Autor: Lucas Nogueira de Alcântara Orientador: Prof. Msc. Rolando José Ventura Dumas Pró-Reitoria de Graduação

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1 Autor: Lucas Nogueira de Alcântara Orientador: Prof. Msc. Rolando José Ventura Dumas Pró-Reitoria de Graduação Curso de Educação Física Trabalho de Conclusão de Curso Pró-Reitoria de Graduação Curso de Educação Física Trabalho de Conclusão de Curso Pró-Reitoria de Graduação Curso de Educação Física Trabalho de Conclusão de Curso Prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares de uma escola publica de Taguatinga/DF Autor: Lucas Nogueira de Alcântara Orientador: Prof. MSc. Rolando José Ventura Dumas Brasília - DF 2013

2 UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA Lucas Nogueira de Alcântara PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE EM CRIANÇAS E ADOLESCENTE DE UMA ESCOLA PUBLICA DE TAGUATINGA/DF Artigo apresentado ao curso de graduação em Educação Física da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Licenciado em Educação Física. Orientador: Prof. MSc. Rolando José Ventura Dumas Brasília-DF 2013

3 Artigo de autoria de Lucas Nogueira de Alcântara, intitulado PREVALÊNCIA DE SOBRE PESO E OBESIDADE EM ESCOLARES DE UMA ESCOLA PUBLICA DE TAGUATINGA/DF, apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Licenciada em Educação Física da Universidade Católica de Brasília, em 17 de Junho de 2013, defendido e aprovado pela banca examinadora abaixo assinada: Prof. MSc. Rolando Jose Ventura Dumas Orientador Educação Física - UCB Prof. MSc. Noriberto Barbosa da Silva Avaliador Educação Física UCB Brasília 2013

4 Prevalência de sobrepeso em escolares de uma escola publica de Taguatinga/DF Aluno: Lucas Nogueira de Alcântara Prof. Msc.:Rolando José Ventura Dumas. Resumo Objetivo do estudo foi avaliar a prevalência de escolares numa instituição publica na cidade satélite de Taguatinga/DF. No Centro de Ensino Fundamental 14, foi realizado no período tarde onde tínhamos 471 escolares. Para avaliar situação nutricional utilizou-se Índice de Massa Corporal (IMC), é calculado pela massa corporal (kg) e estatura (cm). Foram avaliados 171 na faixa etária de 10 a 14 anos, onde 69 eram do gênero masculino e 102 do gênero feminino, onde classificamos seu estado Nutricional, para saber se estavam abaixo do peso, peso normal, sobrepeso e obeso. O estudo mostrou que temos que nos preocupar com alimentação das crianças e tira-las do sedentarismo. Resultados: Dos 69 meninos, tivemos com sobrepeso 4,10% e com obesidade 2,34%, das 102 meninas tivemos 4,67% com sobrepeso e 1,17% com obesidade. Conclusão: O estudo mostra uma prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares de colégio público de Taguatinga/DF. E isso reforça a preocupação mundial com a obesidade infantil e suas consequências. Mas temos que fazer mais estudos de avaliações mais amplas devido aos baixos números de amostras. Palavras chaves: Obesidade, Índice de Massa Corporal, Escolares;

5 Introdução. Segundo Ministério da Saúde e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010), a prevalência de sobrepeso e a obesidade no Brasil vem crescendo a cada ano que passa mostrando que entre os indivíduos do sexo masculino e feminino entre 10 a 14 anos de idade, a frequência de excesso de peso aumentou. A obesidade é definida como a quantidade excessiva de gordura corporal apresentada por indivíduo. (bouchard, 2003) e devido a um desequilíbrio entre a energia que gasta e a energia ingerida (ORERA, 1997). E também, pode ser considerado um agrupamento de doenças crônicas e está associada à presença de morbidades como a resistência a insulina, intolerância a glicose, hipertensão, diabetes tipo 2 e câncer (MCARDLE et. al., 2003). Na infância o sobrepeso e a obesidade são considerados com uma epidemia mundial segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS,1995), e a ocorrência da obesidade na infância e adolescência favorece sua persistência na vida adulta (LAMOUNIER & ABRANTES, 2003). Para uma criança ter sobrepeso e obesidade precisa de vários fatores importantes, como a genética, estilo de vida, hábitos alimentares, psicológicos, fisiológicos e metabólicos da pessoa (ROSENBAUM & LEIBEL, 1998). Mas o que sobressai para ser obeso/sobrepeso atualmente é o estilo de vida que crianças e adolescentes têm mostrado mais interesse, como os videogames e computadores, ao invés de praticar exercícios físicos; e nos hábitos alimentares, onde preferem comer alimentos fritos e gordurosos a verduras e vegetais (SALVE,2005). O excesso de peso corporal pode ser estimado por diferentes métodos ou técnicas, como pregas cutâneas, relação cintura-quadril, ultrassom, ressonância magnética, tomografia computadorizada, medida dos níveis de potássio corporal, da creatinina e da água corpórea total, porém esses métodos são muitos caros e muito demorados e precisam de um especialista para que uma pessoa possa fazer (ZLOCHEVSKY, 1996).

