Perfil de Participação e Atividades Vocais em Avaliação Vocal em Professores Universitários
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- Yan Bentes Martinho
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1 Perfil de Participação e Atividades Vocais em Avaliação Vocal em Professores Universitários Gabriela Galhardo Sponchiado Faculdade de Fonoaudiologia Centro de Ciências da Vida gabriela.gs@puccampinas.edu.br Iára Bittante de Oliveira Grupo de Pesquisa em Voz PUC-Campinas Centro de Ciências da Vida ibittante@puc-campinas.edu.br Resumo: Objetivo: levantar o perfil de participação em atividades vocais em professores universitários, estabelecendo-se comparação quanto à autorreferência ou não de problemas de voz. Método: participaram 112 professores universitários na faixa etária entre 27 e 76 anos, sendo 72 mulheres e 40 homens que referiram presença ou ausência de problemas de voz. Dos 112 professores referiram ter ou já ter tido alteração vocal e não, os quais passaram a constituir o grupo controle. Ambos os grupos responderam questões de qualidade de vida em voz por meio do Protocolo Perfil de Participação e Atividades Vocais. Resultados: o escore total do PPAV obtido pela amostra dos 112 professores ficou na média de 17,3. Para o grupo que referiu problemas de voz ( sujeitos), a percepção da severidade do problema de voz apresentou valor médio de 3,23 e o escore total do PPAV apresentou a média de 24,7 para um total de 280 pontos. Para o grupo controle ( sujeitos) a severidade do problema de voz foi apontada em 1,44 com o escore total de 14,0. Das cinco dimensões do PPAV a autopercepção da severidade do problema vocal e efeitos no trabalho foram estatisticamente significantes quando se compararam os dois grupos (Teste t de Student e Teste não paramétrico de Mann- Whitney, p 1). Conclusão: a percepção da severidade do problema de voz dos professores universitários deste estudo, que referiram ter ou já ter tido problemas com a voz, embora com valores mais baixos, quando comparados a professores de outros níveis, e as limitações de participação em atividades vocais relacionadas ao trabalho demonstraram impacto significativamente superior em relação a professores universitários sem referência de ter ou tido problemas de voz. Palavras-chave: distúrbios da voz, docente, qualidade de vida. Área do Conhecimento: Grande Área do Conhecimento: Ciências da Saúde. Sub-Área do Conhecimento CNPq: Fonoaudiologia. 1. INTRODUÇÃO É frequente na literatura fonoaudiológica brasileira estudos voltados à compreensão do impacto da voz na qualidade de vida de profissionais, dentre eles o professor, utilizando protocolos internacionais validados para o português brasileiro [1,2,3,4,5]. O uso desses instrumentos de pesquisa visa, dentre outros aspectos, valorizar a autopercepção do profissional sobre sua voz em relação ao impacto da alteração vocal nas diferentes esferas de comunicação. Um dos protocolos utilizados em menor escala é o Perfil de participação e Atividades Vocais (PPAV) que é apontado como protocolo de maior tempo para ser aplicado [6]. O Protocolo PPAV é um instrumento composto por 28 questões que considera as dimensões: autopercepção do grau de problema vocal, efeitos no trabalho, na comunicação diária, na comunicação social, e efeitos na emoção. O protocolo apresenta dois escores adicionais chamados de Pontuação de Limitação nas Atividades (PLA) e Pontuação de Restrição de Participação (PRP). Um estudo [7] utilizando o protocolo PPAV com professores do ensino médio correlacionou os resultados da autopercepção da severidade do problema vocal com os resultados dos demais aspectos explorados pelo protocolo. Verificou-se que a percepção da severidade do problema de voz foi maior no grupo com queixa vocal (5,56). A pontuação do escore total do protocolo na média do grupo foi de 79,50, de um total de 280 pontos. Constatou-se que os professores com queixa vocal se sentem limitados em exercer sua profissão, porém não restritos a exercê-la, e que o impacto da voz na vida dos professores ainda é pouco percebido pelos mesmos.
