Texto 1 PRA DAR NO PÉ (Pedro Antônio de Oliveira)

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Lucca Andrade de Sintra
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1 PROFESSOR: EQUIPE DE PORTUGUÊS BANCO DE QUESTÕES - LÍNGUA PORTUGUESA - 3 ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ========================================================================== Texto 1 PRA DAR NO PÉ (Pedro Antônio de Oliveira) Da varanda lá de casa, eu a avistava: linda, exuberante e charmosa. Nela moravam: bem-te-vi, pintassilgo, pombo, juriti, marimbondo e formiga alpinista, Papagaio de seda também! Desses do mês de julho que, em vez de ficar requebrando no céu, decidem embaraçar a rabiola nos galhos mais altos e ficar por ali mesmo. Teve um que gostou tanto de morar na árvore que nunca mais foi embora. No meio do ano, começavam a aparecer pequenas flores naquele pé de manga. Os frutos só chegaram em meados de dezembro. As chuvas do fim de tarde, muitas vezes, aprontavam: jogavam no chão as suculentas frutas. Umas se esborrachavam feio na lama. A dona Tina, na manhã seguinte, distribuía tudo entre a vizinhança. Era bom... Um dia, surgiu uma notícia que não agradou a molecada, Iriam derrubar o pé de manga. E, no lugar, construir uma casa. Achei um absurdo! Será? Os bichos ficariam sem lar, o ar sem oxigênio e eu sem minhas mangas! Ora, onde já se viu um negócio desses?! Corri como foguete pra chamar a turma. Fomos pra debaixo da mangueira. Criamos grito de guerra e tudo, só pra tentar salvar a árvore. Improvisamos cartazes e fizemos o maior auê. Logo conseguimos mais adeptos para a manifestação. A rua inteira ficou tomada de gente. Vieram tevê, rádio, jornal... Eu não parava de dar entrevistas. Fiz discurso inflamando, precisava ver, com direito a lágrimas e voz rouca pra causar emoção. O pior foi quando me empolguei. Estava agradando tanto, que comecei a dirigir adjetivos pouco delicados à dona Tina. Ela que não deixasse cortar a árvore! Mas o tiro saiu pela culatra. Nós nunca mais chupamos mangas daquela mangueira. Nunca mais mesmo! Dona Tina ficou irritada com as coisas que eu disse a respeito dela durante o protesto. Berrou para a vizinhança toda ouvir que se arrependeu amargamente de ter plantado a mangueira e falou ainda que, se pudesse, plantaria era a mão na minha orelha! A notícia boa é que o pé de manga não foi derrubado. Os bichos não ficaram sem lar, o ar não perdeu oxigênio... A ruim é que tudo não passou de boato. Ninguém jamais quis destruir a árvore. Dá pra acreditar? Veja que mico. Ah, por falar nisso, tem mesmo um mico morando lá nas alturas. O danado vive bem. Chupa manga que só vendo! Quem sabe não pinta uma amizade e ele arremessa de lá umas frutinhas pra gente?! Porque manga, de agora em diante, só assim. Descobri que espírito ecológico não combina com fofoca. Pedro Antônio de Oliveira nasceu na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais. É jornalista e escritor, mas gosta de se definir como "criador de casos". Pra dar no pé foi publicado no livro Uma história, uma lorota... e fiquei de boca torta!, da Editora Formato. Página 1 de 6-18/09/2013-9:40

Nela moravam: bem-te-vi, pintassilgo, pombo, juriti, marimbondo e formiga alpinista, Papagaio de seda também!

2 01- Leia. "Da varanda lá de casa, eu a avistava: linda, exuberante e charmosa." O narrador-personagem se refere: (A) a uma menina por quem era apaixonado; (B) a uma linda flor no jardim de sua casa; (C) ao pé de manga que ele avistava da varanda. 02- Quais são os pássaros sobre os quais o narrador comenta no 1º parágrafo? 03- Em que época do ano as mangas começavam a aparecer na árvore? 04- Quais prejuízos o pé de manga sofria quando a chuva caía? 05- Qual foi a notícia que chegou e não agradou a molecada? 06- Quais seriam as consequências da temida notícia? Assinale a alternativa que MELHOR responde à pergunta. (A) A criançada não teria mais a sombra da árvore para usar em suas brincadeiras nem as suculentas mangas para comer, que eles pegavam sem o consentimento da dona Tina. (B) A dona Tina e as crianças não teriam mais as gostosas e suculentas mangas, e os bichos não teriam mais onde morar e fazer seus ninhos. (C) As crianças não teriam mais uma árvore onde gostavam de brincar de esconde-esconde. 07- O que as crianças fizeram para tentar defender o pé de manga? 08- As atitudes da criançada tiveram repercussão? Quais? Página 2 de 6-18/09/2013-9:40

02- Quais são os pássaros sobre os quais o narrador comenta no 1º parágrafo? 03- Em que época do ano as mangas começavam a aparecer na árvore?

