CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
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- Victorio Luís de Sá Mota
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1 CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO HIGIENE DO TRABALHO Aula 2 Profª. MSc. Marta Cristina Wachowicz Especialista em Psicologia do Trabalho Mestre em Engenharia de Produção-Ergonomia 1
2 HIGIENE DO TRABAHO 1. Higiene do Trabalho 2. PPRA 3. Riscos Biológicos 4. Riscos Ambientais 5. Riscos Ergonômicos 6. Prevenção de Riscos Ocupacionais 2
3 REFERÊNCIAS BARBOSA FILHO, Antônio Nunes. Segurança do trabalho & gestão ambiental. 2. ed. São Paulo: Atlas, CARDELLA, Benedito. Segurança no trabalho e prevenção de acidentes: uma abordagem holística. São Paulo: Atlas,
4 REFERÊNCIAS MATTOS, U. A. de O.; MASCULO, F. S. (org.). Higiene e segurança do trabalho. Rio de Janeiro: Elsevier-Abepro, ZOCCHIO, Álvaro. Prática da prevenção de acidentes: abc da segurança do trabalho. 7. ed. São Paulo: Atlas,
5 SITES de PESQUISA ou ou
6 AULA 2 PPRA PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS 6
7 NR 9 -PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS Publicação Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 Alterações/Atualizações Portaria SSST n.º 25, de 29 de dezembro de
8 9.1 Do objeto e campo de aplicação Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados... 8
9 ... do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais -PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais... 9
10 ... existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. 10
11 9.1.2 As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da empresa, sob a responsabilidade do empregador, com a participação dos trabalhadores, sendo sua abrangência e profundidade dependentes das características dos riscos e das necessidades de controle. 11
12 9.1.3 O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo da preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais NR, em especial com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional -PCMSO previsto na NR-7. 12
13 9.1.5 Para efeito desta NR, consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador. 13
14 Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infra-som e o ultra-som. 14
15 Consideram-se agentes químicosas substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão. 15
16 Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros. 16
17 9.2 Da ESTRUTURA do PPRA O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá conter, no mínimo, a seguinte estrutura: a) planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma; 17
18 b) estratégia e metodologia de ação; c) forma do registro, manutenção e divulgação dos dados; d) periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA. 18
19 Deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, uma análise global do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades. 19
20 O documento-base e suas alterações e complementações deverão ser apresentados e discutidos na CIPA, quando existente na empresa, de acordo com a NR-5, sendo sua cópia anexada ao livro de atas desta Comissão. 20
21 9.3 Do DESENVOLVIMENTO do PPRA O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá incluir as seguintes etapas: a) antecipação e reconhecimentos dos riscos; 21
22 b) estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle; c) avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores; d) implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia; 22
23 e) monitoramento da exposição aos riscos; f) registro e divulgação dos dados. 23
24 A elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação do PPRA poderão ser feitas pelo Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho -SESMTou por pessoa ou equipe de pessoas que, a critério do empregador, sejam capazes de desenvolver o disposto nesta NR. 24
25 9.3.3 O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os seguintes itens, quando aplicáveis: a) a sua identificação; b) a determinação e localização das possíveis fontes geradoras; 25
26 c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de trabalho; d) a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos; 26
27 e) a caracterização das atividades e do tipo da exposição; f) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento da saúde decorrente do trabalho; 27
28 g) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na literatura técnica; h) a descrição das medidas de controle já existentes. 28
29 9.3.4 A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessária para: a) comprovar o controle da exposição ou a inexistência riscos identificados na etapa de reconhecimento; b) dimensionar a exposição dos trabalhadores; c) subsidiar o equacionamento das medidas de controle. 29
30 9.3.5 Das medidas de controle Deverão ser adotadas as medidas necessárias suficientes para a eliminação, a minimização ou o controle dos riscos ambientais sempre que forem verificadas uma ou mais das seguintes situações: 30
