Liberdade e conhecimento

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1 Liberdade e conhecimento Nossa sociedade costuma valorizar muito a liberdade. Orgulhamo-nos de ser livres e, quando pensamos não sê-lo, lutamos por isso. Mas o que significa exatamente ser livre? Você é capaz de dizer em que circunstância alguém é ou não livre? O emblemático autorretrato do artista francês Yves Klein ( ) faz alusão ao sonho de voar, maior símbolo do anseio humano por uma liberdade incondicional. Produzida num momento histórico marcado pela conquista do Espaço, a imagem veicula uma visão otimista do potencial humano para a liberdade e aponta para o grande tema da Ética: afinal, até onde alcança o poder de nossa liberdade?

2 Ética e liberdade Nossas escolhas estão ligadas aos princípios morais de nossa sociedade, a capacidade de decidir o que fazer em determinada circunstancia expressa nossa liberdade. Em outras palavras, somos livres ao decidir. Mas fazer uma escolha ou tomar uma decisão nem sempre é algo simples, pois elas implicam consequências que devemos enfrentar. Por exemplo: se escolho meus amigos para formar um time de futebol, mesmo sabendo que eles são pouco habilidosos nesse esporte, sei que vou ter dificuldade para vencer uma partida. Esse é um tipo de escolha que não envolve nenhum grande desafio. Porém, existem muitas outras situações mais complexas e que envolvem maiores riscos. Nesse caso precisamos estar preparados para decidir. Talvez por isso, durante uma parte de nossa vida, deixamos aos outros (quase sempre aos nossos pais) as escolhas importantes. Se, por um lado, somos privados de dar a palavra final em decisões sobre, onde morar ou em que escola estudar, por exemplo, por outro temos a segurança que vem da não responsabilidade ; a certeza de que, se algo der errado, alguém irá se responsabilizar ou mesmo tentar resolver os problemas daí resultantes. Outra questão importante quando se pensa em tomar decisões diz respeito à nossa relação com o outro. Muitas vezes nossas escolhas prejudicam outras pessoas. Portanto, para que isso não ocorra, devemos agir de acordo com uma norma ética. O imperativo categórico kantiano nos diz: Age de tal forma que a norma de tua conduta possa ser tomada como lei universal? Em outras palavras, não faça aos outros, o que não quer que façam a você. Por isso, ao tomar uma decisão que afeta outras pessoas, é conveniente conhecer suas opiniões e desejos. E é justamente porque decidir não é uma tarefa simples, exigindo de nós responsabilidade, que muitas vezes temos vontade de não exercer a liberdade. Pode ser confortável deixar aos outros as decisões, e não surpreender que muitas vezes as pessoas escolham não ser livres. Tudo que dissemos até agora parte do princípio de que liberdade é liberdade para escolher, com todas as questões éticas aí envolvidas. Porém, na tradição filosófica, diversos pensadores abordam o tema da liberdade, delimitando o conceito de maneiras diferentes e apresentando novas questões a serem pensadas. Agora, conheceremos um desses filósofos. As ideias de Espinosa Baruch Espinosa ( ), pensador de origem judaica, viveu na Holanda durante o século XVII. Lembremos que esse foi o século marcado pela intolerância religiosa. A família de Espinosa, proveniente da península ibérica, havia sido expulsa durante as perseguições movidas pelos reis católicos de Portugal e Espanha. A Holanda era um dos poucos países da Europa onde havia tolerância, constituindo-se, portanto, um destino atraente para refugiados e perseguidos religiosos de todo o continente. Todavia, as ideias de Espinosa foram consideradas heréticas pela própria comunidade judaica holandesa, que o excomungou em 1656 fato que o fez enfrentar dificuldades de todo tipo durante sua vida.

