposição ao internamento tradicional A demora média correlacionou-se com o aumento de mortalidade intra-hospitalar A mortalidade foi inferior na ortogeriatria, apesar do maior numero de comorbilidades, mesmo quando avaliada aos 30 e aos 180 dias
33 OBRIGADA
34 UNIDADE DE ORTOGERIATRIA DO CENTRO HOSPITALAR GAIA/ESPINHO
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