Condição de equilíbrio através de uma membrana permeável
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- Sérgio Marques Igrejas
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1 Condição de equilíbrio através de uma membrana permeável Misturas de gases ideais ni p i R xi ; x i ni n fracção molar da componente i onde p i é a pressão parcial do gás i Σ p i é a pressão da mistura Equilíbrio difusivo: p ' j j gases e B misturados, gás, membrana semipermeável: partição fixa,diatérmica permeável ao gás (unicamente) µ ( mist,, ) ( puro,, ' ) µ µ ( mist,, ) µ µ µ ( ) + Rln' ( ) + Rln p ( ) + Rln+ Rln µ x Gás ideal: µ ( puro,, ) µ ( ) + R ( mist,, ) µ ( puro,, ) + R ln ln x
2 < µ ( mist,, ) µ ( puro,, ) + R ln x potencial químico do gás na mistura, a e potencial químico do gás puro, a e O potencial químico de um gás ideal numa mistura é sempre inferior ao potencial químico do mesmo gás quando puro, nas mesmas condições de pressão total. Soluções ideais (aprox. válida para soluções diluidas) otencial químico da componente k duma solução ideal: µ k ( sol,, ) µ *( puro,, ) + k R ln x k potencial químico da componente k pura, a e fracção molar da componente k
3 Equilíbrio através de uma membrana - pressão osmótica Uma solução e um ente puro estão separados por uma membrana semipermeável, i.e., permeável ao ente mas não às moléculas do soluto. solução, ente, membrana semipermeável, diatérmica fixa e rígida Na solução µ (, ', x ) µ *( puro,, ' ) + Rln O ente difunde-se através da membrana, até que o seu potencial químico dos dois lados da membrana seja igual. No compartimento onde existe puro µ *( puro,, ) finidade, f diferença do potencial químico que está na origem de um processo de difusão (ou de uma reacção química deslocada num determinado sentido) x n x n + n solu finidade no processo de osmose µ *( puro,, ) µ *( puro,, ' ) f R ln x
4 solução, ente, difusão do ente devido a f gera uma diferença de pressão entre a partição onde está o ente puro e a partição onde está a solução. difusão do ente através da membrana continua até que f. ressão osmótica, π diferença - quando f O processo de osmose é muito importante nos organismos vivos, onde são frequentes os casos de membranas semipermeáveis. Numa célula, a pressão osmótica é equilibrada pela tensão nas paredes da célula (em certos casos as paredes podem romper!!)
5 Extensão da ermodinâmica a sistemas abertos II) Sistemas heterogéneos (presença de diferentes fases de uma ou mais componentes) amos considerar o equilíbrio entre duas fases de um sistema mono-componente (uma só substância). s fases podem ser sólida, líquida ou gasosa. Num sistema os processos de transição de fase, durante os quais fases coexistem em equilíbrio, ocorrem a pressão e temperatura constantes o potencial adequado para tratar as transições de fase é a função de Gibbs. Seja os sistema constituído pelas fases e : G n + n, n número de moles nas fases e g ng dg g + dn+ gdn+ ndg ndg tendendo a que dd: dg dg sd s d + v + v d d dg g dn+ gdn g g) ( dn Conservação do número total de moles: n + n const. dn dn
6 dg g dn+ gdn g g) ( dn No equilíbrio, dg g g Notar que, no equilíbrio, dn (e logo, dn ) pode ser não nulo. I.e., a função de Gibbs não muda e continua a ter o valor mínimo, mesmo variando o número de moles entre as fases - situação de equilíbrio indiferente). Condição de equilíbrio entre as fases
7 Equação de Clausius-Clapeyron Fase Seja um estado em que coexistem as fases e. Fase Então g (, ) g(, ) ara que se mantenha o equilíbrio de fases quando o sistema é sujeito a uma pequena variação de e de, i.e., para que o estado B do sistema esteja ainda sobre a mesma curva de transição de fases: Então g ( + d, + d) g( + d, + d) dg ( dg g + d, + d) g(, ) Mas vimos que, para cada fase, E logo, s d + vd sd + vd dg sd + vd d d s v s v Equação de Clausius-Clapeyron