3 Num primeiro momento, Espinosa concordou com algumas concepções de Descartes, notadamente aquelas segundo a qual o pensamento deveria seguir o método matemático. De fato, duas d suas principais obras foram intituladas Princípios da filosofia cartesiana e Ética demonstrada pelo método geométrico (mais conhecido apenas como Ética). A referencia à matemática e à geometria reforça seu compromisso com a necessidade de que qualquer argumentação se fundamente no rigor lógico. Mais tarde, afirmou que corpo e alma não são entidades separadas, havendo uma identidade entre elas. Rompeu, assim, com uma concepção fundamental de Descartes (e que remonta a Platão): a da separação entre matéria e pensamento. Segundo Espinosa, tudo o que existe no universo faz parte de uma única realidade, governada pelas mesmas regras. Ele empregou o termo substância para se referir a essa realidade: Por substância, entendo o que existe em si e por si é concebido, isto é, aquilo cujo conceito não carece do conceito de outra coisa do qual deva ser formado. A substância é definida como infinita, indivisível e causa de si mesma, podendo ser chamada tanto de deus quanto de natureza. Ao causar a si mesmo, deus fez existir todas as coisas do universo, que são uma expressão divina (ou efeitos de sua potência infinita). Os homens, para alcançar a virtude, devem superar a sua tendência natural por meio do hábito. Espinosa rejeitou a ideia de um deus transcendente que está além das coisas, criador delas, dotado de vontade e capaz de recompensar ou punir e afirmou a crença em um deus imanente, que faz parte do mundo. Se as coisas que existem na natureza são apenas modos de apresentação da divindade, o homem faz parte desse contexto. Temos experiência direta e conhecimento de duas das potências que produzem a substância (e são produtos dela): a extensão (uma vez que temos ideias). Ou seja, nosso corpo e nossas ideias são partes da natureza infinita de deus. A afirmação radical de que o homem faz parte de deus tem óbvias implicações heréticas, e é o principal motivo pelo qual Espinosa foi alvo de perseguição religiosa. Espinosa e a liberdade Essa concepção tem implicações sobre a ideia de liberdade: uma vez que o homem é apenas parte de um todo mal compreendido, sua liberdade é ilusória. Quando os homens se dizem livres apenas para buscar satisfazer desejos determinados pelo seu modo de ser: na maior parte das vezes, somos incapazes de entender por que queremos ou desejamos algo. Na verdade, Espinosa constrói um outro conceito de liberdade, não mais identificado com o exercícios do livre-arbítrio. Liberdade passa a ser o entendimento dos motivos que levam as coisas a serem o que são. Ou seja: ser livre é buscar o conhecimento da causa de nossas necessidades e sua plena realização. A liberdade significa a capacidade de agir espontaneamente, segundo a causualidade interna do sujeito. Portanto, a busca do conhecimento sobre nós mesmos nos aproxima de deus. O homem é livre quando realiza todas as potencialidades que lhe são características, promovendo experiência que resultem no conhecimento cada vez maior o do corpo e do pensamento, como forma de obter a autonomia. O homem se torna livre pelo amor intelectual a Deus.

4 Muitas vezes, os sistemas políticos e as instituições criadas pelo homem erguem obstáculos ao pleno desenvolvimento de suas potencialidades. Quando isso ocorre, devem ser combatidos. A liberdade e a necessidade são compatíveis. O conceito de liberdade em Espinosa inclui, portanto o engajamento pela sua preservação, por meio do combate aos sistemas políticos que a limitam. Quanto à Ética propriamente dita, Espinosa assumiu uma posição próxima do relativismo, afirmando que nada é bom ou mau em si, uma vez que os conceitos de bem e mal não são propriedades das coisas. O bem e o mal são percebidos pelos indivíduos a partir dos efeitos que causam: o bem é a consciência que temos da alegria que nos afeta, o mal é a consciência que temos da tristeza que nos afeta. A única virtude possível é o conhecimento.

5 EXERCÍCIOS 1- A ideia ilusória da vontade livre deriva de percepções inadequadas confusas; a liberdade, entendida corretamente, no entanto não é o estar livre da necessidade, mas sim a consciência da necessidade. (SCRUTON, Roger. Espinosa. Trad. De Angélica Elisabeth Könke. São Paulo: Unesp, p. 41.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre liberdade em Espinosa, considere as afirmativas a seguir. I. A liberdade identifica-se com escolha voluntária. II. A liberdade significa a capacidade de agir espontaneamente, segundo a causualidade interna do sujeito III. A liberdade e a necessidade são compatíveis. IV. A liberdade baseia-se na contingência, pois se tudo no universo fosse necessário não haveria espaço para ações livres. Estão corretas apenas as afirmativas: a) I e II. b) I e IV. c) II e III. d) I, III e IV. e) II, III e IV. 2- A ética de Spinoza considera que: a) O reto exercício da razão é a forma de bem conduzir o direito ao livre-arbítrio. b) O livre-arbítrio é a garantia da liberdade humana face o determinismo da natureza. c) O controle das paixões pela razão é o caminho para garantir a liberdade. d) O homem se torna livre pelo amor intelectual a Deus. e) O homem só é livre quando se afasta de Deus e procura o uso contrario das boas ações.

