Rosicler Di Lorenzo Diretoria de Capacitação e Titulação - APMFC Associação Paulista de Medicina de Família e Comunidade
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- Neuza Silvana Sales Covalski
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2 Rosicler Di Lorenzo Diretoria de Capacitação e Titulação - APMFC Associação Paulista de Medicina de Família e Comunidade
3 Breve Histórico da ESF no município de São Paulo 1987: 17 consultórios do programa Médico de Família na Zona Leste parceria SESSP/ CSSM; 1995/ 1996: dificuldade de alocar médicos na periferia - proposta tripartite: CSSM/ MS/ SESSP para implantar PSF na Zona Leste, inicialmente 26 equipes em 9 UBS; não havia uma enfermeira para cada equipe, 4 ACS/ equipe - projeto piloto/ acertos e erros; 1998 parceria da SES com a Fundação Zerbini PSF na região de Sapopemba/ Cachoeirinha/ Brasilândia (mais estrutura administrativa, educação permanente, saúde bucal, equipe de saúde mental, reabilitação, casa de parto)
4 Breve Histórico parceria SES Congregação Santa Catarina e UNISA na Zona Sul: equipes mais completas, mais estrutura; equipes implantadas transferidas para o município com as 4 parceiras; 2009: desafio de implantar o PSF na região central de SP para pessoas em situação de rua, imigrantes ilegais, ocupações, cortiços; 2010: 1167 equipes de saúde da família com cobertura de quase 43% da população, implementadas juntamente com 12 instituições parceiras.
5 Breve História da Medicina de Família no Brasil 1976: início dos Programas de Residência Médica em Medicina Geral e Comunitária; 1981: credenciamento destes programas pela CNRM; 1986: Medicina Geral e Comunitária é reconhecida pelo CFM; 2001/2002: Reconhecimento da Especialidade pela AMB que passa a se chamar Medicina de Família e Comunidade (MFC).
6 Breve Histórico... PRM em Medicina de Família e Comunidade Brasil: 2002: 28 PRM com 185 vagas 2007: 65 PRM com 560 vagas PRM em Medicina de Família e Comunidade Brasil ESP 1982/ 1993: 2 PRM com 30 vagas 2007: 16 PRM com 112 vagas
7 ESF: Frutos para a Sociedade Brasileira de Medicina de Família (SBMFC) Reorganização da SBMFC; Reconhecimento da Especialidade pelo CFM, Reconhecimento pela AMB como instituição autorizada para a titulação; Crescimento, fortalecimento e abertura de enorme mercado para os especialistas em Medicina de Família e Comunidade.
8 Alguns desafios da ESF e da Medicina de Família e Comunidade Rápido crescimento da ESF em todo o Brasil e no ESP, sem prever política de formação adequada para o profissional exigido: o Médico de Família; (Brasil mais de ESF, ESP cerca de 3100 ESF e 1190 no município de SP); 2010: vagas PRM em Medicina de Família e Comunidade na cidade de São Paulo, pouca procura, pouco estímulo; abertura de novas vagas em Jundiaí, Campinas, Ribeirão Preto, Marília, São Carlos, Rio Preto, etc...
9 Alguns desafios... menos de 2000 médicos titulados pela SBMFC no Brasil, menos de 400 no Estado de São Paulo e no município de São Paulo, pouco mais de 100; muitos destes profissionais estão fora da assistência atuando na gestão e na formação; Não existe ainda uma política de estímulo à especialização, à titulação, nem plano de carreira que diferencie o profissional bem formado, do recém-formado, com nenhuma experiência.
10 Associação Paulista de Medicina de Família e Comunidade - APMFC Primeiro núcleo se iniciou nas equipes da Zona Leste; Vem se fortalecendo desde 2005, mas ainda tem um longo caminho a percorrer; Trabalho junto à APM com encontros mensais com residentes e participa do Departamento de Medicina de Família.; Apoio à constituição de Núcleos Regionais Participação na constituição da Câmara Técnica de Medicina de Família junto ao CREMESP; Participa do credenciamento de novos PRM em MFC no Estado.
11 Associação Paulista de Medicina de Família e Comunidade - APMFC Realização : I Congresso Paulista de MFC- Ribeirão Preto em 2005 II Congresso Paulista de MFC- Campinas em 2007 I Encontro Paulista de MFC Praia Grande em 2009 Próximo Congresso: III Congresso Paulista de MFC 02 a 05 de dezembro de Águas de Lindóia Neste congresso também acontecerão: I Congresso Paulista da Estratégia Saúde da Família II Encontro de Ligas de Saúde da Família III Encontro Paulista de Residências em MFC
12 Principais questões apontadas para a formação do Especialista Adequado à ESF: Não existe regulação na abertura de vagas nas Residências Médicas (apoiadas com recurso público); por exemplo, o Canadá, quando optou pelo fortalecimento da Atenção Primária, desenhou uma política de vagas de residência mantendo sempre a relação de 50% de vagas para Medicina de Família e 50% para todas as outras especialidades; No Brasil : 571 vagas para MFC; 1473 vagas em Clínica Médica; 1046 Pediatria; 794 em G.O.= apenas 17% das vagas das clínicas básicas são em MFC; Apenas 50% das vagas em Residência de MFC estão ocupadas
13 Como mudar este quadro? A Medicina de Família, mesmo onde as políticas estão historicamente orientadas ao fortalecimento da APS vive um declínio na escolha desta especialidade: Cuba, Canadá, Inglaterra; No Brasil a APS (Atenção Básica) ainda é vista como área de baixa complexidade médica, de pouca tecnologia, de profissionais mal treinados, desestimulados, como um médico de 2ª classe
14 Médicos da ESF: quem são, o que querem? Dados do CREMESP: 152 profissionais registrados com a especialidade Medicina de Família e Comunidade : - 0,3% dos médicos do Estado; Menos de 5% dos médicos da ESF no município de SP são titulados.