2 Comparando os distúrbios vocais e seus efeitos na qualidade de vida em dois grupos de professores (um com referência de alterações vocais e outro não), foi utilizado, dentre outros protocolos, o PPAV. Os resultados revelaram que nenhum domínio prevaleceu sobre o outro no grupo dos professores sem alterações. Já para o outro grupo, os domínios comunicação diária, efeitos no trabalho e efeitos na emoção obtiveram pontuações mais elevadas do que os demais. Os autores concluíram que os sujeitos com queixas de alterações vocais sofrem maior impacto negativo em sua qualidade de vida do que aqueles sem tais queixas [8]. Neste cenário, o objetivo deste estudo foi levantar o perfil de participação e atividades vocais em professores universitários, estabelecendo-se comparação quanto à autorreferência ou não de problemas de voz. 2. MÉTODOS Para a realização do presente estudo utilizou-se um banco de dados que dentre outras avaliações foram armazenadas as respostas ao protocolo PPAV de 112 professores universitários, de uma mesma universidade particular da cidade de Campinas, estado de São Paulo. Na amostra, composta por 112 professores, 72 (64,3%) eram do sexo feminino e 40 (,7%) do masculino, com idades entre 27 e 76 anos, média de 46,6 anos, 78 (69,9%) casados e 74 (66,1%) doutores, que referiram presença ou ausência de alteração vocal no questionário Condições de Produção Vocal-Professor (CPV-P) [9] adaptado para os propósitos desta pesquisa. Em relação à percepção vocal, 76 (67,9%) dos participantes não referiram distúrbios vocais, enquanto 36 (32,1%) o afirmaram. Para composição do referido banco de dados os critérios de inclusão foram: exercer docência universitária no momento da pesquisa, apresentar ou não autorreferência de ter ou já ter tido problemas de voz, aceitar a participação na pesquisa e assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Como critério de exclusão não pertencer ao quadro de professores da universidade escolhida para este estudo e não ter interesse em responder ao protocolo ou assinar ao TCLE. Os professores responderam ao Protocolo Perfil de Participação em Atividades Vocais (PPAV) [10,11] para avaliar o impacto da voz na qualidade de vida, composto por 28 itens, que avalia a percepção de um problema de voz com relação à limitação de atividades e restrição de participação. O protocolo contém cinco dimensões: autopercepção da severidade do problema vocal, efeito no trabalho, na comunicação diária, na comunicação social e na expressão das emoções. O instrumento utiliza escala analógico-visual de 10 centímetros, com seus extremos variando de normal a intenso no primeiro aspecto e de nunca a sempre em todos os outros, portanto, quanto maior a marcação na escala, maior a percepção do problema vocal. O escore máximo para a dimensão efeitos no trabalho é de 40 pontos; para a dimensão efeitos na comunicação diária é de 120 pontos; para a dimensão efeitos na comunicação social é de 40 pontos e para a dimensão efeitos na sua emoção é de 70 pontos. A pontuação máxima para cada item é 10 e o escore total máximo do protocolo é 280, o que reflete o maior impacto negativo que uma alteração vocal pode produzir. O protocolo apresenta mais dois escores: Pontuação de Limitação nas Atividades (PLA) e Pontuação de Restrição de Participação (PRP) cada qual com três questões em três diferentes domínios que focam a restrição na execução de atividades em aspectos profissionais e de comunicação [1,12]. Os dois escores adicionais não serão utilizados neste estudo. Para efeitos de comparação, os professores foram divididos em dois grupos com e sem referência a problema de voz: o primeiro, composto por professores, autorreferiu problema vocal; e o grupo controle, composto por professores sem autorreferência de problema