Dia Mundial da Alimentação. 16 de outubro de 2013

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Rosângela Osório Bernardes
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1 Dia Mundial da Alimentação 16 de outubro de 2013 Sistemas Alimentares Saudáveis Modelo de Intervenção da Associação Portuguesa de Dietistas

2 Associação Portuguesa de Dietistas Dia Mundial da Alimentação 2013 Modelo de Intervenção No âmbito do convite endereçado aos nossos associados, a Associação Portuguesa de Dietistas (APD) agradece a valiosa colaboração dos que partilharam as suas sugestões. A APD compilou e organizou as sugestões apresentadas num documento que permite, mais do que criar um modelo de intervenção para os Dietistas a nível nacional, sugerir múltiplas atividades que podem ser desenvolvidas por várias organizações, tais como escolas, juntas de frequesia, coletividades, cadeias restauração, entre outras. Em sinergia vamos certamente contribuir para Sistemas Alimentares Saudáveis e Sustentáveis. 2

3 I. Nutrição Comunitária e Saúde Pública S Autarquias e Juntas de Freguesia Também grupos organizados - Sociedades Recreativas e Coletividades, entre outros. As atividades que se seguem devem ser organizadas e desenvolvidas em parceria com dietistas, mas por poderem não existir estes profissionais, nos organismos mencionados, opta- se por especificar mais aprofundadamente o teor das atividades, de forma a que possam mais facilmente ser desenvolvidas. É fundamental envolver a comunidade que desenvolve agricultura e atividades afim, em espaço urbano ou rural, a partilhar e divulgar a sua atividade, com vista aumentar a consciência para a necessidade de Sistemas alimentares sustentáveis e saudáveis. Atividades propostas Refeição Saudável e Sustentável Convidar os agricultores locais a partilharem os seus produtos, para a execução de uma refeição comunitária (piquenique ou refeição convivío, com o mote Refeição Saudável e Sustentável. Este tipo de atividade poderá ser desenvolvida nos equipamentos sociais existentes, tais como jardins públicos ou salões de coletividades, escolas, etc.. Feira do Agricultor Convidar os agricultores locais a partilharem os seus produtos, para a organização de uma feira e venda comunitária dos seus produtos, no seu estado mais natural, divulgando a produção local. 3

4 Os fundos obtidos poderão ser utilizados na organização de atividades de cariz social, tais como: ü Organização de rastreios de saúde ü Ações de sensibilização e palestras sobre temáticas relacionadas com a saúde e o bem estar, a proteção do ambiente, entre outras, de acordo com as necessidades sentidas. Workshops (promoção de uma alimentação saudável e sustentável) Convidar elementos da comunidade com conhecimentos nas várias áreas, que se relacionam com uma alimentação saudável e sustentável, nomeadamente, na área de nutrição, culinária, proteção do ambiente, gestão de recursos, organizando workshops, abertos à comunidade local. Temas propostos Alimentação suficiente, não deficiente, mas também não excedente Enfoque nas recomendações alimentares às várias faixas etárias e nas doenças atuais relacionadas com a má nutrição. Cozinha saudável Enfoque na utilização de confeções simples, com alimentos naturais, submetidos a processamento mínimo e economicamente viável. Ambiente protegido, futuro prometido Enfoque para a tomada de consciência, na utilização dos recursos naturais, tais como água e alimentos, bem como na escolha e aquisição menos poluente, mas economicamente viável. 4

5 S Escolas Envolver toda a comunidade escolar, utilizando como veículo de informação os alunos, através das atividades desenvolvidas pelo mesmos no âmbito do Dia Mundial da Alimentação. As atividades que se seguem devem ser organizadas e desenvolvidas em parceria com dietistas mas por poderem não existir, estes profissionais, opta- se por especificar mais aprofundadamente o teor das mesmas, de forma a que possam mais facilmente ser desenvolvidas. Atividades propostas Elaboração do diário alimentar Solicitar aos alunos o registo escrito de todos os alimentos consumidos num dia e as suas quantidades. Com base nesse registo: Construção da Pirâmide dos Meus Hábitos Alimentares ou a Roda dos Meus Hábitos Alimentares e comparação com a Pirâmide Alimentar ou a Roda dos Alimentos, respetivamente. (Objetivo: educar para escolhas alimentares saudáveis ). Elaboração de uma lista de compras com base no diário alimentar e na informação da Pirâmide ou Roda dos Alimentos (Objetivo: Educar para o controlo de desperdício). 5

