CURSO: Controle Social e Gestão Participativa 06/3/13. O papel da legislação para o Controle Social e a Gestão Participativa.
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1 MODALIDADES DE GESTÃO NO SUS MUNICÍPIO DE SÃO PAULO Carlos Neder XXVII CONGRESSO DE SECRETÁRIOS MUNICIPAIS DE SAÚDE CURSO: Controle Social e Gestão Participativa 06/3/13 O papel da legislação para o Controle Social e a Gestão Participativa Carlos Neder
2 I Legislação: organismo vivo e multiplicidade de formas Legislação: organismo vivo Marco legal (institucional) Leis (emendas constitucionais, leis complementares, leis ordinárias) Decretos (decreto lei, decreto legislativo, decretos) Portarias Resoluções Normas Técnicas (instruções normativas) TAC; Acórdão; Recomendação; etc.
3 II Marco legal: papel dos atores e resultantes possíveis Reforma Sanitária: novo marco legal SUS, Seguridade e Sistemas Universais Constituições e leis orgânicas Normas regulamentadoras Democratização do Estado/sociedade
4 III Modalidades de democracia e de participação 1. Democracia Direta Participação popular autônoma (movimentos populares, sindicais e outros) 2. Democracia Representativa Participação eleitoral (partidos, governos e parlamentos) 3. Democracia Participativa Participação social (controle público ou social do Estado)
5 MODALIDADES I DE DE DEMOCRACIA E E DE DE PARTICIPAÇÃO 1. Democracia Direta e Participação Popular Autônoma (movimentos populares, sindicais e outros) Lutas em torno de necessidades sociais e de direitos Pressão sobre órgãos públicos e autoridades: assembléias, caravanas, atos públicos Organização autônoma por reivindicações, temas e interesses comuns Movimentos populares, sindicais e os novos movimentos sociais Congressos, fóruns, conselhos populares independentes Exemplos: lutas e movimentos por água, esgoto, luz, pavimentação,creches, escolas, saúde, moradia, meio ambiente, direitos
6 MODALIDADES I DE DE DEMOCRACIA E E DE DE PARTICIPAÇÃO 1. Democracia Direta e Participação Popular (movimentos populares, sindicais e outros) PERGUNTAS: A DEMOCRACIA DIRETA E A PARTICIPAÇÃO POPULAR AUTÔNOMA AINDA FAZEM SENTIDO HOJE? MESMO DIANTE DE GOVERNOS DEMOCRÁTICOS?
7 MODALIDADES I DE DE DEMOCRACIA E E DE DE PARTICIPAÇÃO 2. Democracia Representativa e Participação Eleitoral (partidos, governos e parlamentos) Representantes eleitos articulam e defendem os interesses da população ou de grupos no Executivo e no Legislativo Pressão popular cede lugar à ação institucional, nos governos e parlamentos Partidos políticos, regras eleitorais, preenchimento de cargos e governabilidade institucional
8 MODALIDADES I DE DE DEMOCRACIA E E DE DE PARTICIPAÇÃO 2. Democracia Representativa e Participação Eleitoral (partidos, governos e parlamentos) Relação com os movimentos sociais e entidades dependerá do tipo de governo: Exemplos: orçamento participativo, plebiscitos, referendos, Governos democráticos, descentralizados e participativos leis de iniciativa popular Governos conservadores, centralizados e autoritários Exemplos: leis e orçamento impostos, ausência de transparência e bloqueio ao exercício da cidadania ativa
9 MODALIDADES I DE DE DEMOCRACIA E E DE DE PARTICIPAÇÃO 2. Democracia Representativa e Participação Eleitoral (partidos, governos e parlamentos) PERGUNTAS: EXERCER O VOTO POPULAR NÃO É SUFICIENTE PARA A DEMOCRACIA QUE QUEREMOS? OS CANDIDATOS ELEITOS JÁ NÃO ESTÃO AUTORIZADOS A FALAR E FAZER EM NOME DO POVO? E A RELAÇÃO ENTRE EXECUTIVO E LEGISLATIVO?
