1. DESVIOS RELATIVOS AO OBJETO SEXUAL A- Inversão B- Pessoas sexualmente imaturas e animais como objetos sexuais
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- Aurélio Neiva Marreiro
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1 FREUD (1905)
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3 1. DESVIOS RELATIVOS AO OBJETO SEXUAL A- Inversão B- Pessoas sexualmente imaturas e animais como objetos sexuais 2 DESVIOS EM RELAÇÃO AO OBJETIVO SEXUAL A- Extensões anatômicas B- Fixações dos objetivos sexuais preliminares 3. AS PERVERSÕES EM GERAL 4. A PULSÃO SEXUAL NO NEURÓTICO 5. PULSÕES PARCIAIS (INSTINTOS COMPONENTES) E ZONAS ERÓGENAS 6. RAZÕES PARA A PREPONDERÂNCIA APARENTE DA SEXUALIDADE PERVERTIDA NAS PSICONEUROSES 7. SINAL DO CARÁTER INFANTIL DA SEXUALIDADE
4 Traduções: INSTINTO (inglês: instinct) /PULSÃO (francês: pulsion) Processo dinâmico que consiste numa pressão ou força que faz o indivíduo tender para um objetivo. Existem fontes internas de excitação a que o organismo não pode escapar. A pulsão exerce uma pressão ou força. Há uma exigência de trabalho imposta ao aparelho psíquico (LAPLANCHE; PONTALIS, 2001). Excitação a que organismo não pode escapar. Fator propulsor do aparelho psíquico Pulsão de nutrição: fome. Pulsão sexual: libido (Lust).
5 OBJETO SEXUAL: Pessoa que exerce atração sexual OBJETIVO SEXUAL (meta ou alvo): Ação a que a pulsão impele
6 A- Inversão
7 Invertidos absolutos: objetos sexuais são exclusivamente do próprio sexo Invertidos anfigênicos (hermafroditas psicossexuais): objetos sexuais podem ser do próprio sexo ou do sexo oposto Invertidos ocasionais: sob influência de condições exteriores. Ex. falta de objeto sexual normal
8 Pode datar do verdadeiro princípio da vida do indivíduo Época tão remota quanto a memória pode alcançar Pouco antes ou pouco depois da puberdade Pode surgir tarde na vida
9 Inversão pode persistir por toda a vida ou desaparecer temporariamente ou constituir um episódio isolado Oscilação entre objeto sexual normal e invertido Libido se transfere para objeto sexual invertido após experiência penosa com normal
10 Sinal congênito de degeneração nervosa. Considerar separadamente : Degeneração Caráter congênito (inato)
11 Deve-se ao fato de que médicos a encontraram em pessoas que sofriam ou pareciam sofrer doenças nervosas
12 Inversão ocorre em pessoas que não apresentam outros desvios graves do normal Eficiência não sofreu alteração (desenvolvimento intelectual e cultura ética elevados)
13 Somente seria aplicável aos invertidos cuja pulsão nunca teve outra orientação. Existência de outras duas espécies de invertidos e principalmente os ocasionais torna difícil a aceitação desta hipótese.