3 09- Leia. "Fiz discurso inflamado, precisava ver, com direito a lágrimas e voz rouca pra causar emoção. O pior foi quando me empolguei." O que aconteceu em seguida? Reescreva a seguir o trecho que responde à pergunta. 10- Quais foram as consequências do ocorrido durante o discurso? Sublinhe a alternativa CORRETA. a) As pessoas concordaram com menino e passaram a dizer palavras desagradáveis à dona Tina, também. b) A vizinhança discordou do discurso do menino e defendeu a dona Tina, lembrando que ela sempre distribuía as frutas entre as crianças. c) Dona Tina ficou irritada com o que ouviu e disse estar arrependida de ter plantado a mangueira. 11- Depois de tudo isso, qual foi a notícia boa e a ruim? Pinte as caixinhas, de acordo com a legenda. AZUL: notícia ruim LARANJA: notícia boa A mangueira não foi derrubada, os bichos não ficaram sem lar nem o ar sem oxigênio. Tudo não passou de boato, pois ninguém jamais quis destruir a árvore. 12- Leia. "Dá pra acreditar? Veja que mico. Ah, por falar nisso, tem mesmo um mico morando lá nas alturas. O danado vive bem. Chupa manga que só vendo!" A palavra destacada apresenta significados diferentes no trecho do texto. Explique. 13- Transcreva do texto a frase que representa a lição aprendida pelo menino, após toda essa confusão. Página 3 de 6-18/09/2013-9:40

a) As pessoas concordaram com menino e passaram a dizer palavras desagradáveis à dona Tina, também.

4 Texto 2 (Elias José) 14- Como eram as mangas do tempo do avô do narrador? E como são as de hoje na opinião dele? 15- Por que, segundo o texto, as mangas provocavam raiva nas mães? 16- O narrador-personagem comenta que não distingue uma mangueira. O que ele faz quando quer comer manga? 17- Quantas estrofes tem a poesia? E quantos versos? Página 4 de 6-18/09/2013-9:40

15- Por que, segundo o texto, as mangas provocavam raiva nas mães?

5 18- Leia os versos a seguir. Em seguida, ligue os verbos destacados ao tempo verbal correspondente. a) "Meu avô vive dizendo que mangas" Passado b) "Eram as do seu tempo" Presente 19- Reescreva os versos, acrescentando características aos substantivos destacados. a) "Mangas chupadas com o apoio da casca." b) "Pelas roupas com manchas de ouro." c) "Meu avô vive dizendo que mangas" 20- Escreva o antônimo das palavras destacadas. a) "nos mais altos galhos" b) "Uma coisa incrível de boa, uma coisa louca." c) "é sem graça, sem doce e sem caldo." 21- Circule as expressões que indicam circunstâncias de tempo, nas frases. a) Todas as manhãs, meu avô subia nos galhos mais altos e pegava mangas. b) As chuvas do fim de tarde jogavam as mangas no chão. c) No meio do ano, as flores começavam a aparecer no pé de manga. 22- Assinale as alternativas CORRETAS. (A) Ambos os textos falam que a manga é fruta muito apreciada pela criançada. (B) As crianças do texto 1 tinham que subir nos galhos bem altos da mangueira para conseguir comer a fruta. (C) O menino do texto 2 não distingue uma mangueira. (D) O texto 1 é uma poesia, organizada em estrofes e versos. Página 5 de 6-18/09/2013-9:40

a) "Mangas chupadas com o apoio da casca." b) "Pelas roupas com manchas de ouro." c) "Meu avô vive dizendo que mangas" 20- Escreva o antônimo das palavras destacadas.

6 GABARITO 01- (C) 02- Bem-te-vi, pintassilgo, pombo, juriti e papagaio de seda. 03- Em meados de dezembro. 04- As chuvas jogavam as suculentas frutas no chão. 05- Iriam derrubar o pé de manga e construir, no lugar, uma casa. 06- (B) 07- Reuniram-se debaixo da mangueira, criaram um grito de guerra e improvisaram cartazes. 08- Sim. A rua ficou repleta de gente, vieram tevê, rádio e jornal e o narrador-personagem deu muitas entrevistas. 09- "Estava agradando tanto, que comecei a dirigir adjetivos pouco delicados à dona Tina. Ela que não deixasse cortar a árvore." 10- (C) 11- Laranja: A mangueira não foi derrubada, os bichos não ficaram sem lar nem o ar sem oxigênio. Azul: Tudo não passou de boato, pois ninguém jamais quis destruir a árvore. 12- Mico: papelão; situação constrangedora. Mico: espécie de macaco pequeno de cauda longa. 13- "Descobri que espírito ecológico não combina com fofoca." 14- No tempo do avô: apanhadas no pé, nos galhos mais altos da mangueira. Nos dias de hoje: são sem graça, sem doce e sem caldo. 15- Porque manchavam as roupas. 16- Ele compra a fruta estrofes; 21 versos. 18- Vive: presente; eram: passado. 19- Resposta pessoal. 20- a) Baixos; b) má; c) salgado. 21- a) Todas as manhãs. b) Fim de tarde. c) No meio do ano. 22- (A) (C) FM/1309/BANCO DE QUESTOES/PORTUGUES/PORTUGUES - 3o ANO - 3a ETAPA doc Página 6 de 6-18/09/2013-9:40

A rua ficou repleta de gente, vieram tevê, rádio e jornal e o narrador-personagem deu muitas entrevistas. 09- "Estava agradando tanto, que comecei a dirigir adjetivos pouco delicados à dona Tina.

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