6 3- Leia com atenção o texto a seguir. A virtude é a própria potência do homem, que se define exclusivamente pela essência dele [...], isto é [...], que se define exclusivamente pelo esforço que o homem faz para perseverar em seu ser. Logo, quanto mais alguém se empenha em conservar seu ser e tem poder para tal, mais é dotado de virtude. O contrário acontece [...], na medida em que alguém desdenha conservar seu ser, e por isso é impotente. (ESPINOSA, B. Ética. In: MARCONDES, D. (org.). Textos básicos de ética: de Platão a Foucault. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007, p. 75) É INCORRETO dizer que, para Espinosa, a) o ser humano que é virtuoso age conforme a natureza. b) o conceito de virtude liga-se ao de autoconservação. c) os homens são virtuosos por essência. d) um ser humano age contra a própria utilidade somente sob a influência de causas externas que o corrompem. e) os homens, para alcançar a virtude, devem superar a sua tendência natural por meio do hábito. Para responder à questão, leia o poema que segue: Liberdade O pássaro é livre na prisão do ar. O espírito é livre na prisão do corpo. Mas livre, bem livre é mesmo estar morto.

7 4- Compare o poema de Drummond com o autorretrato de Yves Klein que analisamos no inicio da apostila. Em sua opinião, qual deles veicula uma visão de liberdade que se aproxima da concepção de Espinosa? Justifique sua resposta. 5- Para Espinosa, qual seria o único antídoto contra a falta de liberdade?

8 Liberdade e política Muito se fala sobre a miséria e suas causas. Historiadores, cientistas sociais, políticos e jornalistas, todos têm uma opinião sobre isso. Porém, independente das causas, o fato é que a miséria existe: há pessoas passando fome ao nosso lado. Como lidamos com a existência da pobreza absoluta? Ela nos traz algum tipo de obrigação? Durante o século XIX, os progressos da industrialização, principalmente na Europa, resultaram no surgimento de massas operárias empobrecidas, que se aglomeravam em bairros precários na periferia de centros urbanos cada vez maiores. A existência de um imenso proletariado miserável bem como sua visibilidade e proximidade com o mundo das pessoas abastadas, provocou, em muitos um choque. Vários artistas, dentre eles o francês Honoré Daumier, passaram a retratar a miséria, de forma realista, em obras que eram uma espécie de manifesto contra a situação vigente. Ao mesmo tempo, surgiu a ideia de que a superação da pobreza extrema exigiria algum tipo de ação.