14 Fundamenta-se nos seguintes argumentos: Mesmo nos invertidos absolutos haveria muito cedo impressões sexuais que deixaram efeitos Outras influências mais cedo ou mais tarde (relações exclusivas com pessoas do mesmo sexo, permanência em prisões, celibato, etc.) Pode ser eliminada por sugestão hipnótica Mas: Várias pessoas estão sujeitas às mesmas influências sexuais (ex. sedução, masturbação mútua) e não se tornam invertidos
15 Objeto sexual não é alguém do mesmo sexo, mas alguém que combine características de ambos os sexos Objeto sexual: reflexo da natureza bissexual do indivíduo Ex. prostituto masculino imitam mulheres
16 Ligações com pessoa do mesmo sexo: tão importante na vida psíquica quanto ligações com sexo oposto Há independência da eleição do objeto a respeito do sexo deste Atitude sexual definitiva: não se define antes da puberdade resultado de fatores constitucionais e acidentais Diferenças entre normais e invertidos: quantitativas e não qualitativas
17 Erro considerar essa conexão como estreita Pulsão sexual e objeto sexual: meramente soldados um ao outro Afrouxar laço entre pulsão e objeto Pulsão sexual em primeiro lugar independente de seu objeto Objeto é o elemento mais variável na pulsão, não está ligado a ela originariamente, mas só vem colocar-se aí em função de sua aptidão para permitir satisfação (FREUD, 1915)
18 Ênfase não é em uma finalidade definida: indeterminada quanto: ao comportamento que induz ao objeto que fornece satisfação Sublinha caráter irreprimível da pressão e não fixidez de meta e objeto (LAPLANCHE, PONTALIS, 2001)
19 B Pessoas sexualmente imaturas e animais como objetos sexuais
20 Os impulsos da vida sexual se incluem entre os que, mesmo normalmente, são os menos controlados pela atividade superior da mente (p. 150)
21 Pessoa social, eticamente, psiquicamente anormal anormal em sua vida sexual. Mas muitas pessoas que se aproximam da média sexualidade mantém-se como ponto fraco. Natureza e importância do objeto sexual: plano secundário
22 A- Extensões anatômicas b- Fixação dos objetivos sexuais preliminares
23 União dos órgãos genitais no ato conhecido como cópula que conduz ao alívio da tensão sexual e extinção temporária da tensão sexual.
24 Atividades sexuais que OU A) Se estendem, num sentido anatômico, além das regiões do corpo que se destinam à união sexual OU B) Demoram-se nas relações imediatas com o objeto sexual, que devem normalmente ser atravessadas rapidamente no caminho em direção ao objetivo sexual final
25 Tocar, olhar, beijo (partes do corpo não integram aparelho sexual) Objetivos sexuais preliminares São eles próprios acompanhados de prazer e intensificam excitação até que objetivo final seja alcançado Ponto de contato com perversões
26 Uso sexual da membrana mucosa dos lábios da boca: perversão contato com órgãos genitais, mas não beijo*. Uso do orifício anal*: Não se limita às relações entre homens. Regiões do corpo parecem reivindicar que devam ser tratadas como órgãos genitais: história do desenvolvimento da pulsão sexual * Considerado por Freud como perversão devido ao sentimento de repugnância
27 Desvio com respeito ao objeto sexual. O que se coloca em lugar do objeto sexual: parte do corpo (pé, cabelo); objeto inanimado (peça do vestuário ou de roupa íntima) Conexão simbólica inconsciente Objeto, mas adiado para tratar da supervalorização sexual
28 Contato com normal: supervalorização do objeto sexual que se estende a tudo que com ele se associe. Certo grau de fetichismo presente no amor normal: estágios em que objetivo sexual normal parece inatingível ou sua consumação é impedida Patológico quando toma o lugar do objetivo normal. Fetiche se desliga de um determinado indivíduo e se transforma no único objeto sexual.
