DIREITO CIVIL Professor Cristiano Sobral

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1 PARTE ESPECIAL DIREITOS DAS OBRIGAÇÕES 1. INTRODUÇÃO O direito das obrigações é o ramo do Direito Civil que se ocupa em estudar a relação jurídica que existe entre devedor e credor, onde este pode exigir daquele o cumprimento de uma prestação, que pode consistir em um dar, um fazer ou um não fazer. A obrigação tem, portanto, três elementos: devedor, credor e vínculo jurídico. O vínculo jurídico é a ligação que existe entre o devedor e o credor, que é composta por dois elementos: débito e responsabilidade. Significa que há duas questões ligando devedor e credor: a existência de uma dívida (débito) e a possibilidade de cobrança judicial em caso de inadimplemento (responsabilidade). Tema importante diz respeito à obrigação natural. É a obrigação em que o vínculo jurídico é formado apenas pelo débito, não existindo responsabilidade. Existe uma dívida, mas, se não for cumprida a prestação, o credor não tem o poder de exigila judicialmente. No entanto, se adimplida espontaneamente ou até mesmo por engano, não se pode exigir devolução, pois o débito existe (art. 882 do CC). É o que chamamos de soluti retentio (retenção de pagamento). Exemplo de obrigação natural: dívida de jogo ou aposta. Cuidado: a obrigação propter rem não se consubstancia apenas no pagamento de valor pecuniário. Deve ser uma obrigação devedor/credor, mas esta pode ser consubstanciada em um dar (dinheiro ou qualquer bem), um fazer ou um não fazer. Assim sendo, o respeito às limitações dos direitos de vizinhança são obrigações propter rem, pois consistem em obrigações de não fazer do proprietário para respeito a direito de vizinhos. 2. MODALIDADE DAS OBRIGAÇÕES As modalidades de obrigações decorrem de dois tipos de classificações: básica e especial. Em uma classificação básica, a depender da natureza da prestação, a obrigação pode ser de três tipos: obrigação de dar, obrigação de fazer e obrigação de não fazer. Em uma classificação especial, o CC trata de mais três tipos de modalidades: obrigação alternativa, obrigação divisível ou indivisível e obrigação solidária Obrigação de dar A obrigação de dar é aquela em que a prestação do devedor consiste na entrega de um bem. A obrigação de dar pode ser de dois tipos: dar coisa certa ou dar coisa incerta. Na obrigação de dar coisa certa, o devedor tem a prestação de entregar um bem específico. Por exemplo, quando alguém vende o cavalo campeão de sua fazenda. Já a obrigação de dar coisa incerta é aquela em que o devedor assume a obrigação de dar um gênero em certa quantidade - por exemplo, quando alguém vende três cavalos de sua fazenda. A obrigação propter rem (em razão da coisa), como o nome sinaliza, é direito obrigacional (confrontando devedor e credor) e não direito real. Todavia, tem uma especificidade: é a obrigação que surge em razão da aquisição de um direito real. Ao se adquirir um direito real, seu titular adquire algumas obrigações de devedor perante credor. Exemplos: obrigação de pagar condomínio quando se adquire o direito de propriedade de um apartamento ou o dever que o proprietário tem de indenizar o possuidor que realiza benfeitorias em seu imóvel, nos termos destacados em direitos reais. Como a obrigação propter rem surge por força da titularidade de um direito real, acompanha o bem se houver transferência dele, ou seja, o novo titular do direito real a assume. Exemplo: quem compra um apartamento assume as obrigações de pagar condomínio, até mesmo aquelas que estejam em atraso Obrigação de dar coisa certa É a obrigação de dar um bem específico, não servindo outro de mesma espécie, como quando uma pessoa vende o cavalo campeão de sua fazenda. Na verdade, há dois tipos de obrigação de dar coisa certa: dar e restituir. A razão é que quando tenho a obrigação de devolver um bem que recebi, não posso impor a entrega de outro de mesma espécie. Portanto, tenho obrigação de dar coisa certa tanto quando tenho que entregar um cavalo que vendi quanto quando tenho que devolver um cavalo que me foi emprestado. O tema vem previsto entre os arts. 233 e 242 do CC, onde um único tema é tratado: perda ou deterioração do bem depois que assumo a obrigação de dar, mas antes da efetiva entrega. Como é obrigação de dar coisa certa, não sendo possível a entrega de outro bem equivalente, qual é a consequência? Quem suporta o prejuízo? É isso que a prova exigirá de você saber e as possibilidades são 1

2 muitas, pois pode ser com culpa ou sem culpa do devedor, pode ser um dar ou um restituir, pode ser perda ou deterioração ou até mesmo uma melhora no bem. Questão recorrente em certames, apresento um macete para que você, caro leitor, conheça todos os casos previstos nos citados artigos. Basta conhecer uma regra básica, à qual somamos duas regras acessórias lógicas: REGRA BÁSICA: Se o devedor teve culpa na perda do bem, a regra sempre será a mesma: deverá pagar ao credor o equivalente acrescido de perdas e danos. Se o devedor não teve culpa na perda do bem, a regra será sempre a mesma: res perit domino (a coisa perece para o dono), será dele o prejuízo. E quem é o dono? Depende se a obrigação é de dar ou de restituir. Na obrigação de dar, antes da entrega o dono é o devedor, pois a aquisição da propriedade só se dá com a entrega do bem. Na obrigação de restituir, o dono é o credor, pois ele sempre foi o dono, uma vez só ter emprestado para o devedor. REGRA ACESSÓRIA 1: Se ao invés de perda, houver apenas deterioração do bem, a solução é a mesma, mas com uma diferença: ele poderá optar entre a solução da perda supramencionada ou receber o bem deteriorado, abatendo-se o valor da deterioração. REGRA ACESSÓRIA 2: Se a coisa perece para o dono, a coisa também melhora para o dono, ou seja, se, ao invés da perda ou deterioração, houver uma melhora no bem antes da entrega, quem dela se beneficiará será o dono. Vamos analisar, com base no macete apresentado, as regras dos arts. 234 a 242 do CC. Qual a consequência da perda, deterioração ou melhora do bem antes da tradição, no caso da prestação de dar e no caso da prestação de restituir? a) Prestação de dar, perda do bem, com culpa do devedor (art. 234): Devedor de um carro por tê-lo vendido ao credor, mas antes da entrega o destrói porque provoca um acidente com perda total do carro por dirigir embriagado. Será devedor no equivalente (devolve o valor recebido ou não o recebe) acrescido de perdas e danos. c) Prestação de