Curso de Extensão Perícia em Saúde. Disciplina: Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho. Prof. Dr. Ildeberto Muniz de Almeida 28/05/2011
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1 Curso de Extensão Perícia em Saúde Disciplina: Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho 28/05/
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3 Introdução à Saúde do Trabalhador Trabalho pode fazer mal à saúde - Identificar e avaliar nocividades ( perigos e riscos) potenciais: Como? Critérios de Engenharia de Segurança, Higiene Ocupacional, Epidemiologia Novo olhar: complexidade estrutural, atividade e riscos emergentes [...] Legislação estabelece direitos e deveres Informar riscos NR 1 Equipe encarregada de avaliar e agir NR 4 PCMSO NR7; PPRA NR9; Ergonomia NR17; Estabelecimentos de saúde NR32 Papéis das equipes de Saúde do Trabalhador na atenção individual -3-
4 Módulo Legislação do Trabalho e Segurança e Saúde no Trabalho NR 7 e NR-9 NR 7: PCMSO Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. Caberá a empresa contratante de mão de obra prestadoras de serviços informar à empresa contratada os riscos existentes e auxiliar na elaboração e implementação do PCMSO nos locais de trabalho, onde os serviços estão sendo prestados. O PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no campo da saúde dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas de mais Normas. O PCMSO deverá considerar as questões incidentes sobre o indivíduo e a coletividade de trabalhadores, privilegiando o instrumental clínicoepidemiológico na abordagem da relação entre sua saúde e o trabalho. O PCMSO deverá ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, inclusive de natureza subclínica, além da constatação da existência de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores. O PCMSO deverá ser planejado e implantado com base nos riscos a saúde dos trabalhadores, especialmente os identificados nas avaliações previstas nas demais NRs. -4-
5 O médico coordenador do Programa deve possuir, obrigatoriamente especialização em Medicina do Trabalho. Os médicos do trabalho registrados no Ministério do Trabalho até a data da publicação da Portaria 11, citada acima, ou registrados nos respectivos conselhos profissionais, tem seus direitos assegurados para o exercício da medicina do trabalho, conforme artigo 4 da citada Portaria, e a- inda nos termos da Portaria MTb/SSST nº 25 de 27/07/89. Ficam desobrigadas de indicar médico coordenador as empresas de grau de risco 1 e 2, segundo o Quadro I da NR 4, com até 25 empregados e aquelas de grau de risco 3 e 4 segundo o Quadro I da NR 4, com até 10 empregados. As empresas com mais de 25 empregados e até 50 empregados, enquadradas no grau de risco 1 e 2, segundo o Quadro I da NR 4, poderão estar desobrigadas de indicar médico coordenador em decorrência de negociação coletiva. As empresas com mais de 10 empregados e com até 20 empregados, enquadradas no grau de risco 3 e 4, segundo o Quadro I da NR 4, poderão estar desobrigadas de indicar médico do trabalho coordenador em decorrência de negociação coletiva, assistida por profissional do órgão regional competente em segurança e saúde do trabalho Por determinação do Delegado Regional do Trabalho, com base no parecer técnico conclusivo da autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do trabalhador, ou em decorrência de negociação coletiva, as empresas poderão ter a obrigatoriedade de indicação de médico coordenador, quando suas condições representarem potencial de risco grave aos trabalhadores Compete ao médico coordenador: realizar os exames médicos previstos no item 7.4.1, ou encarregar os mesmos a profissional médico familiarizado com os princípios da patolo- -5-
6 gia ocupacional e suas causas, bem como com o ambiente, as condições de trabalho e os riscos a que esta ou será exposto cada trabalhador da empresa a ser examinado; encarregar dos exames complementares previstos nos itens, quadros e anexos desta NR, profissionais e/ou entidades devidamente capacitados, equipados e qualificados. O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos 1. Admissional:antes do início 2. Periódico: 18 e 45 anos 3. De retorno ao trabalho: mais de 30 dias de afastamento 4. De mudança de função: se houver alteração dos riscos 5. Demissional. 135 dias risco 1 e 2; 90 dias risco 3 e 4 Os exames compreendem: avaliação clínica, abrangendo anamnese ocupacional e exame físico e mental; exames complementares, realizados de acordo com os termos especificados na NR e seus anexos. Para cada exame médico realizado, previsto no item 7.4.1, o médico e- mitirá o Atestado de Saúde Ocupacional - ASO, em duas vias. A primeira via do ASO ficará arquivada no local de trabalho do trabalhador, inclusive frente de trabalho ou canteiro de obras, a disposição da fiscalização do trabalho. -6-