29 Tocar: dificilmente pode ser considerado perversão, desde que o ato sexual seja levado adiante Olhar (escopofilia) : perversão se: A- restringir-se aos órgãos genitais B- Estiver associado à anulação da repugnância (voyeurs, olhar para funções excretórias) C- Ao invés de ser preparatório para o objetivo sexual normal o suplanta
30 Sexualidade da maioria dos homens contém um elemento de agressividade: subjugar, vencer resistência do objeto sexual galanteio Sadismo: componente agressivo: independente e exagerado. Perversão humilhação e maus tratos ao objeto Masoquismo: sadismo voltado para próprio paciente Atividade e passividade: características universais da vida sexual Relacionar estes opostos à oposição masculinidade e feminilidade (bissexualidade)
31 Nenhuma pessoa sadia, ao que parece, pode deixar de adicionar alguma coisa capaz de ser chamada de perversa ao objetivo sexual normal, e a universalidade desta conclusão é em si suficiente para mostrar quão inadequado é usar a palavra perversão como um termo de censura (p. 163). Perversão patológica se há exclusividade e fixação
32 Luta da pulsão sexual contra resistências (vergonha e repugnância) que restringem pulsões dentro da normalidade Pulsão sexual parece estar reunida a partir de componentes que se dissociaram nas perversões
33 Energia da pulsão sexual contribui para formação do sintoma (atividade sexual do paciente) Sintomas: substitutos de desejos, vontades emocionalmente carregados de energia libidinosa impedidos de obter descarga em atividade psíquica admissível para a consciência Histéricos: repressão superior à normal. Par de opostos na histeria: anseio sexual exagerado e aversão excessiva à sexualidade: doença caminho de fuga impulsos transformados em sintoma
34 Sintomas neuróticos não são devidos somente à pulsão sexual normal. Eles dão expressão, por conversão (na histeria) a pulsões que seriam descritas como pervertidas se pudessem ser expressas em fantasia e ação sem serem desviadas da consciência Sintoma neurótico As neuroses são, por assim dizer, o negativo das perversões (p. 168)
35 a) Impulsos invertidos b) Tendências a toda a espécie de extensão anatômica da atividade sexual (à membrana mucosa da boca e do ânus se atribui o papel de órgãos genitais) c) Pulsões parciais (instintos componentes): em sua maior parte como pares de opostos pulsão escopofílica e exibicionismo - pulsão de crueldade em forma ativa e passiva - Na neuroses é comum encontrar diversas das pulsões perversas e em geral todas elas.
36 Ex. orifício oral e anal comportam-se como porção do aparelho sexual Mais evidente na histeria de conversão, pois conversão no próprio corpo
37 Exagerado grau de repressão sexual Excessiva intensidade da pulsão Força inata da tendência para a perversão OU Aumento colateral dessa tendência devido a estar a libido sendo forçada para longe de um objetivo sexual e de um objeto sexual normais.
38 Somos todos histéricos (Moebius) Perversão não é em si muito rara, devendo fazer parte da constituição normal Sexualidade infantil: estudar evolução até que se converta em perversão, neurose ou vida sexual normal
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40 Não há abolição das impressões da infância amnésia oculta os inícios mais precoces da infância até sexto ou oitavo ano Repressão tal como neurose Responsável por não atribuir-se importância à infância no desenvolvimento da vida sexual
41 Chupar dedo: envolve completa absorção, leva ao sono (satisfação sexual é o melhor sonífero) ou a uma reação motora com caráter de orgasmo; muitas crianças passam do ato de sugar para a masturbação.
42 A pulsão sexual se liga a atividades que atendem à finalidade de autoconservação (autopreservação) - só secundariamente se torna independente.
43 Pulsão não é dirigida para outras pessoas, mas indivíduo obtém satisfação em seu próprio corpo: Auto-erotismo: o que a torna independente do mundo exterior que ela não pode controlar Se importância persistir: Beijo, beber, fumar Zonas erógenas predestinadas, mas qualquer parte do corpo tem aptidão para tal (sensação de prazer). Ex. Boca
44 Necessidade de repetir satisfação (ex oral) : Modificação da zona erógena: Tensão (desprazer), comichão ou excitação projetada sobre a zona erógena -estímulo externo (ex. sugar) que remova aquela sensação (satisfação)
45 Sob influência da sedução as crianças podem tornar-se perversas polimorfas mas não é necessária para despertar a vida sexual de uma criança. Disposição para perversão é uma característica humana geral e fundamental. Pode surgir também espontaneamente de causas internas
46 Barreiras contra excessos sexuais vergonha, repugnância e moralidade ainda não foram construídas: pouca resistência no sentido de realizá-las Escopofilia voyeurs da micção e defecação Exibicionismo Crueldade pulsão de domínio Pulsões independentes que só entram em íntima relação com a vida genital mais tarde
47 Vida sexual da criança atinge primeiro ápice entre 3 e 5 anos Simultâneo à pulsão do saber ou do investigar Maneira sublimada de obter domínio Utiliza energia da escopofilia
48 Origem dos bebês Pessoas têm bebês comendo determinada coisa Saem do seio, do umbigo. Nascem pelo intestino como descarga de fezes. Semelhança com reino animal- cloaca. Renúncia: não raro deixa dano permanente a pulsão de saber.
