Stresse ocupacional em profissionais de saúde: Um estudo comparativo entre médicos e enfermeiros a exercerem em contexto hospitalar

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1 1494 Stresse ocupacioal em profissioais de saúde: Um estudo comparativo etre médicos e efermeiros a exercerem em cotexto hospitalar Leadro Ribeiro1; A. Rui Gomes2 & Maria Silva2 (1) Escola de Ciêcias da Saúde. Uiversidade do Miho, Portugal; (2) Escola de Psicologia. Uiversidade do Miho, Portugal Este trabalho aalisa a experiêcia de stresse, burout, saúde metal e satisfação/realização em efermeiros (=73) e médicos (=68) a exercerem em cotexto hospitalar. Foram avaliadas as seguites dimesões: fotes de stresse, burout, saúde metal e satisfação/realização profissioal, uma metodologia trasversal. Três aspectos devem ser realçados: i) os médicos experieciaram meores íveis de stresse e maiores íveis de satisfação e realização pessoal e profissioal; ii) os íveis de burout foram semelhates etre os grupos (exaustão emocioal com 12% os médicos e 9.8% os efermeiros; despersoalização com 3% os médicos e 1.4% os efermeiros e baixa realização pessoal com 1.5% os médicos e 2.8% os efermeiros) e iii) os íveis moderados de saúde metal caracterizaram ambas as amostras, embora com algumas difereças (61.6% de íveis moderados os médicos e 71.4% os efermeiros). No fial, são discutidas algumas implicações práticas dos resultados ecotrados. Palavras-chave: Stresse ocupacioal; Burout ; Satisfação; Saúde. 1. INTRODUÇÃO O trabalho assume uma importâcia fudametal a vida de um idivíduo. Para além de ocupar cerca de 1/3 da sua existêcia, a actividade profissioal costitui um igrediete essecial da idetidade da pessoa. Neste setido, os últimos aos tem-se dado uma importâcia crescete ao impacto do trabalho a saúde física e metal, sedo evidete que este em sempre possibilita o crescimeto e desevolvimeto humao. Pelo cotrário, algus custos têm vido a ser refereciados, omeadamete os problemas de isatisfação e realização, o desiteresse e a desmotivação, a exaustão emocioal e física que, o seu cojuto, podem coduzir a problemas ao ível idividual e istitucioal. Neste último caso, podem ser apotados como exemplos, a meor qualidade dos serviços prestados, a redução dos íveis de produção, o absetismo e a dimiuição progressiva dos lucros, e tudo isto um ambiete laboral em que cada vez mais se valorizam os valores ecoómicos face aos humaos (Lima et al., 2007; Pereira & Maria, 2002). Actas do VII Simpósio Nacioal de Ivestigação em Psicologia Uiversidade do Miho, Portugal, 4 a 6 de Fevereiro de 2010

2 1495 Ao ível dos cotextos de saúde, assiste-se a um crescedo de profissioais em sofrimeto, estado este problema muitas vezes relacioado com a profissão. De facto, os íveis de mal-estar têm aumetado as últimas décadas, acarretado custos pessoais, orgaizacioais e para os próprios doetes, devido à meor qualidade dos cuidados prestados (Frasquilho, 2005a,b). Apesar destes dados, as ivestigações sobre o stresse profissioal em médicos portugueses são limitados, embora algus estudos teham vido a demostrar o impacto desta actividade os íveis de saúde e burout (esgotameto) (Lio, 2002; McGray, Croholm, Boger, Gallo, & Neill, 2008; Thomas, 2004; Trigo, Teg, & Hallak, 2007). Neste mesmo setido, também tem sido demostrado que os efermeiros ão estão isetos às cosequêcias do stresse ocupacioal. O exercício da sua profissão ocorre, frequetemete, em ambiete hospitalar, ode se exige um maior evolvimeto com o paciete iterado, cabedo, ao pessoal de efermagem a fução de lhe proporcioar o coforto ecessário à sua recuperação. Desta forma, este profissioal está em cotacto permaete com o sofrimeto, a dor, o desespero, a irritabilidade e demais reacções que podem surgir os pacietes em razão da situação em que se ecotram (Cavalheiro, Moura Juior, & Lopes, 2008). Por isso, ão é de estrahar que a efermagem teha sido classificada pela Health Educatio Authority como a quarta profissão mais stressate do sector público (Murofuse, Abraches, & Napoleão, 2005). De facto, são vários os aspectos ameaçadores do meio ambiete ocupacioal do efermeiro, dos quais se destacam o úmero reduzido de profissioais em relação à carga de trabalho, a ambiguidade de papéis e a falta de recohecimeto social. Além disso, a precariedade dos cotratos e os baixos salários, que levam ao acúmulo de mais do que um turo, agravam a situação, resultado uma carga horária extremamete desgastate (Gomes, Cruz, & Cabaelas, 2009). Por isso, ão é de admirar que a prevalêcia do burout em efermeiros se situe a faixa dos 50% (Hirohisa et al., 2006; Imai, Nakao, Tsuchiya, Kuroda, & Katoh, 2004; Koivolla, Pauoe, & Laippala, 2000; Satos, Alves, & Rodrigues, 2009). Tedo por base estes idicadores, este trabalho procurou aalisar a experiecia laboral de um grupo de profissioais de saúde do sector médico e da efermagem. Mais cocretamete, procurou-se atigir os seguites objectivos: Actas do VII Simpósio Nacioal de Ivestigação em Psicologia Uiversidade do Miho, Portugal, 4 a 6 de Fevereiro de 2010