dar, deterioração do bem, com culpa do devedor (art. 236): Devedor de um carro por tê-lo vendido ao credor, mas antes da entrega o amassa ao bater por dirigir embriagado. O credor poderá escolher entre receber o equivalente mais perdas e danos ou aceitar o bem no estado em que se acha acrescido de perdas e danos, incluindo o abatimento do valor em razão da deterioração. d) Prestação de dar, deterioração do bem, sem culpa do devedor (art. 235): Devedor de um carro por tê-lo vendido ao credor, mas antes da entrega o carro é amassado por bater em um poste ao ser levado pela correnteza da inundação provocada por violenta tempestade. Consequência: credor poderá optar em resolver a obrigação (desfazer o negócio) ou aceitar o carro amassado, abatendo do seu preço o valor perdido pela deterioração. Note que é o dono (devedor do carro) que sofre a perda, pois ficou sem dinheiro e com o carro amassado ou sem o carro pagando pela deterioração. e) Prestação de dar, melhora do bem (art. 237): Devedor de uma fazenda por tê-la vendido ao credor, mas antes da entrega o bem se valoriza em razão do acréscimo de terra trazido pela correnteza das águas (fenômeno chamado de avulsão). O vendedor poderá pedir aumento de preço, pois é o dono e ele se beneficia com a vantagem. Se o comprador não aceitar pagar o acréscimo, poderá o vendedor resolver a obrigação, ou seja, desfazer a venda. E se, ao invés de melhoramento ou acrescido, o bem deu frutos? Os frutos percebidos ou colhidos antes da tradição são do devedor, pois ele ainda é dono do bem, mas se pendente quando da tradição, será do credor, pois o bem acessório segue a sorte do bem principal. Assim, se o devedor vende uma cadela para entregar tempo depois e antes da entrega fica prenha, se na época da entrega o filhote já nasceu será do vendedor, mas se estiver na barriga da cadela na época da entrega, será do comprador. f) Prestação de restituir, perda do bem, com culpa do devedor (art. 239): Devedor de um carro por tê-lo recebido emprestado do credor, mas antes da entrega o destrói porque provoca um acidente de perda total do carro por dirigir embriagado. Será devedor no equivalente (indeniza o valor do carro) acrescido de perdas e danos. b) Prestação de dar, perda do bem, sem culpa do devedor (art. 234): Devedor de um carro por tê-lo vendido ao credor, mas antes da entrega o carro cai em uma ribanceira por ser levado pela correnteza da inundação provocada por violenta tempestade. Consequência: resolve-se a obrigação, o que significa desfazer o negócio. Veja que o dono (devedor do carro) sofreu a perda, pois ficou sem o carro e sem o dinheiro. g) Prestação de restituir, perda do bem, sem culpa do devedor (art. 238): Devedor de um carro por tê-lo em empréstimo do credor, mas antes da entrega o carro cai em ribanceira levado pela correnteza da inundação provocada por tempestade. O dono é o credor e ele sofre a perda, ou seja, o devedor não terá que indenizá-lo da perda do carro. 2

3 h) Prestação de restituir, deterioração do bem, com culpa do devedor (art. 240): Devedor de um carro por têlo recebido emprestado do credor, mas antes da entrega o amassa ao bater por dirigir embriagado. O credor poderá escolher entre receber o equivalente mais perdas e danos ou aceitar o bem no estado em que se acha acrescido de perdas e danos, incluindo o abatimento do valor em razão da deterioração. i) Prestação de restituir, deterioração do bem, sem culpa do devedor (art. 240): Devedor de um carro por têlo recebido emprestado do credor, mas antes da entrega o carro é amassado por bater em um poste ao ser levado pela correnteza da inundação provocada por violenta tempestade. O dono é o credor, que sofrerá a perda, pois a lei diz que ele receberá o bem deteriorado sem direito de indenização. j) Prestação de restituir, melhora do bem (art. 241 e 242): Devedor de uma fazenda por tê-la recebida emprestada do credor, mas antes da entrega o bem se valoriza em razão do acréscimo de terra trazido pela correnteza das águas (fenômeno chamado de avulsão). Por evidente, será do credor o ganho, pois ele é o dono do bem, recebendo-o de volta valorizado, desobrigado de indenizar. Se para o melhoramento ou acréscimo houve trabalho do devedor, é benfeitoria, razão pela qual o art. 242 do CC determina aplicar as regras do direito de indenização que o possuidor de boa-fé e de má-fé tem em razão das benfeitorias que faz no bem Obrigação de dar coisa incerta É a obrigação de dar um gênero em certa quantidade, como na venda de três cavalos de uma fazenda. Em dado momento, os bens a serem entregues deverão ser escolhidos, o que chamamos de concentração da prestação. A quem cabe a escolha? A quem definido no contrato. Se nada for dito, a escolha caberá ao devedor, que não poderá escolher o pior nem ser obrigado a escolher o melhor Obrigação de fazer A obrigação de fazer é aquela em que a prestação do devedor consiste na realização de uma atividade, como na contratação da prestação de um serviço. A obrigação de fazer pode ser de dois tipos: personalíssima (infungível) ou não personalíssima (fungível). Será personalíssima quando só o devedor puder cumprir a prestação, como na contratação de um pintor famoso para pintura do retrato do credor em um quadro. Será não personalíssima quando não só o devedor, mas outra pessoa também puder cumprir a prestação, como a contratação de um pintor para pintura das paredes de uma casa. Por que diferenciar? Se for obrigação personalíssima e o devedor se recusa a cumpri-la ou por sua culpa se tornou impossível, responde por perdas e danos. Se for obrigação não personalíssima, poderá o credor optar em reclamar indenização por perdas e danos ou mandar executar às custas do devedor. Como isso é feito? Ajuizamento de ação com orçamento do serviço, pedindo condenação do devedor do fazer a pagar. Todavia, se for urgente, poderá o credor mandar executar o fato independente de prévia autorização judicial, buscando em juízo depois o ressarcimento do que foi gasto. As obrigações de fazer podem ser classificadas em obrigação de meio e de resultado ou de fim. Nas obrigações de resultado, o devedor se vincula a atingir determinado resultado, sob pena de inadimplemento e, consequentemente, dever de indenizar perdas e danos. Já na obrigação de meio, o devedor não se vincula a atingir determinado resultado, mas sim a corresponder no meio para atingi-lo, ou seja, a empregar a diligência na busca do resultado. Não responde se o resultado não for atingido, apenas