31 a) identificação, na fase de antecipação, de risco potencial à saúde; b) constatação, na fase de reconhecimento de risco evidente à saúde; c) quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos trabalhadores excederem os valores dos limites previstos na NR-15 (Atividade e Operações Insalubres). 31
32 d) quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo causal entre danos observados na saúde os trabalhadores e a situação de trabalho a que eles ficam expostos. 32
33 O estudo, desenvolvimento e implantação de medidas de proteção coletiva deverá obedecer à seguinte hierarquia: a) medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou a formação de agentes prejudiciais à saúde; 33
34 b) medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes no ambiente de trabalho; c) medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes no ambiente de trabalho. 34
35 A implantação de medidas de caráter coletivo deverá ser acompanhada de treinamento dos trabalhadoresquanto os procedimentos que assegurem a sua eficiência e de informação sobre as eventuais limitações de proteção que ofereçam. 35
36 Quando comprovado pelo empregador ou instituição a inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção coletiva ou quando estas não forem suficientes ou encontrarem-se em fase de estudo, planejamento ou implantação, ou ainda em caráter complementar ou emergencial... 36
37 ... deverão ser adotadas outras medidas, obedecendo-se à seguinte hierarquia: a) medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho; b) utilização de equipamento de proteção individual - EPI. (NR 6) 37
38 9.3.6 Do nível de ação Para os fins desta NR, considera-se nível de ação o valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites de exposição. 38
39 As ações devem incluir o monitoramento periódico da exposição, a informação aos trabalhadores e o controle médico. 39
40 Para o monitoramento da exposição dos trabalhadores e das medidas de controle, deve ser realizada uma avaliação sistemática e repetitiva da exposição a um dado risco, visando à introdução ou modificação das medidas de controle, sempre que necessário. 40
41 Deverá ser mantido pelo empregador ou instituição um registro de dados, estruturado de forma a constituir um histórico técnico e administrativo do desenvolvimento do PPRA Os dados deverão ser mantidos por um período mínimo de 20 (vinte) anos. 41
42 9.4 Das responsabilidades Do empregador: I. estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PPRA como atividade permanente da empresa ou instituição. 42
43 9.4.2 Dos trabalhadores: I. colaborar e participar na implantação e execução do PPRA; II. seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA; 43
44 III. informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que, a seu julgamento, possam implicar riscos à saúde dos trabalhadores. 44
45 9.5 Da informação Os trabalhadores interessados terão o direito de apresentar propostas e receber informações e orientações a fim de assegurar a proteção aos riscos ambientais identificados na execução do PPRA. 45
46 9.5.2 Os empregadores deverão informar os trabalhadores de maneira apropriada e suficiente sobre os riscos ambientais que possam originar-se nos locais de trabalho e sobre os meios disponíveis para prevenir ou limitar tais riscos e para proteger-se dos mesmos. 46
47 9.6 Das disposições finais Sempre que vários empregadores realizem simultaneamente atividades no mesmo local de trabalho terão o dever de executar ações integradas para aplicar as medidas previstas no PPRA visando a proteção de todos os trabalhadores expostos aos riscos ambientais gerados. 47
48 9.6.2 O conhecimento e a percepção que os trabalhadores têm do processo de trabalho e dos riscos ambientais presentes, incluindo os dados consignados no Mapa de Riscos, previsto na NR-5, deverão ser considerados para fins de planejamento e execução do PPRA em todas as suas fases. 48
49 9.6.3 O empregador deverá garantir que, na ocorrência de riscos ambientais nos locais de trabalho que coloquem em situação de grave e iminente risco um ou mais trabalhadores, os mesmos possam interromper de imediato as suas atividades, comunicando o fato ao superior hierárquico direto para as devidas providências. 49
50 MAPEAMENTO DE RISCOS 50
51 MAPA DE RISCO É uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais de trabalho (sobre a planta baixa da empresa, podendo ser completo ou setorial), capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores: acidentes e doenças de trabalho. 51
52 OBJETIVOS do MAPEAMENTO Conscientizar e informar os trabalhadores através da fácil visualização dos riscos existentes na empresa. 52
53 OBJETIVOS do MAPEAMENTO Reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho na empresa. 53
54 OBJETIVOS do MAPEAMENTO Possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre os trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção. 54
55 ELABORAÇÃO DOS MAPAS Conhecer o processo de trabalho no local analisado: os trabalhadores: número, sexo, idade, treinamentos profissionais e de segurança e saúde, jornada; os instrumentos e materiais de trabalho; as atividades exercidas; o ambiente. 55
