IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE NO AMBIENTE HOSPITALAR: ESTRATÉGIA PARA UMA ATENÇÃO SEGURA.
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- Victor Gabriel Salgado Barreto
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1 IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE NO AMBIENTE HOSPITALAR: ESTRATÉGIA PARA UMA ATENÇÃO SEGURA. LAMBERTY Cristiane 1, BARICHELO Tiago 1, REBELATO Marcelo Roberto Durks 1, VETORATTO Elisangela Salete 1, CAZAROTTO Patrícia Barbosa 1,CAMPANARO Mairana Paula 1, RODRIGUES, 1 Eliane Maria HERR,KOLANCKIEWICZ Adriane Critina Bernat,Gerli Elenise Gehrke 2, Palavras chaves: Segurança do Paciente; Pulseira de Identificação; Cores; Protocolo de Contenção Fisica Introdução: A segurança do paciente tem sido foco de discussões a nível mundial na última década. Em abril de 2013, o Brasil se destaca em ações através do lançamento do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). O programa estabelece protocolos para atendimento às metas internacionais de segurança e determina a criação de Núcleos de Segurança do Paciente nos serviços de saúde. (ANVISA 2013) A fim de reduzir os erros e ampliar o número de práticas seguras, as instituições de saúde estão investindo em ações que priorize a qualidade assistencial e busque a difusão de uma cultura de segurança aos pacientes, profissionais e ambiente. Estas mudanças estão focadas nas seis metas de segurança do paciente, preconizadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), tendo como meta número um a identificação correta do paciente. (MINISTERIO DA SAÚDE 2013) No cotidiano, observa-se que os serviços de saúde adotam diferentes maneiras de identificar os pacientes, como a utilização de pulseiras, placas nas cabeceiras, adesivos nas roupas e crachás. A partir do lançamento do PNSP, as instituições necessitam compatibilizar os dispositivos preconizados pelo protocolo aliado a aceitação dos pacientes. (SMITH AF, 2011) Com base nessas considerações, busca-se com o presente trabalho relatar as vivências no desenvolvimento da metodologia da problematização (MP) no estágio em um Hospital Geral, 1 Acadêmicos do 9 Semestre do Curso de Enfermagem da Unijuí 2 Enfermeiras. Docentes do Departamento de Ciências da Vida Unijuí. Integrante do Grupo de Pesquisa Atenção à Saúde GPAS
2 referência em saúde mental, a fim de identificar os pacientes conforme a classificação do grau de risco. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de experiência a partir da utilização da M.P. no decorrer do componente curricular Estágio Curricular Supervisionado em Enfermagem III do Curso de Enfermagem da Unijui, em um Hospital Geral com referência em saúde mental localizado em uma cidade do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul no período de 04/07/16 a 15/08/16, perfazendo um total de 210hrs. Os estudantes/acadêmicos foram instigados a desenvolver a MP dentro do Arco de Maguerez, que é constituído por 5 etapas: observação da realidade, identificando seus problemas, pontoschave, estes, além de permitir a reflexão sobre causas e fatores,possibilita definir as temáticas a serem trabalhadas, teorização, é a parte que se constrói as respostas para os problemas, hipóteses de solução, que permite que o sujeito se utilize do contexto da realidade, a fim de aprender com ela, permitindo a sua transformação e aplicação a realidade, esta etapa busca a solução ou o encaminhamento da mesma, para tanto, neste momento todas as alternativas possíveis devem ser explicitadas, objetivando a construção e concretização de sua implementação.(berbel,1998) Resultados e discussão: Primeiramente fui apresentada a equipe de enfermagem e a estrutura física da instituição. O início do estágio foi para observação da realidade da unidade, apontando para seus pontos críticos, com o intuito de escolher um dos problemas com maior relevância e que necessite de mais atenção. No caso deste hospital, observou-se que um dos problemas relacionadas à segurança do paciente é em relação à identificação dos pacientes, apontando para os aspectos que envolvem as situações adversas, que interferem na classificação dos riscos que estes pacientes se enquadram. Estes fatores envolvem o fato se serem pacientes com doença mental, que identificando com pulseiras existe o risco de comparações entre as cores que cada um irá usar e o significado das mesmas, levando a um entendimento subjetivo por parte destes, que poderá gerar diferentes entendimentos e interpretações.