3 1496 i) Determiar os factores de stresse a actividade profissioal, a prevalêcia de burout, os íveis de satisfação/realização pessoal e profissioal, e os ídices de saúde metal; ii) Aalisar as difereças estas dimesões psicológicas em fução de algumas características demográficas e profissioais dos participates em estudo. 2. MÉTODO 2.1 Participates Foi seleccioada uma amostra por coveiêcia de médicos e efermeiros para este estudo. No total, participaram 68 médicos e 73 efermeiros. A Tabela 1 apreseta as pricipais características profissioais e pessoais dos participates. Tabela 1 Características pessoais e profissioais da amostra (N=141) Médicos =68 % Variável Femiio Masculio Sim Não Sim Não Hospital Acumulação Sexo Hobby Prática de EF Local trabalho Trabalho por turos Situação cotratual Categoria profissioal (médicos) Categoria Profissioal (efermeiros) Especialidade/serviço Idade Sim Não Quadro/efectivo Precário/termo Prestação de serviços Itero de Formação específica Assistete Hospitalar Assistete Hospitalar Graduado Chefe de Serviço Efermeiro Efermeiro Graduado Efermeiro Especialista Efermeiro Chefe Pediatria Medicia Itera Cirurgia Geral Giecologia e Obstetrícia Médicos Mí. Máx. 37 (9.70) Efermeiros =73 % Efermeiros Mí. 33 (9.10) Actas do VII Simpósio Nacioal de Ivestigação em Psicologia Uiversidade do Miho, Portugal, 4 a 6 de Fevereiro de Máx. 59

4 Istrumetos Foram admiistrados a todos os profissioais um cojuto de istrumetos destiados a obter iformações acerca das variáveis em aálise esta ivestigação. Os istrumetos foram submetidos a uma aálise da cosistêcia itera o setido de testar os valores de alpha de cada uma das subescalas propostas, sedo os valores apresetados após a descrição de cada uma das dimesões. Questioário demográfico. Este istrumeto para além de obter iformação acerca do sexo, idade, estado civil e úmero de filhos, recolheu dados relativos à formação académica, às características e codições gerais de trabalho e preseça de hobbys ou prática de exercício físico; Questioário de Stresse os Profissioais de Saúde (QSPS) (Gomes, Cruz, & Cabaelas, 2009). Esta escala pretede avaliar as poteciais fotes de stresse o exercício da actividade laboral de profissioais da área da saúde (idepedetemete do cotexto, área e/ou domíio de actividade). O questioário compreede duas partes distitas. Numa fase iicial, é proposto aos profissioais a avaliação do ível global de stresse que experieciam a sua actividade, através de um úico item (0=Nehum stresse; 4=Elevado stresse). Na seguda secção, são idicados 24 ites relativos às poteciais fotes de stresse associadas à actividade profissioal. Os ites distribuem-se por seis dimesões, sedo respodidos uma escala tipo likert de quatro potos (0=Nehum stresse; 4=Muito stresse): i) lidar com clietes (α=.81); ii) relações profissioais (α=.87); iii) excesso de trabalho (α=.82); iv) carreira e remueração (α=.88); v) acções de formação (α=.82); e vi) problemas familiares (α=.51. Devido a este valor, esta subescala ão foi cosiderada este estudo). A potuação foi obtida através da soma dos ites de cada dimesão dividido-se depois os valores ecotrados pelo total de ites da subescala. Assim sedo, valores mais elevados sigificam maior percepção de stresse em cada um dos domíios avaliados; Ivetário de Burout de Malach - Prestadores de Serviços Humaos (IBMPSH) (Maslach & Jackso, 1986, 1996; Melo, Gomes, & Cruz, 1999). Trata-se de um istrumeto de auto-registo com 22 ites acerca dos setimetos relacioados com o trabalho, distribuido-se por três dimesões: i) exaustão emocioal (α=.88); ii) despersoalização (α=.71) e iii) realização pessoal (α=.75). A frequêcia com que cada setimeto ocorre as três áreas é avaliada uma escala tipo likert de sete potos (0=Nuca; 6=Todos os dias). Relativamete aos íveis de burout as três dimesões, foram adoptadas, para efeitos do presete trabalho, as sugestões de Shirom (1989). Actas do VII Simpósio Nacioal de Ivestigação em Psicologia Uiversidade do Miho, Portugal, 4 a 6 de Fevereiro de 2010