7 A segunda via do ASO será obrigatoriamente entregue ao trabalhador, mediante recibo na primeira via. O ASO deverá conter no mínimo: a) nome completo do trabalhador, o número de registro de sua identidade, e sua função b) os riscos ocupacionais específicos, ou a ausência deles na atividade do empregado, conforme instruções técnicas expedidas pela Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho - SSST. c) indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido o trabalhador, incluindo os exames complementares e a data em que foram realizados; d) o nome do médico coordenador, quando houver, com respectivo CRM; e) definição de apto ou inapto para a função especifica que o trabalhador vai exercer, exerce ou exerceu; f) nome do médico encarregado do exame e endereço ou forma de contato; g) data e assinatura do médico encarregado do exame e carimbo contendo seu número de inscrição no Conselho Regional de Medicina. O PCMSO deverá obedecer a um planejamento em que estejam previstas as ações de saúde a serem executadas durante o ano, devendo estas ser objeto de relatório anual. O relatório anual deverá discriminar, por setores da empresa, o número e a natureza dos exames médicos, incluindo avaliações clínicas e exames complementares, estatísticas de resultados considerados anormais, assim como o planejamento para o próximo ano, tomando como base o modelo proposto no Quadro III desta NR. -7-
8 O relatório anual deverá ser apresentado e discutido na CIPA, quando existente na empresa, de acordo com a NR-5, sendo sua cópia anexada ao livro de atas daquela Comissão. O relatório anual do PCMSO poderá ser armazenado na forma de arquivo informatizado, desde que este seja mantido de modo a proporcionar o imediato acesso por parte do agente da inspeção do trabalho. As empresas desobrigadas de indicarem médico coordenador, ficam dispensadas de elaborar o Relatório Anual NR 9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais Todas as empresas, independentemente de seu porte, estão obrigadas a elaborar e implantar esse Programa, através das fases de: - Antecipação; - Reconhecimento; - Avaliação; - Monitoração das exposições; - Implantação de medidas de controle de riscos existentes nos ambientes de trabalho. - A Norma não define o tipo de profissional que ficará encarregado do PPRA, a não ser que haja SESMT na empresa, que será a equipe responsável. - Não havendo o SESMT, o empregador deverá definir pessoa ou equipe, que o mesmo entender capaz de desenvolver o PPRA, podendo envolver Técnicos de Segurança do Trabalho, Médicos do Trabalho e Engenheiros de Segurança do Trabalho, empregados ou não da empresa, e/ou assessores contratados, que possam avaliar riscos e propor soluções e cronogramas. -8-
9 [...] Parte do conjunto das iniciativas da empresa [..] ST; Articulado com o exigido em todas as outras NRs, em especial o PCMSO, e a NR-17, sobre Ergonomia; São abrangidos [...] riscos físicos, químicos e biológicos existentes no trabalho, capazes de causar danos à ST. Deve haver um documento-base, de responsabilidade de profissional ou equipe indicados pela empresa e; [...] relatórios e documentos do PPRA devem ser discutidos com a CIPA para conhecimento e envolvimento dos trabalhadores [...] no programa. A elaboração [...] inclui registro e a divulgação de dados. Levar em conta o conhecimento e a percepção dos riscos pelos próprios trabalhadores; Os documentos e registros guardados por mínimo de 20 anos. Deverão ser adotadas medidas necessárias e suficientes para a e- liminação ou controle dos riscos quando identificados na fase de antecipação, no reconhecimento e levantamento desses riscos e quando os resultados das avaliações ambientais excederem valores limites previstos na NR-15, ou, na falta deles, valores de limites de exposição ocupacional adotados pela ACGIH - American Conference of Governmental Industrial Higyenists, ou outros, mais rígidos, estabelecidos em negociação coletiva de trabalho. As propostas de controle dos riscos sempre deverão priorizar as medidas coletivas, com eliminação ou redução da utilização ou formação de agentes prejudiciais à saúde e sua disseminação nos locais de trabalho. Se comprovada a inviabilidade técnica ou insuficiência de medidas coletivas de controle, e durante sua implantação, deverão ser tomadas medidas administrativas e na organização do trabalho para redução da exposição dos trabalhadores aos riscos detectados. -9-