6 A OMS indica a antropometria, especialmente o Índice de Massa Corporal (IMC), devido a sua simplicidade de obtenção, baixo custo e correlação com a gordura corporal, principalmente para estudos epidemiológicos (FRANKENFIELD, et. al. 2001). No entanto, estudos de Ricardo & Araújo (2003), têm questionados seus usos com propósitos de diagnosticar a gordura corporal em diferentes faixas-etárias. E com tudo isso, o estudo presente tem como objetivo verificar prevalência de Sobrepeso e Obesidade de escolares.. Materiais e Métodos O estudo foi realizado no Centro de Ensino Fundamental 14, uma escola da rede pública da Regional de Ensino de uma cidade satélite de Taguatinga/DF. A escola compreendia com 471 alunos no turno vespertino, com faixa etária entre 10 a 15 anos, e foi requerida uma autorização do Termo de consentimento livre esclarecido e assinado pelos pais ou responsáveis. E o estudo contou com 171 escolares, com a faixa etária de 10 as 14 anos, contando com 69 meninos e 102 meninas. As medidas antropométricas foram realizadas no turno vespertino, nas aulas de Educação Física, e os dados foram coletados pelo autor. As medidas antropométricas de massa corporal (cm) e estatura (m) forma medidas conforme procedimentos descritos por Duarte (2007). Foi utilizada uma balança portátil digital da marca TechLine com capacidade de até 150Kg. Utilizou-se fita métrica para mediar à estatura. Para avaliar a situação nutricional desses indivíduos, utilizou-se a classificação do índice de massa corporal (IMC) para idade de acordo com gênero, é calculado pelo formula Massa corporal/estatura², sendo massa corporal expressa em (kg) e a estatura em centímetros (cm). (VITOLO,2003)

7 Para a classificação nutricional utilizamos esses dados que estão contidos na TABELA 1( WHO,1995).. Sexo Masculino Idade Desnutrido Normal Sobrepeso Obesidade 10 <14,42 14,42-19,60 19,60-22,60 >22,60 11 <14,83 14,83-20,35 20,35-23,70 >23,70 12 <15,24 15,24-21,12 21,12-24,89 >24,89 13 <15,73 15,73-21,93 21,93-25,93 >25,93 14 <16,18 16,18-22,77 22,77-26,93 >26,93 Sexo Feminino Idade Desnutrido Normal Sobrepeso Obesidade 10 <14,23 14,23-20,19 20,19-23,20 >23,20 11 <14,60 14,60-21,18 21,18-24,59 >24,59 12 <14,98 14,98-22,17 22,17-25,95 >25,95 13 <15,36 15,36-23,08 23,08-27,07 >27,07 14 <15,67 15,67-23,88 23,88-27,97 >27,97 Fonte: WHO; Physical status: use and interpretation of anthropometry. Report of a WHO Expert Committee. WHO Technical report series, 854. Geneva, Foi utilizado para analise estatística o calculo da media (X), desvio padrão (dp) e percentual (%). Os dados foram analisados através do programa SPPS ( SPPS Inc.) Resultados Foram avaliados 171 escolares, sendo gênero feminino 59,64%(n=102) e 40,36%(n=69) do gênero masculino. Tabela 2- Distribuição da amostra dos escolares do centro de ensino fundamental 14, por idade e sexo. Idade Meninos Meninas Total (ANOS) N (%) N (%) N (%) ,43% 11 06,43% 22 12,86% ,70% 41 23,98% 61 35,68% ,20% 27 15,79% 53 30,99% ,09% 20 11,70% 27 15,79% ,34% 03 01,75% 07 04,09% Total 69 40,36% ,64% %

8 A tabela 3 apresenta os escolares com sobrepeso, onde se pode observar uma prevalência de sobrepeso com 8,77% no total, sendo: 04,10% masculino e 4,67% feminino. Onde tivemos um maior percentual nos escolares de 11 anos com 02,94%. Tabela 3 Frequência de escolares com sobrepeso. Idade Meninos Meninas Total (ANOS) N (%) N (%) N (%) ,58% 02 01,17% 3 01,75% ,75% 02 01,17% 5 02,92% ,17% 02 01,17% 4 02,34% ,58% 02 01,17% 3 01,75% ,00% 00 00,00% 0 00,00% Total 07 04,10% 08 04,67% 15 08,77% No levantamento apresentado na tabela 4 observamos que houve incidência de obesidade nos meninos de 12 e 13 anos e nas meninas de 11 anos, onde tivemos a mesma prevalência para essas idades com 01,17%. Mas separando em sexo tivemos um maior índice de prevalência de obesidade em meninos com 02,34%, sendo que nas meninas, apresentou um percentual de 1,17%. E no total tivemos 3,51% de escolares obesos. Tabela 4 Frequência de escolares com obesidade. Idade Meninos Meninas Total (ANOS) N (%) N (%) N (%) ,00% 00 00,00% 00 00,00% ,00% 02 01,17% 02 01,17% ,17% 00 00,00% 02 01,17% ,17% 00 00,00% 02 01,17% ,00% 00 00,00% 00 00,00% Total 4 2,34% 2 1,17% 6 3,51%

