DO TEXTO AO DISCURSO TV Aula 5 : DISCURSO. Prof.ª Me. Angélica Moriconi
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- Melissa Lancastre Galvão
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1 DO TEXTO AO DISCURSO TV Aula 5 : DISCURSO Prof.ª Me. Angélica Moriconi
2 Do texto para o discurso O texto é um elemento concreto da língua. Os discursos materializam-se através dos textos (orais ou escritos).
3 Comunicação e Intencionalidade discursiva / Funções Intrínsecas do Texto Elementos básicos da comunicação; Texto e discurso/ a intenção no discurso; As funções intrínsecas do texto.
4 Todo ato comunicativo envolve componentes essenciais: Emissor - remetente, locutor, codificador, falante; Receptor - destinatário, interlocutor, decodificador, ouvinte; Mensagem - prática social em que algo é comunicado, conteúdo transmitido pelo emissor; Intenção - objetivo, finalidade do discurso, intencionalidade; Código / linguagem - conjunto de signos usado na transmissão e recepção da mensagem (verbal, gestual, musical, visual, mista, etc);
5 Contexto - referente, momento histórico; Circunstância situação de produção (compromisso profissional, social, acadêmico, lazer, etc); Suporte canal, ambiente por onde a mensagem é veiculada ( tela de computador, livro, revista, placas, faixas, cd, etc); Recursos formas de organizar o texto (diálogo, humor, linguagem poética, etc).
6 Elementos Básicos da Comunicação Obs.: as atitudes e reações dos comunicantes são também referentes e exercem influência sobre a comunicação
7 Texto É uma unidade linguística concreta, percebida pela audição (na fala) ou pela visão (na escrita), que tem unidade de sentido e intencionalidade comunicativa.
8 Discurso Discurso é a atividade comunicativa capaz de gerar sentido, desenvolvida entre interlocutores. Texto + Contexto discursivo.
9 A Análise do Discurso Origem: Década de 60 França JEAN DUBOIS (Lexicólogo) MICHEL PÊCHEUX (Filósofo) Aglutina vários estudos: Linguísticos; Históricos; Sociais; Psicanalíticos/psicológicos.
10 ALTHUSSER Ideologia e aparelhos ideológicos do estado(1970) Releitura de Marx Ideologias: existência material
11 Relação entre a Linguística e a proposta althusseriana: A LINGUAGEM SE COLOCA COMO UMA VIA POR MEIO DA QUAL SE PODE DEPREENDER O FUNCIONAMENTO DA IDEOLOGIA.
12 O discurso Inserido num contexto sócio-histórico Significação: construída pelos coenunciadores
13 A construção de imagens no discurso Ethos: por meio da enunciação revela-se a personalidade do enuciador. Pathos: ligado à disposição do coenunciador. Logos: ligado à construção do raciocínio
14 Intencionalidade Discursiva São as intenções, explícitas ou implícitas, existentes na linguagem dos interlocutores que participam de uma situação comunicativa.
15 Língua, texto e discurso A língua é um sistema abstrato que só existe, como um todo, na mente da sociedade que dela se serve. Nenhum membro dessa sociedade, isoladamente considerado, tem o domínio completo da língua ou pode modificá-la sem o consentimento do grupo social. Esse sistema governa tudo o que é possível dizer seja porque já foi dito e aceito um dia, seja porque possa vir a ser aceito algum dia. Por exemplo, construir e desconstruir, armar e desarmar foram ditos e aceitos. Já desmorar (deixar de morar) pode vir a ser dito e aceito, pois é uma virtualidade (possibilidade) da língua portuguesa.
16 O discurso Os discursos são entidades abstratas produzidos pelos interlocutores numa dada situação e com determinadas intenções. Os diferentes discursos correspondem às diferenciadas concepções de mundo que os diversos grupos sociais possuem. Cada tipo de discurso deixa suas marcas sociais naquilo que é dito e determina a concepção de mundo que é adotada. Por exemplo, se alguém diz A mulher é inferior ao homem, produz um discurso de acordo com o pensamento de um grupo da sociedade: o dos machistas.
17 Os discursos materializam-se através dos textos (orais ou escritos). O texto é um elemento concreto da língua, produzido por um dos indivíduos do grupo social. Cada texto traz as marcas do estilo individual de quem o produziu e as marcas sociais do discurso ao qual está ligado.
18 Por exemplo, consideremos que as quatro frases a seguir sintetizem quatro textos diferentes: 1) Os brancos têm índole boa, e os negros têm índole má. 2) Pedro é um negro de alma branca. 3) Você é preto, mas é legal, cara. 4) No cômputo do valor, não se inclui a cor
19 Podemos distribuí-los entre quatro estilos diferentes: - elaborado, formal: (1) - frase-feita: (2) - gíria: (3) - elaborado, poético: (4) Já quanto às concepções que veiculam, os textos se ligam a dois discursos opostos: - racista: (1),(2) e (3) - antirracista: (4)
20 Para finalizar... A língua é um sistema abstrato e social, abrigando diferentes discursos de grupos sociais. Os discursos se materializam através dos textos produzidos pelos indivíduos da comunidade linguística.
21 Para encantar... Inclassificáveis Arnaldo Antunes que preto, que branco, que índio o quê? que branco, que índio, que preto o quê? que índio, que preto, que branco o quê? que preto branco índio o quê? branco índio preto o quê? índio preto branco o quê? aqui somos mestiços mulatos cafuzos pardos mamelucos sararás crilouros guaranisseis e judárabes orientupis orientupis ameriquítalos luso nipo caboclos orientupis orientupis iberibárbaros indo ciganagôs somos o que somos inclassificáveis não tem um, tem dois, não tem dois, tem três, não tem lei, tem leis, não tem vez, tem vezes, não tem deus, tem deuses,
22 não há sol a sós aqui somos mestiços mulatos cafuzos pardos tapuias tupinamboclos americarataís yorubárbaros. somos o que somos inclassificáveis que preto, que branco, que índio o quê? que branco, que índio, que preto o quê? que índio, que preto, que branco o quê? não tem um, tem dois, não tem dois, tem três, não tem lei, tem leis, não tem vez, tem vezes, não tem deus, tem deuses, não tem cor, tem cores, não há sol a sós egipciganos tupinamboclos yorubárbaros carataís caribocarijós orientapuias mamemulatos tropicaburés chibarrosados mesticigenados oxigenados debaixo do sol
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