Estudo Regional - Lisboa - da Rede Europeia HBSC /OMS (1998) Margarida Gaspar de Matos Celeste Simões Susana Fonseca Carvalhosa Lúcia Canha

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1 Estudo Regional - Lisboa - da Rede Europeia HBSC /OMS (1998) Margarida Gaspar de Matos Celeste Simões Susana Fonseca Carvalhosa Lúcia Canha

2 "A SAÚDE DOS ADOLESCENTES DE LISBOA" Relatório Regional - Lisboa - da Rede Europeia HBSC /OMS (1998) Equipa pela F.M.H. Consultores Equipa pelo PEPT Saúde Equipa pelo GPT /CML Financiamento Tiragem Data Depósito Legal Execução Fotografias Prof.ª Dr.ª Margarida Matos Dr.ª Celeste Simões Dr.ª Susana Carvalhosa Drª Lúcia Canha Prof. Dr. Luís Sardinha Prof. Dr. Alves Diniz Dr.ª Catalina Pestana Dr.ª Maria da Luz Duque Dr.ª Fernanda Oliveira Dr. Orlando Duarte Dr.ª Alice Costa Dr. Jorge Costa Dr.ª Isabel Reis Dr.ª Dorinda Calha Dr. Carlos André Dr.ª Filomena Marques Faculdade de Motricidade Humana Projecto Vida PEPT Saúde GPT /CML 1500 exemplares Julho /00 Gráfica 2000 Ana de Almeida Costa e Tiago Mós, Paulo Canha 2

3 ÍNDICE PREFÁCIO 4 COMPORTAMENTO SOCIAL E SAÚDE: DA TEORIA À PRÁTICA 6 INTRODUÇÃO 10 REVISÃO DA LITERATURA 12 METODOLOGIA 16 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 19 EXPECTATIVAS FUTURAS 21 HISTÓRIA DE CONSUMOS 22 Álcool 22 Tabaco 23 Drogas 24 PRÁTICA DE EXERCÍCIO FÍSICO E TEMPOS LIVRES 28 Exercício Físico 28 Televisão 31 Jogos de Computador 31 HÁBITOS ALIMENTARES E DE HIGIENE 32 BEM ESTAR E APOIO FAMILIAR 35 AMBIENTE NA ESCOLA 40 Amigos 41 Professores 43 Violência 45 IMAGEM PESSOAL 48 QUEIXAS PSICOLÓGICAS E SOMÁTICAS 50 CRENÇAS E ATITUDES FACE AO VIH /SIDA 54 SÍNTESE DAS DIFERENÇAS ENTRE SEXO E IDADE 57 CONCLUSÃO 62 REFERÊNCIAS 65 3

4 PREFÁCIO 4

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6 COMPORTAMENTO SOCIAL E SAÚDE: DA TEORIA À PRÁTICA Saúde Observou-se nas últimas décadas a passagem de um conceito de Saúde, que se baseava na dicotomia Saúde /Doença para outro mais lato e presentemente já perfeitamente reconhecido, que se lê Saúde Positiva e que se define como não apenas a ausência de doença mas um completo estado de bem estar físico, mental e social (OMS, 1993, p. 5). No entanto esta assumpção de Saúde positiva tem sempre de ser enquadrada em termos não só individuais como interpessoais e ambientais, isto é, o significado de Saúde /bem estar, varia de grupo para grupo, de cultura para cultura. Saúde é uma percepção intra e inter pessoal que depende do modo como cada um de nós se sente (ou sente um outro) doente ou não, em função de cada momento da sua vida e da sua história individual e grupal. Ter Saúde não é pois só um objectivo individual mas um objectivo de cada comunidade nas suas rotinas do dia a dia, que inclui aspectos ligados à Saúde física mas também à Saúde mental e interpessoal. Depende não só da escolha individual em adoptar comportamentos de saúde ou de risco, mas também do meio ambiente no qual os indivíduos estão envolvidos e da capacidade deste meio ambiente em permitir escolhas saudáveis. Por isso qualquer programa de Promoção e Educação para a Saúde tem que visar não só acções sobre os indivíduos como também acções sobre o ambiente e sistema social e político. O enfoque sobre os indivíduos tem de incluir não só acções educativas, mas também acções de facilitação do desenvolvimento pessoal e social que promovam competências de vida que permitam aos indivíduos preferir comportamentos de saúde e estilos de vida saudáveis, na sua acepção mais lata, e que os capacitem para depois vir a intervir activamente no meio envolvente de modo a mudá-lo para optimizar este processo. Esta abordagem sublinha questões como a participação activa dos indivíduos no processo de decisão e implementação de medidas que visem melhorar a sua saúde e a da comunidade. Neste processo é preciso criar uma visão partilhada do que são envolvimentos saudáveis, seleccionar objectivos prioritários, e posteriormente desenvolver, implementar e avaliar planos de acção. Para todo este processo se sublinha o papel participativo e capacitativo de todos os intervenientes. Quanto aos resultados o enfoque é fazer o que for possível para que as pessoas tenham as melhores condições para se sentirem mais felizes e mais saudáveis. Na implementação de programas em diversos contextos em que a escola aparece privilegiada, é absolutamente necessário essa visão partilhada e participada do que é um projecto promotor de saúde. Posteriormente vai-se afinando uma linguagem comum, vai-se garantindo a comunicação, promovendo a capacitação e participação de todos os 6

7 indivíduos envolvidos, tendo em mente que as coisas não acontecem sozinhas nem acontecem de um momento paro o outro e que o trabalho em regime de voluntariado se arrisca à exaustão a médio prazo. Há ainda que ter em mente que não há só intervenções positivas e intervenções que não dão resultado, há também intervenções negativas, de onde a necessidade de garantir uma avaliação com base em indicadores de realização, quer a nível dos processos, quer a nível do impacto, quer ainda a nível dos produtos esperados. Promoção da Saúde Promoção da saúde, segundo a carta de Otawa (1986) é um processo de capacitar as pessoas a aumentar o controlo sobre a saúde e melhorá-la. Assim, promover a saúde significa, a um nível não só individual mas sistémico, criar um sistema de saúde que permita a cada pessoa não apenas a prevenção das doenças mas a possibilidade de promover e proteger a sua saúde. Promover a saúde tem a ver com a acessibilidade a estilos de vida saudáveis, reduzindo outros mais ligados ao risco de doença. Uma vez mais esta medida tem tradução tanto no indivíduo como no sistema político e organização social das comunidades. Promover a saúde tem a ver com medidas no dia a dia, medidas essas que tornem a opção por estilos de vida saudáveis a opção fácil e prestigiante do ponto de vista do reconhecimento social. Este facto é sobretudo importante na adolescência, onde por vezes a adopção de estilos de vida saudáveis é vista como cinzenta, aborrecida, desprestigiante e desinteressante, ao passo que os consumos e as velocidades, por exemplo, e em geral transgredir (não usar cinto de seguranca, envolver-se em lutas, não usar capacete), são vistos como excitantes e fonte de prestígio social. É pois preciso reduzir as barreiras físicas, económicas e culturais que dificultam escolhas de saúde. É também necessário incluir o indivíduo como parte deste processo de controlo e responsabilização individual sobre a sua saúde e a saúde da comunidade. Num estudo realizado por Green e Kreuter (1991) em que estes tentam apurar quais são os comportamentos que os adolescentes percepcionam como saudáveis e como comportamentos problema, concluíram que comportamentos saudáveis são a abstinência de drogas, o comportamento pró-social e o bem estar pessoal, como comportamentos contrários à saúde aparecem-nos o consumo de tóxicos, o comportamento anti-social e o sexo não protegido. Educação para a Saúde Num inquérito realizado com jovens portugueses em que estes eram inquiridos sobre aspectos da sua vida afectiva e sexual (Matos, Gomes, Silvestre, Fernandes, Jorge, Nunes, Bizarro, Frazão, Canha & Duarte, 1994), concluiu-se que os jovens estavam em geral bem informados no que diz respeito à prevenção da gravidez não desejada e às 7