15 Médicos da ESF: quem são, o que querem? Em 2 pesquisas realizadas com médicos da ESF na ASF São Paulo pela ASF verificou-se que: A questão salarial não é colocada como determinante fundamental para a fixação do profissional é atrativo, especialmente para recémformados, pelo salário diferenciado, enquanto aguardam uma vaga na Residência Médica, mas NÃO FIXA! este profissional no local de trabalho Mas...70% dizem querer permanecer no PSF, se...
16 Médicos da ESF: quem são, o que querem? Se, forem superadas algumas questões como: Inadequadas condições de trabalho: estrutura e equipamentos; Excesso de trabalho, pressão direta e contínua da população; Dificuldades no apoio com outros Especialistas, no fechamento de diagnósticos (exames, consultas, contra/ referência); Pouco reconhecimento desta profissão ou deste local de trabalho, visto como pouco importante nos meios médicos- sensação de escolha bizarra frente a tendência atual da medicina;
17 Médicos da ESF: quem são, o que querem? Sentimento de estarem pouco preparados: aí faz diferença e é obstáculo à fixação, a escassez de Processos Educativos ( Educação continuada, Formação específica como Especialização e Residência em serviço, Seminários para discussão de casos,, Momentos de Desabafo ); Pouca possibilidade de influenciar a gestão e os caminhos do sistema de saúde; Pouco entendimento da comunidade sobre o trabalho (e os limites) do PSF.
18 Desafios: Atrair alunos para a formação considerada padrão ouro - Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade; Atrair e FIXAR profissionais competentes e comprometidos; Qualificar estes profissionais para o trabalho em APS; Criar um corpo de profissionais satisfeitos e respeitados por atuarem emuma BOA e RECONHECIDA APS.
19 Propostas da APMFC: Estabelecer parceria com a gestão municipal para participar da orientação do conteúdo programático dos cursos de especialização e estabelecer um programa de pontuação para os médicos presentes nos cursos desta parceria para fins de acreditação do título de especialista junto a CNA ; O MS/ gestores deveriam determinar prazo máximo após o qual só seriam contratados para atuar na ESF profissionais com Residência Médica e/ou Título de Especialista em MFC: 10 ou 15 anos? Participar da criação de Residência em MFC em serviço, como já se fez em Marília: Programas de Residência Médica adequados às necessidades do serviço, sem perder qualidade. Os recém-formados devem se sentir estimulados a esta Residência, pela qualidade e excelência da formação;
20 Propostas da APMFC: Incentivar/determinar que os profissionais no Máximo e em x tempo após atuação na ESF obtenham de título de especialista pela SBMFC, e que um Plano de Carreira reconheça a Titulação; Participação dos médicos de família para compor as equipes de preceptores nos vários tipos de formação propostas; Ao serem contratados para a ESF, todos os médicos deveriam automaticamente ser incluídos em curso de especialização ou outra forma de adaptação para APS, dos profissionais que estão atuando: estes cursos teriam um desenho cíclico, que permitisse a entrada de novos profissionais a cada 2 ou 3 meses ou a qualquer momento, sem ter esperar o início de novas turmas;
21 Propostas da APMFC: Fortalecimento da APMFC como espaço de agregação e de reconhecimento desta especialidade no meio médico; Criação do núcleo de Medicina de Família do município de SP; Articulação com os gestores no estímulo à pesquisa em APS, na realização de seminários, congressos e criação de espaços de troca entre os profissionais; Incentivo a carreira universitária; Fortalecimento da identidade do especialista em MFC;
22 Proposta da APMFC Pagamento diferenciado com parcela variável que levem em conta o desempenho destes profissionais, que valorize o profissional, as equipes e efetivamente melhorem as condições de atenção à saúde das pessoas.
23 Agradecimentos Januario Montone - Secretário Municipal de Saúde de SP Zelliete Linhares Leite Zambon - presidente da APMFC Edjane Torreão Coordenadora da AB da SMSSP Maria Eugênia Lemos Fernandes Coordenadora Geral ASF Gesaworld Médicos das Equipes de Saúde da Família e Equipes de Saúde da Família
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