A carência é o número mínimo de contribuições mensais necessário a fruição de determinados benefícios.

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Maria dos Santos Pinhal
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1 15/12/2018 Direito Previdenciário Professora Marcelo Tavares Aula 29 Carência no Regime Geral de Previdência Social Resumo Tenha em mãos: Lei 8.213/91 A carência é o número mínimo de contribuições mensais necessário a fruição de determinados benefícios. Como não há na legislação uma definição exata do termo tempo de contribuição utiliza-se a definição de tempo de serviço que engloba situações em que apesar de não terem havido contribuições efetivamente, são computadas como tempo de contribuição, conforme disposto no Art. 55: Art. 55. O tempo de serviço será comprovado na forma estabelecida no Regulamento, compreendendo, além do correspondente às atividades de qualquer das categorias de segurados de que trata o art. 11 desta Lei, mesmo que anterior à perda da qualidade de segurado: I - o tempo de serviço militar, inclusive o voluntário, e o previsto no 1º do art. 143 da Constituição Federal, ainda que anterior à filiação ao Regime Geral de Previdência Social, desde que não tenha sido contado para inatividade remunerada nas Forças Armadas ou aposentadoria no serviço público; II - o tempo intercalado em que esteve em gozo de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez; III - o tempo de contribuição efetuado como segurado facultativo, desde que antes da vigência desta lei; III - o tempo de contribuição efetuada como segurado facultativo; 1995) (Redação dada pela Lei nº 9.032, de IV - o tempo de serviço referente ao exercício de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não tenha sido contado para a inatividade remunerada nas Forças Armadas ou aposentadoria no serviço público; IV - o tempo de serviço referente ao exercício de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não tenha sido contado para efeito de aposentadoria por outro regime de previdência social; (Redação dada pela Lei nº 9.506, de 1997) 1

2 V - o tempo de contribuição efetuado por segurado depois de ter deixado de exercer atividade remunerada que o enquadrava no art. 11 desta Lei; VI - o tempo de contribuição efetuado com base nos artigos 8º e 9º da Lei nº 8.162, de 8 de janeiro de 1991, pelo segurado definido no artigo 11, inciso I, alínea "g", desta Lei, sendo tais contribuições computadas para efeito de carência. (Incluído pela Lei nº 8.647, de 1993) 1º A averbação de tempo de serviço durante o qual o exercício da atividade não determinava filiação obrigatória ao anterior Regime de Previdência Social Urbana só será admitida mediante o recolhimento das contribuições correspondentes, conforme dispuser o Regulamento, observado o disposto no 2º. (Vide Lei nº 8.212, de 1991) 2º O tempo de serviço do segurado trabalhador rural, anterior à data de início de vigência desta Lei, será computado independentemente do recolhimento das contribuições a ele correspondentes, exceto para efeito de carência, conforme dispuser o Regulamento. 3º A comprovação do tempo de serviço para os efeitos desta Lei, inclusive mediante justificação administrativa ou judicial, conforme o disposto no art. 108, só produzirá efeito quando baseada em início de prova material, não sendo admitida prova exclusivamente testemunhal, salvo na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito, conforme disposto no Regulamento. 4o Não será computado como tempo de contribuição, para efeito de concessão do benefício de que trata esta subseção, o período em que o segurado contribuinte individual ou facultativo tiver contribuído na forma do 2o do art. 21 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, salvo se tiver complementado as contribuições na forma do 3o do mesmo artigo. (Incluído pela Lei Complementar nº 123, de 2006). Em princípio, para computo da carência, deve haver a efetiva contribuição, diferentemente do tempo de serviço, conforme visto acima. Existem situações em que, caso as contribuições não tenham sido realizadas, o período contará mesmo assim para o computo da carência. É o caso do contribuinte empregado. Ele não tem a responsabilidade de recolher a contribuição previdenciária e sim o seu empregador, porém, se por algum motivo não houve o respectivo recolhimento, o empregado não poderá ser responsabilizado visto que não é ele quem faz a contribuição diretamente. Caso seja o contribuinte responsável pelo recolhimento, como o contribuinte individual, este período somente será computado se houver o recolhimento Prestações que exigem carência: 12 meses: auxílio doença e aposentadoria por invalidez o Exceção Art. 26 Acidente de qualquer natureza 2

3 Doença profissional Doença do trabalho E outras doenças especificadas na legislação (art. 151) 180 meses: Aposentadorias por idade, por tempo de contribuição e especial 10 meses: Salário maternidade (Contribuinte Individual e Segurada Facultativa) Prestações que não exigem carência: Salário família Salário maternidade para empregada, empregada doméstica e trabalhadora avulsa Pensão por morte Auxílio reclusão Auxilio acidente Serviços social e habilitação e reabilitação profissional Computo da carência para o segurado especial Para estes casos, a lei prevê que o tempo de trabalho e não de efetivo recolhimento é o suficiente para o computo da carência. Assim, o trabalho, mesmo que de forma não continua, pelo mesmo prazo da carência. Lei /2003 Esta lei, em seu art. 3º, entende-se que para a aposentadoria por idade, a perda da qualidade de segurado não importa para a concessão do benefício. Tal entendimento, estende-se a aposentadoria especial. Lei /2017 alterou a Lei 8.213/91 Introduziu o art. 27-A que trouxe o entendimento que se a pessoa perder a qualidade de segurado e depois filia-se novamente, o período de carência para acesso ao auxilio doença, aposentadoria por invalidez e salario maternidade (Contribuinte individual e Contribuinte Facultativa) 3

4 Exercícios 1. (FCC Procurador Geral do Estado PGE-AP 2018) Conforme a Lei no 8.213/1991, a concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende do seguinte período de carência: a) 12 contribuições mensais para auxílio reclusão. b) 18 contribuições mensais para salário-maternidade de trabalhadora avulsa. c) 180 contribuições mensais para aposentadoria especial. d) 12 contribuições mensais para pensão por morte. e) 120 contribuições mensais para auxílio acidente. 2. (CESPE Analista. Judiciário STJ 2018) A respeito do regime geral da previdência social e do custeio da seguridade social, julgue o item que se segue, considerando a jurisprudência dos tribunais superiores: O segurado especial terá direito a aposentadoria por idade com requisito diferenciado, desde que comprove o exercício da atividade rural por tempo igual ao número de meses exigidos para a carência do benefício a) Certo b) Errado 3. (IBADE - Técnico em Tecnologia da Informação - Iperon/RJ 2017) Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus a um determinado benefício previdenciário. De acordo com a lei, o benefício que independe de carência é: a) aposentadoria por tempo de serviço. b) salário maternidade. c) aposentadoria por idade. d) auxílio-reclusão. e) aposentadoria especial. 4

5 Gabarito 1) Letra C 2) Letra A 3) Letra D 5

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