8 doenças sexualmente transmissíveis, no entanto tinham por vezes dificuldades em transformar esses conhecimentos em comportamentos de saúde. É nesta discrepância entre informação e adopção de comportamento que fazem sentido medidas promocionais que ajudem os jovens a transformar os seus conhecimentos em práticas de saúde. Para tal, propõem-se programas de promoção de competências pessoais e sociais que capacitem o jovem a identificar e resolver problemas, gerir conflitos interpessoais, optimizar a sua comunicação interpessoal, defender os seus direitos, resistir à pressão de pares, etc. e com estas aprendizagens optimizar a sua capacidade de escolher um estilo de vida saudável e de o manter (Matos, 1994, 1997). A educação para a saúde não se pode limitar a adoptar uma abordagem específica das doenças, nem pode privilegiar o cariz informativo ou instrumental ou mesmo visar apenas o desenvolvimento de crenças e atitudes. As acções educativas têm de ser integradas num contexto mais vasto de promoção da saúde, não só para que sejam os próprios indivíduos a tomar decisões e a responsabilizarem-se pela sua saúde, como para que estes mesmos indivíduos se sintam competentes para adoptar estilos de vida saudáveis, como ainda para que o envolvimento físico e social seja favorável a estes estilos de vida permitindo uma acessibilidade fácil, socialmente valorizada e duradoura. Da Investigação à Intervenção Os comportamentos de saúde são, como já referimos, muito complexos e o estudo de como estes comportamentos aparecem e se estabelecem na infância e na adolescência tem que ter em conta os cenários mais relevantes da vida destes jovens: a família, a escola e o grupo de pares. Efectivamente muitos factores ligados à protecção e ao risco na área da saúde, tiveram a sua génese na infância e na adolescência, fruto de uma aprendizagem social, de uma experimentação ou de uma adesão a um grupo de pertença, que se tornou uma alternativa. Assim numa perspectiva de promoção e educação para a saúde, os jovens são um importante alvo sendo de prever acções específicas para cenários específicos. Por outro lado estes jovens, enquadrados no sistema de ensino regular tornam-se mais acessíveis a programas de incentivo que favoreçam escolhas de estilos de vida saudáveis. Como base num trabalho de intervenção na Escola, no âmbito da Promoção e Educação para a Saúde, é útil definir então primeiro o estado da arte dos conhecimentos científicos nesta área. Daí a importância de estudos actuais, como é o caso do HBSC /OMS (King, Wold, Tudor-Smith & Harel 1996), que visem a compreensão dos comportamentos dos jovens ligados ao risco ou à saúde, do entendimento do que é a saúde por parte destes mesmos jovens, dos seus estilos de vida e das suas interacções com cenários envolvimentais relevantes (a escola, a família, os pares, as estruturas comunitárias), e que monitorizem a evolução deste conhecimento através da actualização periódica do estudo. 8

9 O que se pretende a seguir é uma elaboração esclarecida de programas de intervenção nas escolas, que promovam os comportamentos de saúde como um objectivo dos jovens, e apoiem a implementação e manutenção de estilos de vida saudáveis. Referências Green, V. L., & Kreuter, M. W. (1991). Health promotion planning: an educational and environmental approach (2nd ed.). London: Mayfield. King, A., Wold, B., Tudor-Smith, C., & Harel, Yossi (1996). The health of youth: a crossnational survey. Canada: WHO. Matos, M. (1994). Corpo, Movimento & Socialização. Rio de Janeiro: Sprint. Matos, M., Gomes, A., Silvestre, A., Fernandes, C., Jorge, C., Nunes, F., Bizarro, J. Frazão, J., Canha, L. & Duarte, S. (1994). Comportamentos sexuais de risco na adolescência. Educação Especial e Reabilitação, 2, Matos, M. (1997). Comunicação e gestão de conflitos na escola. Lisboa: Edições FMH. Organização Mundial de Saúde (1986). Carta de Ottawa para a Promoção da Saúde (Direcção Geral de Saúde, Trad.). Versão portuguesa "Uma Conferência Internacional para a Promoção da Saúde com vista a uma nova Saúde Pública", Novembro, Ottawa, Canada. Organização Mundial de Saúde (1993). The health of young people: A challenge and a promise. Geneva: WHO. Margarida Gaspar de Matos Professora FMH/UTL Coordenadora Nacional do HBSC/OMS 9

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11 INTRODUÇÃO Em 1987 foi iniciado o "Aventura Social". Este projecto desenvolve o seu trabalho na área da promoção de competências de relacionamento interpessoal, em vários contextos. Todo o trabalho passou pela elaboração, implementação e avaliação de um programa de promoção de competências de relacionamento pessoal e social, que abrange os conteúdos da comunicação interpessoal, da identificação e resolução de problemas e gestão de conflitos, e do treino de competências sociais simples e complexas (Matos, 1997a,b; Matos, 1995a,b; Matos, 1994; Matos, Silva, Santinha, Alão, Alves, Sampaio & Carvallho, 1994). De acordo com o tipo de população alvo, assim se designam as várias extensões do mesmo projecto: Aventura Social e Risco - Colégios Tutelares de Menores; Aventura Social na Escola - Escolas do Ensino Regular; Aventura Social e Inserção Sócio-Laboral - Locais de Formação Profissional; Aventura Social /Recreação e Lazer - Instituições para Deficientes; Aventura Social na Comunidade - Intervenção comunitária em Juntas de Freguesia; e Aventura Social e Saúde - Qualidade de vida e Saúde nos jovens. O projecto Aventura Social e Saúde, desde 1995, que desenvolve um estudo sobre Comportamentos ligados à Saúde em jovens Portugueses em idade escolar. Este é um estudo colaborativo da Organização Mundial de Saúde (OMS), integrado na rede Europeia "Health Behaviour in School-aged Children" (HBSC). Em 1982, foi realizado o primeiro estudo Health Behaviour of School-aged Children e foi levado a cabo por investigadores da Inglaterra, Finlândia e Noruega. Actualmente cerca de 30 países estão envolvidos. Portugal participou nos últimos dois estudos conduzidos em e , através do Aventura Social e Saúde desenvolvido na Faculdade de Motricidade Humana. A presente brochura apresenta as atitudes e comportamentos de saúde dos jovens portugueses, em idade escolar, do último estudo realizado em Portugal Continental. Foram inquiridos cerca de 1069 alunos dos 6º, 8º e 10º anos de escolaridade, do ensino regular na região de Lisboa. Este estudo foi financiado pelo Gabinete de Prevenção da Toxicodependência da Câmara Municipal de Lisboa. O próximo estudo HBSC está planeado para o ano escolar de