vocal. Os dados foram inicialmente descritos através de média, desvio-padrão, mediana, mínimo e máximo para valores quantitativos e frequências absolutas e relativas para valores qualitativos. Para a comparação de médias de dois grupos foi utilizado o teste t de Student, quando a suposição de normalidade dos dados foi rejeitada utilizou-se o teste nãoparamétrico de Mann-Whitney. Para se testar a homogeneidade entre as proporções foi utilizado o teste qui-quadrado ou o teste exato de Fisher. O estudo da correlação entre duas variáveis foi realizado através do coeficiente de correlação de Spearman. Foi tomado como valor de significância o valor de 5%. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da instituição de origem sob o número nº 0654/11. Todos os participantes assinaram ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. 3. RESULTADOS
3 A tabela 1 refere os valores médios contidos em cada uma das dimensões pesquisadas no PPAV, indicando que os aspectos que apresentaram maior pontuação, em ordem decrescente foram: Efeitos na comunicação social, Efeitos na emoção e Efeitos no trabalho. Os valores contidos na tabela a seguir, são médias dos escores do PPAV relacionados ao total dos 112 professores. Tabela 1. Valores Médios Obtidos no Conjunto da Amostra de Professores Estudados Dimensão Médias não refere problemas de voz ( sujeitos) e os que referiram ter ou já ter tido problemas de voz ( sujeitos) com os respectivos valores de p. Tabela 3. Perfil de Participação e Atividades Vocais: resultados dos grupos com e sem referência a ter ou já ter tido problemas de voz Dimensões Severidade probl. de voz Problema de voz n Média dp Mín. Máx. p 1,44 3,23 2,16 2,56 8,00 8,00 < 1* Severidade do problema de voz 2,0 Efeitos no trabalho 2,7 Efeitos na comunicação social 7,3 Efeitos na comunicação diária 1,3 Efeitos no trabalho 1,91 4,66 3,66 6,06 17,00 21,00 Efeitos na 6,16 11,22 45,00 comunicação social 9,86 16,98 79,00 < 1* 0,131 Efeitos na emoção 4,0 Total 17,3 Efeitos na comunicação diária 1,13 1,66 3,45 3, ,00 0,097 A tabela 2 demonstra a correlação entre as médias de cada uma das dimensões do PPAV para o grupo que refere alteração vocal e o grupo que não refere. Efeitos na emoção 3,30 5,34 8,22 8,24 43,00 29,00 0,201 Tabela 2. Médias das Dimensões do Protocolo Perfil de Participação e Atividades Vocais: comparação entre grupos com e sem referência a problemas de voz. Referência a Problemas de Voz Variável Com Sem Severidade do problema de voz Efeitos no trabalho Efeitos na comunicação social Efeitos na comunicação diária referência referência 3,23 1,44 4,66 1,91 9,86 6,16 1,66 1,13 Efeitos na emoção 5,34 3,3 Escore Total 24,74 14,01 A tabela 3 apresenta os resultados das dimensões do PPAV de forma comparativa entre o grupo que Escore total 14,01 25,57 115,00 24,74 33,33 129,00 Teste t de Student e Teste não-paramétrico de Mann- Whitney p 1 4. DISCUSSÃO No presente estudo foi verificado o perfil de participação em atividades vocais, por meio do protocolo PPAV [1] em um grupo de 112 professores de uma universidade particular da cidade de Campinas. Após este perfil, o grupo pesquisado foi subdividido em dois para efeitos de comparação dos resultados. Realizou-se comparação entre professores que autorreferiram ter ou já ter tido problemas de voz (31,3%) e os que afirmaram não ter nenhum problema vocal (68,7%), os quais constituíram o grupo controle. Os resultados das dimensões contempladas no protocolo PPAV foram distribuídos em tercis considerando-se a pontuação máxima possível de cada uma dessas dimensões para que se pudesse inter- 3*
