CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL.

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Nathalie Freire Sabrosa
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1 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Fábio Cáceres (Aula 24/10/2017). Continuação das características do Direito das Obrigações. Características do direito das obrigações. Conjuntiva Disjuntiva Divisível Indivisível Solidariedade Restituir Solidariedade. Solidaria as obrigações solidárias são complexas, pois, apresentam mais de um sujeito no polo ativo e/ou no polo passiva da relação obrigacional, sendo que todos podem ser exigidos na totalidade da dívida (passiva) ou todos podem exigir a dívida toda (ativa). Art A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes. Como a solidariedade não pode ser presumida, ela decorre de contrato ou de lei, podemos citar como exemplo de solidariedade decorrente de lei o artigo 932, III, CC são solidários o empregador e o empregado pela reparação civil, bem como, o artigo 18 CDC, são os fornecedores responsáveis solidariamente. Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles 1

2 decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas. (...) (Grifo nosso). Nas obrigações divisíveis com solidariedade os codevedores respondem não só pela sua cota parte, mas, também pela cota parte dos outros codevedores. Assim, também será com os cocredores que pode exigir a sua cota parte e também a cota parte dos outros cocredores. Solidariedade múltipla é aquela onde temos pluralidade de devedores e credores numa mesma obrigação são solidários. Quando há solidariedade de devedores, e um deles for demandado pelo todo, este se sub-roga da dívida dos demais devedores, passando a ser credor dos codevedores, se houver mais de três devedores, está sub-rogação será da cota parte de cada um, não se presume a solidariedade entre eles, a solidariedade do contrato original não se estende a sub-rogação, exceto se estiver pactuado. Art Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será obrigado pela dívida toda. Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em relação aos outros coobrigados. (Grifo nosso). Situação diversa ocorre na fiança, pois, aqui temos um devedor e um garantidor, que se demando se sub-roga na totalidade da dívida. 2

3 Exemplo: A credor de R$ 3.000,00 R$3.000,00 A promove ação contra C B C fiador sem benefício de ordem devedor de R$ 3.000,00 C Sub-roga na totalidade do débito, pois, não é devedor, só garantidor. O fiador não pode alegar que o bem é de família para não ser executado de dívida decorrente de garantia de fiança. Súmula 549 do STJ: é válida a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação (REsp ). Restituir. Restituir a obrigação de restituir envolve uma devolução, não tem escopo na transferência de propriedade. A diferença de entrega e restituição, na obrigação de restituir a coisa pertence ao credor envolve devolução, enquanto na entrega transfere algo que pertencia ao devedor e que o credor não tinha. Perda sem culpa quando o devedor tem que restituir o bem, mas antes da restituição perde a coisa sem culpa, o credor por ser proprietário arca com todos os prejuízos. Art Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda. 3

Com culpa do devedor dinheiro mais perda e danos. este tem que pagar o equivalente à coisa em Art. 239.

4 Com culpa do devedor dinheiro mais perda e danos. este tem que pagar o equivalente à coisa em Art Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente, mais perdas e danos. Deterioração sem culpa pleitear qualquer indenização. o credor recebe a coisa deteriorada, sem poder Art Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, recebê-la-á o credor, tal qual se ache, sem direito a indenização; se por culpa do devedor, observar-se-á o disposto no art Deterioração com culpa perda e danos. pagar o equivalente à coisa em dinheiro mais Obrigação de fazer e não fazer. Obrigação de Fazer. Para Maria Helena Diniz a diferença da obrigação de dar para a de fazer, é que nesta consiste na entrega de um objeto ao credor, sem que se tenha de fazê-lo previamente, e, na de fazer, na realização de um ato ou confecção de uma coisa, para depois entregá-la ao credor. 4

5 Obrigação de fazer comum o credor contrata o devedor para que ele confeccione uma determinada coisa, mas não especifica como dever ser feito e nem por quem. Obrigação de fazer personalíssima quando for convencionado de forma específica que o devedor cumpra pessoalmente a prestação, se torna personalíssima pelas características de quem desenvolve a obrigação de fazer. Inadimplemento na obrigação de fazer comum. Inadimplir = descumprir. Sem culpa extingue a obrigação. Relativo: ainda tem interesse no objeto contratado. Com culpa Absoluto: não há por parte do credor interesse pela coisa. Exemplos: Absoluto entregar o vestido da noiva depois do casamento. Relativo um mês antes do casamento vai provar o vestido, e este ainda não está pronto, inadimplemento relativo: pode requerer que o próprio devedor faça sob pena de multa diária mais perdas e danos se houver, para a aplicação da multa requer uma ação judicial. 5

6 Na hipótese de urgência requer que a terceiro faça ou o próprio credor fazer, sem prejuízo de obter o devido ressarcimento do devedor inadimplente além de perdas e danos. Art Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível. Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido. A diferença do inadimplemento relativo para absoluto está ligado ao interesse do credor, no absoluto não tem mais interesse nenhum nem do credor e de mais ninguém, cabe perdas e danos, pois, até o objeto obrigacional por ter um prejuízo irreversível se converte em indenização, reparação de dano ampla. É possível exigir do devedor via judicial que arque com os honorários advocatícios, uma vez que, só contratou advogado porque o devedor deu causa. Para obrigação de dar (pagamento) fundamento no artigo 404 CC, já as obrigações de fazer e não fazer fundamento no artigo 395 CC, como segue: Art Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado. Parágrafo único. Se a prestação, devido à mora, se tornar inútil ao credor, este poderá enjeitá-la, e exigir a satisfação das perdas e danos. 6

7 1ª opção: Exigir que o próprio devedor faça. 2ª opção: próprio credor fazer ou pedir que terceiro fazer com direito a ressarcimento a ser feito pelo devedor principal. Bons Estudos!!! Prof.ª. Adriana Aparecida Duarte. 7

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