se não empregou a diligência necessária. Um advogado ou um médico tem obrigação de meio, enquanto que, segundo a jurisprudência do STJ, o cirurgião plástico, embora seja um médico, tem obrigação de resultado, quando se tratar de intervenção meramente estética ou embelezadora. Feita a escolha, a obrigação de dar coisa incerta se transforma em obrigação de dar coisa certa, aplicando-se as regras que lhe são próprias. No entanto, se antes da escolha o bem se perder ou se deteriorar, mesmo que por caso fortuito ou motivo de força maior, o devedor não se exime de cumprir a prestação, pois o gênero não perece, podendo o bem ser substituído por outro da mesma espécie para ser entregue ao credor Obrigação de não fazer A obrigação de não fazer é uma obrigação a uma abstenção, por exemplo, não levantar um muro divisório. Se o devedor descumprir a obrigação, fazendo o que se obrigou a não fazer, deverá indenizar o credor em perdas e danos? Nem sempre, pois às vezes se tornou impossível, sem culpa do devedor, abster-se do ato. Nesse caso, apenas se resolve a obrigação (volta ao estado anterior do negócio), não tendo que indenizar perdas e danos. Exemplo: a pessoa se viu obrigada a levantar o muro para 3

4 impedir que a água invadisse sua casa. Se, porém, simplesmente decidiu fazer o que se obrigara a não fazer, será condenado a indenizar perdas e danos e, se o fizer, consistir em uma obra, poderá o credor pedir judicialmente para desfazê-la. Se for urgente, poderá mandar desfazer independente de autorização judicial, buscando em juízo o ressarcimento Obrigações alternativas A obrigação alternativa é aquela que compreende duas ou mais prestações, mas se extingue com a realização de apenas uma delas. Exemplo: obrigação de dar um carro ou uma moto. A quem cabe a escolha de que prestação cumprir? Em regra ao devedor, pois a obrigação se extingue com ele cumprindo uma ou outra prestação. Todavia, o contrato pode prever que a escolha cabe ao credor. É o que diz o art. 252 do CC, que completa: não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra. Importante: o que ocorre quando uma ou todas as prestações não puderem ser cumpridas? A resposta irá variar se a escolha cabia ao devedor ou ao credor. a) Impossibilidade de uma das prestações: Se a escolha couber ao devedor, subsiste a obrigação com a outra prestação (art. 253 do CC). Mesma solução, se a escolha couber ao credor e a impossibilidade se deu sem culpa do devedor. Todavia, se por culpa dele, o credor poderá exigir a prestação subsistente ou o valor em dinheiro da prestação impossibilitada, acrescido de perdas e danos (art. 255 do CC). Exemplo: devedor de um carro ou uma moto destrói a moto ao dirigir embriagado. Consequência: se a escolha cabe ao devedor, obrigação simples de dar o carro; se cabe ao credor, pode cobrar o carro ou o valor em dinheiro da moto mais perdas e danos. Se a moto foi destruída acidentalmente, mesmo cabendo a escolha ao credor, obrigação simples de dar o carro. b) Impossibilidade de ambas as prestações: Se a escolha couber ao devedor e este tiver culpa, ficará obrigado a pagar o valor da prestação que se impossibilitou por último, acrescido de perdas e danos (art. 254 do CC). Se a escolha couber ao credor e o devedor culpado, poderá reclamar o valor de qualquer uma delas acrescido de perdas e danos (art. 255 do CC, in fine). No entanto, se ambas as prestações tornaram-se impossível sem culpa do devedor, independe de quem cabe a escolha: extinta estará a obrigação, ou seja, desfeito o negócio jurídico (art. 256 do CC) Obrigações divisíveis e indivisíveis Obrigação divisível é aquela em que pode ser fracionado o objeto da prestação, o que não é possível na obrigação indivisível. Como exemplo, a obrigação de dar dinheiro é obrigação divisível e a obrigação de dar um cavalo é obrigação indivisível. Só há importância em determinar o tipo de obrigação quando houver pluralidade de devedores e/ou credores. Sendo obrigação divisível, não há problema, pois cada um cobra ou é cobrado em sua parte (se não for determinada a parte que cabe a cada um, presume-se dividida em partes iguais). Entretanto, sendo obrigação indivisível, como cada um cobrará ou será cobrado em sua parte, já que o objeto não pode ser dividido? Havendo mais de um devedor em obrigação indivisível, cada um responde por toda a dívida, pois não há como fracionar a cobrança. Agora, aquele que pagar a dívida, sub-roga-se nos direitos do credor perante os demais coobrigados (art. 259 do CC). Exemplo: se duas pessoas devem um cavalo, qualquer um deles pode ser cobrado, mas quem pagar poderá cobrar do outro, em dinheiro, metade do valor do animal. Havendo mais de um credor em obrigação indivisível, qualquer um deles poderá cobrar a dívida por inteiro, tornando-se devedor perante os demais credores nas suas respectivas partes em dinheiro (art. 261 do CC) Obrigações solidárias Na pluralidade de credores ou devedores em obrigação indivisível, todos são obrigados ou têm direito a toda dívida por ser fisicamente impossível dividir o objeto da prestação. Todavia, é possível haver obrigação divisível em que todos são obrigados ou têm direito a toda a dívida por determinação da lei ou da vontade das partes: é a obrigação solidária. Imagine dois amigos devendo vinte mil reais a um credor. Em tese, cada um deve dez mil reais, mas, se for obrigação solidária, o credor pode cobrar toda a dívida de qualquer deles (quem paga se sub-roga nos direitos do credor perante os demais devedores). Por outro lado, se um devedor deve vinte mil reais a dois amigos, em tese, deve dez mil reais para cada um deles, mas, se for obrigação solidária, qualquer dos credores pode cobrar toda a dívida (quem recebe se torna devedor perante os demais credores). 4