6 Elaboração da lista dos alimentos mais consumidos (10 alimentos mais consumidos pela turma). Elaboração da lista dos alimentos mais saudáveis e consumidos pelos alunos (10 alimentos mais saudáveis e consumidos pelos alunos, listas de ingredientes mais curtas e menor teor em gordura e açúcar). Análise da rotulagem de modo a compreender quais os alimentos mais saudáveis de acordo com a quantidade de ingredientes ou a informação nutricional. (Objetivo: Educar para escolhas alimentares saudáveis e proteção do ambiente); Avaliação da apresentação do produto (embalagem, forma de conservação) de modo a compreender de que modo esses alimentos contribuem para a produção de resíduos inimigos do ambiente. (Objetivo: Educar para a proteção do ambiente); Exposições Expor os trabalhos desenvolvidos pelos alunos no refeitório escolar e/ou e áreas de acesso a toda a comunidade escolar. Apresentações temáticas Destinadas a alunos de 3º ciclo e ensino secundário; propõe- se que em grupos, façam pesquisa e apresentação de trabalhos, subordinados à temática da FAO: Alimentação saudável; Proteção do ambiente; Alimentação sustentável. 6

7 II. Restauração Pública e Coletiva Envolver os comerciantes de restauração, bem como os seus parceiros de gestão da segurança e qualidade alimentar (onde existam dietistas), assim como as empresas de restauração pública e coletiva, para a necessidade em gerir os recursos alimentares e ambientais, não só para a sustentabilidade económica, como também para a sustentabilidade dos sistemas alimentares. Atividades propostas Prato Mediterrânico Convite aos comerciantes da restauração e empresas de restauração pública e coletiva, para apresentação diária, mínima de um prato na ementa, com caraterísticas da Dieta Mediterrânica, como modelo que é, de alimentação saudável e sustentável. Alimentação Mediterrânica Realização de ações de formação/sensibilização com enfoque para as caraterísticas da Alimentação Mediterrânica, sensibilizando para a utilização consciente deste estilo de alimentação nas ementas quotidianas. Medição do desperdício Convite às empresas de restauração pública e coletiva, a medir o desperdício de refeições (sobras de alimentos que não foram confecionados ou consumidos, antes ou após o serviço ao cliente), convertendo em alimentos a instituições de apoio social, o peso do desperdício alimentar de um dia. 7

8 Boas práticas Elaboração de documentação destinada à restauração, que sensibilize para as boas práticas de segurança alimentar, não só enquanto medida de segurança e cumprimento legal, como também, enquanto medida de combate ao desperdício e proteção ambiental. III. Nutrição Clínica Centros de Saúde, clínicas e hospitais Também noutros estabelecimentos de prestação de serviços de saúde, onde exerçam dietistas. Pretende- se capacitar os utentes/clientes para a importância de cuidar da sua saúde, conhecendo o seu estado nutricional, diminuindo a má nutrição existente (por defeito, mas sobretudo por excesso) e consciencializando para a responsabilidade de cada indivíduos na manutenção de sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis, tendo e conta o ambiente envolvente. Atividades propostas Rastreios do Estado Nutricional Avaliar o estado nutricional e elaborar plano de recomendações personalizado; Fornecer documentação alusiva ao tema Sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis. 8

9 Sessões gratuitas de sensibilização Alusivas ao tema Sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis, com enfoque para responsabilidade civil de cada indivíduo na sustentabilidade dos sistemas alimentares, através da gestão de recursos alimentares e ambientais. Distribuição de folheto Sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis Junto das refeições de doentes em regime de internamento, com enfoque para a responsabilidade civil de cada indivíduo na sustentabilidade dos sistemas alimentares, através da gestão de recursos alimentares e ambientais. Prato Mediterrânico Proporcionar aos utentes de refeitórios hospitalares, a apresentação diária, de um prato na ementa, com caraterísticas da Dieta Mediterrânica, como modelo que é, de alimentação saudável e sustentável. 9

10 Associação Portuguesa de Dietistas Dia Mundial da Alimentação 2013 Modelo de Intervenção FICHA TÉCNICA DIREÇÃO EDITORIAL: Zélia Santos CORPO REDATORIAL: Mónica Santos Ana Lopes PROPRIEDADE: Associação Portuguesa de Dietistas REDAÇÃO: Associação Portuguesa de Dietistas ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE DIETISTAS Edifício ICAT Campus da Faculdade de Ciências Campo Grande Lisboa Portugal Telefone:

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