SEPSE Como reduzir morbimortalidade? Camila Almeida Médica Infectologista Infectologia/Controle de Infecção Hospitalar HMSJ

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1 SEPSE Como reduzir morbimortalidade? Camila Almeida Médica Infectologista Infectologia/Controle de Infecção Hospitalar HMSJ

2 DEFINIÇÕES SEPSE SIRS * + foco infeccioso Mortalidade 20-40% SEPSE GRAVE Sepse + disfunção orgânica ou hipoperfusão tecidual Mortalidade 60 % CHOQUE SÉPTICO Persistência da hipoperfusão com necessidade de DVA SIRS * - presença de pelo menos dois dos critérios: Febre > 38 ºC ou hipotermia < 36 ºC; FC > 90 bpm ; FR > 20 irpm leucócitos > cels/mm3 ou < cels/mm3 ou > 10% bastões. RCOG, 2012

3 Cenário atual mudanças 2016 Sepse: disfunção orgânica potencialmente fatal causada por uma resposta imune desregulada a uma infecção. INFECÇÃO + 2 ou 3 no qsofa Choque Sép>co: sepse acompanhada por profundas anormalidades circulatórias e celulares/metabólicas. SEPSE + VASSOPRESSOR - PAM > 65 mmhg e lactato > 18 mg/dl. qsofa (quick SEQUENTIAL ORGAN FAILURE ASSESSMENT SCORE) GCS < 15 FR > 22 irp/min PAS < 100 mmhg

4 RELEVÂNCIA 25% da ocupação de leitos em UTIs brasileiras; principal causa de morte; Choque sépfco condição rara nas gestantes : 0,002 0,010% Mortalidade menor que em não gestante: 0-28 % x 10-81% (SYNDER, 2013) Óbito por sepse corresponde 15% de todas as causas de morte materna no mundo (OMS). SEPSE condição evitável! Falha no reconhecimento precoce dos sinais e sintomas e ausência de guidelines específicos para esta população!

5 Principais causas de mortalidade Materna no Brasil 3 a causa de morte Morte materna - durante a gestação ou até 42 dias após o parto; OMS

6 Foco Infeccioso Gestante é mais vulnerável para infecção e susceuvel para complicações que não grávidas. Foco Infeccioso Infecção Trato genital (corioamnionite, endometrite, ISC, aborto sépfco) Infecção urinária Infecção respiratória Mas7te SEPSE BAMFO, 2013

7 Agentes infecciosos Aeróbios Gram-posi>vos : Staphylococcus; Streptococcus (agalacfae, pyogenes) e Enterococcus (E.faecalis, E. faecium) Aeróbios Gram-nega>vos : E. coli, Klebsiella pneumoniae, Enterobacter, Proteus, Serrafa e Pseudomonas aeruginosa Anaeróbios : Peptococcus, Peptostreptococcus, Clostridium perfringens, Bacteroides, Fusobacterium

8 Dificuldade no reconhecimento Critérios de SIRS: NÃO são definidos para gestantes; alteracões fisiológicas simulam sinais de SIRS Poucos estudos sobre sepse materna; Critérios SIRS não ajustado SIRS - Febre > 38 ºC ou hipotermia < 36 ºC; 2. FC > 90 bpm; 3. FR > 20 irpm 4. leucócitos > ou < ou > 10% B v Aumento da Temperatura durante o parto: 12% de mulheres apresentaram febre > 38 C devido anestesia epidural (GONEN, 2000). v FC (20-25% do basal ; aumento do débito cardíaco) e FR (menor volume corrente) aumentadas; v Leucocitose fisiológica;

9 CAMPANHA SOBREVIVENDO A SEPSE EARLY GOAL-DIRECTED THERAPY Tratamento precoce guiado por metas Pacote para as primeiras seis horas de tratamento; METAS : Pressão venosa central (PVC): 10 a 12 mmhg; Pressão arterial média: 65 mmhg; Débito urinário: 0,5 ml/kg/h Saturação venosa de O2(veia cava superior): 70%.

10 Pacote 3 horas Após reconhecimento da sepse grave e choque 1. Coletar culturas antes de iniciar o anfbiófco. 2. Coletar lactato sérico; 3. Administrar anrbiórcos em até 1hora; 4. Iniciar reposicão volêmica 20 ml/kg com solução isotônica ;

11 Duration of hypotension before initiation of effective antimicrobial therapy is the critical determinant of survival in human septic shock Administração precoce reduz mortalidade. Cada hora de atraso aumenta 7,6% mortalidade. Kumar A, et al. Crit Care Med 2006;34(6):1593

12 Pacote de 6 horas Após reconhecimento da sepse grave e choque Iniciar vasopressores (noradrenalina) se não houver resposta a ressuscitação volêmica; Choque sépfco ou lactato inicial > 4 mmol monitorar a PVC (alvo de mmhg) e Saturação venosa central >70%;

13 Manejo da infecção Aspectos importantes ü Confirmar o foco: avaliar necessidade de intervenção cirúrgica (recomendado que a intervenção seja a menos invasiva possível) Corioamnionite - o parto mais precoce possível, independente da idade gestacional. Via de parto é de determinação obstétrica; O parto não é indicado para fins terapêufcos se o foco infeccioso não for a gestação. Melhor momento para o parto??

14 Inclusão : SIRS + Foco infeccioso Manejo inicial SEPSE GRAVE : disfunção orgânica

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17 Protocolo de Sepse PA Meses sem admissão na UTI de paciente em choque sép>co

18 Avaliação protocolo sepse - INFECTOLOGIA 41 pacientes internadas avaliadas Local do início do protocolo PA ALA Seguimento de dois meses.

19 Classificação Reclassificação de após inclusão no protocolo 4 1 sepse 36 infeçcão não complicada não infeccioso

20 Condição obstétrica Classificação de pacientes internadas gestante puérpera não gestante

21 Focos infecciosos mais prevalentes Foco Infeccioso

22 Conclusões reduzindo mortalidade!! ü Sepse durante a gestação é um evento dramáfco! ü As alterações fisiológicas da gestação podem mascarar ou mesmo agravar o quadro. ü Reconhecimento e tratamento precoce são fundamentais tempo é crífco e a intervenção precoce reduz mortalidade e morbidade materna e fetal. Estabelecer protocolos!

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