4 pretar melhor a significação dos valores médios, obtidos pela amostra total dos 112 professores. Dessa forma, foi possível perceber que os valores médios obtidos pelo conjunto de docentes universitários estudados em todas as dimensões do protocolo PPAV, concentrou a grande maioria no primeiro tercil, o que pode ser configurado como impacto não expressivo ou limitante da qualidade de vida em voz destes docentes. Esse fator vai ao encontro de estudo de qualidade de vida em professores de ensino médio com alteração vocal [7], cuja pesquisa concluiu que o impacto da voz na vida dos professores ainda é pouco percebido pelos mesmos. Tais valores médios obtidos também se encontram afastados dos valores das cinco dimensões do PPAV [11] relacionados a pessoas disfônicas. A prevalência de alteração vocal autorreferida foi de 31,3%, podendo-se afirmar estar inferior a outros estudos realizados com professores cujas porcentagens foram de 47,6% de um grupo de 393 professores em um [13], e 39,8% em uma amostra de 97 professores em outro [8]. Ao se dividir os 112 professores entre os que referiram ou não ter ou já ter tido problemas de voz, analisadas as cinco dimensões do protocolo, constatouse valor médio para o escore total do PPAV de 24,7 pontos no grupo com queixa vocal e 14,0 pontos no grupo sem queixa vocal, numa escala de 280 pontos possíveis, revelando o valor médio do grupo que referiu problemas de voz em níveis discretos. Em pesquisa com o mesmo protocolo [7], a pontuação média do grupo controle é semelhante à desta pesquisa, 9,5, não ocorrendo o mesmo com a pontuação do grupo com queixa vocal, cujo valor foi de 79,5. Correlacionando o escore total dos dois grupos pesquisados, obteve-se relação estatisticamente significativa. As dimensões que apresentaram maiores pontuações segundo avaliação do conjunto de todos os professores estudados foram: efeitos na comunicação diária, seguida por efeitos em sua emoção, e em terceiro lugar efeitos no trabalho. Pesquisa semelhante demonstrou que para grupo que referia alteração vocal, os domínios comunicação diária, efeitos no trabalho e efeitos na emoção obtiveram pontuações mais elevadas do que o domínio comunicação social [8]. Outro estudo apontou que as duas questões de maior ocorrência relacionaramse ao efeito da voz na emoção [8], o que não é confirmado no presente estudo no caso do conjunto de professores que aponta dimensão de maior limitação associada a efeitos na comunicação social. Na comparação entre os grupos que referiram ou não ter ou já ter tido problemas de voz houve significância estatística em relação a efeitos no trabalho e autopercepção da severidade do problema de voz, demonstrando que o item mais afetado por uma alteração vocal é o trabalho. Segundo estudo [14], as desordens vocais têm grande influência na vida pessoal e profissional dos professores e implicam um fardo financeiro maior à sociedade. Destaca-se que o domínio que obteve significância estatística, portanto, único fator limitante do grupo que refere ter problemas de voz, foi em relação à participação em atividades relacionadas ao trabalho como em semelhante estudo [7], em que parte do grupo pesquisado que se sentiu acometida por problema de voz e referiu limitações em exercer sua atividade profissional, pois a docência exige importante demanda vocal. Esse fato consolida o problema de voz do professor como distúrbio de voz relacionado ao trabalho. Os protocolos de qualidade de vida em voz têm se mostrado eficazes para se conhecer o impacto do distúrbio vocal na vida do professor, contribuindo para identificar alterações e planejar o tratamento, considerando a percepção do indivíduo e detectando o que essa alteração pode causar em sua vida e especificamente no seu trabalho, possibilitando eficácia e rapidez à conduta médica e ao tratamento clínico [1,7]. Conforme referido no método, foi utilizado para realização dessa pesquisa o protocolo PPAV, que é um protocolo validado [1,15] e foi escolhido por ser de fácil compreensão e sensível ferramenta para identificar possíveis diferenças na percepção do impacto causado por problemas vocais [16]. 