49 Distinção entre os sexos Menino órgão genital dele atribuído a todos: só abandonada após lutas internas complexo de castração. Todos tinham um pênis, elas o perderam pela castração. Substituto do pênis perversões Menina: inveja do pênis desejo de serem meninos
50 Conceito sádico das relações sexuais: Ato sexual: espécie de maltrato ou ato de subjugação.
51 Vida sexual infantil: Essencialmente auto-erótica Pulsões parciais desligadas e independentes umas das outras Vida sexual normal do adulto: Organização dirigida para objetivo sexual ligado a algum objeto estranho Busca do prazer influência da função reprodutora, pulsões parciais sob o primado de uma única zona erógena
52 Zonas genitais ainda não assumiram papel predominante
53 Período oral receptivo: atitude passiva Período oral canibalístico ou sádico oral: morder, mastigar, dilacerar (HERRMANN, 1999) Atividade sexual não se separou da ingestão de alimentos Objeto de ambas atividades é o mesmo: objetivo sexual incorporação do objeto (identificação) (FREUD, 1905)
54 Caráter oral-receptivo: Passividade aliada ao desejo perene de receber. Caráter oral-sádico: voracidade agressiva, insaciável, sempre atacando para conseguir, mas destruindo ou desaproveitando o que consegue. (HERRMANN, 1999)
55 Organização sádico-anal Ambivalência: pares antagônicos pulsionais Atividade: pulsão de domínio Objetivo sexual passivo: membrana mucosa erógena do ânus
56 Organização sádico-anal Dar, expulsar X reter Fezes: Presentes ou ataques (FREUD, 1905, HERRMANN, 1999) Caráter relacionado ao prazer expulsivo: caráter violento que despreza o outro, que tende a expulsar de si todos os aborrecimentos, intolerante a frustrações e limites Fase anal retentiva: cautela excessiva, timidez, respeitoso temor por ordens e hierarquia, meticulosidade exagerada.
57 Sexualidade aqui também liga-se a outras funções somáticas Suscetibilidade à excitação erógena da zona anal Reter fezes acúmulo provoca contrações musculares, ao passar pelo ânus grande excitação da membrana mucosa dor, mas prazer Presente, bebê. Produzindo concordância com ambiente Retendo desobediência Retenção da massa fecal para servir de estímulo masturbatório - constipação
58 Genital, mas criança conhece apenas uma espécie de genital: o masculino, por isso fase fálica Na infância, como na puberdade, já houve escolha de objeto único ao qual totalidade das correntes sexuais passam a ser dirigidas, mas combinação das pulsões parciais e subordinação sob o primado dos genitais não foi feito ou incompleto
59 Criança toma ambos os genitores e particularmente um deles como objeto de seus desejos eróticos Há também sentimentos de hostilidade Menino deseja o lugar do pai Menina deseja lugar da mãe
60 Sente cada punição como castigo pelos desejos proibidos, como castração. Fantasias edipianas dão culpa, limites e frustrações impostos pelos pais parecem castigo a tal culpa. (HERRMANN, 1999)
61 Menino concorda em ser castrado por temer a perda do precioso órgão genital. Identifica-se com o pai. Menina lhe falta o pênis porque o perdeu ou não o desenvolveu ainda responsabiliza a mãe por essa condição, rompe com ela e passa a dirigir o amor ao pai menina entra no complexo de Édipo pela castração. (HERRMANN, 1999)
62 Identificação com genitor do mesmo sexo deixa um ideal e uma fonte de censura que se consolida como superego. (HERRMANN, 1999)
63 Complexo: reprimido, porém continua a agir do inconsciente com intensidade e persistência Escolha do objeto do período puberal é obrigada a abrir mão dos objetos da infância Libido não permanecerá fixa neste primeiro objeto, posteriormente o toma apenas como modelo Complexo nuclear da neurose
64 Durante período de latência que se constroem as barreiras que restringem o curso da pulsão sexual repugnância, vergonha, ideais estéticos e morais Organicamente determinado e fixado pela hereditariedade, pode ocorrer sem auxílio da educação. Impulsos que pareceriam em si pervertidos Atividade dos impulsos não cessa: sublimação início no período de latência
