ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gab. Des. Saulo Henriques de Sá e Benevides. Vistos, etc.

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Davi Santana de Paiva
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1 ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gab. Des. Saulo Henriques de Sá e Benevides APELAÇÃO CÍVEL n /001 Comarca de Cabedelo RELATOR: João Benedito da Silva Juiz Convocado em substituição ao Des. Saulo Henriques de Sá e Benevides APELANTE: INSS Instituto Nacional do Seguro Social, representado por seu Procurador, José M. Maia de Freitas APELADA: Alice Vicente Rodrigues ADVOGADO: Antônio Emidio Filho CONSTITUCIONAL Remessa Oficial e Apelação Cível Ação Ordinária de Obrigação de Fazer INSS Autarquia Federal Pólo passivo Sentença proferida por Juízo Estadual investido de jurisdição federal Competência para julgar em Segunda Instância, recursos ou remessa oficial Tribunal Regional Federal Reconhecimento "ex officio" Remessa à Justiça competente Inteligência e aplicação do disposto nos arts. 108, inciso II e 109, 4 2, da Constituição Federal de 1988, bem como da Súmula n 21 desta Corte de Justiça. "Compete ao Tribunal Regional Federal da 5' Região, por expressa disposição constitucional, julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição." (TJPB, Súmula n 2 21). Vistos, etc. Tratam os autos de apelação interposta contra a r. sentença de fls. 93/96 que julgou procedente a ação declaratória proposta pela apelada para o fim de reconhecer a dependência econômica da autora para com o falecido José Ribeiro da Silva, impondo ao apelante o pagamento de honorários advocatícios fixados em 20% (vinte por cento) do valor atribuído a causa. Em suas' razões recursais, de fls. 104/112, o apelante requer a reforma da sentença para que o pedido da autora seja julgado improcedente. Alega: a impossibilidade jurídica do pedido, sob o fundamento de que a ação declaratória não com ioda a apreciação da existência de mero fato; o MM. Juiz equivocou-se ao lar,: r a sentença, pois a causa de pedir e o pedido

Saulo Henriques de Sá e Benevides APELANTE: INSS Instituto Nacional do Seguro Social, representado por seu Procurador, José M.

2 . não dizem respeito à matéria previdenciária, não sendo, portanto, o INSS parte necessária na lide. Contra-razões às fls. 114/121. A douta Procuradoria de Justiça opinou pelo desprovimento (fls. 128/134). É o relatório. Decido. PRELIMINAR - INCOMPETÊNCIA RECURSAL DA JUSTIÇA COMUM - COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL A apelada propôs ação declaratória de reconhecimento de união estável contra o instituto Nacional do Seguro Social - INSS, objetivando requerer os benefícios previdenciários junto à autarquia federal. Com efeito, o Instituto Nacional do Seguro Social INSS, na verdade, trata-se de uma Autarquia Federal e, como tal, a competência cabe à Justiça Federal. Ressalto que no âmbito da Primeira Instância, o feito foi corretamente processado e julgado pelo juiz monocrático estadual investido da jurisdição federal, "ex vi", do 3 2 do art. 109, da Carta Magna, que dispõe: "Art Aos juízes federais compete processar e julgar: 32. Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituirão de previdência social e segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual." (grifei) No entanto, após encerrada a atuação do Juiz "a quo", a competência para julgar os recursos cabíveis será do Tribunal Regional Federal, como aliás, já prevê o 4 2 do mesmo artigo 109: "Art Na hipótese do parágrafo anterior, o recurso cabível será sempre para o Tribunal Regional Federal na área de jurisdição do juiz de primeiro grau." Portanto, os autos devem ser..remetidos ao Tribunal Regional Federal da 5 Região, conforme também está previsto no art. 108, inciso II, da Constituição Federal, "in verbis": "Art Compete aos Tribunais Regionais Federais:

PRELIMINAR - INCOMPETÊNCIA RECURSAL DA JUSTIÇA COMUM - COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL A apelada propôs ação declaratória de reconhecimento de união estável contra o instituto Nacional do Seguro

3 II - iulqar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição." (grifei) A matéria, de tão corriqueira no meio jurídico, deu ensejo à edição de uma súmula neste Tribunal de Justiça, lavrada nos seguintes termos: "Compete ao Tribunal Regional Federal da 5 2 Região, por expressa disposição constitucional, julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição." (TJPB, Súmula n 2 21). Certa ocasião, esta Corte de Justiça já decidiu: "CONSTITUCIONAL. Ação Declara tória. INSS. Autarquia FederaL Pensão por morte da companheira. Comprovação da convivência more usorio. Sentença proferida por juiz estadual no exercício de jurisdição federal. Remessa OficiaL Incompetência deste Juízo. Recurso que deve ser interposto para o TRF da 52 Região. Inteligência dos arts. 108, II e 109, 32 e 42, da CF/88. Reconhecimento Ex Officio. Dispõe a Constituição Federal de 1988 que, na comarca onde inexiste vara da Justiça Federal, compete ao Juízo Comum processar e julgar os processos afeitos a Justiça Federal. Porém, os recursos decorrentes dessas ações, devem ser remetidos ao Tribunal Regional Federal, da região a que ele pertence, conforme preceitua os arts. 108, II e 109, 3 2 e 42. A incompetência absoluta do Tribunal de Justiça para julgar tal recurso deve ser reconhecida e declarada ex officio, com a conseqüente remessa dos autos para o Tribunal Regional Federal da Quinta Região." (TJPB, 1 2 C. Cível, Remessa Oficial n , ReL Des. Antônio de Pádua Lima Montenegro,j ) No mesmo sentido e do mesmo relator: Apelação Cível n , j. em Bem como: "PROCESSUAL CIVIL Apelação cível - Ação declaratória de união estável Autarquia Federal Pólo passivo Juiz estadual investido de jurisdição federal Recursos Competência Tribunal Regional Federal Súmula 21 do TJ/PB Seg ' imento negado Remessa dos autos. e) - A co petência para o conhecimento de recurs elat vos a ações onde o Juiz estadual

Região, por expressa disposição constitucional, julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição.

4 atue investido de jurisdição federal é do Tribunal Regional Federal da respectiva região. Inteligência da súmula 21 do Tribunal de Justiça doméstico." (TJPB, 2- C. Chiei, Apelação Cível n , decisão monocrática, ReL Des. Abra ham Lincoln da Cunha Ramos, j ). No mesmo sentido e do mesmo relator: Apelação cível n ' ; Apelação cível n Ante o exposto, declino da competência para julgar o recurso voluntário, determinando a remessa dos autos ao Tribunal Regional Federal da 5 2 Região, sediado na Comarca de Recife-PE. P. I. João ho de ito da Silva Relator

No mesmo sentido e do mesmo relator: Apelação cível n ' 2001.003213-1; Apelação cível n 2 2001.008766-1.

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