56 Identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação específica dos riscos ambientais. 56
57 Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia. Medidas de proteção coletiva; medidas de organização do trabalho; medidas de proteção individual; medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouro, refeitório, área de lazer. 57
58 Identificar os indicadores de saúde, queixas mais frequentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos mesmos riscos, acidentes de trabalho ocorridos, doenças profissionais diagnosticadas, causas mais frequentes de ausência ao trabalho. 58
59 Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local. Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout da empresa, indicando através de círculos: a) O grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada. 59
60 b) O número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do círculo. c) A especificação do agente (por exemplo: químico -sílica, hexano, ácido clorídrico; ou ergonômico-repetitividade, ritmo excessivo) que deve ser anotada também dentro do círculo. 60
61 d) A intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser representada por tamanhos proporcionalmente diferentes de círculos. 61
62 e) Quando em um mesmo local houver incidência de mais de um risco de igual gravidade, utiliza-se o mesmo círculo, dividindo-o em partes, pintando-as com a cor correspondente ao risco. 62
63 f) Após discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou setorial, deverá ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visível e de fácil acesso para os trabalhadores. 63
64 Simbolização da Gravidade do Risco 64
65 65
66 66
67 67
68 68
69 69
70 70
71 71
72 O Mapa de Riscos tem origem italiana e começou a ser utilizado no Brasil pela década de Incorporado a NR 5 CIPA, e sua elaboração passou a ser obrigatória com a participação dos trabalhadores e elaborado pelos cipeiros. 72
73 NR 5 -COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES Publicação Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de /07/78 Alterações/Atualizações Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de
74 DAS ATRIBUIÇÕES 5.16 A CIPA terá por atribuição: a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver; 74
75 DAS ATRIBUIÇÕES 5.16 A CIPA terá por atribuição: b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde no trabalho; 75
76 A concepção do Mapatambém contempla estudos sobre segurança e medicina do trabalhoe desde forma tende a oferecer uma visão geral dos postos de trabalho. É uma forma de pressionar os empregadores a melhorarem as condições dos locais de trabalho. 76
77 É um excelente instrumento para auxiliar na prevenção de acidentes, falhas e doenças ocupacionais. 77
78 Como finalidade informativa para os trabalhadores é válida pois estes têm direito garantido por lei de serem informados sobre os riscos existentes em seu ambiente de trabalho. 78
79 Como finalidade pedagógica se faz necessário instruir os trabalhadores sobre os perigos para que os departamentos ou pessoas responsáveis ofereçam capacitações para que estes venham a conhecer os meios de proteção. 79
80 A empresa em contrapartida tem por obrigação legal de informar os trabalhadores dos riscos existentes, como também, tomar medidas preventivas. Todo o mapeamento realizado deve ficar disponibilizado em local visível para funcionários e visitantes. 80
81 Os cipeiros, por meio das recomendações dos empregadores, sugerem mudanças nos postos de trabalho, com o objetivo de identificar e eliminar os riscos nos ambientes de trabalho. 81
82 Os primeiros mapas foram realizados na Itália no início da década de 1970 com o objetivo bem definido de informação ao trabalhador sobre a intensidade dos riscos de cada área de trabalho e a que tipo de risco ele estaria exposto. 82
83 No Brasil, somente no início de 1980 é que se realização os primeiros mapeamentos e se atribui este fato para a preocupação que o Sindicato dos Metalúrgicos, em Osasco demonstrou mediante debates e cursos preparatórios para a formação de instrutores na realização dos mapas. 83
84 Atualmente, o grande problema para os cipeiros é a falta de instrução específica para a confecção exata do Mapa de Riscos Ambientais, instrução esta que deve elucidar uma das atividades mais nobres da CIPA, que é a confecção do mapa. 84
85 Especialistas apontam a necessidade de cursos de no mínimo 20 horas de treinamento para o entendimento completo, tanto teórico quanto prático, para a elaboração correta e conscienciosa dos Mapas de Riscos Ambientais. 85
86 Assim sendo o Mapa de Riscos Ambientais é um modelo participativo onde trabalhadores e empregadores estão aliados para reduzir ou evitar os acidentes e as doenças ocupacionais. 86
87 NR 7 -PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL Publicação Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de
88 Alterações/Atualizações Portaria SSMT n.º 12, de 06 de junho de /06/83 Portaria SIT n.º 236, de 10 de junho de
