POLÍTICAS NACIONAIS DE SAÚDE DA PESSOA IDOSA: AVANÇOS E DESAFIOS
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1 POLÍTICAS NACIONAIS DE SAÚDE DA PESSOA IDOSA: AVANÇOS E DESAFIOS Luanna Ehrich Rodrigues de Sousa Santos. Faculdade Santa Maria. luanna_e@hotmail.com Marcelane Lira da Silva. Faculdade Santa Maria. macerlane@hotmail.com Jemima Santos Silva. Faculdade Santa Maria. jemiima_santos@hotmail.com Ocilma Barros de Quental. Faculdade de Medicina do ABC. ocilmaquental2011@hotmail.com Luiz Carlos de Abreu. Faculdade de Medicina do ABC. luiz.abreu@fmabc.br INTRODUÇÃO A ideia de um país jovem sempre esteve presente na nossa mente e desenhou nosso horizonte, mas, de repente, encontramo-nos envelhecidos (1). O século XX se destacou por profundas e radicais transformações, como, o aumento do tempo de vida da população como fator mais significante no âmbito da saúde pública mundial. Os dados demográficos mostram a urgente necessidade de gestores e políticos, em conjunto com a sociedade, avaliarem o quadro dessa transição para discutirem sobre as políticas públicas de atenção ao idoso, com o objetivo de preparar essa população para os estágios tardios da vida e garantir uma assistência holística, visando o processo de envelhecimento nos seus variados aspectos, seja biológico, psicológico, social, cultural, religioso/espiritual, intelectual, econômico e cronológico (2). Em missão a essa mudança de paradigma, é necessário promover o envelhecimento ativo e saudável através do processo de aprimorar as oportunidades de saúde, participação e segurança, a fim de aumentar a expectativa de uma vida saudável e a qualidade de vida para todos os indivíduos que estão envelhecendo, por longo tempo possível (3).
2 É nessa perspectiva, que surge as Políticas Nacionais de Saúde dos Idosos (PNSI), que é apresentado como um propósito para servir como base para a promoção do envelhecimento saudável, a manutenção e melhoria, ao máximo, da capacidade funcional dos mais velhos, a prevenção de doenças, a recuperação da saúde dos que adoecem e a reabilitação daqueles que venham a ter a sua capacidade funcional restringida, de modo a garantir-lhe permanência onde vivem, exercendo de forma independente suas funções na sociedade (4). Essa política, no Brasil, foi promulgada pela lei N 8.842, em 4 de janeiro de 1994 e regulamentada pelo decreto N 1.948, em 3 de junho de 1996, assegurando direitos sociais à pessoa idosa e criando condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade, reafirmando o direito à saúde nos vários níveis de atendimento do SUS. Diante do exposto, aparecem inquietações que se transformam em questionamentos, como: se existe uma política voltada para o idoso, por que os direitos dos idosos não foram garantidos? Será que as políticas podem levar a uma mudança no perfil á saúde do idoso? Quais são os avanços obtidos desde a implantação da PNSI? Diante deste contexto, tem como objetivo de conhecer o propósito da política nacional de saúde da pessoa idosa em conformidade com os princípios do SUS. METODOLOGIA A escolha se deu por uma revisão bibliográfica justifica-se pelo fato desse método de pesquisa trazer um resumo da literatura particularizando sobre determinado tema, conforme que foi proposto no objetivo do estudo. A revisão bibliográfica contribui para um discernimento mais abrangente do tema de interesse, fornecendo uma base para a construção do conhecimento. Frente ao objetivo do estudo, que é conhecer o propósito das políticas nacionais de saúde da pessoa idosa, o levantamento bibliográfico em questão consistiu de publicações nacionais. Os critérios utilizados para a seleção da amostra foram: escolher artigos publicados
3 recentemente e que abordasse a temática; artigos, independente do método utilizado. Foram identificados 18 livros e 46 artigos. Após a leitura de todos os materiais, a decisão, também, foi de não excluir referências antigas, visto que há um número reduzido de publicações. A realização dos levantamentos bibliográficos ocorreu no segundo semestre de 2008 até maio de 2009 na cidade de Cajazeiras PB. Esse período também foi dedicado à busca de artigos. RESULTADOS E DISCUSSÃO Diante do exposto, podemos dizer que existe uma política nacional voltada para o idoso porém as questões de promoção ainda encontram-se ausentes no que se refere à melhora da sua qualidade de vida. (5) O envelhecimento é uma questão que não vem merecendo a devida atenção dos formuladores e gestores de políticas públicas. A política nacional da saúde do idoso provocou mudanças significativas no estilo de vida da população idosa, sendo que algumas considerações podem ser feitas, como o estabelecimento de normas para o os direitos sociais do grupo da terceira idade, assegurado-lhes autonomia, integração e participação efetivas como instrumentos de cidadania. Além disso, a PNSI, (4) visa à promoção do envelhecimento saudável, na manutenção e melhoria, ao máximo, da capacidade funcional dos idosos, na prevenção de doenças, na recuperação da saúde dos que adoecem, e na reabilitação daqueles que venham a ter sua capacidade funcional restringida, de modo a garantir-lhes permanência no meio em que vive, exercendo de forma independente suas funções na sociedade em consonância com os princípios e diretrizes do SUS. Desde o inicio da criação do PNSI, ocorreram avanços na vida da população idosa, (6) quando se pensa na primeira diretriz da política, considera-se o envelhecimento como um processo que vai do útero ao túmulo. Pensar na promoção é chegar antes de qualquer agravo ou chegar junto ao agravo e minimiza-lo, utilizando como estratégia a comunicação e a educação em