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13 COMPORTAMENTO E ESTILO DE VIDA O comportamento e o estilo de vida são determinantes cruciais para a saúde (Wold, 1993). É então necessário analisar todos os processos que levam à escolha de estilos de vida mais ou menos saudáveis. A Organização Mundial de Saúde (OMS) Saúde define saúde como "o estado completo de bemestar físico, mental e social, e não apenas a A saúde é um recurso para o dia a dia, e não o objecto de vida. É um conceito positivo enfatizando os meios sociais e ausência de doença" (OMS, 1993, p. 5). pessoais assim como as capacidades físicas (Nutbeam, 1998). De acordo com este conceito de saúde, podemos apontar alguns indicadores de saúde: (1) os indicadores sócio-culturais (nível sócio-económico, educativo, cultural, etc.) e (2) os indicadores psicossociais (concepções de saúde, expectativas a nível de saúde, avaliação de expectativas, grau de satisfação com a vida, etc.). Estes indicadores são determinantes de um estado de saúde e não apenas consequências objectivas ou subjectivas desse mesmo estado de saúde. Incluídos nos determinantes da saúde, estão também os comportamentos de saúde (Goshman, 1988; Pickins & St. Leger, 1993). Podemos definir comportamentos de Comportamentos de Saúde saúde, como acções praticadas por indivíduos que Qualquer actividade desenvolvida por um indivíduo, indiferente do seu estado de se percepcionam como saudáveis, com o objectivo saúde actual ou percebido, com o de prevenir o surgimento de mal-estar ou doença objectivo de promover, proteger ou manter a saúde, quer ou não esse (Kasl & Cobb, 1966, citado por Conner & Norman, comportamento seja objectivamente 1996). eficiente para o fim (Nutbeam, 1998). Os comportamentos de saúde podem ser classificados como positivos ou negativos (Ogden, 1996). Os comportamentos de saúde positivos, também denominados como comportamentos de saúde de protecção (Matarazzo, 1984, citado por Ogden, 1996), envolvem actividades que contribuem para a promoção da saúde, protecção do risco de acidentes e detecção da doença e deficiência num estádio precoce (Steptoe & Wardle, 1996). Os comportamentos de saúde negativos, também denominados como hábitos prejudiciais à saúde (Matarazzo, 1984, citado por Ogden, 1996) ou comportamentos de risco para a saúde (Steptoe & Wardle, 1996), traduzem-se em qualquer actividade praticada por indivíduos, com frequência ou intensidade tal, que conduza a um aumento de risco de doença ou acidente (Steptoe & Wardle, 1996). Em 1996, Ogden realizou uma revisão de vários estudos, onde examinou a relação entre os comportamentos de saúde e o estado de saúde. A autora verificou existir uma relação entre a prática de alguns comportamentos de saúde (tomar o pequeno almoço todos os dias, comer raramente entre as refeições, ter ou estar próximo do peso recomendado, não fumar, não consumir álcool ou consumir moderadamente, praticar actividade física regularmente) e um baixo nível de mortalidade e consequente aumento de tempo de vida. Também Conner e Norman, em 1996, efectuaram uma revisão dos estudos publicados nesta área e salientaram como alguns dos percursores das doenças 13

14 cardiovasculares e do cancro, o consumo de tabaco, o consumo de álcool, o não praticar actividade física e uma má alimentação. Porque as principais causas de morte, nos países ocidentais, incluem estas doenças, é urgente promoverem-se comportamentos de saúde afim de se evitarem estes problemas. ESTILOS DE VIDA SAUDÁVEIS NA ADOLESCÊNCIA Considerando que anteriormente as infecções eram a causa de uma parte desproporcionável de doenças e mortalidade, actualmente a esmagadora taxa de morbilidade e mortalidade dos adolescentes é o resultado dos estilos de vida praticados. Estilos de vida (que contribuem para a saúde) Modo de vida baseado em padrões identificáveis de comportamentos que são determinados pela interacção entre as características pessoais do indivíduo, as intercções sociais e as condições de vida sócio-económicas e envolvimentais (Nutbeam, 1998). A adolescência é um período no qual se verifica um aumento da atenção e da tomada de consciência, sobre o estado físico e o bem-estar. Este período é tradicionalmente encarado como uma fase de óptima saúde com baixos níveis de morbilidade e de doenças crónicas (Sells & Blum, 1996, citado por OMS, 2000). Contudo, o suicídio, a depressão, outras condições de saúde mental, a SIDA e outros riscos evidenciados na adolescência ameaçam esta noção de boa saúde predominante para os adolescentes. Adolescência Período desde o início da puberdade até ao final do crescimento físico e até se alcançar a altura final e as características adultas que ocorrem durante a 2ª década de vida (Dorland, 1974, citado por OMS, 2000). Os problemas de saúde dos adolescentes estão associados ao seu comportamento (DiClemente, Hansen & Ponton, 1996; OMS, 1993; Steptoe & Wardle, 1996), à sua interacção com o envolvimento, e às mudanças sociais radicais às quais estes são altamente vulneráveis (DiClemente, Hansen & Ponton, 1996; OMS, 1993). Para termos uma noção global do comportamento social e da saúde na adolescência, é necessário, segundo Irwin (1987), analisarmos a relação dos adolescentes com os seus principais grupos de referência e com os comportamentos exploratórios que se verificam nesta fase da vida (construção de novas experiências, o enfrentar de acontecimentos até ao momento não vivenciados, o experimentar novos papéis e aprender novos comportamentos) (Soares & Campos, 1985). O processo básico do desenvolvimento do adolescente envolve modificar relações entre o indivíduo e os múltiplos níveis do contexto em que o jovem se encontra (Lerner, 1998). Verifica-se assim um envolvimento activo no relacionamento com os outros significativos, fundamental para o processo de construção e estabelecimento de uma identidade e autonomia (DiClemente, Hansen & Ponton, 1996; Soares & Campos, 1985). Os principais grupos de referência para os adolescentes são os grupos de pares que alternam com a família (Claes, 1985; Coleman, 1985; Lutte, 1988; Palmonari, Pombeni & Kirchler, 1992; Schaffer, 1994). As referências parentais são seguidas pelos jovens, relativamente a valores culturais estáveis e em decisões que implicam consequências a longo prazo, como por exemplo, 14

15 valores sócio-económicos, religião, adesão política, cuidados de saúde e hábitos de consumo. As referências do grupo de pares, são tomadas em consideração na realização de comportamentos relacionados com valores culturais e sociais mutáveis, e com consequências imediatas, como por exemplo, preferências (música, moda), linguagem, modelos de interacção individuais e sexuais (Claes, 1985; Lutte, 1988). De uma forma geral a influência dos pais salienta-se nas decisões que têm implicações a nível do futuro, e a influência do grupo de pares nas decisões relativas a necessidades, nomeadamente em termos de identidade e status (Claes, 1985; Schaffer, 1994). Lutte, salienta ainda que em muitos casos a influência dos pais e dos amigos converge e reforça-se mutuamente: as normas, os valores, a estrutura dos grupos de jovens estão em grande parte condicionadas pela cultura ou subcultura dos adultos, de onde eles derivam (p. 204). Segundo Irwin (1987), é necessário uma reconceptualização em termos mais precisos do risk taking (tomada de risco), para clarificar a diferença entre comportamentos exploratórios construtivos, que fazem parte do crescimento normal (OMS, 1986), e portanto com consequências positivas no desenvolvimento psicossocial e na saúde do adolescente, e potenciais comportamentos destrutivos. Alguns autores (Irwin, 1987; Schwarzer & Fuchs, 1995) referem que tem sido possível verificar que grande parte dos adolescentes têm consciência do risco e do perigo em que estão envolvidos ao praticarem determinados comportamentos, mas preferem ignorá-los, devido ao facto de darem mais valor a outras consequências psicossociais inerentes a esses comportamentos. É necessário pois compreender e dar mais atenção ao crescimento positivo, à aquisição de novas competências e promoção de comportamentos de saúde, bem como à mudança natural das relações interpessoais. 15