8 Casos particulares: Certas substâncias podem existir num mesmo estado de agregação (gás, líquido ou sólido), mas arranjos atómicos espaciais diferentes, i.e., diferentes formas alotrópicas. Formas alotrópicas do: carbono: oxigénio: enxofre: fósforo: (sólidos) grafite, diamante, fulereno (sólidos) gás oxigénio, gás ozono (gases) enxofre rômbico, enxofre monoclínico (sólidos) fósforo branco, fósforo preto, fósforo vermelho
9 i) ransições sólido-sólido ou sólido-líquido formas alotrópicas diferentes Não havendo informação em contrário, é razoável supor-se h e v -v independentes da temperatura B B B B v v h d v v h d ln +, B pontos distintos da curva de transição de fase
10 i) ransições sólido-gás ou líquido-gás Fazendo as aproximações seguintes: - v -v v gás - v líq (ou v gás - v sól ) v gás - v gás R/ d h R d
11 Regra das fases (de Gibbs) Num sistema com várias componentes e várias fases (sistema heterogéneo de várias componentes), seja : nº de fases C nº de componentes Em cada fase α, com α,,...,, cada uma das C componentes é descrita pela sua fracção molar nessa fase: x i (α) n i (α) / n total (α) fracção molar da componente i na fase α; é variável C i ( α) x i a composição de cada fase é descrita por C- variáveis fases (C-) variáveis x i (α) ; (,) (C-) + variáveis No equilíbrio, o potencial químico de cada componente é igual em todas as fases: () () ( ) i µ i... µ i µ - ligações Número total de ligações C(-) Regra das fases f (C-)+-C(-) C-+ f nº total de variáveis independentes
12 Regra das fases f C-+ Exemplos: mistura de gases e B: C; f 3; (x,, ) fases, componente: C; f ; (() ou ()) 3 fases, componente: C; 3 f ; (ponto triplo)
13 erceiro rincípio Nernst observou que, em muitas reacções químicas em que as temperaturas inicial e final eram iguais, o valor de G decrescia e o valor de H crescia à medida que se diminuia a temperatura a que ocorriam as reacções, aproximando-se um do outro. ara este tipo de reacções, dado que i f : G H S G H S i) Nernst postulou que as duas quantidades se aproximariam uma da outra assimptoticamente, até atingirem o mesmo valor em (zero absoluto de temperatura). Observa-se além disso que os declives das curvas G () e H () tendem para zero. partir de i) podemos escrever Energia G H S S G lim H lim lim S entropia é uma constante no zero absoluto, i.e., em K qualquer processo ocorre sem variação da entropia
14 Enunciado de Nernst: variação da entropia num processo (reacção química ou outro) entre um par de estados de equilíbrio tende para zero quando a temperatura se aproxima do zero absoluto. lim lim S S O teorema de Nernst implica que a variação de entropia é nula em qualquer processo a K: ( ) lim S S lim lim Usando as relações de Maxwell: S -
15 lgumas consequências do 3º rincípio Coeficiente de dilatação volumétrica S β 4ª relação de Maxwell Mas a entropia tende para um valor constante (independente das variáveis termodinâmicas) no zero absoluto, i.e., lim lim β S
16 Capacidades térmicas Se a substância for aquecida reversivelmente, a volume ou a pressão constante, de até, a sua entropia a uma temperatura será: S(, ) ou S(, ) S(, ) S(, ) respectivamente. + + d C d C entropia da substância à temperatura deve ser finita logo, os integrais acima representados não podem divergir limc limc
Condição de equilíbrio através de uma membrana permeável
Condição de equilíbrio atraés de uma membrana permeáel Misturas de gases ideais ni p i RT xip ; x V i ni n fracção molar da componente i onde p i é a pressão parcial do gás i P Σ p i é a pressão da mistura
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