4 saúde. Podemos abordar a segunda diretriz conforme a autora supracitada, que diz respeito à manutenção a capacidade funcional, que é trabalhar em duas óticas: na prevenção dos agravos propriamente dita e na detecção precoce de enfermidades. Já a terceira diretriz aborda o retrato ao idoso que tem um recorte de classe social, de gênero e de etnia. Na mesma, é pensado em programas mais direcionados. A quarta diretriz implica, principalmente, formação de recursos humanos para trabalhar com reabilitação gerontológica, visando à prevenção da doença e não o tratamento da mesma após o indivíduo apresentar os sintomas. A quinta diretriz visa colocar o conteúdo da gerontologia na grade curricular da área de saúde para que os alunos tenham um maior conhecimento e contato com o idoso. A sexta diretriz aborda toda uma rede social que é fundamental dentro da questão da PNSI. O cuidado, segundo ela, não pode ser regalia de uma única profissão, tem que ser uma característica macro, pois a enfermagem vai além do cuidado formal e do informal. A sétima e a ultima diretriz implica na valorização de linhas de pesquisas direcionadas à área de gerontologia pelas universidades e órgãos de fomento à pesquisa, na busca de maximizar a qualidade na produção de conhecimento na área. Tais considerações feitas refletem nas respostas frente às considerações que foram iniciadas na introdução da presente produção. Conforme os resultados analisados podemos destacar que a PNSI trouxe mudanças com relação à qualidade de vida dos idosos, porém as questões relativas da promoção à saúde do idoso ainda encontram-se relegadas em segundo plano, conforme foi possível observar no decorrer do trabalho em estudo, além disso, foram criadas diretrizes, para a concretização da Política da Saúde do Idoso. Nessa pesquisa foram discutidos as setes diretrizes da PNSI de acordo com os seus conceitos e implicações. Essas correspondem as principais características analisadas neste estudo e que, de fato, tornam-se imprescindíveis para o conhecimento.
5 CONCLUSÃO Sabemos que todos nós, certamente, iremos envelhecer, ou pelo menos faremos o possível para alcançar este ciclo final de nossas vidas. Só que para isso acontecer, é necessário que os idosos comecem a construir uma auto-imagem positiva. No entanto, superar o desafio de envelhecer requer um planejamento inovador e reformas políticas, tanto em países desenvolvidos como em países em desenvolvimento. O envelhecimento populacional é um dos maiores triunfos da humanidade e também um dos grandes desafios, a implementação de políticas públicas e programas que melhorem a saúde do idoso é, de fato, necessária para ajudá-lo a se manter saudável e ativo por um maior tempo possível. A partir do momento em que foram criados políticas e programas ao seu favor os idosos passaram a serem vistos com outros olhos. Nessa vertente, elaborou-se um conjunto de ações de saúde, abrangendo a promoção, proteção e prevenção de doenças, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção a saúde. Todavia, a garantia dos direitos sociais para esta população não se concretizou efetivamente, pois estes direitos estão sendo implantados no Brasil a passos lentos e gradativos. Cabe então, não só aos idosos, mas às famílias e à sociedade se conscientizarem e participarem politicamente para buscar a justiça social e a garantia dos direitos deles. O estudo realizado abriu caminhos para a agregação de conhecimentos na respectiva área e contribuiu significativamente com mais informações no que se refere à abordagem e a política do idoso. Envelhecer, portanto é um prêmio que nem todos viverão o suficiente para comprovar. Fica aqui a certeza, relembrando o que já foi abordado, que esse é um fato único ao qual descreve os indivíduos mais velhos.
6 REFERÊNCIAS 1. Lembrão MLO, envelhecimento no Brasil: aspectos da transição demográfica e epidemiológica. In: SAÚDE COLETIVA. Epidemiologia e envelhecimento. v 04. n. 17, p Rodrigues RAP. et al Política nacional de atenção ao idoso e a contribuição da enfermagem. In: Políticas Públicas e Saúde. 18 ed. V. 16. N 3. Florianópolis. Julho/setembro, (Texto& contexto Enfermagem). 3. World Hearth Organization. Envelhecimento ativo: uma política de saúde. Tradução: Suzana Gontijo. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, p 4. Silvestre JA; Costa Neto MM. Abordagem do idoso em programas de saúde da família. In: Cadernos de Saúde Pública. Vol. 19. N. 3. Rio de Janeiro. Junho, Veras RP; Caldas CP. Promovendo a saúde e a cidadania do idoso: o movimento das universidades da terceira idade. In: Ciência & Saúde Coletiva Brêtas ACP. Políticas públicas de saúde para o idoso. In: A Terceira Idade. V.13. n 24. Abril, 2002.
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