PERCEPÇÃO DAS CRIANÇAS DA ESCOLA MUNICIPAL CENTRO DE PROMOÇÃO EDUCACIONAL ACERCA DO ESTATUTO CRIANÇA E ADOLESCENTE
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- Rafael Valente de Mendonça
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1 28 PERCEPÇÃO DAS CRIANÇAS DA ESCOLA MUNICIPAL CENTRO DE PROMOÇÃO EDUCACIONAL ACERCA DO ESTATUTO CRIANÇA E ADOLESCENTE FEITOZA, Rosangela 1 BARROS, Ady 2 IGNÁCIO, Alba Valéria Alves 3 CRUZ, Marcelo Sérgio da Luz 4 1 INTRODUÇÃO Durante o ano letivo 2013/14, no Curso de Gestão Escolar, foi possível refletir com os segmentos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Centro de Promoção Educacional sobre os assuntos apresentados como disciplinas do curso, Salas Ambientes Virtuais de Aprendizagens (AVA), a saber: Fundamentos do Direito à Educação (FDE), no que trata do Direito à Educação e os direitos das crianças no que se refere à sua participação na escola (ECA, Convenção dos Direitos da Criança). Políticas e Gestão na Educação (PGE), lei de criação do conselho e o seu estatuto na escola onde atua. Planejamento e Práticas da Gestão Escolar (PPGE), a dimensão jurídica, política, pedagógica e comunitária do documento Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola. Tópicos Especiais Políticas e Programas de Educação: Plano Nacional de Educação (PNE), Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), e Plano de Ações Articuladas (PAR), frente ao PPP da Escola. Oficinas Tecnológicas Construindo um site escolar retrospectivas dos tipos de mídias e programas utilizados pela comunidade escolar. Nessa direção, o objetivo geral deste artigo é saber o que as crianças do 5º Ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Centro de Promoção Educacional sabem a respeito de seus direitos. Sabe-se que é um direito da criança/adolescente receber por parte do Estado/Município Educação Pública e de Qualidade. Mas, também, que, nem sempre, esse direito é respeitado, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Artigo 54: Por fim, é importante lembrar que o acesso ao ensino obrigatório e gratuito é um direito público subjetivo, ou seja, pode sempre ser exigido do Estado por parte do cidadão. Assim, caso o Poder Público não garanta o acesso à educação ou caso não o faça de maneira regular, o cidadão tem a possibilidade de exigir judicialmente que seu direito seja observado, obrigando o Estado a fazê-lo. 1 Pós-Graduanda Escola de Gestores Turma 2013/14 IE/UFMT 2 Professora da Sala Projeto Vivencial Orientadora do TCC 3 Professora Formadora no Curso Co-orientadora do TCC 4 Professor Tutor Pólo de Alta Floresta - MT.
2 29 A Escola Municipal de Ensino Fundamental Centro de Promoção Educacional foi fundada em 03 (três) de Julho de Atende atualmente 436 crianças de 6 a 10 anos de idade. Procura garantir o direito, o acesso e a permanência dos alunos na escola, provendo-lhes alimentação, cuidados de higiene, de expressar suas opiniões, cuida da sua integridade psicológica, física e intelectual, uma vez que é seu dever cuidar e educar. 2 METODOLOGIA A metodologia foi desenvolvida através de pesquisa bibliográfica com referencial disponibilizado no AVA do Curso; Pesquisa com abordagem quali- quantitativa, exploratória e descritiva; um estudo de caso aplicado na Escola Municipal de Ensino Fundamental Centro de Promoção Educacional. Num primeiro momento, apresentou-se o ECA/1990, com comentários a respeito aos alunos da escola. Deu-se início à entrevista com uma AMOSTRA - da turma de crianças do 5º Ano B matutino - para indagar o que conheciam do ECA, em seguida apresentaram as questões: 1) A escola respeita os direitos da criança? Como? 2) O que as crianças e adolescentes sabem sobre os seus direitos, na escola? Fez-se entrevista também com os professores e técnicos da escola levantando o conhecimentos dos segmentos a respeito dos direitos da criança/adolescentes, bem como do ECA. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO A entrevista foi feita com 24 alunos do 5º Ano Matutino da Escola Municipal Centro de Promoção Educacional conforme mostra o GRÁFICO 1: Dos 24 alunos entrevistados, ao perguntar o que eles entendiam sobre seus diretos na escola, apresentaram as seguintes respostas como mostra o GRÁFICO 2:
3 30 Observando as falas dos alunos citados no gráfico acima, pode-se ter uma breve noção do que os alunos desta referida escola têm conhecimento de seus direitos superficiais, quando colocam que direitos para eles são, por exemplo, terem uma boa educação e serem respeitado na escola, terem direito de ser criança/adolescente e poder brincar. Esses dados levam a reconhecer que, embora pareça que as crianças têm conhecimento superficial do ECA, enfim dos seus direitos, elas sentem-se asseguradas na escola, admitem que há formação/educação de qualidade, conforme prevê o ECA em seu Art.53 inciso II. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes: II - direito de ser respeitado por seus educadores. Pois, 21% sabem que têm direitos de proteção na infância, na escola, com os cuidados, pleno desenvolvimento e (in)formação/educação de qualidade. 12% citam que têm direito ao lazer, a cursos de computação. Quanto às questões citadas pelas crianças o ECA destaca que Art. 71, a criança e o adolescente têm direito à informação, cultura, lazer, esportes, diversões, espetáculos e produtos e serviços que respeitem sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento. Ao perguntar aos alunos se a escola respeita seus direitos e como, todas as 24 crianças responderam que sim, obtendo os seguintes resultados ver GRÁFICO3:
4 31 Um ponto que chama bastante atenção no gráfico 3 é que 25% dos alunos elencam que a escola respeita seus direitos quando deixa seus alunos expressar suas ideias, e quando 13% diz que Sim, porque os professores respeitam os alunos, na atualidade, isso é um ponto muito positivo para a escola e para os alunos, uma vez que liberdade de ideias, respeito e dignidade também é um direito já garantido a todos conforme o ECA traz em seu ART.16, Inciso II e ART.17. Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos: II - opinião e expressão; Art.17.O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais. A criança e o adolescente quanto mais forem estimulados a expor suas opiniões e expressão, mais eles irão aprimorar seu senso crítico; tornando-se, assim, um adulto mais reflexivo, sugestivo e participativo na sociedade. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir da pesquisa refletiu-se junto à gestão escolar que tanto a Constituição Federal quanto o Estatuto da Criança e do Adolescente preveem vários direitos às crianças/adolescentes - proteção à infância/adolescência, educação básica, pública, gratuita e de qualidade para todas as crianças/adolescentes. E, que, muitas delas, com as suas famílias, desconhecem. Mas, algumas conhecem de forma genérica o ECA, o papel/responsabilidade do Conselho Tutelar, assim como da Escola. Por isso, identificou-se a necessidade de que a Escola tem que assumir mais esse papel de trabalhar com as crianças/adolescentes durante a sua formação na escola, em sala de aula pelos professores, esses direitos à educação pública/gratuita e de qualidade. Esclarecer junto à comunidade escolar, assim como conscientizar todos os segmentos - alunos, professores, técnicos, famílias, de seus direitos e deveres em cobrar a responsabilidade do Estado, fazer o papel da Sociedade de fiscalizar/acompanhar/participar do processo na escola na luta pelos direitos da criança/adolescentes por uma escola de qualidade, para garantir uma vida digna e desenvolvimento completo da criança e do adolescente. 5 REFERÊNCIAS
5 32 BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional Para a Educação Infantil / Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, BRASIL: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB Lei N /96. BRASIL: Estatuto da Criança e do Adolescente Lei N /90 BRASIL: Constituição da República Federativa do Brasil CURY, Carlos Roberto Jamil. Legislação Educacional Brasileira. Rio de Janeiro: DP&A, DECLARAÇÃO dos Direitos da Criança (1959). Disponível em: < Acesso em: 03 mar DECLARAÇÃO Mundial de Educação para Todos (1990). Disponível em: < Acesso em: 03 mar LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, p. 6 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus por sempre estar comigo em todos os lugares por onde ando. E a todos que viabilizaram a realização deste trabalho uma fase muito importante para mim e a Faculdade de Alta Floresta MT pela oportunidade de participar da VI Mostra de Trabalhos Acadêmicos da FAF.
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