10 MODALIDADES I DE DE DEMOCRACIA E E DE DE PARTICIPAÇÃO 3. Democracia Participativa e Participação Social (controle público ou social do Estado) Movimentos populares, sindicatos e outras entidades não se contentam em lutar e votar Além da organização autônoma e da participação eleitoral, exigem também a democratização do Estado Conselhos permanentes para a democratização do poder e das políticas públicas Conselhos de Gestão Compartilhada, de Co- Gestão, Conselhos Gestores
11 MODALIDADES I DE DE DEMOCRACIA E E DE DE PARTICIPAÇÃO 3. Democracia Participativa e Participação Social (controle público ou social do Estado) Candidatos eleitos valorizam e convivem com a pressão social Sustentação política e social ao programa de mudanças Conferências e conselhos em diferentes áreas e órgãos (no Executivo, Legislativo, Judiciário)
12 Governos conservadores, centralizados e autoritários Exemplos: conselhos com pautas e normas de funcionamento impostas, ausência de transparência e de participação nas decisões MODALIDADES I DE DE DEMOCRACIA E E DE DE PARTICIPAÇÃO 3. Democracia Participativa e Participação Social (controle público ou social do Estado) Relação com os conselhos dependerá do tipo de governo: Exemplos: conselhos criados por leis democráticas, elaboram seus regimentos, capacitam seus membros, são Governos democráticos, descentralizados e participativos respeitados, divulgam suas decisões, abertos à participação
13 MODALIDADES DE DEMOCRACIA E DE PARTICIPAÇÃO 3. Democracia Participativa e Participação Social (controle público ou social do Estado) PERGUNTAS: COM A EXISTÊNCIA DE TANTOS CONSELHOS, POR QUE FAZER PLENÁRIAS E ENCONTROS POPULARES? COMO MELHORAR A REPRESENTATIVIDADE E A ATUAÇÃO DOS CONSELHEIROS?
14 IV A legislação garante o controle social e a gestão participativa que desejamos? Propostas: Apoiar e fortalecer a organização da sociedade civil: trabalhadores, usuários, etc. Articular sua ação com outros atores: Ministério Público, Tribunal de Contas, Parlamento, Centrais Sindicais, Mídia, etc.
15 V Hoje é suficiente conhecer e fazer cumprir a legislação existente? Proposta: Reformar, atualizar e inovar na legislação do controle social e na prática da gestão participativa (Conferências, Conselhos, Plenárias, Encontros Populares, Regimentos, etc.).
16 VI Atuar, simultaneamente, em todas as frentes Propostas: Novos desafios e possibilidades em todas as modalidades de participação Assumir o desafio da participação como elemento estruturante da gestão Possibilidade esta que não pode se limitar à área da saúde, ainda que ela possa e deva dar o exemplo!
17 VII - UMA NOVA PROPOSTA DE GESTÃO Governos democráticos, descentralizados, solidários e participativos que: tenham padrões republicanos de conduta sejam solidário com os demais municípios participem do co-financiamento das políticas compreendam a importância da intersetorialidade façam do controle social um pilar da gestão participativa respeitem e fortaleçam os movimentos sociais defendam e apóiem a realização de encontros de participação popular, conferências temáticas, eleição de conselhos gestores e instalação de ouvidorias, etc.
18 UMA NOVA PROPOSTA DE GESTÃO Governos democráticos, descentralizados, solidários e participativos que: vejam os conselheiros, trabalhadores e demais cidadãos como aliados e não como inimigos sejam abertos ao controle externo pelo Ministério Público, Tribunal de Contas, mídia e sociedade organizada PERGUNTA: ESTE OUTRO TIPO DE GOVERNO É POSSÍVEL?
19 XXVII CONGRESSO DE SECRETÁRIOS MUNICIPAIS DE SAÚDE Por governos democráticos, descentralizados, solidários e participativos, sob controle social! Que a Saúde dê o exemplo! Obrigado Carlos Neder ( , deputadoneder@terra.com.br)
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