Consciência coletiva segundo Émile Durkheim. Sociologia da Comunicação FLUL, Docente: Rita Marquilhas

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1 Consciência coletiva segundo Émile Durkheim Sociologia da Comunicação FLUL, Docente: Rita Marquilhas

2 Bibliografia Durkheim, Émile De la division du travail social (capítulo sobre solidariedade mecânica e solidariedade orgânica). Reedição disponível em Paris: PUF, Tradução inglesa disponível nas páginas 25 a 28 de Giddens, Anthony (ed.) SSociology: Introductory Readings. Londres: Polity.

3 Consciência Coletiva para Durkheim Conjunto de crenças e sentimentos comuns às pessoas vulgares de uma sociedade (sistema com vida própria) Está na sociedade de forma difusa, mas tem caraterísticas que a tornam uma realidade distinta. A situação particular de cada indivíduo passa e a consciência coletiva fica, ligando as sucessivas gerações. São duas consciências diferentes, a coletiva e a individual, mas ambas se realizam no indivíduo.

4 Consciência Coletiva vs Consciência Social para Durhheim A coletiva é uma parte limitada da consciência social, sendo esta última a vida psicológica da sociedade). A vida psicológica da sociedade inclui todos os sistemas de representação e de ação social, como as funções específicas da justiça, do governo, da ciência ou da indústria, mas essas funções estão fora da consciência coletiva.

5 Coesão Social para Durkheim Conformidade da consciência individual com a consciência coletiva. Cada membro é atraído para os outros membros do grupo por se parecer com eles, estando todos ligados às mesmas condições de existência. Os concidadãos, por exemplo, gostam uns dos outros, preferem-se em relação aos estrangeiros, amam todos eles, de certa forma, o seu país. Querem para ele o que quereriam para si (longa vida, prosperidade, etc.). A sociedade também exige que os seus membros exibam uma certa semelhança, condição para a sua coesão.

6 Consciência Individual vs Consciência Coletiva para Durkheim Temos, os indivíduos, duas consciências: Individual: abrange os estados psicológicos pessoais; representa e constitui a nossa personalidade individual. Coletiva: Abrange os estados psicológicos que são comuns ao conjunto da sociedade; representa o tipo coletivo, a sociedade sem a qual não existiria. Quando o nosso comportamento é dominado pela consciência coletiva, agimos com os olhos postos no interesse do grupo, não no nosso.

7 Solidariedade para Durkheim As duas consciências têm a mesma base orgânica a mente do indivíduo e estão solidamente ligadas constituindo uma só entidade. Como há semelhanças entre essas entidades, os indivíduos ligam-se desta forma à sociedade, vendo as suas ações particulares ser organizadas, mediante tal ligação, a motivos coletivos.

8 Dois tipos de solidariedade Um tipo que liga o indivíduo diretamente à sociedade, sem intermediários. Esta é uma sociedade de tipo coletivo. Outro tipo em que o indivíduo depende da sociedade por depender de partes que a constituem. Esta é uma sociedade que corresponde a um sistema com funções especiais, diferentes, unidas por relações específicas. Os dois tipos constituem, no entanto uma só realidade.

9 Solidariedade Mecânica para Durkheim (I) O que constitui a personalidade é distinto do que constitui as dos outros. A solidariedade com a sociedade de tipo coletivo só pode aumentar na medida inversa da nossa personalidade. Atinge o seu máximo quando envolve tanto a nossa consciência coletiva como a nossa consciência individual, fazendo com que ambas coincidam. A nossa individualidade, então, equivale a zero.

10 Solidariedade Mecânica (II) As moléculas sociais que só se podem tornar coesas desta forma não podem mover-se por ímpeto próprio, tal como acontece com os corpos inorgânicos. Daí Durkheim chamar a esta solidariedade uma solidariedade mecânica (por analogia com os elementos da matéria inerte e por oposição aos elementos dos organismos vivos).

11 Solidariedade Mecânica (III) Nesta solidariedade, a ligação do indivíduo à sociedade assemelha-se à ligação das coisas com as pessoas. A consciência individual, nesta perspetiva, é só uma dependência do tipo coletivo; segue a sociedade tal como um objeto possuído segue o indivíduo possuidor para onde ele vá. Numa sociedade com esta solidariedade muito desenvolvida, os direitos sociais não se distinguem dos direitos reais.

12 Solidariedade Orgânica para Durkheim Numa sociedade onde se desenvolva a divisão do trabalho, já se cria um outro tipo de solidariedade (com a sociedade de funções específicas). Isto acontece quando o indivíduo tem uma esfera de ação peculiarmente sua, uma personalidade em si. Aqui a consciência coletiva deixa a descoberto uma parte da consciência individual, criando-se espaço para funções que a consciência coletiva não pode regular.

13 Solidariedae Orgânica (II) Quanto mais extensa for a área deixada livre pela consciência coletiva na mente individual, maior será a coesão resultante deste segundo tipo de solidariedade. À medida em que há divisão do trabalho, cada um de nós vai depender mais intimamente da sociedade MAS... ao mesmo tempo, fica mais espaço livre para as iniciativas individuais. A individualidade do conjunto vai crescer ao mesmo tempo que cresce cada uma das partes.

14 Solidariedade Orgânica (III) A sociedade torna-se mais eficiente com este movimento concertado, mas também cada elemento passa a ter mais movimentos peculiarmente seus. Há semelhança com o que se passa nos organismos vivos: cada órgão tem a sua autonomia e quanto maior for a coesão do organismo, mais marcada é a individualização de cada parte. Daí Durkheim ter chamado a este tipo de união uma solidariedade orgânica.

15 Sociedade Universal para Durkheim Sociedades mais amplas exigem, para a sua formação, um processo de divisão do trabalho, de especialização de funções (para haver equilíbrio entre um número crescente de elementos). Um ideal de irmandade humana só se poderá realizar à custa de um progresso na divisão do trabalho. «Temos de escolher: ou abandonamos o nosso sonho, recusando limitar ainda mais a nossa atividade individual, ou perseguimos o nosso sonho, mas só na condição de uma crescente divisão do trabalho.»

16 Sociedades tradicionais (religiosas) vs Sociedades liberais (leigas) para Durkheim No abandono da sociedae tradicional, as nossas crenças foram perturbadas, o juízo individual libertado do jugo dos juízos coletivos. Mas as funções que foram interrompidas não tiveram tempo de se reajustar. «Temos de pôr termo a esta anomia e encontrar formas harmoniosas de cooperação entre os órgãos que se chocam mutuamente.» A moralidade de que precisamos está ainda em processo de formação porque alguns dos nossos antigos deveres deixaram de ser sustentados pela realidade.

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