5 Portanto, haverá solidariedade quando houver mais de um devedor ou mais de um credor obrigados ou com direito à totalidade da dívida. A solidariedade não se presume, resultando apenas da lei ou da vontade das partes. A solidariedade pode ser ativa ou passiva, a depender se a pluralidade está no pólo ativo ou passivo da obrigação Solidariedade ativa É a obrigação em que há mais de um credor, cada um deles com direito a toda a dívida. No vencimento, qualquer credor pode se antecipar e cobrar toda a dívida ou, enquanto nenhum deles a cobrar, o devedor se libera pagando a qualquer deles. Quem receber, responde perante os demais credores, tornando-se devedor nas partes que lhes cabe. O mesmo ocorre se um dos credores remitir (perdoar) a dívida. Devedor deve trinta mil reais a três credores solidários e um deles perdoa toda a dívida. Este se tornará devedor de dez mil reais a cada um dos demais credores, como se ele tivesse se antecipado e cobrado o devedor (art. 272 do CC). Cuidado: é diferente quando credor solidário perdoa sua parte. Nesse caso, subsiste a solidariedade para os demais credores depois de sua parte ser descontada. No exemplo citado, o devedor continua a dever vinte mil reais a dois credores solidários. A solidariedade é personalíssima, ou seja, se um dos credores falecer e deixar herdeiros, estes não se tornarão credores solidários. Significa que cada um de seus herdeiros só poderá exigir e receber a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário. Imagine um devedor devendo trinta mil reais a três credores solidários, sendo que um deles morre deixando dois filhos. Os filhos não poderão cobrar os trinta mil, pois não se tornam credores solidários. Cada um só poderá cobrar a parte que lhe cabe na herança, ou seja, cada um só pode cobrar cinco mil reais. Todavia, em dois casos, os herdeiros poderão cobrar a dívida toda: se a obrigação for indivisível (exemplo: o devedor deve um cavalo aos três credores solidários) ou, segundo jurisprudência do STJ, se os herdeiros cobrarem juntos através do espólio, pois no direito das sucessões aprendemos que o espólio se subroga nos direitos do de cujos. Nos termos do art. 271 do CC, convertendo-se a prestação em perdas e danos, nelas subsistem a solidariedade. Imagine um devedor de um carro a três credores solidários, mas o destrói ao dirigir embriagado. Trata-se de obrigação de dar coisa certa com perda do bem por culpa do devedor. Conforme visto, torna-se devedor no equivalente acrescido em perdas e danos, no que permanecerá havendo a solidariedade. Atenção: O art. 274, CC sofreu alteração de acordo com disposto no art , do CPC/15 com a seguinte redação: Art O julgamento contrario a um dos credores solidários não atinge os demais, mas o julgamento favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção pessoal que o devedor tenha direito de invocar em relação a qualquer deles Solidariedade passiva É a obrigação em que há mais de um devedor, cada um deles obrigados a toda a dívida. Significa que o credor tem direito de exigir de qualquer deles o valor total da dívida, mas quem pagar se tornará credor dos demais devedores nas suas respectivas partes (internamente não há solidariedade). Se o credor optar cobrar apenas parcialmente de um dos devedores solidários, os demais continuam obrigados solidariamente pelo resto. Se um dos devedores solidários falecer, a solidariedade é transferida aos seus herdeiros? Não, pois, como visto, a solidariedade é personalíssima. Significa que os herdeiros só podem ser cobrados na quota que corresponde ao seu quinhão hereditário. Todavia, há duas exceções: se a obrigação for indivisível (ex: devedores solidários devem um cavalo) ou se os herdeiros forem cobrados juntos através do espólio, pois o direito das sucessões preceitua que o espólio se sub-roga nos deveres do de cujos. Atenção: a lei dá tratamento diferente quanto à manutenção da solidariedade no que se refere ao pagamento de perdas e danos e de juros que podem ser irradiados da obrigação, pois nas perdas e danos não subsiste a solidariedade. Mas nos juros, sim. Se devedores solidários têm obrigação de dar um carro e, por culpa de um deles, este é destruído, a obrigação se converte no pagamento do valor equivalente acrescido de perdas e danos. No valor equivalente, todos continuam devedores solidários, mas pelas perdas e danos só responde o culpado (art. 279 do CC). Todavia, se um dos devedores solidários dá causa a acréscimo de juros ao valor devido, todos respondem solidariamente pelo valor dos juros, pois o pagamento de juros é uma obrigação acessória e o acessório segue a sorte do principal (art. 280 do CC). 5

6 Importante (art. 285 do CC): Conforme vimos, o devedor solidário que paga a dívida pode cobrar dos demais devedores a parte que lhes cabe (se nada for dito, presume-se dividida em partes iguais). Todavia, se a dívida solidária interessar exclusivamente a um dos devedores solidários, responderá este por toda a dívida quando da ação regressiva aos demais credores. O exemplo típico é o contrato de fiança. Quando há renúncia ao benefício de ordem, devedor principal e fiador são devedores solidários. Se o fiador for cobrado, poderá cobrar em regresso do devedor principal não só a metade da dívida, mas sim sua totalidade, pois é uma dívida contraída no seu exclusivo interesse. Da mesma forma, sendo caso de mais de um fiador e um deles sendo cobrado pela dívida, só terá ação regressiva contra o devedor principal na totalidade da dívida, não tendo ação contra os demais cofiadores. 3. TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES Haverá transmissão da obrigação quando houver uma substituição subjetiva em seus polos, ou seja, uma troca de devedor ou de credor. São dois os tipos de transmissão das obrigações: cessão de crédito e assunção de dívida. Na cessão de crédito há uma substituição no polo ativo, ou seja, há uma troca de credores, pois o credor cede a um terceiro o seu crédito. Na assunção de dívida há uma substituição no polo passivo, ou seja, uma troca de devedores, pois um terceiro assume a obrigação do devedor Cessão de crédito A cessão de crédito se caracteriza pela substituição no polo ativo da obrigação, havendo uma troca de credores em razão da alienação, gratuita ou onerosa, de um crédito a um terceiro, que se tornará o novo credor da obrigação. A lei permite a cessão do crédito quando a isso não se opuser a natureza da obrigação, a lei ou o acordo das partes. Quem cede o crédito é chamado de cedente e quem o recebe é chamado de cessionário. A cessão do crédito independe da concordância do devedor. A lei exige apenas a notificação da cessão, para que ele não pague à pessoa errada. Caso o devedor não seja notificado e pague de boa-fé ao antigo credor, ele estará desobrigado, só restando ao verdadeiro credor cobrar do cedente, que indevidamente recebeu o pagamento. responderá se vier expresso no contrato. Quando o cedente não responde pela solvência do devedor, a cessão é chamada de cessão de crédito pro soluto; quando o cedente responde pela solvência do devedor, é chamada de cessão de crédito pro solvendo. Embora o cedente, em regra, não responda pela solvência do devedor, ele