CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOTERAPIA TRAUMATO- ORTOPÉDICA METODOLOGIA DA
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1 CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOTERAPIA TRAUMATO- ORTOPÉDICA METODOLOGIA DA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA Profa. Dra. Paula Silva de Carvalho Chagas Faculdade de Fisioterapia UFJF Doutora em Ciências da Reabilitação - UFMG
2 ELEMENTOS DA PESQUISA CIENTÍFICA: Propriedades Psicométricas de mensurações e instrumentação Profa. Dra. Paula S. C. Chagas Faculdade de Fisioterapia UFJF Profa. Dra. Marisa Cotta Mancini Dpto. Terapia Ocupacional UFMG
3 Propriedades Psicométricas A qualidade da instrumentação utilizada em um estudo está relacionada com a confiança que podemos ter em seus resultados e com as interpretações que podemos fazer. Instrumentos de medida podem ser avaliados quanto a sua validade e confiabilidade.
4 Confiabilidade ou Fidedignidade Primeiro requisito de qualidade de um instrumento ou mensuração. Relacionada com a precisão ou consistência da mensuração. Refere-se a confiança de que mudanças nos escores refletem mudanças reais no conteúdo de interesse e não variação aleatória.
5 Confiabilidade ou Fidedignidade Confiabilidade: medida inversa do erro resultante do processo de mensuração E.O. = E.V. + Erro EO = escore observado, ou seja o escore obtido pela administração de um instrumento; EV= escore verdadeiro, ou seja, como o fenômeno (seja ele desenvolvimento motor, habilidade manual, ou o constructo que o instrumento se propõe a medir) se manifesta ou se apresenta no indivíduo em questão. Erro = é o erro no processo de administração da instrumentação (que pode ser atribuído ao examinador ou ao instrumento).
6 Confiabilidade ou Fidedignidade Fatores que podem ocasionar erros de medida afetando a confiabilidade de um teste/mensuração: Falhas inerentes ao instrumento Falta de consistência da variável de interesse em determinados grupos de pacientes Falta de padronização das condições de teste Erros do indivíduo que realiza as medidas Estratégias para garantir confiabilidade: Treinamento de examinadores, padronização de condições de aplicação de teste, e calibração do instrumento
7 Confiabilidade ou Fidedignidade IMPORTANTE Erros sistemáticos podem levar a consistência de medida. Valores de confiabilidade não são generalizáveis a todas às populações. Treinamento pode proporcionar confiabilidade, mas não é garantia. A confiabilidade deve ser verificada estatisticamente.
8 Tipos de Confiabilidade ou Fidedignidade Confiabilidade intra-examinador ou Teste-reteste: Diz respeito à consistência do instrumento e do examinador ao longo do tempo. Medidas repetidas feitas pelo mesmo examinador, no mesmo indivíduo, usando a mesma instrumentação (tempo).
9 Tipos de Confiabilidade ou Fidedignidade Confiabilidade inter-examinadores: Diz respeito à consistência de medidas realizadas por diferentes examinadores. Medidas feitas por diferentes examinadores, no mesmo indivíduo, usando a mesma instrumentação (treinamento). Confiabilidade da instrumentação Confiabilidade no USO da instrumentação
10 Validade Refere-se à evidência de que o teste mede aquilo que se propõe a medir (adequação). Para ser útil, um teste tem que ser tanto confiável quanto válido. A validade de um instrumento não pode ser testada diretamente. As evidências de validade devem ser obtidas com a realização de vários estudos. Testes e instrumentos desenvolvidos e utilizados para mensurar fenômenos clínicos devem ter validade estabelecida na literatura, para que possam ser feitas interpretações adequadas dos resultados
11 Tipos de Validade Validade de Face: É o tipo mais elementar de validade, baseada em opiniões pessoais acerca da adequação de um teste para medir o que se propõe a medir. Diz respeito a medida de adequação de um teste no que se refere sua USABILIDADE. Tem valor clínico.
12 Tipos de Validade Validade de Constructo: Baseada na formulação e verificação científica de princípios teóricos relacionados com o instrumento. É a avaliação da adequação dos resultados de um teste com o conceito teórico do qual ele se propõe a informar (ex.:inteligência, habilidade motora, independência funcional, qualidade de vida).
13 Tipos de Validade Validade de Conteúdo: Refere-se ao grau no qual os itens de um teste representam adequadamente o universo de itens relacionados ao constructo medido pelo teste. Usualmente estabelecida através da avaliação de um grupo de experts.
14 Tipos de Validade Validade de Critério: Comparação dos resultados do teste com os resultado de outros testes com validade previamente estabelecida (padrão ouro). Grau no qual um teste pode predizer o desempenho atual (validade concorrente) ou futura (validade preditiva) de acordo com um teste de referência (critério).
15 Tipos de Validade Validade de Critério - Preditiva: Tipos Características de testes de triagem e de diagnóstico incluem: Sensibilidade: Refere-se a classificação como positivos os indivíduos que realmente apresentam a característica de interesse (proporção de positivos reais). Mais importante em testes diagnósticos. Especificidade: Refere-se a classificação como negativos os indivíduos que realmente não apresentam a característica de interesse (proporção de negativos reais). Mais importante em testes de triagem.
16 Tipos de Validade Preditiva Indivíduos que apresentam a característica Indivíduos que não apresentam a característica Positivos Negativos Positivos Negativos
17 Propriedades Psicométricas A escolha e utilização de testes em estudos científicos devem ser respaldadas por evidências de confiabilidade e validade. Num estudo de campo, deve-se testar a confiabilidade do(s) examinador(es) no USO de toda a instrumentação selecionada (Materiais e Método procedimentos)
18 Obrigada!!!
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