ESCOLAS E MUSEUS EM MOVIMENTO: animação e artes como aportes metodológicos para a produção de conhecimentos e saberes.
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- Maria das Neves Bentes
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1 ESCOLAS E MUSEUS EM MOVIMENTO: animação e artes como aportes metodológicos para a produção de conhecimentos e saberes. SCHOOLS AND MUSEUMS IN MOVEMENT: animation and arts as methodological contributions for the production of knowing and knowledge. Autor(es) Ludimila Dini Bicalho; Jéssica Angelo Pereira; Roberta Correia Ferreira; Marilane de Souza Bhering. Filiação Universidade Federal de Viçosa ludimiladini@gmail.com Grupo de Pesquisa: 3 Campo: educação, cultura e natureza Resumo Este relato trata da experiência de dois minicursos de extensão realizados em dois momentos distintos, no âmbito da Universidade Federal de Viçosa (UFV), dos quais derivaram o Núcleo de Pesquisas Educação e Artes em Diferentes Espaços (NUPEADE) vinculado ao Departamento de Educação da referida universidade (DPE-UFV). Neste relato de experiência os autores discorrem sobre a relevância das atividades em espaços não formais de aprendizagem, no caso específico, os museus e centros de ciências da UFV, propondo a utilização das artes cinematográficas, com ênfase para as animações visando à integração museus-escolas da comunidade-universidade por intermédio da significação e ressignificação dos museus como espaços privilegiados de aprendizagem. A metodologia escolhida envolve a pesquisa participante ou participativa de cunho qualitativa. Como resultados espera-se a construção de novas ferramentas metodológicas para o desenvolvimento de atividades envolvendo os espaços não formais de aprendizagem. Palavras-chave: : Educação; Espaços não formais de aprendizagem; Saberes extraclasse; Museus e centros de ciências.
2 Abstract This report deals with the experience of two mini-courses carried out at two different moments, within the scope of the Federal University of Viçosa (UFV), from which the Núcleo de Pesquisas Educação e Artes em Diferentes Espaços (NUPEADE) linked to the Departamento de Educação (DPE-UFV. In this report of experience, the authors discuss the relevance of activities in non-formal learning spaces, in the specific case, the museums and science centers of the UFV, proposing the use of cinematographic arts, with emphasis on animations aimed at the integration of museums and schools of the community and university through the signification and resignification of the museums as privileged spaces of learning. For this, the project in question uses a methodology that involves participant or participatory qualitative research. As results, it is expected to construct new methodological tools for the development of activities involving non-formal learning spaces. Key words: Education; Non-formal learning spaces; Extraclasses knowledge; Museums and science centers. 1. Introdução O presente trabalho nasceu a partir da experiência de dois minicursos de extensão realizados em dois momentos distintos, no âmbito da Universidade Federal de Viçosa (UFV), dos quais deriva o grupo de pesquisa Núcleo de Pesquisas e Educação e Arte em Diferentes Espaços (NUPEADE), vinculado ao Departamento de Educação da referida universidade, que traz a reflexão e compreensão de como se dá o processo educativo em espaços não formais de aprendizagem, pois partimos da afirmação de que existem conhecimentos e saberes nos espaços extraclasses, e tais conhecimentos seguem outra perspectiva de construção. Nesse sentindo, a proposta é aliar os conteúdos formais às práticas educativas que serão ofertadas em formas de oficinas temáticas, sendo assim, nosso principal objetivo é propiciar a formação docente e a construção de novas metodologias e técnicas de ensino, via intervenção teórico-prática das artes, em especial animações e desenhos, nos espaços não formais de aprendizagem, envolvendo alunos e professores da rede pública de educação da cidade de Viçosa (MG) e alunos da Universidade Federal de Viçosa (UFV).