responde pela existência do crédito, ou seja, se ceder um crédito que não existe, aí sim poderá ser cobrado pelo cessionário. O cedente responderá pela existência do crédito tendo o cedido gratuita ou onerosamente. Se ceder de forma onerosa, responderá tendo agido de má-fé ou até mesmo de boa-fé, pois recebeu pela cessão, devolvendo o valor auferido. No entanto, na cessão gratuita, como nada recebeu em troca, só responderá se tiver procedido de má-fé, ou seja, se sabia da inexistência do credito que cedeu. Por fim, na cessão de crédito vigora o princípio da oponibilidade das exceções pessoais contra terceiros. O que significa isso? Quando o cessionário cobrar a dívida do devedor, este poderá se defender alegando as defesas pessoais que cabiam contra o cedente (art. 294 do CC). Exemplo: o devedor comprou um carro usado do credor, mas não vai pagar porque apresentou vício redibitório. Só que o credor cedeu o crédito a um terceiro, que é quem cobra a dívida. O devedor poderá se defender contra o cessionário alegando o vício redibitório, mesmo sendo uma defesa pessoal contra o cedente Assunção de dívida A assunção de dívida se caracteriza pela substituição no polo passivo da obrigação, havendo uma troca de devedores. A lei permite que terceiro assuma a dívida do devedor, mas exige a concordância expressa do credor. No entanto, independe de consentimento do devedor, podendo a assunção de dívida ser por delegação (com consentimento do devedor) ou por expromissão (sem consentimento do devedor). O terceiro que assume a obrigação é chamado de assuntor. Quando ele assume a obrigação, o devedor primitivo está exonerado, pois deixou de ser o devedor. Todavia, há um caso em que o devedor primitivo não estará exonerado, podendo ser cobrado pelo credor: se a cessão foi feita a quem insolvente e o credor a aceitou por não saber do fato. Em regra, o cedente não responde pela solvência Com a assunção de dívida, salvo consentimento do devedor, ou seja, caso o cessionário não consiga expresso do devedor primitivo, estarão extintas as receber o crédito em razão da insolvência do devedor, não garantias dadas por ele, afinal ele não é mais o devedor. Se poderá cobrar a dívida do cedente. No entanto, ele a substituição vier a ser anulada, restaura-se o débito do 6

7 devedor primitivo, com todas as garantias que existiam. Exceção: não retornarão as garantias dadas por terceiros, por exemplo, hipoteca de um bem de terceiro. Exceção da exceção: a garantia dada por terceiro poderá retornar, caso ele soubesse da causa que gerou anulação da substituição. O assuntor, como novo devedor, poderá alegar que tipo de defesa ao ser cobrado pelo credor? Com efeito, a defesa pode ser de dois tipos: comum ou pessoal. Será comum quando for defesa de qualquer pessoa que venha a ser cobrado pelo credor (ex. prescrição da dívida). Por outro lado, será defesa pessoal quando for exclusiva de uma pessoa (ex. compensação de dívida). O assuntor, ao ser cobrado, poderá se valer das defesas comuns ou das suas pessoais, não podendo se valer das defesas pessoais que cabiam ao devedor primitivo (art. 302 do CC). 4. ADIMPLEMENTO E EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES O meio normal de extinção da obrigação é o devedor cumprir a prestação, o que chamamos de pagamento. Note que o sentido técnico de pagamento difere do seu sentido leigo, pois pagamento é coloquialmente usado no sentido de dar dinheiro. Pagamento em sentido técnico é cumprir a prestação, seja um dar (dinheiro ou qualquer outro bem), um fazer ou até um não fazer. No entanto, a obrigação pode ser extinta por meios anormais, havendo extinção da obrigação de uma forma alternativa, de uma forma diferente do que o cumprimento da prestação. São as formas anormais de extinção da obrigação: pagamento em consignação, pagamento com sub-rogação, imputação de pagamento, dação em pagamento, novação, compensação, confusão e remissão Pagamento Pagamento é o meio normal de extinção da obrigação, ou seja, o cumprimento da prestação (dar, fazer ou não fazer). O CC inicia o tema abordando quem deve pagar (chamado de solvens) e a quem se deve pagar (chamado de accipiens). O CC trata de quem deve pagar, mas, na verdade, o que se estabelece são regras sobre quem pode pagar. A obrigação pode ser paga por qualquer pessoa que tenha algum tipo de interesse, ou seja, pelo devedor ou por um terceiro. A lei, no entanto, estabelece consequências diferentes para o pagamento sendo feito pelo devedor, por terceiro interessado ou por terceiro não interessado. Quando se fala em terceiro interessado ou não interessado, fala-se em interesse jurídico, pois, se o terceiro paga, algum tipo de interesse ele tem. O terceiro será interessado quando puder ser cobrado pela dívida. Assim, um fiador que paga a dívida do afiançado é um terceiro interessado, mas o pai que paga a dívida de um filho maior de idade, embora tenha um interesse sentimental, é considerado um terceiro não interessado. Se o devedor efetuar o pagamento, extinta estará a obrigação e ele estará exonerado. Se um terceiro pagar, também estará extinta, mas ele poderá reaver o valor pago, embora de forma diferente a depender de quem pagou: se terceiro interessado, sub-roga-se nos direitos do credor; se terceiro não interessado, apenas tem direito de reembolso, não se sub-rogando nos direitos do credor. Em ambos os casos, o terceiro cobra do devedor o que pagou por ele, mas diferem porque, ao se sub-rogar nos direitos do credor, terá as garantias especiais dadas a ele, o que não ocorre no mero direito de reembolso. Detalhe: isso ocorrerá se o terceiro pagar em seu nome, pois se pagar em nome do devedor, é considerado uma mera ajuda, não tendo direito de reaver o que pagou. A quem se deve pagar? O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente. Se o pagamento foi feito à pessoa errada, pagou-se mal e quem paga mal, paga duas vezes, pois o verdadeiro credor poderá cobrá-lo. No entanto, em dois casos, o pagamento feito a um terceiro libera o devedor: se o credor confirmar o pagamento ou tanto quanto provar ter se revertido ao credor. Há um caso em que o pagamento é feito a um terceiro e o devedor está liberado, mesmo que o credor não confirme nem se prove a reversão em seu benefício. É o caso do pagamento feito ao chamado credor putativo. Putativo vem de putare, que significa crer, acreditar. Haverá credor putativo quando se paga de boa-fé a quem não é o credor, ou seja, se pagou à pessoa errada, mas havia motivos para acreditar ser ele o credor. Um exemplo já foi visto quando da abordagem do tema cessão de crédito. Vimos que o devedor não precisa concordar, mas deve ser notificado da cessão de crédito para saber que o credor mudou. Vimos que se não for notificado e de boa-fé pagar ao cedente, ele está exonerado e a razão é simples: pagou a credor putativo. No que se refere ao objeto do pagamento, este será o cumprimento da prestação. O credor não é obrigado a aceitar prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa, afirma o art. 313 do CC. Ainda que a obrigação seja divisível, como dever dinheiro, não pode o 7