10 Uso de EPI Secundariamente, dentro de rigor técnico e normativo, poderá haver a utilização de Equipamentos de Proteção Individual, EPI, nas circunstâncias determinadas pela NR-6 da mesma Portaria 3214/78, quais sejam: quando medidas coletivas de proteção forem tecnicamente inviáveis ou não protegerem totalmente contra os riscos ocupacionais; enquanto medidas coletivas estiverem sendo implantadas; Em situações de emergência. Não é cabível situação em que qualquer programa de controle de riscos ambientais no trabalho baseie-se exclusivamente na distribuição e uso de EPI Níveis de Ação Valores acima dos quais devem ser iniciadas ações preventivas, incluindo o monitoramento periódico da exposição, informação aos trabalhadores e controle médico. Para agentes químicos o Nível de Ação é a metade do Limite de Tolerância estabelecido legalmente Para ruído, doses superiores a 50 % dos limites estabelecidos na NR-15. A NR 9 estabelece a possibilidade do trabalhador interromper de imediato atividades que o coloquem em grave e iminente risco, com comunicação aos superiores para as devidas providências. Fica definido que o PPRA é por estabelecimento, com a participação dos trabalhadores daquele local e será mais detalhado dependendo dos ris- -10-
11 cos e da necessidade de controle dos mesmos. A empresa que tiver muitos estabelecimentos ou locais de trabalho deverá adequar seu PPRA a essa situação. Como não há empresa desobrigada do PPRA, aquelas empresas menores e de poucos riscos poderão elaborar um PPRA simplificado em que fiquem registradas as fases de antecipação e reconhecimento e os dados devidamente tabulados, para fins de fiscalização e de prestação de informações aos trabalhadores. Se necessário, a negociação coletiva com o sindicato da categoria dos trabalhadores poderá acordar com a empresa parâmetros mais rígidos para o PPRA da mesma, em vista dos riscos encontrados. Agentes físicos Diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como ruído (infra-som e o ultra-som), vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes. Agentes químicos Substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão. Agente biológicos Bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros. -11-
12 Estrutura Mínima do PPRA Planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma; Estratégia e metodologia de ação; Forma de registro, manutenção e divulgação dos dados; Periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA. Análise Global Deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, uma análise global do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades. Cronograma O cronograma deverá indicar claramente os prazos para o desenvolvimento das etapas e cumprimento das metas do PPRA. Essa a fase mais crítica do PPRA, já que a elaboração de cronograma cria para a própria empresa uma obrigação de prazo a ser cumprido, e, evidentemente, de custeio das alterações programadas para a consecução das metas estabelecidas. Antecipação A antecipação deverá envolver a análise de projetos de novas instalações, métodos ou processos de trabalho,ou de modificação dos já exis- -12-
13 tentes, visando identificar os riscos potenciais e introduzir medidas de proteção para sua redução ou eliminação. Reconhecimento O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os seguintes itens, quando aplicáveis: - sua identificação - a determinação e localização das possíveis fontes geradoras - a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos a- gentes no ambiente de trabalho Identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos; Caracterização das atividades e do tipo da exposição; Obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento da saúde decorrente do trabalho; Possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na literatura técnica; Descrição das medidas de controle já existente. Controle coletivo Deverão ser descritas medidas de controle coletivas como exaustores, ventilação, barreiras contra ruído, e individuais, já em uso na empresa, com avaliação de sua eficácia e real aplicabilidade. Avaliação Quantitativa -13-