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17 INSTRUMENTOS O questionário Comportamento e Saúde em Jovens em Idade Escolar utilizado neste estudo foi o adoptado no estudo europeu em 1997 /1998. Incluímos as questões demográficas e um conjunto adicional de questões sobre a imagem do corpo, sobre a violência, sobre conhecimento e atitude face ao VIH /SIDA, consumo de drogas ilícitas e representações dos factores de risco e protectores a ela associados e ainda a actividade física. Ficámos assim com um conjunto de questões relacionadas com expectativas para o futuro, história de consumos (consumo de álcool, tabaco e drogas), prática de exercício físico e tempos livres, hábitos alimentares e de higiene, bem estar e apoio familiar, ambiente na escola (amigos, professores e violência), imagem pessoal, queixas psicológicas e somáticas e crenças e atitudes face ao VIH /SIDA. 17

18 AMOSTRA Os questionários foram recolhidos em 31 escolas (Quadro 1), do ensino regular na região de Lisboa, totalizando 1069 alunos inquiridos. Foram seleccionados alunos dos 6º, 8º e 10º anos de escolaridade, correspondendo cada um destes anos a uma idade média de 11, 13 e 16 anos. n ESCOLAS IDADE NÍVEL ESCOLARIDADE / 13 / 16 6º / 8º / 10º Quadro 1 - Número de sujeitos e de escolas que participaram no estudo, escalões etários e níveis de escolaridade dos sujeitos Os Gráficos 1 e 2 apresentam a distribuição destes jovens por sexo e por nível de escolaridade. Sexo Feminino 56% Sexo Masculino 49% Gráfico 1 - Distribuição dos sujeitos por sexo 50% 46,0% 40% 34,5% 30% 20% 19,5% 10% 0% 6º ano 8º ano 10º ano Gráfico 2 - Distribuição dos sujeitos por nível de escolaridade 18

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20 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS Os quadros seguintes (Quadros 2 a 52) apresentam os resultados obtidos para cada uma das questões do questionário. Em cada quadro referimos a questão em análise e respectivas modalidades. Nas primeiras duas linhas de cada quadro apresentamos os resultados por modalidade na amostra total. Em linhas seguintes apresentam-se os resultados para cada questão, por modalidade em função do sexo e da idade (11 anos como representação dos mais novos e 16 anos como representação dos mais velhos). Estudo Comparativo Compararam-se as respostas dos rapazes com as das raparigas e as respostas dos alunos mais novos (dos 10 aos 12 anos) com as dos mais velhos (dos 15 aos 17 anos). Para esta variável da idade a amostra é reduzida para metade dos alunos (n = 548). Utilizou-se o teste de Qui-quadrado e residuais ajustados para localizar os grupos onde se registam diferenças significativas. Registaremos em texto apenas as diferenças significativas, aceitando uma probabilidade de erro inferior a.05. Nos Quadros 2 a 52, as percentagem indicadas a negrito referem-se a diferenças estatisticamente significativas entre as modalidades Masculino/Feminino e 11 anos/16 anos. Nas questões que se referem a variáveis contínuas (número de cigarros e número de saídas nocturnas com amigos) utilizámos o teste T de Student. Registaremos também em texto apenas as diferenças significativas, aceitando uma probabilidade de erro inferior a.05 (Quadros 7 e 34). 20

21 1. EXPECTATIVAS FUTURAS INSERIR FOTOGRAFIA Nº 1 No quadro seguinte apresentam-se as expectativas dos jovens, no que diz respeito ao seu futuro. Prosseguir estudos Estudos orientados p/ vida activa Arranjar emprego Formação profissional Ficar sem emprego Não sei 64.4% 17.7% 6.1% 2.1% 0.1% 9.7% 54.1% 72.5% 20.0% 16.0% 10.3% 2.7% 2.8% 1.5% 0.2% 0.0% 12.7% 7.3% 55.9% 66.7% 14.0% 18.2% 3.2% 2.2% 5.4% 6.7% 0.0% 0.2% 21.5% 6.0% Quadro 2 - Expectativas futuras Podemos verificar (Quadro 2) que a maioria dos alunos pretende prosseguir os estudos, após a escolaridade obrigatória. Em relação aos sexos, as raparigas pretendem mais prosseguir os estudos, enquanto que os rapazes mais frequentemente pensam em arranjar emprego ou não sabem. Na diferença de idades, os alunos mais novos são aqueles que têm mais dúvidas quanto ao seu futuro. EXPECTATIVAS FUTURAS Prosseguir estudos Não sei Raparigas / Mais novos 21

22 2. HISTÓRIA DE CONSUMOS INSERIR FOTOGRAFIA Nº ÁLCOOL Nos quadros apresentados de seguida expomos as questões relacionadas com o consumo e padrão de consumo de álcool. Sim Não 78.3% 21.7% M F M F 78.2% 78.4% 21.8% 21.6% % 92.1% 54.8% 7.9% Quadro 3 - Consumo de álcool: Experimentar álcool Pela análise do Quadro 3 podemos constatar que a maioria dos jovens inquiridos já experimentou bebidas alcoólicas. Entre os rapazes e as raparigas não existem diferenças quanto ao experimentar bebidas alcoólicas. Mais frequentemente os alunos mais velhos já provaram uma bebida alcoólica. O contrário acontece com os alunos mais novos. EXPERIMENTAR ÁLCOOL Sim Mais velhos Como poderemos verificar de seguida, a bebida menos popular nos jovens é o vinho. Os rapazes bebem mais frequentemente cerveja e bebidas espirituosas do que as raparigas. São os mais novos que menos frequentemente consomem álcool (raramente ou nunca). CERVEJA Todos os dias Todas as semanas /meses Raramente ou nunca 0.7% 14.3% 85.0% 1.6% 0.0% 18.0% 11.4% 80.5% 88.6% 1.1% 0.7% 3.3% 23.5% 95.7% 75.8% VINHO Todos os dias Todas as semanas /meses Raramente ou nunca 0.1% 3.3% 96.6% 0.2% 0.0% 3.5% 3.1% 96.3% 96.9% 0.0% 0.0% 1.1% 5.0% 98.9% 95.0% BEBIDAS ESPIRITUOSAS 22

23 Todos os dias Todas as semanas /meses Raramente ou nunca 1.0% 13.7% 85.3% 1.8% 0.3% 14.5% 13.0% 83.7% 86.6% 0.0% 1.4% 3.4% 22.6% 96.6% 76.1% Quadro 4 - Consumo actual de álcool: Cerveja, vinho e bebidas espirituosas CONSUMO ACTUAL Cerveja - Maiores consumos Espirituosas - Maiores consumos / Mais velhos / Mais velhos No que diz respeito ao estado de embriaguez, as raparigas e os mais novos referem mais frequentemente nunca terem ficado embriagados. Os rapazes e os mais velhos, pelo contrário, referem mais frequentemente terem ficado embriagados várias vezes. Nunca 1 a 3 vezes 4 vezes ou mais 72.8% 20.9% 6.3% 68.5% 76.3% 22.2% 19.9% 9.3% 3.9% 91.5% 60.6% 8.5% 29.1% 0.0% 10.4% Quadro 5 - Consumo de álcool: Embriaguez EMBRIAGUEZ Maior frequência / Mais velhos 2.2. TABACO Considerando as questões relacionadas com o consumo e padrão de consumo de tabaco, podemos verificar através dos Quadros 6 e 7 que a maioria dos jovens nunca experimentou tabaco e presentemente não fuma. Sim Não 36.7% 63.3% M F M F 34.7% 38.3% 65.3% 61.7% % 53.3% 88.2% 46.7% Quadro 6 - Consumo de tabaco: Experimentar tabaco EXPERIMENTAR TABACO Sim Mais velhos É na idade que se encontram mais diferenças entre os jovens, os mais velhos são aqueles que mais experimentaram tabaco, são aqueles que mais consomem diariamente e aqueles que fumam mais cigarros. Comportamentos opostos são revelados pelos mais novos que mais frequentemente nunca experimentaram tabaco e que actualmente não fumam. 23