8 credor ser obrigado a receber nem o devedor ser obrigado a pagar por partes, se assim não se ajustou. Quem paga tem direito de receber uma prova de que pagou. É o que chamamos de quitação. O instrumento da quitação é o recibo, que sempre pode ser por instrumento particular. Se o credor se recusar a dar quitação, o devedor pode legitimamente reter o pagamento enquanto não lhe for dada. Assim sendo, em regra, quem prova o pagamento é o devedor, apresentando o recibo recebido como instrumento da quitação. No entanto, em três casos haverá presunção de pagamento, dispensando o devedor de provar que pagou. Ocorre que é uma presunção relativa, ou seja, aquela que admite prova em contrário. Desta forma, sendo um dos casos de presunção de pagamento, não se fixa uma verdade absoluta de que existiu pagamento, mas sim uma inversão do ônus da prova, pois o devedor não precisa provar que pagou, mas o credor pode provar que o devedor não pagou. São os três casos de presunção de pagamento: a) Art. 322 do CC: quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da última estabelece, até em prova em contrário, a presunção de estarem solvidas as anteriores; b) Art. 323 do CC: sendo a quitação do capital sem fazer reserva que os juros não foram pagos, estes se presumem pagos; e c) Art. 324 do CC: a entrega do título firma presunção do pagamento, presunção que pode ser elidida no prazo de sessenta dias. Para se efetuar o pagamento, importa saber o lugar do cumprimento da obrigação. É nesse lugar que se devem reunir credor e devedor na data marcada, não podendo o devedor oferecer nem o credor exigir o cumprimento em lugar diverso. No direito comparado, há dois tipos de obrigação: quérable ou portable. A obrigação quérable (chamada no Brasil de quesível) é aquela que deve ser cumprida no domicílio do devedor e obrigação portable (chamada no Brasil de portável) é aquela que deve ser cumprida no domicílio do credor. No Brasil, conforme previsão do art. 327 do CC, em regra as obrigações devem ser cumpridas no domicílio do devedor, ou seja, são quesíveis ou quérable. Poderá ser portável ou até em outro local a depender da vontade das partes, da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias. Como exemplo, o art. 328 do CC determina que se o pagamento consistir na entrega de um imóvel ou de prestações relativas a ele deverá ser cumprido onde situado o bem Pagamento em consignação Consignação de pagamento significa o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, o que a lei equipara a pagamento, extinguindo a obrigação. O devedor tem não só o dever de pagar, mas também o direito de fazê-lo para evitar as consequências de sua mora. A consignação em pagamento é, portanto, um valioso instrumento para o devedor não suportar os encargos moratórios. Poderá o devedor consignar pagamento basicamente quando houver mora do credor ou algum risco para o devedor na realização do pagamento direto. Nesse sentido, o art. 335 do CC arrola casos de cabimento da consignação em pagamento: se o credor se recusar sem justa causa a receber o pagamento ou não puder recebê-lo, se o devedor tiver dúvida sobre quem é o verdadeiro credor ou se o credor for desconhecido, entre outros. Feito o depósito, a princípio, suspende a incidência dos encargos moratórios, mas o devedor deverá propor ação judicial para discussão da matéria, podendo o credor impugnar o pagamento, pois só exonera o devedor se observados os mesmos requisitos exigidos para validade do pagamento. Se julgado improcedente, o depósito não terá efeito. O processo tem procedimento especial previsto no CPC Pagamento com sub-rogação Pagamento com sub-rogação é a operação pela qual o crédito se transfere com todos os seus acessórios a um terceiro que paga dívida alheia. Sub-rogar é substituir, o que significa que haverá aqui uma substituição de credor, extinguindo a obrigação com relação ao credor originário. A ideia é: A deve a B e um terceiro C paga essa dívida e agora A deve a C, pois este se sub-rogou nos direitos de B. Como é uma simples substituição no polo ativo, o vínculo se mantém e o novo credor tem todos os privilégios e garantias que tinha o credor originário (art. 349 do CC). No entanto, é possível que um terceiro pague dívida alheia e não se sub-rogue nos direitos do credor, caso em que terá mero direito de reembolso contra o devedor, por não ser um dos casos de pagamento com subrogação. A diferença é que poderá cobrar dele o que pagou, mas sem ter os privilégios e garantias do credor 8

9 originário, pois surge um novo vínculo, uma nova obrigação (de reembolso), extinguindo a obrigação primitiva. A sub-rogação pode ser de dois tipos: legal ou convencional, a depender se decorre de lei ou da vontade das partes. O CC prevê, em art. 346, os casos em que a sub-rogação se opera de pleno direito, ou seja, se um terceiro paga a dívida, ele se sub-roga automaticamente nos direitos do credor primitivo, independente da vontade das partes. Se a lei não prevê como caso de sub-rogação, teria o terceiro mero direito de reembolso, mas as partes poderão prever a sub-rogação, passando o terceiro a ter os privilégios e garantias do credor primitivo, o que não existiria no mero direito de reembolso. Como exemplo, trago um caso visto no estudo do pagamento. Se terceiro interessado paga a dívida do devedor, sub-roga-se automaticamente nos direitos do credor, mantendo-se os privilégios e as garantias (art. 346, III, do CC). Se terceiro não interessado paga a dívida do devedor, apenas terá direito de reembolso, não se subrogando nos direitos do credor (sem os privilégios e garantias do credor originário). No entanto, se o terceiro não interessado pagar a dívida do devedor condicionado a sub-rogar-se nos direitos do credor, haverá pagamento com sub-rogação convencional e terá o novo credor os privilégios e garantias do