9 Marx e a política social O pensador alemão Karl Marx desenvolveu uma obra bastante original, abrangendo diversas disciplinas, como Filosofia, Historia, Economia e Sociologia. Defendeu que a Filosofia deveria estar vinculada à práxis (pratica ou ação), afirmando: Até hoje, os filósofos se limitaram a interpretar o mundo de varias formas, quando o que importa é mudá-lo. As implicações políticas de seu pensamento revolucionário fizeram com quem Marx sofresse diversas perseguições durante sua vida, tendo sido obrigado a fugir de um país para outro mais de uma vez. O também alemão Friedrich Engels, parceiro de Marx em grande parte de seus escritos, foi um dos maiores responsáveis pela divulgação do pensamento marxista. É de sua autoria a pungente descrição da situação dos pobres na Inglaterra, que lemos a seguir: Sobre uma escabrosa margem, chega-se, entre postes e varais de roupas, a um caos de pequenos casebres, de um só andar e um só cômodo, dos quais a maioria não tem pisos artificiais cozinha, sala e quarto, tudo junto. Num desses buracos, que teria apenas seis pés de comprimento por cinco de largura, vi duas camas e que camas! que, junto a uma escada e um fogão, enchiam todo o quarto. Em muitos outros, não vi absolutamente nada, apesar de a porta estar aberta e os moradores encostados junto a ela. Frente às portas, por toda parte, entulho e lixo; se havia por baixo algum tipo de calçamento, não se podia ver, mas apenas, aqui e ali, simplesmente senti-lo com os pés. Todo o montão de estábulos, habitados por pessoas, era limitado em dois lados por casas e uma fabrica e, no terceiro lado, pelo rio, com exceção do estreito caminho marginal, apenas uma apertada porta conduzia à saída a um outro labirinto de moradias, quase igualmente mal construído e mal mantido. Pode-se dizer que o pensamento marxista, que culminou com uma proposta de mudança revolucionaria em beneficio das classes mais humildes, foi um reflexo da crescente miséria em que vivia o proletariado europeu no século XIX. Idealismo hegeliano O jovem Marx foi influenciado pelo clima intelectual do começo do século XIX na Alemanha, por sua vez profundamente marcado pelo pensamento de Friedrich Hegel. Hegel desenvolveu o método dialético e é considerado um dos maiores representantes do idealismo alemão. Costumamos chamar de real aquelas coisas concretas, materiais, com as quais lidamos todos os dias. Ao mesmo tempo, chamamos de abstrato tudo aquilo que não tem uma existência palpável. Hegel afirmava justamente o contrario: o conhecimento imediato que temos das coisas é abstrato, pois capta somente as aparências. O conhecimento real é de natureza espiritual e resulta da descrição da forma como uma realidade é produzida. Para Hegel, a razão não é apenas uma maneira de compreender o

10 mundo, ou uma criação do individuo, mas a própria essência ou a realidade objetiva das coisas: O que é racional é real; e o que é real é racional. Hegel rompeu com os demais filósofos, que buscavam definir os critérios para o estabelecimento de uma verdade atemporal. Para Hegel, a realidade está em constante transformação. Daí a importância da Historia, vista como uma manifestação da razão. Se todas as coisas estão mudando, o que chamamos de presente é resultado de um processo e o conhecimento da Historia é uma maneira de termos consciência desse processo. O método dialético explica as transformações do mundo pelo principio da contradição, que opera através do triplo mecanismo composto por tese, antítese e síntese. Daí resulta que o desenvolvimento da Historia se expressa por meio da evolução do espírito do mundo, tendo como ponto de partida a relação entre a Ideia (tese) e a Natureza (antítese). Do choque, entre ambas, nasce a síntese, que é a Razão, a própria manifestação do espírito. No seu processo de evolução, a razão atravessa diversos estágios, desde a relação mais primitiva com as coisas até o absoluto (que se expressa sob a forma do conhecimento filosófico). Num primeiro momento, predomina a razão subjetiva, quando o espírito do mundo toma consciência de si mesmo no indivíduo e em sua interioridade (ou seja, em suas emoções, desejos, pensamentos). Em seguida, o espírito do mundo se realiza num grau mais elevado, chamado de razão objetiva, expressandose como vontade coletiva da sociedade sob a forma da família e do Estado, por exemplo. Finalmente, há um estágio mais elevado chamado de razão absoluta, entendido como síntese final do processo de evolução do espírito, cuja maior forma de expressão é a Filosofia. A Historia da Filosofia é, portanto, a Historia do crescimento da autoconsciência, através da qual o espírito toma conhecimento de sua atividade. A visão materialista de Marx Costuma-se dizer que Marx virou Hegel de cabeça para baixo. Do pensamento hegeliano, Marx manteve a visão de Historia como processo e o método dialético (expresso na tríade tese antítese síntese), mudando, porém, o foco do idealismo para o materialismo. Segundo Marx, as condições materiais determinam não só o devir (ou seja, o processo de tornar-se, o vir a ser ) histórico, mas a própria consciência, conforme escreveu no prefácio da Contribuição à critica da economia política: Não é a consciência dos homens que determina seu ser, ao contrário, é o seu ser social que determina sua consciência. Segundo Marx, para garantir sua sobrevivência, os homens desenvolvem um conjunto de relações econômicas e sociais a base econômica social (ou conjunto de relações de produção) que independe da vontade dos homens e ao longo da Historia, vai se modificando. Em cada momento histórico, as relações de produção corresponde a