89 7.1 DO OBJETO Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados... 89
90 ... do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional -PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. 90
91 7.1.3 Caberá à empresa contratante de mão-de-obra prestadora de serviços informara empresa contratada dos riscos existentes e auxiliar na elaboração e implementação do PCMSO nos locais de trabalho onde os serviços estão sendo prestados. 91
92 7.2 DAS DIRETRIZES O PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no campo da saúde dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais NR. 92
93 7.2.2 O PCMSOdeverá considerar as questões incidentes sobre o indivíduo e a coletividade de trabalhadores, privilegiando o instrumental clínico-epidemiológico na abordagem da relação entre sua saúde e o trabalho. 93
94 7.2.3 O PCMSOdeverá ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, inclusive de natureza subclínica, além da constatação da existência de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores. 94
95 7.2.4 O PCMSOdeverá ser planejado e implantado com base nos riscos à saúde dos trabalhadores, especialmente os identificados nas avaliações previstas nas demais NR. 95
96 7.4 DO DESENVOLVIMENTO DO PCMSO O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos: a) admissional b) periódico 96
97 7.4 DO DESENVOLVIMENTO DO PCMSO c) de retorno ao trabalho d) de mudança de função e) demissional 97
98 7.4.2 Os exames de que trata o item compreendem: a) avaliação clínica, abrangendo anamnese ocupacional e exame físico e mental; b) exames complementares, realizados de acordo com os termos específicos nesta NR e seus anexos. 98
99 no exame médico periódico, de acordo com os intervalos mínimos de tempo abaixo discriminados: a) para trabalhadores expostos a riscos ou a situações de trabalho que impliquem o desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional, ou, ainda, para aqueles que sejam portadores de doenças crônicas, os exames deverão ser repetidos: 99
100 a.1) a cada ano ou a intervalos menores, a critério do médico encarregado, ou se notificado pelo médico agente da inspeção do trabalho, ou, ainda, como resultado de negociação coletiva de trabalho; 100
101 a.2) de acordo com à periodicidade especificada no Anexo n.º 6 da NR 15, para os trabalhadores expostos a condições hiperbáricas; NR 15 Atividades e Operações Insalubres 101
102 b) para os demais trabalhadores: b.1) anual, quando menores de 18 (dezoito) anos e maiores de 45 (quarenta e cinco) anos de idade; b.2) a cada dois anos, para os trabalhadores entre 18 (dezoito) anos e 45 (quarenta e cinco) anos de idade. 102
103 7.4.4 Para cada exame médico realizado, previsto no item 7.4.1, o médico emitirá o Atestado de Saúde Ocupacional -ASO, em 2 (duas) vias. 103
104 7.4.5 Os dados obtidos nos exames médicos, incluindo avaliação clínica e exames complementares, as conclusões e as medidas aplicadas deverão ser registrados em prontuário clínico individual, que ficará sob a responsabilidade do médico-coordenador do PCMSO. 104
105 Os registros a que se refere o item deverão ser mantidos por período mínimo de 20 (vinte) anos após o desligamento do trabalhador. 105
106 7.4.6 O PCMSO deverá obedecer a um planejamento em que estejam previstas as ações de saúde a serem executadas durante o ano, devendo estas ser objeto de relatório anual. 106
107 O relatório anual deverá ser apresentado e discutido na CIPA, quando existente na empresa, de acordo com a NR 5, sendo sua cópia anexada ao livro de atas daquela comissão. 107
108 Sendo constatada a ocorrência ou agravamento de doenças profissionais, através de exames médicos que incluam os definidos nesta NR; ou sendo verificadas alterações que revelem qualquer tipo de disfunção de órgão ou sistema biológico
109 ... através dos exames constantes dos Quadros I (apenas aqueles com interpretação SC) e II, e do item da presente NR, mesmo sem sintomatologia, caberá ao médicocoordenador ou encarregado: 109
110 a) solicitar à empresa a emissão da Comunicação de Acidente do Trabalho - CAT; ( / I1). b) indicar, quando necessário, o afastamento do trabalhador da exposição ao risco, ou do trabalho; ( / 12). 110
111 c) encaminhar o trabalhador à Previdência Social para estabelecimento de nexo causal, avaliação de incapacidade e definição da conduta previdenciária em relação ao trabalho; ( / I1). 111
112 d) orientar o empregador quanto à necessidade de adoção de medidas de controle no ambiente de trabalho. ( / I1). 112
113 7.5. Dos primeiros socorros Todo estabelecimento deverá estar equipado com material necessário à prestação dos primeiros socorros, considerando-se as características da atividade desenvolvida
114 7.5. Dos primeiros socorros.... manter esse material guardado em local adequado e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim. 114
115 ASO ATESTADO DE SAUDE OCUPACIONAL 115
116 O ASO -Atestado de Saúde Ocupacional, deve conter os seguintes dados, no mínimo: a) nome completo do trabalhador, o número de registro de sua identidade e sua função. 116