credor primitivo (art.347, II, do CC) Novação Novação é o meio de extinção da obrigação pelo surgimento de uma nova obrigação. A novação pode ser de dois tipos: objetiva ou subjetiva. A novação é objetiva quando a nova obrigação difere da obrigação anterior pela substituição da prestação (ex. obrigação de dar dinheiro transformada em obrigação de fazer ou obrigação veiculada em cheque substituída por obrigação veiculada em nota promissória). A novação será subjetiva quando a nova obrigação difere da obrigação anterior pela substituição do credor (novação subjetiva ativa) ou do devedor (novação subjetiva passiva). Importante: qual a diferença entre pagamento com subrogação e novação subjetiva ativa? Em ambos os casos, há troca do credor, mas diferem porque no pagamento com sub-rogação o vínculo se mantém, havendo apenas a troca de credor, enquanto que na novação, extingue-se o vínculo anterior, surgindo uma nova obrigação com um novo vínculo. Consequência: no pagamento com sub-rogação se mantém para o novo credor os privilégios e garantias do credor primitivo, enquanto que na novação, extinguem-se os privilégios e garantias do credor primitivo, não as tendo o novo credor. Do exposto acerca da sub-rogação e novação, podemos chegar a uma conclusão: quando o pagamento é efetuado por um terceiro, seja interessado ou não interessado, ele poderá reaver do devedor primitivo o que por ele pagou. A diferença é que quando o pagamento é feito por terceiro interessado, há pagamento com subrogação, enquanto que no pagamento feito por terceiro não interessado, há novação, pois se extingue o vínculo anterior, surgindo uma nova obrigação com um novo vínculo (a obrigação de reembolso). Por isso, o terceiro interessado terá os privilégios e garantias do credor primitivo, mas o terceiro não interessado não, a não ser que se valha do pagamento com sub-rogação convencional, ou seja, condicionando o pagamento a sub-rogar-se nos direitos do credor Imputação ao pagamento Se um devedor tem várias dívidas diferentes com um credor, mas não lhe entrega valor suficiente para pagamento de todas, é preciso identificar quais as dívidas foram extintas. Imputação ao pagamento é a indicação da dívida a ser paga quando uma pessoa se encontra obrigada por dois ou mais débitos com o mesmo credor, sem poder pagar todos eles. Note que imputação ao pagamento não é bem um meio de extinção da obrigação, mas sim a determinação de que obrigação está extinta quando nem todas forem pagas. Antes de a lei definir quais obrigações estão extintas (imputação legal), as partes têm o direto de definir (imputação convencional). Assim, em primeiro lugar, quem define é o devedor. No seu silêncio, o credor define em quais dá quitação. Se nenhum deles definir, a lei definirá, estabelecendo a seguinte ordem: (i) primeiro se pagam os juros vencidos e só depois o capital; (ii) pagamento imputado às dívidas vencidas há mais tempo; (iii) se todas vencidas no mesmo tempo, a imputação será na mais onerosa (maiores juros ou multas); (iv) se todas no mesmo tempo e mesmos ônus, a lei não dá solução, mas jurisprudência diz ser de forma proporcional em cada uma das obrigações Dação em pagamento Dação em pagamento é a forma de extinção da obrigação através da qual o credor aceita receber prestação diversa da que lhe é devida. Conforme visto, nos 9

10 termos do art. 313 do CC, o credor não é obrigado a aceitar prestação diversa da contratada, ainda que mais valiosa. Porém, nada impede que o credor aceite prestação diversa, caso em que haverá extinção da obrigação de uma forma anormal, que não pelo pagamento, chamada de dação em pagamento. A evicção é a perda judicial ou até administrativa de um bem em razão de vício jurídico anterior à alienação. Quem vende não poderia ter vendido e quem compra perde para um terceiro, buscando do alienante uma indenização. Se o devedor dá coisa diversa em pagamento e o credor a perde pela evicção, restabelece-se a obrigação primitiva, ficando sem efeito a quitação dada, ressalvados os direitos de terceiro (art. 359 do CC) Compensação ou seja, não com ele, pois o fiador não é devedor em causa própria, mas mero garantidor de uma dívida do afiançado (art. 371 do CC) Confusão e Remissão Confusão é a forma de extinção das obrigações por reunirem na mesma pessoa a qualidade de credor e devedor. Imagine um pai que deve uma quantia em dinheiro a seu filho, que é seu único herdeiro. Com a morte do pai, o filho assume o débito, mas ele próprio é o credor, gerando extinção da obrigação pela confusão. A confusão pode se verificar a respeito de toda a dívida (total) ou só de parte dela (parcial). No exemplo citado, se são dois filhos, tendo o credor um irmão, só haverá extinção da obrigação relativa à metade da dívida (espólio é devedor de metade do valor para o filho credor). Compensação é a forma de extinção das obrigações entre duas pessoas que são, ao mesmo tempo, credora e devedora uma da outra. O meio normal de extinção da obrigação é o pagamento, ou seja, o cumprimento da prestação. Todavia, quando duas pessoas são devedoras e credoras uma da outra, não há sentido que os pagamentos sejam feitos para extinção das obrigações. Compensam-se as dívidas e extintas estão as obrigações até onde se compensarem. A compensação pode ser de dois tipos: legal ou convencional, a depender se decorre da lei ou da vontade das partes. A compensação legal se dará automaticamente, bastando presentes os requisitos legais, quais sejam: reciprocidade das obrigações (um deve ao outro e vice versa), liquidez e vencimento das prestações e envolverem bens fungíveis entre si (não basta serem bens fungíveis, devem ser substituíveis entre si, ou seja, homogêneos, por exemplo, dinheiro por dinheiro ou saca de café por saca de café, não podendo ser dinheiro por saca de café). Mesmo ausentes tais requisitos, ainda sim poderá haver compensação, mas será convencional, por depender da vontade das partes. Nada impede, portanto, haver compensação de uma dívida vencida com outra a termo, com bens infungíveis ou de natureza diferente (dinheiro por saca de café), mas será compensação convencional, onde o que importa é a vontade das partes. A reciprocidade é um requisito para a compensação legal, ou seja, devedor deve ao credor e vice-versa, mas há uma exceção: quando envolver o fiador. O devedor somente compensa sua dívida para o credor com a dívida do credor contra ele, mas o fiador pode compensar sua dívida para o credor (é dele devedor