11 uma superestrutura, formada pela organização política, pelas leis e também pelas formas de pensar. Ao longo do tempo, observa-se o desenvolvimento cada vez maior das forças produtivas (conhecimento técnico e cientifico, formas de organização coletiva do trabalho, entre outros). Essas, por sua vez implicam um conjunto de relações sociais (as relações de produção), que, devido à existência da propriedade privada, acaba gerando conflitos. De fato, no processo histórico, cedo se desenvolveu o conflito entre as classes sociais, que acabou sendo resumido por Marx na célebre frase: A historia de todas as sociedades tem sido, até hoje, a historia da luta de classes. Lembre-se que Marx viveu no século XIX, tendo observado uma realidade complexa que incluía, de um lado, o desenvolvimento espetacular da produção industrial e de suas técnicas cada vez mais avançadas (forças produtivas) e, de outro, a crescente miséria dos trabalhadores (resultado de ralações de produção desfavoráveis a eles). As relações entre classes sociais podem ser compreendidas por meio de uma adaptação do método dialético. Ao desenvolvimento das forças produtivas em determinado momento da Historia corresponde o estabelecimento de uma classe dominante, que controla os instrumentos de produção. Esse controle se dá pela propriedade privada e resulta na criação e na expansão de uma classe dominada. A relação entre classes é antagônica e tem como consequência uma ruptura: a revolução. Segundo Marx, tal mecanismo pode ser verificado ao longo da Historia, nos sistemas: antigo (em que a exploração do trabalho se dava através da escravidão), feudal (marcado pela servidão) e capitalista (em que predomina o trabalho assalariado). Essa evolução do processo histórico segundo a dialética materialista assume a forma de leis da Historia. No caso do capitalismo, o desenvolvimento das forças produtivas é cada vez mais acelerado, e o ritmo do desenvolvimento industrial na época de Marx era particularmente assombroso. Porém, as relações de produção permaneciam inalteradas, com a propriedade privada das máquinas e fábricas nas mãos da burguesia (classe dominante), e uma repartição de riquezas bastante desfavorável para o proletariado (classe dominada). Daí surge uma contradição que, segundo Marx, traria um desfecho revolucionário: mais cedo ou mais tarde, o proletariado daria um basta a esse regime de exploração por meio da revolução proletária. Como resultado dessa revolução, seria criado um novo tipo de organização social e econômica, mais adequado ao proletariado (por exemplo, com a abolição da propriedade privada dos instrumentos de produção), o que também levaria ao estabelecimento de uma nova ordem política e jurídica, bem como ao surgimento de novas formas de consciência.

12 A alienação Outra grande contribuição de Marx foi o desenvolvimento do conceito hegeliano de alienação. Em seus escritos, notadamente os da juventude, identificou três tipos de alienação. A primeira delas é a alienação do trabalho, típica do capitalismo, em que um operário elabora um produto que será transformado em mercadoria e vendido a um consumidor anônimo. Ou seja, ao contrario do que ocorria com a produção artesanal, não existe interação entre quem produz e quem consome, mas apenas a intermediação do burguês, que se apossa do dinheiro obtido com a venda da mercadoria. Marx identificou ainda outro tipo de alienação do trabalho: em sua visão materialista, afirmou que o homem se realiza através do trabalho (que pode até mesmo ser considerado um critério para diferenciar o humano do animal). Ora, no capitalismo, o trabalho é visto apenas como uma maneira de se obter salário. Assim, de parte integrante da vida de um indivíduo, o trabalho transforma-se apenas num meio para a garantia da subsistência. Finalmente, Marx observou que as duas primeiras formas de alienação acabam determinando a maneira como se dão as relações dos homens entre si: elas passam a ser mediadas pelo dinheiro, havendo forte tendência de se transformar toda atividade humana em valor de troca. Mais tarde, após a morte de Marx, houve grande desenvolvimento do pensamento marxista sobre alienação, bem como da teoria política marxista. Seja como for, a proposta marxista de revolução, vista como inevitável dentro do próprio processo de desenvolvimento histórico do capitalismo, acabou surgindo como uma finalidade da atuação política do homem. A liberdade, para Marx, passava pelas práxis revolucionaria, que resultaria em mudanças socioeconômicas, encaminhando a humanidade para sua emancipação.