24 Todos os dias Uma vez semana Menos de 1 vez semana Não fuma Média de cigarros por semana* 7.9% 2.3% 3.6% 86.2% M F M F 6.8% 8.8% 3.0% 1.9% 1.9% 4.9% 88.3% 84.5% % 13.0% 3.2% 3.1% 3.2% 4.8% 93.6% 79.1% * t-test, apenas foram incluídos na análise os sujeitos que fumam Quadro 7 - Consumo actual de tabaco CONSUMO ACTUAL Maior frequência Mais cigarros Mais velhos Mais velhos 2.3. DROGAS De seguida vamos analisar as questões relacionadas com o consumo e padrão de consumo de drogas. Apesar da maioria dos jovens nunca ter experimentado drogas ainda existe uma percentagem significativa de jovens que já experimentaram algumas substâncias. HAXIXE / ERVA Sim Não 6.5% 93.5% M F M F 8.7% 4.8% 91.3% 95.2% % 11.6% 98.8% 88.4% ESTIMULANTES Sim Não 1.9% 98.1% M F M F 2.0% 1.7% 98.0% 98.3% % 1.6% 97.6% 98.4% HEROÍNA / ÓPIO / "CRACK" / MORFINA Sim Não 0.8% 99.2% M F M F 1.1% 0.5% 98.9% 99.5% % 0.5% 98.8% 99.5% MEDICAÇÃO USADA COMO DROGA Sim Não 1.8% 98.2% M F M F 2.7% 1.0% 97.3% 99.0% % 1.6% 97.6% 98.4% COCAÍNA Sim Não 0.6% 99.4% 24

25 M F M F 0.7% 0.5% 99.3% 99.5% % 0.5% 98.8% 99.5% OUTRAS Sim Não 2.3% 97.7% M F M F 2.6% 2.0% 97.4% 98.0% % 2.9% 97.3% 97.1% Quadro 8 - Consumo de drogas: Experimentar drogas Os produtos mais experimentados pelos jovens são o haxixe ou erva, os estimulantes e a medicação tomada como droga. EXPERIMENTAR DROGAS Sim Os rapazes referem mais frequentemente terem experimentado haxixe /erva e medicação usada como droga. Em relação à idade, os mais velhos referem mais frequentemente terem experimentado haxixe /erva. IDADE DA 1ª EXPERIÊNCIA 6-9 anos anos anos anos 1.3% 12.7% 72.2% 13.9% SUBSTÂNCIAS DA 1ª EXPERIÊNCIA Haxixe Estimulantes Heroína Tabaco 87.2% 5.1% 1.3% 6.4% Quadro 9 - Consumo de drogas: idade e substância da 1ª experiência A grande maioria dos jovens tem a sua primeira experiência com a droga entre os 13 e os 15 anos, mas é de salientar a percentagem de jovens que a tem antes desta idade. O haxixe é a substância mais frequentemente referida como tendo sido a da primeira experiência. CONSUMO DE DROGAS NO ÚLTIMO MÊS 2 ou mais vezes Uma vez Nenhuma 1.8% 1.6% 96.6% 2.5% 1.3% 2.5% 0.9% 95.0% 97.8% 0.0% 3.3% 0.0% 3.3% 100.0% 93.5% Quadro 10 - Consumo de drogas: no último mês Em relação ao consumo de drogas no último mês, os rapazes referem mais frequentemente terem consumido uma vez. As raparigas e os mais novos referem com maior frequência não terem consumido no último mês. AS PESSOAS CONSOMEM DROGAS PORQUE 25

26 Os seus amigos também tomam Querem experimentar Gostam dos efeitos da droga É tradição entre gente nova Se sentem melhor quando tomam drogas 56.8% 66.4% 36.1% 13.7% 41.3% M F M F 58.2% 55.6% 65.8% 66.9% 34.8% 37.1% 14.6% 12.9% 40.5% 41.8% % 57.7% 46.8% 70.7% 19.1% 44.3% 12.8% 13.2% 27.7% 45.4% AS PESSOAS CONSOMEM DROGAS PORQUE Sentem que para elas Não podem passar Existem drogas nos Se sentem sós a droga não é perigosa sem ela lugares onde costumam ir 23.7% 49.1% 25.8% 52.0% M F 22.4% 24.7% 51.7% 47.1% 26.4% 25.4% 47.7% 55.5% % 20.3% 41.5% 46.5% 16.0% 28.0% 44.7% 52.4% Quadro 11 - Consumo de drogas: As pessoas consomem drogas porque Os jovens inquiridos referem mais frequentemente que as pessoas que consomem droga o fazem porque querem experimentar, porque os seus amigos também tomam drogas e porque se sentem sós. AS PESSOAS CONSOMEM DROGA PORQUE Querem experimentar Os seus amigos também tomam Se sentem sós Mais velhos Mais velhos Raparigas São as raparigas aquelas que mais frequentemente referem que as pessoas que consomem droga o fazem porque se sentem sós. São os mais velhos que mais frequentemente referem o querer experimentar, os seus amigos também tomarem drogas, o gostarem dos efeitos da droga, o sentir-se melhor quando tomam drogas e existirem drogas nos lugares onde costumam ir, como as razões pelas quais as pessoas consomem droga. AS PESSOAS NÃO TOMAM DROGAS PORQUE Não sabem onde existe É muito caro ser consumidor Nunca pensaram nisso Os amigos não consomem 6.3% 11.1% 38.8% 25.0% M F 8.4% 4.5% 15.2% 7.9% 37.1% 40.2% 26.8% 23.5% % 5.3% 9.6% 10.6% 37.2% 38.5% 13.8% 25.1% Têm receio de apanhar doenças AS PESSOAS NÃO TOMAM DROGAS PORQUE Têm receio das Não podiam fazer algumas reacções dos pais e coisas que gostam de amigos fazer Não querem 45.8% 29.9% 37.7% 81.5% M F 52.7% 40.3% 35.0% 25.9% 42.2% 34.1% 78.3% 84.0% % 39.9% 20.2% 29.5% 28.7% 38.3% 58.5% 87.9% Quadro 12 - Consumo de drogas: As pessoas não consomem drogas porque Os jovens inquiridos referem mais frequentemente que as pessoas não consomem droga porque não querem e porque têm receio de apanhar doenças. 26

27 As raparigas e os mais velhos são os que referem mais frequentemente como a razão pela qual as pessoas não tomam drogas o não querer. Os rapazes referem mais frequentemente que as pessoas não consomem substâncias porque têm receio de apanhar doenças, têm receio das reacções dos pais e amigos, não podiam fazer coisas que gostam de fazer, é muito caro ser consumidor e não sabem onde existe. AS PESSOAS NÃO CONSOMEM DROGA PORQUE Não querem Raparigas /Mais velhos Têm receio de apanhar doenças 27