5. CONCLUSÃO Os professores universitários deste estudo que referem ter ou já ter tido problema de voz graduam em média, numa escala que vai de zero a 10 uma pontuação de 3,23. Para estes professores a única dimensão do protocolo PPAV que apresenta limitação significante quando comparada a grupo controle, que não refere comprometimento vocal é sentida no trabalho (Efeitos no Trabalho). Tal grupo não refere nenhuma outra limitação provavelmente pela severidade com tendência a leve. A percepção da severidade do problema de voz dos professores universitários deste estudo, que referiram ter ou já ter tido problemas com a voz, embora com valores mais baixos quando comparados a
5 professores de outros níveis, apresentou claramente limitações de participação em atividades vocais relacionadas ao âmbito do trabalho, o que consolida a concepção do distúrbio vocal relacionado ao trabalho. 6. AGRADECIMENTOS Os autores deste estudo agradecem a Bolsa de Iniciação Científica, FAPIC Reitoria, concedida pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. 7. REFERÊNCIAS 1. Behlau M, Oliveira G, Santos LMA, Ricarte A. Validação no Brasil de protocolos de autoavaliação do impactode uma disfonia. Pró- FonoRevAtualizaçãoCientífica. 2009; 21(4): Servilha EAM, Roccon PF. Relação entre voz e qualidade de vida em professores universitários. Rev. CEFAC. 2009; 11(3): Gampel D, Karsch UM, Ferreira LP. Percepção de voz e qualidade de vida em idosos professores e não professores. Rev. Ciência & Saúde Coletiva. 2010;15(6): Putnoki DS, Hara F, Oliveira G, Behlau M. Qualidade de vida em voz: o impacto de uma disfonia de acordo com gênero, idade e uso vocal profissional. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2010;15(4): Morais EPG, Azevedo RR, Chiari BM. Correlação entre voz, autoavaliação vocal e qualidade de vida em voz de professoras. Rev. CEFAC. 2012; 14(5): Tutya AS, Zambon F, Oliveira G, Behlau M. Comparação dos escores dos protocolos QVV, IDV e PPAV em professores. RevSocBrasFonoaudiol. 2011;16(3): Ricarte A, Bommarito S, Chiari B. Impacto vocal de professores. Rev. CEFAC. 2011; 13(4): Martinello JG, Lauris JRP, Brasolotto AG. Psychometric assessments of life quality and voice for teachers within the municipal system, in Bauru, SP, Brazil. J Appl Oral Sci.2011;19(6): Ferreira LP, Giannini SPP, Latorre MRDO, Zenari MS. Distúrbio de voz relacionado ao trabalho: proposta de um instrumento para avaliação de professores. Dist Comunic. 2007; 19(1): Ma E, Yiu E. Voice activity and participation profile: assessing the impact of voice disorders on daily activities. J Speech Lang Hear Res. 2001; 44(5): Ricarte A, Behlau M, Oliveira G. Validação do protocolo perfil de participação e atividades vocais (PPAV) no Brasil. Anais do XIV Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia, Centro de Estudos da Voz (CEV). Protocolos de voz QVV, IDV e PPAV Disponíveis em olo_23.pdf. Acesso em 22 de abril de Marçal CCB, Peres MA. Alteração vocal autoreferida em professores: prevalência e fatores associados. Rev Saúde Pública. 2011;45(3): Houtte EV, Claeys S, Wuyts F, Van Lierde K. The impact of voice disorders among teachers: vocal complaints, treatment-seeking behavior, knowledgeof vocal care, and voice-related absenteeism. J Voice. 2011, 25(5): Pires MDE, Oliveira G, Behlau M. Aplicação do Protocolo de Participação e Atividades Vocais PPAV em duas diferentes escalas de resposta. J SocBrasFonoaudiol. 2011;23(3): Yiu M.-LE, et al. Possible cross-cultural differences in the perception of impact of voice disorders. J. 2011; 25(3):348-3.
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