3 Em seguida, buscou-se a fundamentação teórica para as possíveis causas do problema em questão. Para que a condução terapêutica de enfermagem seja efetiva e eficaz é imprescindível e fundamental considerar a importância da identificação correta do paciente, sua relação com a ocorrência de erros na assistência à saúde e a pouca valorização nos ambientes de prática. A identificação do paciente tem duplo propósito: primeiro, determinar com segurança a legitimidade do receptor do tratamento ou procedimento; e em segundo lugar, assegurar que o procedimento a ser executado seja efetivamente o que o paciente necessita. Na prática, a identificação do paciente é uma etapa do cuidado de enfermagem que não recebe a devida atenção, podendo interferir nas demais etapas, primordiais à garantia da qualidade e segurança do serviço prestado. O processo de implantação de novas práticas deve ocorrer de maneira colaborativa e construtiva, aliando o objetivo institucional de consolidar um atendimento com qualidade e segurança aos interesses e necessidades das equipes que trabalham na linha de frente da assistência. A educação permanente, as atualizações, o aprimoramento e a reciclagem têm como objetivo incrementar os conhecimentos adquiridos na formação básica curricular e auxiliar na redução de falhas. (HOFFMEISTER LT,2011) Outro estudo revela que a equipe deve ser envolvida para o entendimento, valorização e conscientização da relevância da identificação do paciente, e que a participação da enfermagem é de fundamental importância na definição das estratégias que serão efetivas na implantação e melhoria das práticas. Para garantir a segurança do paciente faz-se necessário conscientizar todos os profissionais de que a prestação de cuidados adequados e sem danos é responsabilidade não só da enfermagem, mas de todas as equipes que interagem com o paciente. (KOHN LT,2011) As hipóteses de solução, a partir das buscas na literatura e reflexões, relatam que a identificação correta do paciente, é o processo pelo qual se assegura que a ele é destinado determinado tipo de procedimento ou tratamento, prevenindo a ocorrência de erros e enganos que o possam lesar. A ação de enfermagem escolhida, prevista na quinta etapa, foi uma conversa com os colaboradores da equipe, expondo o tema da problematização e para ouvir suas opiniões, após foi realizado um treinamento para os integrantes da equipe de todos os turnos da instituição,
4 com a finalidade de explicar todos os itens seguindo a sequência dos conjuntos de dados apresentados, seguindo assim as seguintes cores: vermelho para risco de suicídio, amarelo para risco de agressividade, verde risco de fuga, azul para agitação psicomotora, laranja para alergia a medicações e branco para os pacientes calmos. Foram coladas fitas coloridas de acordo com a classificação no prontuário do paciente quando identificado o seu grau de risco e exposto um banner com a legenda no posto de enfermagem para que a equipe siga as instruções. O referido protocolo está também baseado no protocolo de contenção de pacientes, pois se estiver prescrito, a contenção poderá ser efetuada pela equipe sem causar danos ao paciente e aos profissionais de enfermagem. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A identificação correta do paciente é o processo pelo qual se assegura ao indivíduo que a ele é destinado determinado procedimento, tratamento, ou qualquer cuidado relacionado à atenção à saúde. Tal processo é uma das estratégias fortalecedoras que auxilia na prevenção da ocorrência de erros que possam ocasionar algum tipo de dano. Situações relacionadas a problemas de identificação podem ocorrer, desde a admissão até a alta do serviço, em todas as fases do diagnóstico e do tratamento. Acreditamos que a identificação dos pacientes em tratamento com patologias de origem mental, deve permear no contexto hospitalar, tendo em vista que o paciente, objeto central do processo de cuidado, necessita de uma atenção segura e livre de danos. Destacamos ainda, que, é necessária mudança de cultura dos profissionais para a segurança, uso de indicadores de qualidade, e existência de um sistema de registros, alinhados à política de segurança do paciente instituída nacionalmente. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS: KOHN, L.T; Corrigan, J.M; Donaldson, M. S. To err is human: building a safer health system. Washington: The National Academy Press; HOFFMEISTER, L.V; Moura, G. M. S. S. Uso de pulseiras de identificação em pacientes internados em um hospital universitário. Rev. Latino-Am. Enfermagem. São Paulo, n. 23, v. 1, p: 36-43, jan. fev., 2015.
5 LORENZINI, E; Santi, J. A. R; Báo, A. C. P. Segurança do paciente: análise dos incidentes notificados em um hospital do sul do Brasil. Rev Gaúcha Enferm. Porto Alegre, n. 35, v. 2, p: , MENDES W, Travassos C, Martin M, Noronha JC. Revisão dos estudos de avaliação da ocorrência de eventos adversos em hospitais. Rev. Bras. Epidemiol. n. 4, v. 8, p: , Disponível em: < Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Implantação do Núcleo de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde: ANVISA, 2014.
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