28 3. PRÁTICA DE EXERCÍCIO FÍSICO E TEMPOS LIVRES INSERIR FOTOGRAFIA Nº EXERCÍCIO FÍSICO No que diz respeito às questões relacionadas com a prática e padrão de prática de exercício físico, verificamos que um terço dos jovens pratica uma actividade física, fora da escola, meia-hora ou menos por semana. QUANTAS HORAS ½ hora ou menos 1 a 3 horas 4 horas ou mais 33.1% 58.6% 8.2% 26.3% 38.5% 61.4% 56.5% 12.3% 5.0% 43.8% 34.0% 49.4% 58.3% 6.7% 7.7% QUANTAS VEZES 1 vez por mês ou menos 1 a 3 dias 4 a 7 dias 16.8% 48.5% 34.6% 7.4% 24.4% 42.6% 53.3% 50.0% 22.3% 16.1% 19.7% 35.5% 49.6% 48.4% 30.8% Quadro 13 - Exercício físico fora da escola: tempo e frequência Os rapazes praticam actividade física mais frequentemente e durante mais tempo do que as raparigas. Os jovens mais novos praticam actividade física mais frequentemente. TEMPO Mais tempo FREQUÊNCIA Maior frequência / Mais novos De seguida podemos verificar que, por semana, os jovens praticam exercício físico, durante pelo menos 20 minutos, entre 1 a 4 dias e o tipo de exercícios mais praticados são os de flexibilidade. São os rapazes que praticam com maior frequência exercício físico e as raparigas mais frequentemente não praticam exercício físico. Os rapazes ainda referem praticar com grande frequência exercícios para fortalecer ou tonificar os músculos. EXERCÍCIO DURANTE 20' 0 dias 1 a 4 dias 5 ou mais dias 16.7% 66.9% 16.4% 11.9% 20.2% 62.9% 69.7% 25.2% 10.1% 28

29 EXERCÍCIOS DE FLEXIBILIDADE 0 dias 1 a 4 dias 5 ou mais dias 21.4% 64.5% 14.1% 18.1% 23.9% 68.1% 6.9% 13.9% 14.2% EXERCÍCIO PARA FORTALECER OU TONIFICAR OS MÚSCULOS 0 dias 1 a 4 dias 5 ou mais dias 26.8% 60.6% 12.7% 21.8% 30.3% 59.9% 61.1% 18.3% 8.6% CAMINHAR OU ANDAR DE BICICLETA DURANTE 30' 0 dias 1 a 4 dias 5 ou mais dias 27.8% 46.8% 25.4% 29.9% 26.3% 48.6% 45.5% 21.5% 28.3% Quadro 14- Exercício físico fora da escola: tipo de exercício físico EXERCÍCIO DURANTE 20' Maior frequência EXERCÍCIO PARA FORTALECER OU TONIFICAR OS MÚSCULOS Maior frequência Durante uma semana de aulas, praticamente dos alunos refere não ir às aulas de Educação Física. A maioria refere mais frequentemente ir às aulas de Educação Física entre 1 a 4 dias por semana. QUANTOS DIAS POR SEMANA VAIS ÁS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA 0 dias 1 a 4 dias 5 ou mais dias 28.4% 71.1% 0.6% 26.9% 29.4% 70.3% 70.1% 2.8% 0.5% Quadro 15 - Exercício físico: frequência por semana das aulas de Edª Física Em relação aos desportos de equipa organizados pela escola durante os últimos 12 meses, a maioria dos jovens refere que não praticou nenhum. As raparigas referem mais frequentemente que não praticaram nenhum desporto de equipa e os rapazes referem com maior frequência terem praticado 3 ou mais jogos. Também durante os últimos 12 meses, a maioria dos jovens refere que não praticou nenhum jogo de equipa organizado fora da escola. E são novamente as raparigas que referem mais frequentemente não terem praticado nenhum desporto de equipa e os rapazes referem com maior frequência terem praticado 3 ou mais jogos. DESPORTOS DE EQUIPA ORGANIZADOS PELA ESCOLA Nenhum 1 jogo 2 jogos 3 ou mais jogos 56.1% 13.2% 9.4% 21.3% M F 33.6% 72.4% 17.5% 10.1% 14.7% 5.5% 34.3% 12.1% 29

30 DESPORTOS DE EQUIPA ORGANIZADOS FORA DA ESCOLA Nenhum 1 jogo 2 jogos 3 ou mais jogos 46.6% 13.2% 8.8% 31.4% M F 30.1% 58.6% 11.2% 14.6% 9.1% 8.6% 49.7% 18.2% Quadro 16 - Exercício físico: jogos de equipa DESPORTOS DE EQUIPA ORGANIZADOS PELA ESCOLA Maior frequência DESPORTOS DE EQUIPA ORGANIZADOS FORA DA ESCOLA Maior frequência As modalidades desportivas mais praticadas pelos jovens inquiridos durante os últimos 6 meses e de forma regular foram: o futebol, o voleibol, o basquetebol, a ginástica e a natação. MODALIDADE DESPORTIVA PRATICADA Futebol Basquetebol Andebol Ginástica Voleibol Atletismo 54.1% 35.2% 18.5% 34.4% 35.8% 16.7% 75.3% 37.1% 36.1% 34.5% 19.2% 18.0% 25.9% 41.2% 32.3% 38.7% 18.8% 15.0% 64.9% 46.0% 36.2% 34.4% 10.6% 18.1% 31.9% 30.2% 21.3% 37.4% 14.9% 14.1% MODALIDADE DESPORTIVA PRATICADA Ténis Raguebi Karaté Judo Natação Equitação 10.5% 2.8% 5.5% 2.5% 22.7% 3.4% 13.3% 8.2% 4.9% 1.2% 8.9% 2.9% 3.8% 1.5% 25.3% 20.7% 3.0% 3.7% 8.5% 7.5% 0.0% 2.4% 5.3% 4.6% 2.1% 1.5% 26.6% 21.1% 2.1% 2.0% MODALIDADE DESPORTIVA PRATICADA Vela Ciclismo B.T.T. Canoagem Surf Golfe 2.0% 12.4% 16.5% 2.8% 5.1% 1.3% 3.0% 1.2% 16.5% 9.2% 27.8% 7.4% 4.4% 1.5% 10.5% 0.8% 2.7% 0.2% 1.1% 1.3% 12.8% 7.7% 21.3% 13.0% 4.3% 1.8% 5.3% 4.8% 1.1% 0.9% MODALIDADE DESPORTIVA PRATICADA Remo Boxe Hóquei Patinagem Culturismo Outro 1.7% 2.2% 3.2% 10.8% 3.1% 18.1% 3.6% 0.2% 4.2% 0.5% 5.5% 1.3% 7.8% 13.1% 5.5% 1.2% 19.6% 17.0% 0.0% 2.0% 2.1% 2.0% 3.2% 2.0% 12.8% 8.4% 1.1% 4.4% 20.2% 17.0% Quadro 17 - Exercício físico: modalidades praticadas Especificamente em relação a cada uma das modalidades praticadas nos últimos 6 meses e de forma regular, as raparigas referem mais frequentemente ter praticado ginástica, voleibol e patinagem. Os rapazes referem ter praticado futebol, ténis, raguebi, karaté, judo, vela, ciclismo, B:T.T., canoagem, surf, golfe, remo, boxe, hóquei e culturismo. Os mais novos referem mais frequentemente ter praticado futebol e B.T.T. e os mais velhos, voleibol. 30

31 MODALIDADE DESPORTIVA PRATICADA Futebol Ginástica Voleibol Ténis Raguebi Karaté Judo Vela Ciclismo B.T.T. Canoagem Surf Golfe Remo Boxe Hóquei Patinagem Culturismo / Mais novos Raparigas Raparigas / Mais velhos / Mais novos Raparigas 3.2. TELEVISÃO Relativamente às actividades de lazer (ver TV), cerca de um terço dos jovens passa 4 horas ou mais, por dia, a ver televisão. Não se encontraram diferenças significativas entre os sexos e a idade. VER TV POR DIA Menos de ½ hora ½ hora a 3 horas 4 horas ou mais 9.5% 57.3% 33.3% 9.5% 9.5% 54.2% 59.7% 36.2% 30.8% 8.6% 8.6% 60.2% 57.3% 31.2% 34.1% Quadro 18 - Actividades de lazer: Ver TV 3.3 JOGOS DE COMPUTADOR Relativamente às actividades de lazer (jogar computador), a maioria joga computador menos de uma hora por semana. São os rapazes que mais tempo passam a jogar computador. JOGAR COMPUTADOR POR SEMANA Menos de 1 hora 1 a 6 horas 7 horas ou mais 67.1% 26.4% 6.5% 48.4% 82.1% 39.7% 15.7% 11.8% 2.2% 64.9% 71.1% 27.7% 21.9% 7.4% 7.1% Quadro 19 - Actividades de lazer: Jogar computador JOGAR COMPUTADOR Mais tempo 31