13 EXERCICIOS 1- Sobre o conceito de trabalho, em Marx, pode-se afirmar: a) O valor de troca de uma mercadoria distingue-se de seu valor, pois este é a satisfação de necessidades humanas imediatas proporcionada pelo trabalho útil. b) O trabalho abstrato é o que distingue os homens dos animais, por consistir na capacidade de elaborar mentalmente uma ação antes de realizá-la. c) A força de trabalho e a tecnologia são as únicas mercadorias capazes de criar valor, sendo pressupostos da apropriação de mais-valia. d) O trabalho criador de valor de uso é condição de existência do homem, independente das formas de sociedade que se desenvolvem historicamente. 2- Qual a principal diferença entre o idealismo de Hegel e o materialismo de Marx? 3- Uma importante contribuição de Marx para nossos estudos foi o desenvolvimento do conceito hegeliano de alienação. Em seus escritos, Karl Marx identificou três tipos de alienação. Quais são estes três tipos?

14 4- A dialética idealista de G. W. F. Hegel criticou o inatismo, o empirismo e o criticismo kantiano. Hegel opõe-se à concepção de uma razão intemporal; na filosofia hegeliana, a racionalidade não é mais um modelo a ser aplicado, mas é o próprio tecido do real e do pensamento. Contra a concepção intemporal da razão, Hegel afirma que a razão é história, e isso é o que há nela de mais essencial. Assinale o que for incorreto. a) Sendo a razão história, ela se torna, para Hegel, relativa, isto é, o que vale hoje não vale mais amanhã, nenhuma época pode, portanto, alcançar verdades universais. b) O movimento dialético da razão se realiza, para Hegel, em três momentos, na apresentação de uma tese, enquanto afirmação, na constituição de uma antítese, como negação da tese, e na formação de uma síntese, como superação da antítese. c) Para Hegel, a história não é a simples acumulação e justaposição de fatos e de acontecimentos no tempo, mas resulta de um processo cujo motor interno é a contradição dialética. d) Hegel critica Jean-Jacques Rousseau e Immanuel Kant por terem dado mais atenção à relação entre sujeito humano e natureza do que à relação entre sujeito humano e cultura ou história.

15 Liberdade e responsabilidade- fenomenologia e existencialismo Algumas frases, apesar de curtas, chamam-nos muito a atenção. Às vezes por serem provocativas, à vezes por nos fazerem pensar em coisas que jamais havíamos imaginado até então. Na Filosofia, esse tipo de formulação é chamado de aforismo e tem como maior finalidade provocar o interlocutor ou sugerir algo, em vez de apresentar uma ideia acabada. Tendo isso em mente, procure explicar a afirmação do filósofo francês Jean-Paul Sartre: O homem está condenado à liberdade. Por que essa afirmação pode ser considerada um aforismo? O ente e o ser Já vimos que, com Platão, teve inicio uma tradição filosófica segundo a qual os objetos que se apresentam diante de nossos sentidos nos enganam, ocultando-nos seu verdadeiro sentido, sua essência. De acordo com essa concepção, os objetos que nos cercam podem ser caracterizados como entes: nas palavras do filósofo alemão Martin Heidegger ( ) tudo que nos encontra, nos cerca, nos conduz, nos constrange, nos enfeitiça e nos preenche, nos exalta e nos decepciona. Distingue-se o ente geral (conforme descrito por Heidegger) dos entes particulares (as coisas ou objetos propriamente ditos) Os entes ocultam o ser, ou seja, a essência, aquilo que a coisa é. Nas palavras de Hegel, o ser é: ser puro, nenhuma determinação. Em sua imediatez indeterminada, ele só é igual a si mesmo, sem ser desigual de outra coisa. As coisas mudam, transformam-se; o ser é aquilo que permanece inalterado e estável, mesmo com o passar do tempo. Fenomenologia Durante o século XIX, o desenvolvimento acelerado do conhecimento científico e de suas certezas na explicação do mundo natural e biológico, acabou por afetar profundamente as ciências humanas. Ocorreram avanços na Química e na Física; na Biologia, houve o impacto do pensamento de Charles Darwin ( ), que explicou a origem das espécies de uma forma mais racional, opondo-se à visão da Igreja. Além disso, deve-se lembrar da contribuição de Sigmund Freud ( ), com suas teorias sobre o funcionamento da mente humana.