14 Deverá ser realizada sempre que necessária para: comprovar o controle da exposição ou a inexistência dos riscos i- dentificados na etapa de reconhecimento; dimensionar a exposição dos trabalhadores; subsidiar o equacionamento das medidas de controle. A avaliação quantitativa é a medida através de aparelhagem técnica a- dequada das concentrações de agentes físicos e químicos no ambiente de trabalho, de acordo com as técnicas e métodos mais corretos para aqueles determinados riscos. Note-se que não se trata de perícias para avaliação de direito a Adicionais de Insalubridade e similares, sim de comprovação ambiental da e- xistência ou não de riscos, seu dimensionamento e fornecimento de dados para o planejamento da forma de controle a ser adotada. Medidas de controle Deverão ser adotadas as medidas necessárias e suficientes para a eliminação, a minimização ou o controle dos riscos ambientais sempre que forem verificadas uma ou mais das seguintes situações: identificação, na fase de antecipação, de risco potencial à saúde; constatação, na fase de reconhecimento, de risco evidente à saúde; Quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos trabalhadores excederem os valores dos limites previstos na NR- 15 ou, na ausência destes, os valores de limites de exposição ocupacional adotados pela ACGIH - American Conference of Governmental Industrial Higyenists, ou aqueles que venham a ser estabelecidos em negociação coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os critérios técnicos-legais estabelecidos; -14-
15 Quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo causal entre danos observados na saúde dos trabalhadores e a situação de trabalho a que eles ficam expostos. Quanto mais precoces as medidas de controle, provavelmente mais efetivas elas serão, como nas fases de projeto, na construção de instalações, na instalação de máquinas, por exemplo. Na fase de reconhecimento, se constatado risco evidente á saúde, como presença de substancias químicas tóxicas, medidas de controle coletivas deverão ser tomadas, dentro do PPRA. A legislação aqui amplia o conceito de Limite de Tolerância legal nas normas brasileiras, já que a NR-15, que contém os Limites de Tolerância e conceitos de Insalubridade, atualmente em vigor, é de 1978 e seu conteúdo é tímido frente à introdução de novas tecnologias e milhares de produtos químicos no mercado a cada ano, incluindo agentes potencialmente cancerígenos. Fica estabelecido que, na falta de valor definido na NR-15 brasileira, deverão ser utilizados parâmetros da ACGIH americana A negociação coletiva do trabalho, desde que defina critérios mais rígidos ainda, poderá definir outros Limites, a serem seguidos pelas empresas. Hierarquia de controle O estudo, desenvolvimento e implantação de medidas de proteção coletiva deverá obedecer à seguinte hierarquia: Medidas que eliminem ou reduzam a utilização ou a formação de agentes prejudiciais à saúde; Medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes no ambiente de trabalho; -15-
16 Medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes no ambiente de trabalho. Corresponde à eficácia dos métodos de controle coletivo: Serão mais eficientes se anular a formação ou utilização de agentes prejudiciais, com troca de matéria prima, por exemplo. A seguir, a prevenção da liberação ou disseminação dos agentes no ambiente, com exaustão, captação, neutralização, enclausuramento de processos, diretamente na fonte é a forma mais adequada de controle. Em terceiro lugar, trabalhando em ventilação exaustora, por exemplo, pode-se diminuir a concentração ambiental de diversos agentes no ambiente de trabalho. Treinamento dos trabalhadores A implantação de medidas de caráter coletivo deverá ser acompanhada de treinamento dos trabalhadores quanto aos procedimentos que assegurem a sua eficiência e de informação sobre as eventuais limitações de proteção que ofereçam. Inviabilidade das medidas coletivas Quanto comprovado pelo empregador ou instituição a inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção coletiva, ou quando estas não forem suficientes ou encontrarem-se em fase de estudo, planejamento ou implantação, ou ainda em caráter complementar ou emergencial, deverão ser adotadas outras medidas, obedecendo-se a seguinte hierarquia: - medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho -16-