32 4. HÁBITOS ALIMENTARES E DE HIGIENE INSERIR FOTOGRAFIA Nº 4 Nos quadros seguintes, consideraremos os hábitos alimentares e os hábitos de higiene. Salientamos que cerca de um quinto dos jovens bebe café diariamente, mais de metade bebe coca-cola ou outros refrigerantes, consome doces e bolos ou pastelaria e que não chega a metade o número de alunos que consome diariamente vegetais cozinhados. CAFÉ 1 vez por dia ou mais 1 vez por semana Raramente ou nunca 17.7% 11.4% 70.9% 14.6% 12.5% 7.1% 12.0% 78.2% 75.5% 12.9% 23.0% 8.6% 13.7% 78.5% 63.4% COCA-COLA / REFRIGERANTES 1 vez por dia ou mais 1 vez por semana Raramente ou nunca 54.5% 20.8% 24.7% 62.5% 48.1% 19.0% 22.2% 18.6% 29.7% 48.4% 54.5% 10.8% 21.7% 40.9% 23.7% LEITE MAGRO 1 vez por dia ou mais 1 vez por semana Raramente ou nunca 18.1% 3.7% 78.2% 16.8% 19.1% 5.0% 2.6% 78.1% 78.3% 18.9% 17.3% 6.7% 3.4% 74.4% 79.3% LEITE ½ GORDO OU GORDO 1 vez por dia ou mais 1 vez por semana Raramente ou nunca 78.7% 5.2% 16.1% 84.3% 74.1% 5.2% 5.3% 10.5% 20.5% 76.1% 78.4% 8.7% 6.2% 15.2% 15.4% Quadro 20 - Hábitos alimentares: Bebidas Em relação às bebidas, são os mais velhos que mais consomem café, os rapazes que consomem mais coca-cola ou outros refrigerantes e são ainda os rapazes que mais frequentemente bebem leite meio-gordo ou gordo. CAFÉ Maiores Consumos COCA-COLA Maiores Consumos LEITE MAGRO Maiores Consumos LEITE ½ GORDO OU GORDO Maiores Consumos Mais velhos 32

33 DOCES 1 vez por dia ou mais 1 vez por semana Raramente ou nunca 56.2% 24.4% 19.5% 51.7% 59.8% 25.3% 23.6% 23.0% 16.6% 48.9% 54.2% 26.1% 26.4% 25.0% 19.4% BOLOS OU PASTELARIA 1 vez por dia ou mais 1 vez por semana Raramente ou nunca 56.4% 23.3% 20.3% 58.8% 54.5% 23.6% 23.0% 17.6% 22.5% 43.6% 58.3% 23.4% 24.1% 33.0% 17.7% HAMBURGUERS, CACHORROS QUENTES OU SALSICHAS 1 vez por dia ou mais 1 vez por semana Raramente ou nunca 13.0% 39.6% 47.3% 16.9% 9.9% 40.2% 39.2% 42.9% 50.9% 11.0% 11.8% 19.8% 44.2% 69.2% 44.0% BATATAS FRITAS (PACOTE) 1 vez por dia ou mais 1 vez por semana Raramente ou nunca 24.4% 35.6% 40.0% 26.6% 22.7% 38.5% 33.2% 34.9% 44.1% 29.0% 19.6% 30.1% 40.0% 40.9% 40.4% BATATAS FRITAS 1 vez por dia ou mais 1 vez por semana Raramente ou nunca 35.3% 47.5% 17.1% 38.9% 32.5% 46.0% 48.7% 15.1% 18.8% 40.2% 32.0% 39.1% 51.3% 20.7% 16.7% Quadro 21 - Hábitos alimentares: Doces, bolos, hamburgueres e batatas fritas DOCES Maiores Consumos BOLOS OU PASTELARIA Maiores Consumos HAMBURGUERS Maiores Consumos BATATAS FRITAS Maiores Consumos Raparigas Mais velhos As raparigas são as que mais consomem doces e vegetais crús. Os rapazes, por seu lado, elegem como alimentos que mais frequentemente consomem os hamburgueres, os cachorros quentes ou as salsichas, as batatas fritas e o pão. Na diferença de idade, verificamos que são os mais velhos que mais consomem bolos ou pastelaria. FRUTA 33

34 1 vez por dia ou mais 1 vez por semana Raramente ou nunca 91.8% 4.1% 4.2% 91.4% 92.0% 4.5% 3.7% 4.1% 4.3% 92.3% 91.2% 2.2% 4.9% 5.5% 4.0% PÃO 1 vez por dia ou mais 1 vez por semana Raramente ou nunca 35.3% 10.6% 54.1% 39.2% 32.2% 10.4% 10.7% 50.3% 57.1% 33.3% 33.8% 8.6% 9.9% 58.1% 56.3% VEGETAIS CRÚS 1 vez por dia ou mais 1 vez por semana Raramente ou nunca 61.0% 19.8% 19.2% 54.4% 66.3% 22.8% 17.5% 22.8% 16.3% 52.2% 61.6% 21.1% 20.8% 26.7% 17.6% VEGETAIS COZINHADOS 1 vez por dia ou mais 1 vez por semana Raramente ou nunca 48.8% 32.7% 18.5% 45.8% 51.1% 34.8% 31.1% 19.4% 17.8% 46.1% 45.8% 31.5% 33.9% 22.5% 20.3% Quadro 22 - Hábitos alimentares: Fruta, pão e vegetais PÃO Maiores Consumos VEGETAIS CRÚS Maiores Consumos Raparigas No que diz respeito aos hábitos de higiene e especificamente à lavagem dos dentes, a grande maioria dos inquiridos lava os dentes uma vez por dia ou mais. LAVAR OS DENTES 1 vez / dia ou mais 1 vez / semana Menos de 1 vez / semana 97.0% 2.1% 0.9% 95.4% 98.3% 3.2% 1.2% 1.5% 0.5% 93.6% 98.0% 4.3% 1.1% 2.1% 0.9% Quadro 23 - Hábitos de higiene: Lavar os dentes São as raparigas e os mais velhos que mais frequentemente referem lavar os dentes uma vez por dia ou mais e são os rapazes e os mais novos que referem mais frequentemente lavar os dentes pelo menos uma vez por semana. LAVAR OS DENTES Maior frequência Raparigas / Mais velhos 34

35 5. BEM ESTAR E APOIO FAMILIAR INSERIR FOTOGRAFIA Nº 5 Consideraremos de seguida as questões relacionadas com o bem-estar e o apoio familiar. No que diz respeito à percepção de bem-estar, a maioria dos jovens descreve-se como feliz, mas sentindo-se por vezes só. SOLIDÃO Sim Não 78.4% 21.6% M F M F 74.9% 81.2% 25.1% 18.8% % 84.0% 29.7% 16.0% FELICIDADE Muito feliz /Feliz Pouco feliz /Infeliz 86.0% 14.0% M F M F 87.1% 85.1% 12.9% 14.9% % 82.4% 10.9% 17.6% Quadro 24 - Percepção de bem-estar As raparigas e os mais velhos referem mais frequentemente já se terem sentido sós e os rapazes e os mais novos referem mais frequentemente nunca se terem sentido sós. Em relação à felicidade, não existem diferenças significativas entre os sexos e entre as idades. SOLIDÃO Sim Raparigas / Mais velhos No que diz respeito aos amigos, a maioria acha ser fácil ou muito fácil arranjar amigos. Os rapazes referem mais frequentemente não ter amigos íntimos, enquanto que as raparigas referem preferencialmente ter um amigo íntimo. FACILIDADE PARA ARRANJAR AMIGOS Muito fácil /Fácil Difícil /Pouco difícil 87.6% 12.4% M F M F 88.1% 87.3% 11.9% 12.7% % 87.4% 12.8% 12.6% AMIGOS ÍNTIMOS Não tenho 1 2 ou mais 8.5% 41.2% 50.3% 10.5% 6.9% 13.9% 18.9% 75.6% 74.2% 14.0% 8.0% 16.1% 15.5% 69.9% 76.5% Quadro 25 - Relação com os amigos 35