16 Tudo isso fez com que diversos pensadores das ciências humanas buscassem estabelecer um estatuto científico para seu campo do saber. Marx desenvolveu suas ideias afirmando a existência de leis da História, que lhe permitiriam prever o advento do socialismo (e que levariam Engels a definir o marxismo como um socialismo científico ). Da mesma forma, o alemão Edmund Husserl ( ) buscou estabelecer critérios mais rígidos para a formulação do pensamento filosófico. Partindo da tentativa de superação da antiga oposição entre idealismo e empirismo, chegou à ideia de que não há separação entre a consciência e as coisas, pois a consciência só tem sentido na medida em que percebe o mundo. Os próprios objetos, por sua vez, só existem porque há uma consciência que os percebe. Toda consciência é consciência de alguma coisa, afirmou Husserl. Assim, os objetos (ou atos) se apresentam diante dela como fenômenos. O conhecimento dos fenômenos é, ao mesmo tempo, o conhecimento de um estado mental. A partir dessa formulação, Husserl afirmou que o conhecimento do fenômeno baseia-se, sobretudo, em uma maneira de ver, o que, por sua vez, implica a necessidade de um método. A base do método deveria ser o reconhecimento de que existem leis lógicas que não provêm de nenhum mundo sobrenatural. A consciência é intencional, ela permite que percebamos a significação das coisas e dos atos, partindo dessa inter-relação entre consciência e objetos (ou atos). Nesse sentido, a consciência não possui conteúdos, mas opera com os fenômenos que a ela se apresentam. Daí a necessidade de reconsiderar todos os conteúdos da consciência ser o elemento central do método da fenomenologia de Husserl. Existencialismo O francês Jean-Paul Sartre ( ) foi um dos muitos pensadores influenciados pela fenomenologia de Husserl. Além de filósofo, foi romancista e ativista político, engajando-se profundamente nas questões políticas de seu tempo. A retomada da fenomenologia revela-se, por exemplo, em uma de suas concepções mais importantes, segundo a qual a existência precede a essência. Assim, em vez de pressupor uma essência que deve ser desvendada pelo pensamento, caberia à Filosofia debruçar-se sobre as coisas conforme elas existem. Ainda partindo de Husserl e da fenomenologia, Sartre afirmou a separação entre o ser-em-sei (que são as coisas físicas, da natureza) e o ser-para-si (que é o homem, dotado de consciência, capaz de perceber a si mesmo e aos objetos do mundo). Ora, a inexistência de uma essência afeta também o homem: não somos um segredo a ser desvendado ou uma mente a ser descoberta, pelo contrário, nossa consciência é um vazio, um Nada, que precisa ser preenchido. Nas palavras de J.Gaarder, autor de O mundo de Sofia: somos como atores que são colocados em um palco sem termos decorado um papel sem um roteiro definido e sem um ponto para nos sussurrar ao ouvido o que devemos dizer ou fazer. Claro que essa concepção afasta qualquer possibilidade de crença em deus; Sartre, inclusive, afirmava abertamente seu ateísmo. Esse vazio que é a consciência é preenchido pela forma como construímos nossa existência, por meio de nossos atos, uma vez que somos livres. Para Sartre, a liberdade é essa