3 2. Metodologia Temos como base uma metodologia qualitativa fundamentada na intervenção teoria e prática dos participantes na proposição, participação e execução das atividades propostas visando alcançar as metas estabelecidas. Além disso, o trabalho utiliza os museus e Centros de Ciências localizados na UFV, que estão organizados de tal forma visando ao atendimento de uma intencionalidade didático pedagógica. Para realização das animações e desenhos, optamos pela técnica Stop Motion com massinhas de modelar por reuni vários fatores que podem auxiliar o professor em sala de aula, enquanto um suporte pedagógico, além da tecnologia e objetos de fácil acesso. 3. Referencial Teórico Educação não formal: um conceito ainda em formação Para falarmos de espaços não formais de Educação, primeiro é preciso uma tentativa em conceituar o que seja um espaço não formal de educação, dizemos uma tentativa, pois segundo Jacobucci 2008, O termo espaço não-formal tem sido utilizado atualmente por pesquisadores em Educação, professores de diversas áreas do conhecimento e profissionais que trabalham com divulgação científica para descrever lugares, diferentes da escola, onde é possível desenvolver atividades educativas. No entanto, a definição do que é um espaço não-formal de Educação é muito mais complexa do que imaginamos. [...]apesar de o nome espaço não-formal de Educação, ou sua abreviação como espaço nãoformal, ser constantemente usado para definir lugares em que pode ocorrer uma Educação não-formal, a conceitualização do termo não é óbvia. (JACOBUCCI, 2008, p.8) Como podemos observar por meio da passagem textual de Jacobucci, é preciso termos cuidado ao pensar em trabalhar este tema, pois seu conceito não é tão claro quanto parece. Existem vários teóricos a exemplo de Gohn (2006), Marandino (2009), dentre outros, que já dedicam seus estudos sobre os espaços da educação não formal. Em seus estudos Marandino (2009) faz um apelo, clama por pesquisadores que interessem, que se identifiquem pela temática no tocante aos espaços não formais de educação, quando cita
4 claramente que principalmente no Brasil o interesse pela investigação nesse sentido, ainda são poucas efetivadas. Neste sentido, podemos dizer que os espaços (sejam eles formais ou informais) dialogam conosco oferecendo-nos uma grande quantidade de informações. Então, podemos afirmar que os espaços possuem uma dimensão dialógica e pedagógica. A natureza possui, em sua essência, uma lógica própria de organização de apresentação de seus múltiplos espaços, adquirindo, desta forma, uma dimensão didático-pedagógica. A Educação não formal e informal presentes nos espaços museais da UFV. Consideramos pertinente iniciar este tópico com a seguinte indagação: Onde se educa? Qual é o espaço físico territorial onde transcorrem os atos e os processos educativos? (GOHN, 2006, p.6). As indagações de Gohn nos servem de parâmetro para pensar também como tem ocorrido a prática dos professores em espaços não formais. Bonovolenta, (2008), em sua dissertação de mestrado traz como foco, pesquisar a educação em museus e centros de ciências por ainda ser pouco presente na formação inicial de professores de ciências. Foram eleitas pelo autor quatro categorias de análise: a formação na licenciatura para a atuação no centro de ciências, as concepções sobre educação em museus e centros de ciências, os saberes da mediação humana e contribuições à formação inicial dos licenciandos. Interessante destacar que de posse a análise de todo o material, Bonovolenta destaca que é possível a articulação entre a educação em museus e centros de ciências e a formação docente, e como as formas pelas quais a temática pode ser inserida na formação inicial, envolvendo a tríade: museu, escola e universidade. Embora existam alguns projetos que visam à divulgação dos museus junto à comunidade acadêmica, bem como a comunidade externa, ainda são tímidas as iniciativas quanto a essa questão. Então, como podemos constatar os museus podem ser importantes aliados na relação do ensino e aprendizagem, sobretudo nas séries inicias da educação básica. Pois ao visitarem um espaço
5 não formal de educação, a exemplo dos museus, muitas vezes os alunos chegam à sala de aula ávidos por entender e comentar o que vivenciaram em uma visita informal ao museu. 4. Considerações finais Os resultados parciais englobam toda a reflexão teórica sobre os espaços não formais e artes como aportes metodológicos e a realização de oficinais entre os integrantes do NUPEADE a fim de nos preparar e qualificar a técnica Stop Motion para as futuras oficinas com os alunos e para a formação dos professores. Sendo assim, estamos partindo da necessidade de apresentar alternativas concretas para a construção de novas metodologias ativas, interativas e que levem em conta a verdadeira significação dos conteúdos curriculares, além de ressaltar o potencial educativo dos espaços não formais e a construção de metodologias ligadas ao ensino aprendizagem. 5. Referências Bibliográficas GOHN, M. G. Educação Não-Formal, Participação da Sociedade civil e Estruturas colegiadas nas Escolas. Ensaio: aval. Pol. Públ., Rio de Janeiro, v. 14, n.50, p , Jan./Mar/2006. JACOBUCCI, D. F.C. Contribuições dos espaços não formais de educação para a formação da cultura científica. Em Extensão, Uberlândia, V. 7, MARANDINO Martha, ALMEIDA Adriana Mortara, VALENTE, Maria Esther Alvarez. (Org). Museu: lugar do público. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, OVIGLI, D. F. B. Os Saberes de Mediação Humana em Centros de Ciências: contribuições à formação inicial de professores. Dissertação de Mestrado. UFSCAR, São Carlos, 2010.
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