porque é fiador) com a dívida que o credor tem com o afiançado, Remissão é a forma de extinção da obrigação com o perdão da dívida pelo credor. Cuidado: não confunda remissão com remição. A causa de extinção da obrigação é a remissão, é o ato de remitir, que significa perdão, perdoar. Remição ou ato de remir não é causa de extinção da obrigação, pois significa resgate, resgatar. Tanto na confusão quanto na remissão há um aspecto importante para você saber sobre obrigações solidárias. Confusão ou remissão entre credor e um dos devedores solidários ou entre o devedor e um dos credores solidários: mantém-se a solidariedade entre os demais, descontada a parte remitida ou da confusão parcial. Exemplo: Imagine três devedores solidários em trinta mil reais ao pai de um deles (solidariedade passiva). Com a morte do pai ou do filho ou se o pai perdoar só a dívida do filho, os outros dois devedores serão solidários em vinte mil reais. Da mesma forma, imagine que um devedor deve trinta mil reais a três credores solidários, sendo um deles o pai do devedor (solidariedade ativa). Com a morte do pai ou do filho ou se o pai perdoar só a dívida do filho, os outros dois credores serão solidários em vinte mil reais. 5. INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES 5.1. Diferença entre inadimplemento e mora Quando o devedor não cumpre a prestação, estamos diante do inadimplemento, que pode ser de dois os tipos: absoluto ou relativo. O inadimplemento é absoluto quando a prestação não é cumprida e não é mais útil ao credor que o devedor a cumpra - por exemplo, contratação de cantor para cantar em um casamento que 10

11 não comparece à cerimônia. O inadimplemento é relativo quando a prestação não é cumprida, mas ainda é útil ao credor que o devedor a cumpra, por exemplo, não pagamento de uma dívida em dinheiro no dia do vencimento. O inadimplemento absoluto é chamado simplesmente de inadimplemento e o inadimplemento relativo é chamado de mora. Note que a diferença entre inadimplemento e mora reside no critério de utilidade para o credor. Em ambos os casos, a prestação não é cumprida, sendo inadimplemento se a prestação não é mais útil ao credor e mora se a prestação ainda é útil ao credor. Por que diferenciar mora e inadimplemento? Se o caso é de inadimplemento, como a prestação não é mais útil ao credor, a única solução é o pagamento de indenização por perdas e danos (ar. 389 do CC). Por outro lado, se o caso é de mora, cabe o que chamamos de purgação ou emenda da mora. O que é isso? É cumprir a obrigação, porque ainda útil para o credor, acrescido dos encargos moratórios. Purga-se a mora pagando-se com retardo, acrescido de: correção monetária, juros de mora, perdas e danos decorrentes da mora e eventual honorários de advogado (art. 395 do CC) Mora O art. 394 do CC diz que se considera em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer. Note haver mora não apenas quando não se paga no tempo devido, mas também se não se paga no lugar e na forma devida. Note ainda não haver mora só do devedor, mas também do credor, que ocorre quando este não quiser injustificadamente receber o pagamento, sendo o pagamento em consignação a solução para o devedor se livrar dos encargos da mora. Segundo art. 395 do CC, configurada a mora, o devedor pode purgá-la, cumprindo a prestação acrescida dos encargos moratórios. Todavia, se a prestação tornar-se inútil ao credor, este poderá enjeitá-la e pedir perdas e danos. A razão é simples: se inútil ao credor, deixou de ser mora e se transformou em inadimplemento absoluto. Como exemplo, imagine uma costureira que deixa de entregar o vestido de noiva no prazo estipulado. É caso de mora ou inadimplemento? Depende. Se ainda não houve a cerimônia, em razão de a data marcada lhe ser bastante anterior, o caso é de mora; se já houve a cerimônia, em razão da data marcada ter sido na véspera do casamento, o caso é de inadimplemento, caso em que o credor poderá rejeitar a coisa e pedir perdas e danos, pois ao se tornar inútil a ela, a mora se transformou em inadimplemento absoluto. Completa a ideia de mora o art. 396 do CC, que preceitua não incorrer em mora o devedor quando não haja fato ou omissão imposta a ele. Significa que a mora é o não cumprimento culposo da obrigação. Se não há culpa, não há mora. Se uma conta do devedor só pode ser paga no banco e o vencimento cai em um domingo, ao se pagar no dia seguinte, não há de se falar em mora, tanto que se paga sem encargos moratórios. O art. 397 do CC nos faz perceber haver dois tipos de mora: ex re e ex persona. A mora ex re é automática, ou seja, é aquela que independe de ato do credor para o devedor ser constituído em mora (interpelação judicial ou extrajudicial, notificação, protesto ou citação do devedor). Por sua vez, a mora ex persona é aquela que precisa de um dos citados atos do credor para o devedor ser constituído em mora. Quando a mora é ex re e quando é ex persona? Há dois tipos de obrigações: com dia certo de vencimento e sem dia certo de vencimento. Quando a obrigação tem um dia certo de vencimento, o devedor não precisa ser constituído em mora por ato do credor, pois o simples não pagamento no vencimento o constitui em mora (dies interpellat pro homine, ou seja, o próprio dia interpela o devedor). Por outro lado, quando a obrigação não tem dia certo de vencimento, o devedor só estará em mora se for constituído por ato do credor. Assim, quando a obrigação é com dia certo de vencimento, a mora é ex re e quando a obrigação é sem dia certo de vencimento, a mora é ex persona. O art. 398 do CC demonstra que a mora é ex re quando a obrigação não cumprida decorre de ato ilícito. Com efeito, ato ilícito civil é causar dano a alguém, gerando ao causador o dever de indenizá-lo. Poderíamos pensar ser caso de mora ex persona, pois o devedor deve ser constituído em mora por um ato do credor, propondo ação judicial (citação válida constitui o devedor em mora). No entanto, tal entendimento é equivocado, pois a lei diz que essa mora é automática, independendo de qualquer ato do credor. O art. neste momento em análise diz que nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor em mora desde que o praticou (a responsabilidade de reparar o dano fixada na sentença judicial retroage à data do ato para aplicar os efeitos da mora). Os arts. 399 e 400 do CC trazem dois efeitos da mora, um para mora do devedor e outro para a mora do credor: 11

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