9 Discussão Os dados mostram que temos mais prevalência de sobrepeso com 8,77%, do que relação à obesidade com 3,51%, comparando com um estudo de Balaban et. al. (2001), onde o estudo faz a comparação de uma escola com baixa renda e outra com uma renda mais elevada, mostra uma proximidade em relação a colégio publico, onde a prevalência de sobrepeso chegou 8,7% e de obesidade a 4,4%. E comparando com a escola particular mostra uma prevalência muita superior ao estudo, sendo que no sobrepeso o percentil chega 34,3% e a obesidade 15,1%, mostrando uma diferença muito superior ao estudo. Comparando o estudo com os dos Giugliano e Carneiro (2004), realizado em Taguatinga/DF, próximo de onde foi feito o estudo, mas em uma escola privada mostra uma prevalência de sobrepeso e obesidade em meninas de 21,1% e de meninos 22,9%, onde mostra uma grande diferença em relação ao estudo onde meninos foram 6,34% e as meninas 5,84%. O estudo de Sotelo (2004) realizado em uma escola publica mostra uma prevalência de sobrepeso muito próximo ao estudo, já em relação à obesidade o presente estudo mostrou uma porcentagem alta em relação a minha prevalência. Conclusão O estudo mostra uma prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares de colégio público de Taguatinga/DF. E isso reforça a preocupação mundial com a obesidade infantil e suas consequências. Mas temos que fazer mais estudos e avaliações mais amplas devido aos baixos números de amostras.

10 Referências ARAÚJO, E. D. S.; PETROSKI, E.L. Estado nutricional e adiposidade de escolares de diferentes cidades brasileiras. Revista da Educação física/uem. Vol.13, No 2, BOUCHARD, C. Atividade física e obesidade. Barueri: Manole, BALABAN, GENI Prevalencia de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes de uma escola da rede privada de recife. Jornal de Pediatria, Recife, p DUARTE A. C. G. Avaliação Nutricional: Apesctos Clinicos e Laboratorias. São Paulo Editora Atheneu, FRAKENFIELD D.C.; ROWE W.A; COONEY R.N.; SMITH S.J.; BECKER D.; Limits of body mass index to detect obesity and predict body composition. Nutrition 2001; 17: GIUGLIANO, R.; CARNEIRO, E. C.; Fatores associados à obesidade em escolares. Jornal de pediatria, v.80, n.2, p ,2004. GARCIA,G.C.B.;GAMBARDELLA,A.M.D.;FRUTUOSO,M.F.P. Estado nutricional e consumo alimentar de adolescentes de um centro de juventude da cidade de São Paulo. Revista Nutrição. V. 16. N.1, março Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa sobre a Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico 2009(VIGITEL) e a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF). MINISTERIO DA SAUDE, Brasil, KUCZMARSKI R.J.; FLEGAL K.M.; Criteria for definition of overweight in transition: background and recommendations for the United States. American Journal Of Clinical Nutrition, v. 72, n. p.p , LAMOUNIER, J. A.; ABRANTES, M.M. Prevalência de obesidade e sobrepeso na adolescência no Brasil. Revista Médica de Minas Gerais, Belo Horizonte, v.13, n. 4, p , MCARDLE, W. D; KATCH, F.I; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. 5. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, ORERA M. Aspectos genéticos de la obesidade. In: Moreno B, Monereo S, Álvarez J.Obesidad: presente y futuro. Madrid: Biblioteca Aula Médica; P OLIVEIRA, C. L.; FISBERG, M. Obesidade na infância e adolescência: uma verdadeira epidemia. Arq. Bras. Endocrinol. Metab. v. 47, n.2, p , OMS (Organização Mundial de Saúde). Necessidades de energia e de proteínas. Série de informes técnicos. Ginebra: Suiza, 1985; 724

11 PIETROBELLI, A. et al. Body mass index as a measure of adiposity among children and adolescents: A validation study. J. Pediatr., v.132, p RICARDO D.R; ARAUJO C.G.S; Índice de massa corporal: um questionamento baseado em evidências. Arq Bras Cardiol 2002;79:61-9. ROSENBAUM M.; LEIBEL R.L; The physiology of body weight regulation: relevance to the etiology of obesity in children. Pediatrics 1998;101(3): SALVE M. G., Estudo Sobrepeso Corporal e Obesidade. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Nº 89, SOTELO, Y. O. M Prevalência de sobrepeso e obesidade entre escolares da rede publica segundo três critérios de diagnostico antropométrico. Caderno de Saúde Pública. Rio de janeiro, v.20n. 4 p , ZLOCHVSKY, E.R.M;. Obesidade na infância e adolescência. Rev Paul Ped 1996; 14: VITOLO, M. R;. Nutrição: da gestação á adolescência. Rio de Janeiro: reichmann & Affonso editores,2003. WHO; Physical status: use and interpretation of anthropometry. Report of a WHO Expert Committee. WHO Technical report series, 854. Geneva, 1995.

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