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66 VIDA SEXUAL INFANTIL: PUBERDADE: Essencialmente auto-erótica Organização dirigida para objetivo sexual ligado a algum objeto estranho Pulsões parciais desligadas e independentes umas das outras pulsões parciais se combinam para atingir objetivo único e as zonas erógenas ficam subordinadas ao primado da zona genital Pulsão sexual não relacionada à reprodução Pulsão sexual subordinada à função reprodutora
67 PRÉ-PRAZER Devido à excitação das zonas erógenas Mesmo prazer já produzido em menor escala pela pulsão sexual infantil PRAZER FINAL Derivado do ato sexual Algo novo, condicionado por circunstâncias que não surgem antes da puberdade Prazer devido à excitação das zonas erógenas que produzem pré-prazer e tensão Produção do prazer maior da satisfação
68 O PRÉ-PRAZER (PREPARAÇÃO) TOMA O LUGAR DO OBJETIVO SEXUAL NORMAL SE: Pré-prazer revela-se demasiadamente grande e elemento de tensão demasiadamente pequeno Pré-condição para esse evento danoso: Zona erógena em causa ou pulsão parcial correspondente contribui na infância com quantidade incomum de prazer Mecanismo de muitas PERVERSÕES
69 LIBIDO DO EGO (Ou libido narcísica) Toma como objeto a própria pessoa LIBIDO DE OBJETO Toma um objeto exterior
70 ZONAS PRINCIPAIS HOMEM E MULHER INFÂNCIA clitóris MULHER PUBERDADE Repressão da sexualidade clitoridiana (homóloga à glande do pênis) e transferida para orifício vaginal Mudança da zona erógena e repressão na puberdade: propensão maior à histeria
71 Pais que mostram afeição excessiva pela criança são aqueles que, por seus carinhos, muito provavelmente despertarão a disposição da criança para a doença neurótica
72 Preceitos morais que expressamente excluem de sua escolha de objeto, como parentes consanguíneos, as pessoas que amou na infância. O respeito por essa barreira é essencialmente uma exigência cultural feita pela sociedade. Influência se manterá: Ex. mulher madura, homem em posição de autoridade: figuras capazes de reanimar retratos de mãe ou pai
73 Séries Definitivas Disposição (Séries disposicionais) Experiências traumáticas posteriores Constituição Experiências acidentais da infância Explicação da formação da neurose (do caráter ou subjetividade)
74 Experiências acidentais (ex. sedução por outra criança ou por adulto) + Constituição Podem gerar fixações
75 Na noção de série complementar, Freud caracteriza a etiologia de uma neurose como mista porque se constitui a partir de: 1) fatores constitucionais 2) os traumas precoces acidentais Quanto mais intenso for o primeiro, mais prontamente um trauma conduzirá a uma fixação e deixará como sequela uma perturbação do desenvolvimento; quanto mais intenso o trauma, mais certamente seus efeitos prejudiciais se tornarão manifestos, mesmo quando a situação pulsional é normal (FREUD, 1937/1992, p. 223). Nos Três Ensaios, Freud dera o nome a esse par de série disposicional, que, juntamente com a série definitiva, constitui as séries complementares. Na série definitiva, a disposição e as experiências traumáticas posteriores atuam umas sobre as outras.
76 FREUD, S. (1905) Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. In: Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, v. 7. Rio de Janeiro: Imago, Tres ensayos de teoría sexual. In: Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Trad.: José Luis Etcheverry. Buenos Aires: Amorrortu Editores, (1937) Análisis terminable e interminable. In: Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, v. 23. Trad.: José Luis Etcheverry. Buenos Aires: Amorrortu Editores, 1992, p HERRMANN, F. O que é Psicanálise para iniciantes ou não São Paulo: Psique, LAPLANCHE, J.; PONTALIS, J. B. Vocabulário da psicanálise. Trad.: Pedro Tamen, 4ª Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
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