117 b) os riscos ocupacionais específicos existentes, ou a ausência deles, na atividade do empregado, conforme instruções técnicas expedidas pela Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho SSST. 117
118 c) indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido o trabalhador, incluindo os exames complementares e a data em que foram realizados. d) nome do médico coordenador, quando houver, com respectivo CRM. 118
119 e) definição de apto ou inapto para a função específica que o trabalhador vai exercer, exerce ou exerceu. f) nome do médico encarregado do exame e endereço ou forma de contato. 119
120 g) data e assinatura do médico encarregado do exame e carimbo contendo seu número de inscrição no Conselho Regional de Medicina. 120
121 Para cada exame médico realizado dentro da rotina do PCMSO o médico emitirá o ASO em pelo menos duas vias
122 A primeira via ficara arquivada no local de trabalho do trabalhador (inclusive em canteiros de obras e frentes de serviço) e a segunda via será entregue ao trabalhador mediante recibo na primeira via. 122
123 O APTO ou INAPTO é a conclusão a que o médico chega para decidir se o empregado poderia ou não trabalhar em determinada função. Conferindo "apto" isso não quer dizer que a pessoa não tenha doenças quer dizer que, para aquela função que vai citada no ASO, a pessoa está pronta a executá-la. 123
124 Conferindo "inapto" isso não quer dizer que a pessoa tenha doenças graves ou sérias quer dizer que, para aquela função que vai citada no ASO, a pessoa está contraindicada. A pessoa deverá estar apta ou inapta para a função e não para a admissão ou demissão. 124
125 O empregado pode estar apto para uma determinada função e não estar apto para uma outra. Por exemplo, um trabalhador idoso e hipertenso controlado pode estar apto para trabalhar como recepcionista e não estar apto para trabalhar como servente de pedreiro. 125
126 O que significa "aptidão para a função"? Se, na admissão, o candidato for considerado inapto, o mesmo não deverá ser admitido até que recupere sua aptidão para aquela função ele pode estar perfeitamente apto para outras funções
127 ... não disponíveis naquela empresa ou naquele momento. Se o candidato foi considerado apto no exame admissional então ele poderá ser admitido. 127
128 Se no exame médico demissional o empregado receber "apto" no ASO, isso quer dizer que ele está bem para desenvolver aquela determinada função se ele estivesse sendo admitido ao invés de demitido, então poderia normalmente trabalhar naquela função. 128
129 Se, porventura, quando do exame médico demissional for constatada alguma doença verificar-se-á: tem nexo com o trabalho? Então o empregado não será demitido, será emitida a CAT, e será encaminhado ao INSS. 129
130 não tem nexo com o trabalho e a doença constatada não o impediria de executar aquela função ou ser admitido na empresa se o exame fosse admissional? Então, o empregado continua apto para a função. 130
131 não tem nexo com o trabalho, mas o empregado não seria admitido se a portasse num exame admissional porque a doença se encontra descompensada, ou seja, necessitando e tratamento urgente e indicando um afastamento do trabalho, caso o empregado não estivesse sendo demitido. 131
132 Nesta situação, orienta-se (e nisso somos orientados pela Delegacia Regional do Trabalho e pelo Conselho Regional de Medicina) a conceder "inapto" e encaminhar para o INSS. Quando do retorno ao trabalho a partir da alta pelo INSS, então poder-se-á prosseguir com a demissão. 132
133 Como se elabora o PCMSO? Deve ser elaborado a partir de visitas técnicas que o médico fará à empresa que o contratou. Assim, será procedido um reconhecimento prévio dos riscos ocupacionais existentes, do processo produtivo, dos postos de trabalho
134 ... das possíveis fontes de doenças ocupacionais, etc. Sem essa análise do local de trabalho, será impossível traçar as diretrizes para a elaboração do PCMSO. Neste momento torna-se importante destacar que o PCMSO não é um contrato, ou simplesmente o fornecimento de atestado médico. 134
135 O ASO traz informações como os riscos ocupacionais específicos, exames realizados e conclusão por aptidão ou inaptidão. Estas informações somente são possíveis, em boa parte das vezes, a partir do momento em que o médico conhece o local de trabalho e a sistemática deste trabalho. 135
136 Será necessário mostrar ao fiscal do trabalho que os riscos para ambas as funções previstos no PCMSO não são diferentes sem tal procedimento a empresa poderá ser notificada ou multada. 136
137 Por isso, embora não haja a obrigação legal, orienta-se sempre as empresas no sentido de remeterem a exame médico toda e qualquer mudança de função mesmo que não haja mudança de risco. 137
138 Os exames complementares podem ser feitos pelo SUS? De acordo com a lei, não. O empregador deverá pagar por si mesmo tais exames. 138
LEGISLAÇÃO DO REGISTRO DE DADOS.
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