36 AMIGOS ÍNTIMOS Mais amigos Raparigas Em relação ao apoio social, a maioria dos jovens raramente ou nunca sente que é posto de lado, raramente ou nunca se sente sem apoio e sempre ou frequentemente se sente confiante em si mesmo. SENTES QUE ÉS POSTO DE LADO Sempre / Frequentemente Às vezes Raramente / Nunca 7.3% 25.9% 66.8% 7.4% 7.2% 23.2% 28.0% 69.4% 64.8% 9.0% 6.4% 20.2% 28.4% 70.8% 65.2% SENTES-TE SEM APOIO Sempre / Frequentemente Às vezes Raramente / Nunca 6.0% 21.4% 72.6% 4.7% 7.0% 19.4% 23.0% 75.9% 70.0% 6.8% 5.7% 13.6% 24.3% 79.5% 70.0% SENTES-TE CONFIANTE EM TI MESMO Sempre / Frequentemente Às vezes Raramente / Nunca 69.8% 22.0% 8.2% 75.2% 65.5% 18.4% 24.8% 6.4% 9.7% 81.1% 63.4% 16.7% 26.2% 2.2% 10.4% Quadro 26 - Apoio social Os rapazes referem que praticamente nunca se sentem sem apoio. Mas os mais velhos já afirmaram que às vezes se sentem sem apoio. Em relação à auto-confiança, os rapazes e os mais velhos referem com mais frequência sentirem-se quase sempre confiantes em si. No entanto são também os mais velhos que mais frequentemente referem raramente ou nunca se sentirem auto-confiantes. As raparigas referem sentirem-se mais sós e confiantes às vezes. SENTES-TE SEM APOIO Raramente / Nunca SENTES-TE CONFIANTE EM TI MESMO Sempre / Frequentemente / Mais velhos Embora a grande maioria dos alunos ache fácil falar com os pais, em especial com a mãe, um número menor mas preocupante refere dificuldades a este nível, sobretudo no diálogo com o pai. Os rapazes e os mais novos acham mais fácil falar com o pai e as raparigas e os mais velhos mais difícil falar com o pai. 36

37 FALAR COM A MÃE Fácil Difícil Não falo /Não tenho 77.1% 20.1% 2.8% 78.0% 76.3% 19.2% 20.9% 2.8% 2.8% 79.8% 74.3% 18.0% 23.0% 2.2% 2.7% FALAR COM O PAI Fácil Difícil Não falo /Não tenho 50.9% 40.4% 8.7% 59.4% 44.1% 32.8% 46.5% 7.8% 9.4% 61.5% 42.0% 33.0% 47.7% 5.5% 10.2% FALAR COM IRMÃOS MAIS VELHOS Fácil Difícil Não falo /Não tenho 32.7% 14.7% 52.6% 37.4% 28.9% 12.6% 16.4% 50.0% 54.7% 32.5% 31.7% 26.3% 12.0% 41.3% 56.3% FALAR COM IRMÃS MAIS VELHAS Fácil Difícil Não falo /Não tenho 30.5% 8.6% 60.9% 26.2% 33.7% 8.7% 8.5% 65.1% 57.7% 26.7% 30.9% 10.7% 7.5% 62.7% 61.6% FALAR COM AMIGOS DO MESMO SEXO Fácil Difícil Não falo /Não tenho 88.3% 9.6% 2.1% 85.6% 90.4% 10.5% 8.9% 3.9% 0.7% 78.4% 89.1% 17.0% 9.8% 4.5% 1.1% FALAR COM AMIGOS DO SEXO OPOSTO Fácil Difícil Não falo /Não tenho 62.2% 34.8% 3.0% 65.0% 60.0% 30.3% 38.3% 4.7% 1.7% 40.7% 70.7% 51.2% 28.2% 8.1% 1.1% Quadro 27 - Relação com a família e amigos Cerca de um terço dos jovens acha fácil falar com os irmãos /irmãs mais velhos, mas são os mais novos que referem mais frequentemente ser difícil falar com os irmãos mais velhos sobre os temas que os preocupam. Os rapazes acham mais fácil falar com os irmãos e as raparigas falar com as irmãs. Em relação a falar com amigos sobre os temas que os preocupam, são as raparigas e os mais velhos que se sentem mais à vontade com amigos do mesmo sexo. Esta situação é referida com mais frequência pelos mais novos como sendo difícil. Quando se fala com amigos do sexo oposto, são os mais velhos que mais frequentemente referem ser fácil e são as raparigas e os mais novos que se sentem menos à vontade para o fazerem. 37

38 FALAR COM O PAI Fácil FALAR COM IRMÃOS MAIS VELHOS Fácil FALAR COM IRMÃS MAIS VELHAS Fácil FALAR COM AMIGOS DO MESMO SEXO Fácil FALAR COM AMIGOS DO SEXO OPOSTO Fácil / Mais novos Raparigas Raparigas / Mais velhos Mais velhos A maioria dos jovens inquiridos considera que se tivessem problemas na escola, os pais estariam prontos a ajudar. Cerca de um terço refere que os pais raramente ou nunca vão voluntariamente à escola falar com os professores. São as raparigas e os mais velhos que mais frequentemente referem esta situação. Para os rapazes e para os mais novos, os pais vão à escola falar com os professores de um modo voluntário. PAIS PRONTOS PARA AJUDAR Sempre / Frequentemente Às vezes Raramente / Nunca 90.2% 6.4% 3.4% 91.5% 89.1% 6.2% 6.6% 2.3% 4.3% 93.4% 86.9% 3.3% 8.5% 3.3% 4.7% PAIS VÊM À ESCOLA FALAR COM OS PROFESSORES Sempre / Frequentemente Às vezes Raramente / Nunca 43.0% 25.5% 31.4% 49.6% 37.8% 24.9% 26.0% 25.5% 36.1% 52.8% 37.1% 24.7% 26.3% 22.5% 36.6% PAIS ENCORAJAM A TER BONS RESULTADOS Sempre / Frequentemente Às vezes Raramente / Nunca 88.1% 7.2% 4.7% 88.9% 87.5% 6.4% 7.9% 4.7% 4.6% 90.0% 84.9% 4.4% 9.4% 5.6% 5.6% PAIS ESPERAM DEMAIS DE MIM DA ESCOLA Sempre / Frequentemente Às vezes Raramente / Nunca 61.8% 19.5% 18.7% 68.2% 56.7% 16.3% 22.1% 15.5% 21.2% 71.1% 58.3% 11.1% 23.0% 17.8% 18.7% Quadro 28 - Pais em relação à escola A maioria dos jovens afirma que os pais os encorajam a ter bons resultados. Um pouco mais de metade dos alunos considera que os seus pais esperam demais deles em relação à escola. Aqueles que mais frequentemente referem esta situação são os rapazes e os mais novos. 38

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