DIREITO PROCESSUAL PENAL

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1 DIREITO PROCESSUAL PENAL Procedimento penal Procedimento Especial dos Crimes de Competência do Parte 5 Prof. Gisela Esposel

2 - Dos debates: - Concluída a instrução iniciam-se os debates - Inicialmente será concedida a palavra ao Ministério Público. Havendo assistente da acusação, este falará depois do MP e, tratando-se de ação penal privada, falará em primeiro lugar o querelante e em seguida o Ministério Público, salvo se houver retomado a ação como parte principal, nos termos do artigo 29 do CPP 9 ação penal privada subsidiária da pública)

3 - Caberá à acusação e, após, à defesa o tempo de 1 hora e 30 minutos, após concede-se 1 hora de réplica e 1 hora para tréplica - Será atribuição do juiz presidente regulamentar, durante os debates, a intervenção de uma das partes, quando a outra estiver com a palavra, concedendo até 03 minutos para cada aparte requerido, que serão acrescidos do tempo desta última

4 - Artigo 478 do CPP Durante os debates, as partes não poderão, sob pena de nulidade, fazer referências: - À decisão de pronúncia, às decisões posteriores que julgaram admissível a acusação ou a determinação do uso de algemas como argumento de autoridade que beneficiem ou prejudiquem o acusado - Ao silêncio do acusado ou à ausência de interrogatório por falta de requerimento, em seu prejuízo

5 - Artigo 479 do CPP Durante o julgamento não será permitida a leitura de documento ou a exibição de objeto que não tiver sido juntado aos autos com a antecedência mínima de 3(três) dias úteis, dando-se ciência à outra parte - Parágrafo único Compreende-se na proibição deste artigo a leitura de jornais ou qualquer outro escrito, bem como a exibição de vídeos, gravações, fotografias, laudos, quadros, croqui ou qualquer outro meio assemelhado, cujo conteúdo versar sobre a matéria de fato submetida à apreciação e julgamento dos jurados

6 - Evita-se a surpresa e eventual violação ao princípio do contraditório e direito de defesa - Caso surja um documento relevante que não possa ser juntado no prazo mínimo, o correto será dissolver o conselho de sentença, determinar a juntada do documento e vista para outra parte. Após será marcado novo julgamento com, obviamente, novos jurados - Artigo 481 do CPP se a verificação de qualquer fato, reconhecida como essencial para o julgamento da causa, não puder ser realizada imediatamente, o juiz presidente dissolverá o Conselho, ordenando a realização das diligências entendidas necessárias

7 - Da quesitação: - Encerrados os debates, passa-se para o momento em que serão formuladas as perguntas e proferida a votação - A pronúncia passa a ser a principal fonte dos quesitos. Caso seja alegada alguma agravante acusação ou atenuante pela defesa, caberá ao juiz presidente, decidir pela incidência e a influência na dosimetria da pena - As perguntas serão claras e precisas para que os jurados possam compreender e, somente podem ser quesitadas as matérias de fato, jamais conceitos jurídicos (culpa, dolo, tentativa, consumação etc)

8 - Parágrafo único do artigo 482 do CPP Os quesitos serão redigidos em proposições afirmativas, simples e distintas, de modo que cada um deles possa ser respondido com suficiente clareza e necessária precisão. Na sua elaboração, o presidente levará em conta os termos da pronúncia ou das decisões posteriores que julgaram admissível a acusação, do interrogatório e das alegações das partes

9 - O primeiro quesito será sobre a materialidade do fato, se mais de 03 jurados responderem sim, afirma a existência do fato e autoriza a formulação dos demais quesitos - Exemplo: no dia tal, por volta das tantas horas, na rua X, fulano de tal foi atingido por disparos de arma de fogo, sofrendo as lesões descritas no auto de necrópsia de fls., que causaram a sua morte? - A resposta negativa de 4 jurados leva a absolvição, encerrando-se a votação e julgamento

10 - O segundo quesito refere-se a autoria ou participação - Pergunta-se: o réu fulano de tal desferiu tiros referidos no quesito anterior ( autoria) ou concorreu para a morte da vítima desferindo tiros (participação) - A resposta positiva de 4 jurados resulta no reconhecimento da autoria ou participação, e aresposta negativa leva à absolvição - O terceiro quesito será formulado quando os jurados responderem de forma ativamente aos dois anteriores

11 - Artigo 483 parágrafo 2º - Respondidos afirmativamente por mais de 3(três) jurados os quesitos relativos aos incisos I e II do caput deste artigo será formulado quesito com a seguinte redação: o jurado absolve o acusado? - É um quesito obrigatório, qualquer que seja a tese da defesa ( excludentes da ilicitude etc) - Assim, não será cada tese perguntada separadamente - Se mais de 3 responderem sim ao terceiro quesito, estará o réu absolvido da imputação e, havendo crime conexo iniciará a quesitação em relação ao mesmo

12 - Se os jurados responderem de forma negativa, o réu está condenado, prosseguindo-se a votação com a indagação sobre eventuais causas de diminuição da pena, eventualmente alegadas pela defesa em plenário, e sobre qualificadoras ou causas de aumento de pena reconhecidas na pronúncia - artigo 483 parágrafo 3º CPP Decidindo os jurados pela condenação, o julgamento prossegue, devendo ser formulado quesitos sobre: - I - Causa de diminuição de pena alegada pela defesa

13 - II circunstância qualificadora ou causa de aumento de pena, reconhecidas na pronúncia ou em decisões posteriores que julgam admissível a acusação - Da desclassificação da infração - Artigo 483 parágrafo 4º do CPP sustentada a desclassificação da infração para outra de competência do juiz singular, será formulado quesito a respeito, para ser respondido após o 2º (segundo) ou 3º (terceiro) quesito, conforme o caso - Pergunta-se: o réu quis o resultado ou assumiu o risco de produzir a morte da vítima?

14 - Se responderem de forma afirmativa, prossegue a votação com o terceiro quesito. Se a resposta for negativa, acarreta a desclassificação cabendo ao juiz presidente proferir, em seguida, a sentença ( condenando ou absolvendo o réu por crime não doloso contra a vida, bem como definir a tipificação) - Controvérsia : formula-se o quesito genérico da absolvição antes ou depois da desclassificação? - Para alguns autores deverá ser formulado antes, mas a crítica é que neste caso os jurados ainda não firmaram a sua competência, pois não afirmaram a existência do dolo

15 - Outros afirmam que o quesito da absolvição dever ser feito após a tese da desclassificação, mas se os jurados desclassificarem, retiram o caso da competência do tribunal do júri e, portanto, não deveriam formular o quesito da absolvição, até porque estariam absolvendo quando não possuem mais competência para isso - E há um outro entendimento de que se faça primeiro o quesito da desclassificação e se esse for afirmativo passam ao quesito genérico da absolvição. Se este for negativo, considera-se a desclassificação realizada - Quando for negada a desclassificação, será ainda assim, formulado o da absolvição

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