17 - Uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) Medidas de caráter administrativo são, por exemplo, alterações na jornada de trabalho, redução da mesma, colocação de pausas na atividade, repouso em ambiente não contaminado, execução de tarefas poluidoras em horários com menos trabalhadores na fábrica. Uso de EPI A utilização de EPI deverá considerar as Normas Legais e Administrativas em vigor e envolver, no mínimo: Seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco a que o trabalhador está exposto e à atividade exercida, considerando-se a eficiência necessária para o controle da exposição ao risco e o conforto oferecido segundo avaliação do trabalhador usuário. Programa de treinamento dos trabalhadores quanto à sua correta utilização e orientação sobre as limitações de proteção que o EPI oferece Estabelecimento de normas ou procedimentos para promover o fornecimento, o uso, a guarda, a higienização, a conservação, a manutenção e a reposição do EPI, visando garantir as condições de proteção o- riginalmente estabelecidas Caracterização das funções ou atividades dos trabalhadores, com a respectiva identificação dos EPI's utilizados para os riscos ambientais. -17-
18 Avaliação O PPRA deve estabelecer critérios e mecanismos de avaliação da eficácia das medidas de proteção implantadas considerando os dados obtidos nas avaliações realizadas e no controle médico da saúde previsto na NR-7. A curto, médio e longo prazo, deverão estar estabelecidos critérios de coleta de dados, comparações e avaliações, a nível ambiental e no controle médico dos trabalhadores, para avaliação da eficácia do programa implantado. Avaliação sistemática Para o monitoramento da exposição dos trabalhadores e das medidas de controle, deve ser realizada avaliação sistemática e repetitiva da exposição a um dado risco, visando a introdução ou modificação das medidas de controle, sempre que necessário. O PPRA não tem data limite, sendo permanente e vivo. Implementar e assegurar o cumprimento do PPRA significa acatar as orientações técnicas, investir nas medidas de controle, cumprir os cronogramas definidos, atuar nos níveis de ação e arquivar adequadamente os dados obtidos. -18-
19 Participação dos trabalhadores Os trabalhadores interessados terão o direito de apresentar propostas e receber informações a fim de assegurar a proteção aos riscos ambientais identificados na execução do PPRA. Os empregadores deverão informar os trabalhadores de maneira apropriada e suficiente sobre os riscos ambientais que possam originar-se nos locais de trabalho e sobre os meios disponíveis para prevenir ou limitar tais riscos e para proteger -se dos mesmos. Vários empregadores Sempre que vários empregadores realizem simultaneamente atividades no mesmo local de trabalho terão o dever de executar ações integradas para aplicar as medidas previstas no PPRA visando a proteção de todos os trabalhadores expostos aos riscos ambientais gerados. PCMAT A elaboração do Programa visa a adoção de procedimentos de planejamento, previsibilidade e gerenciamento quanto às medidas de proteção a serem observadas em cada fase da obra e em razão dos riscos existentes. Assim, qualquer que seja a obra, deverá haver um programa de prevenção de riscos. Em caso de existência de menos de 20 trabalhadores, é obrigatória a realização do PPRA. O PPRA, para ser considerado adequado à obra, deverá atender e prever todos os requisitos e condições de segurança previs- -19-