17 possibilidade de agir que todos temos, em todos as circunstâncias. Nesse sentido, até o escravo é livre, uma vez que ele sempre tem a possibilidade de escolher se quer fugir, se revoltar, morrer ou apenas obedecer. A liberdade paira sobre os homens como uma sentença: estamos condenados a passar nossa existência decidindo, assumindo nosso destino e nos responsabilizando por cada decisão. Como afirma Sartre, e O ser e o nada: O homem, sendo condenado a ser livre, carrega o peso do mundo inteiro sobre seus ombros, é responsável pelo mundo e por si mesmo enquanto maneira de ser. Porém, essa visão aparentemente negativa da liberdade é ilusória. Na medida em que exercemos a liberdade (o que é inevitável), construímos um sentido para nossa existência, tomamos conta de nosso destino. O pensamento de Sartre foi chamado de existencialista. Sartre jamais afirmou que o existencialismo é pessimista, mas uma doutrina de dureza otimista. A consciência do Nada que somos, bem como a necessidade de exercer a liberdade sem diretrizes preestabelecidas, gera angústia, que caracteriza a condição humana. Muitos tentam fugir dessa situação, o que é quando o individuo rejeita a liberdade e justifica seus atos com formulações do tipo eu não podia fazer nada ou estava apenas cumprindo ordens. Ou ainda, usando os exemplos citados pelo próprio Sartre: não escrevi livros bons porque não tive tempo para fazê-lo, se não tive nenhum grande amor é porque nunca encontrei um homem ou uma mulher dignos de tal sentimento. Abrindo mão de agir como um ser-para-si, o homem nesses casos transforma-se em um ser-em-si, ou seja, um objeto. A relação com o Outro Exercendo sua liberdade, cada homem define quem é. Ao mesmo tempo, entra em contato com outros homens, também dotados de liberdade e que podem ser a favor ou contra mim. O mundo da existência é o mundo da intersubjetividade, da relação entre sujeitos. A relação com o Outro também é uma forma de atestar nossa própria existência, uma vez que não apenas o percebemos, mas somos percebidos pelo seu olhar. Nessa relação, que não se limita ao olhar, mas inclui a experiência corporal como um todo, buscamos aceitação: queremos mostrar apenas o que consideramos o melhor em nós. Porém, o olhar do Outro pode ser cruel, na medida em que tem a capacidade de desvendar nossas falhas ou limitações. E aqui se instaura uma tensão: precisamos do Outro, para sabermos quem somos, mas o Outro acaba por desvendar quem somos quem não queremos ser. Essa dependência pode nos levar a abrir mão da liberdade, e quem vive em função da busca de aprovação do Outro acaba vivendo um inferno. Com base nisso, Sartre afirmou: O inferno são os outro. O sentido ético da Filosofia de Sartre é evidente, ao colocar no centro de suas preocupações a forma como a existência é construída a partir dos atos. Sua visão de liberdade, enfatizando que devemos responder pelas nossas ações e somos os únicos responsáveis por elas. Nesse contexto, a omissão ou o silêncio diante, por exemplo, da injustiça significa o próprio esvaziamento da existência.

18 EXERCÍCIOS 1 - O existencialismo foi uma corrente de pensamento que fez do homem efetivamente existente o centro e o núcleo das questões filosóficas, e o ponto de partida para a Ontologia; um dos seus mais conhecidos criadores e pensadores, o francês Jean Paul Sartre, a) Rejeita toda e qualquer dependência da filosofia de Heidegger. b) Não aceita a metodologia fenomenológica e prefere um discurso filosófico mais próximo do dramático. c) Considera que a existência de Deus é a garantia da plena liberdade humana. d) Define o ser humano como um ser em projeto, inacabado, que se completa nas suas relações de solidariedade com os outros. e) Argumenta que a essência do ser para si é sua própria existência. 2 - Segundo Husserl, a fenomenologia constitui-se em um novo começo da filosofia a partir da volta às coisas elas mesmas. O projeto de Husserl requer uma atitude radical a partir do retorno ao estudo da consciência, começando pela análise transcendental das estruturas constitutivas desta. Assim, a consciência, segundo a fenomenologia de Husserl, é: a) Intencionalidade, pois toda consciência é "consciência dá", que visa alguma coisa, dirige-se para algo; b) Mera representação da realidade; c) A alma do ser humano; d) Uma construção da sociedade para com o indivíduo; e) O reflexo do corpo humano. 3 - A consciência não possui conteúdos, mas opera com os fenômenos que a ela se apresentam. Daí a necessidade de reconsiderar todos os conteúdos da consciência ser o elemento central do método da fenomenologia de Husserl. Como podemos definir a fenomenologia de Husserl?

19 4 - O francês Jean-Paul Sartre foi um dos muitos pensadores influenciados pela fenomenologia de Husserl. Partindo de Husserl e da fenomenologia, Sartre afirmou a separação entre o ser-em-sei e o ser-para-si. Como Sartre comenta tal separação? 5- Exercendo sua liberdade, cada homem define quem é. Ao mesmo tempo, entra em contato com outros homens, também dotados de liberdade e que podem ser a favor ou contra mim. Como podemos definir a relação com o outro?

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