20 tos pela NR-18, ou seja, o PPRA deverá incluir a especificação, também, das medidas de proteção coletiva de acordo com a fase da obra. O PCMAT deve ser concebido antes do início dos trabalhos em obra, ou seja, na fase de planejamento do empreendimento, devendo estar anexa toda a documentação relativa ao programa de segurança (PROJETOS, ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS, etc).em caso da existência de um Programa, não é necessária a elaboração de outro, ou seja, havendo PCMAT, desnecessário exigir o PPRA, já que este é parte integrante daquele. NORMA REGULAMENTADORA 09 P.P.R.A. (PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS) Portaria 25/94, alterando a NR-9 da Portaria 3214/78. OBRIGAÇÃO DE TODOS OS EMPREGADORES OBJETIVOS: antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle de riscos ambientais Abrangência: todos os estabelecimentos. Características: Participação dos trabalhadores Responsabilidade do empregador Abrangência depende dos riscos e necessidade de controle Simplificado: não riscos ambientais Integra conjunto de ações de SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO na empresa: articulação outras normas (PCMSO - NR-7) NORMA: exigência básica Ampliação por negociação coletiva. RISCOS AMBIENTAIS: -20-
21 Agentes físicos, químicos e biológicos, capazes de causar danos à saúde dos trabalhadores, conforme concentração, intensidade e tempo de exposição Agentes Físicos: Energias Ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não-ionizantes, infra e ultra-som. Agentes Químicos: Penetração por via respiratória, (poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores) cutânea ou digestiva, como líquidos e gel Agentes Biológicos: bactérias, fungos, parasitas, protozoários, vírus, venenos naturais, entre outros ESTRUTURA DO PPRA: (mínimo): Planejamento anual: metas, prioridades e cronograma Metodologia de ação Forma de registro, arquivo e divulgação de dados Periodicidade e avaliação do PPRA Análise global, pelo menos anual, para ajustes Documento-base, escrito e assinado discutido com a CIPA, cópia em livro de atas Documento-base accessível ao MTE Cronograma com prazos para etapas e metas. DESENVOLVIMENTO: a) Antecipação e reconhecimento b) Prioridades e metas de avaliação e controle c) Avaliação dos riscos e das exposições d) Implantação de medidas, avaliação da eficácia -21-
22 e) Monitoramento da exposição f) Registro e divulgação dos dados. ELABORA E DESENVOLVE: S.E.S.M.T ou pessoa ou equipe, capazes, a critério do empregador ETAPAS: ANTECIPAÇÃO: projetos, modificações, riscos potenciais, medidas de proteção. RECONHECIMENTO DOS RISCOS: Identificação Fontes geradoras Trajetórias e meios de propagação Funções e número de trabalhadores expostos Tipo de exposição Análise de danos à saúde Potencial de risco teórico Descrição de medidas já existentes Avaliação quantitativa para: Comprovar controle ou inexistência do risco Dimensionar a real exposição Subsidiar as medidas de controle MEDIDAS DE CONTROLE: MEDIDAS OBRIGATÓRIAS - ELIMINAÇÃO, MINIMIZAÇÃO OU CONTROLE, SE: a) identificação de risco na antecipação b) constatação de risco evidente no reconhecimento -22-
23 c) quando avaliação quantitativa for acima de LT (NR-15 ou ACGIH ou negociação coletiva mais rigorosa.) d) quando houver danos com nexo causal definido no PCMSO. Equipamentos de Proteção Individual: (gratuitos) seleção adequada, por função ou atividade, incluindo eficácia real e conforto - (ouvidos os usuários) programa de treinamento utilização correta, limitações, conservação normas de fornecimento, uso, guarda, higienização, reposição NÍVEL DE AÇÃO: valor para início de ações Não ultrapassar LT monitoramento, informação aos trabalhadores e controle médico Agentes químicos: Metade dos LT legais ou internacionais Ruído: dose equivalente de 0,5 (50%) MONITORAMENTO: Avaliação sistemática e repetitiva da exposição a um dado risco, visando a introdução ou modificação das medidas de controle. REGISTRO DE DADOS: histórico técnico e administrativo do PPRA período mínimo de 20 anos Disponível: representantes dos trabalhadores e TEM INFORMAÇÃO: -23-
24 - Trabalhadores interessados: propostas e informações para proteção. - Obrigação de informar apropriada e suficientemente sobre riscos e medidas de controle DISPOSIÇÕES FINAIS 1) vários empregadores no mesmo ambiente: ações e responsabilidades integradas. 2) planejamento e execução. Considerar conhecimento dos trabalhadores sobre os processos de trabalho e riscos presentes, incluindo o Mapa de Riscos elaborado pela CIPA. 3) garantia de direito de interrupção de atividades em grave e iminente risco. Comunicação ao superior hierárquico. -24-
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