5 1498 Assim, cosideraram-se os seguites potos de corte para se para calcularem os valores problemáticos em cada uma das facetas da escala: frequêcia uma vez por semaa a escala likert para as dimesões de exaustão emocioal e despersoalização e uma vez por mês para a dimesão de realização pessoal (recorde-se que esta dimesão deve ser iterpretada em setido iverso das ateriores, sigificado os valores reduzidos uma meor realização pessoal). O valor fial de cada dimesão foi calculado através da soma dos ites de cada subescala, dividido-se, posteriormete pelo úmero de ites; Escala de Satisfação e Realização (ESR) (Gomes, Melo, & Cruz, 2000). A escala é composta por sete questões acerca da carreira e satisfação profissioal. A primeira questão avaliou a votade em optar pela mesma via de esio se os profissioais tivessem uma ova oportuidade de escolher um curso superior (resposta uma escala de 1=sim, 2=ão e 3=ão sei ). As questões dois a sete avaliaram o ível de satisfação e realização profissioal e pessoal actual. Estas últimas seis questões foram apresetadas uma escala tipo likert de seis potos (1=Muito baixo; 6=Muito alto). Para efeitos do presete estudo foi calculado um valor global de satisfação e realização pessoal e profissioal (soma dos valores das questões dois a sete e divisão pelo úmero de ites) (α=.81); Ivetário de Saúde Metal (ISM) (Ribeiro, 2001). Este istrumeto aalisa idicadores psicológicos de humor e de asiedade e a perda de cotrolo sobre os setimetos, pesametos e comportametos. Neste trabalho, foi utilizada a sua versão reduzida, com cico ites (α=.88). Estas questões foram apresetadas uma escala tipo likert de seis potos (1=sempre; 6=Nuca). Para o cálculo do valor fial, foi somada a potuação de cada item, e posteriormete dividida pelo seu úmero total. Assim, quato maior a potuação, maiores os íveis de saúde metal. 2.3 Procedimeto A ivestigação iiciou-se com o pedido de autorização ao Presidete do Coselho de Admiistração da istituição hospitalar, tedo-se exposto os objectivos e os procedimetos a levar a cabo a recolha, tratameto e divulgação dos dados. Após a obteção do cosetimeto, foram cotactados os Chefes de Serviço de cada local de trabalho. Combiado o mometo para o iício da recolha de dados, distribuiu-se o protocolo de avaliação. No setido de garatir a cofidecialidade e o aoimato dos dados, foi forecido a todos os iquiridos um evelope o qual itroduziam o questioário preechido, que deveria ser posteriormete colocado uma caixa Actas do VII Simpósio Nacioal de Ivestigação em Psicologia Uiversidade do Miho, Portugal, 4 a 6 de Fevereiro de 2010

6 1499 previamete depositada o serviço para o efeito. A abertura da caixa e dos evelopes cotedo os questioários recebidos, foi sempre da exclusiva resposabilidade dos ivestigadores deste estudo. A taxa global de resposta foi de 49% os médicos de 41% os efermeiros. 3. RESULTADOS Após a recolha dos dados, estes foram processados o programa de estatística SPSS (Statistical Package for the Social Scieces), versão 17.0 para o Widows. Os resultados obtidos foram aalisados com base em vários procedimetos que serão explicados de seguida Estatísticas descritivas das pricipais variáveis em estudo Começado pelos íveis globais de stresse, 45.7% dos médicos referiram íveis moderados e 45.7% assumiram íveis elevados. Nos efermeiros, a maioria evideciou íveis moderados (63%) e 18.5% apresetou valores elevados. No que se refere aos factores de stresse (subescalas do QSPS), efectuámos uma aálise dos profissioais que apresetaram valores extremos a escala likert, dadoos assim uma idicação da percetagem de médicos e efermeiros para quem cada uma das dimesões foi avaliada como altamete stressate. Como se poderá verificar a Tabela 2, lidar com clietes costituiu o pricipal problema refereciado pelos médicos, equato que para os efermeiros foi o excesso de trabalho. Tabela 2 Valores percetuais de elevado stresse as dimesões do QSPS Factor de stresse Médicos Efermeiros % % QSPS - Lidar com clietes QSPS - Relações profissioais QSPS - Excesso de trabalho QSPS - Carreira e remueração QSPS - Acções de formação No que se refere aos íveis de burout, os valores ecotrados por subescala foram os seguites: i) 12% de exaustão emocioal os médicos e 9.8% os efermeiros; ii) 3% de despersoalização os médicos e 1.4% os efermeiros e iii) 1.5% de baixa Actas do VII Simpósio Nacioal de Ivestigação em Psicologia Uiversidade do Miho, Portugal, 4 a 6 de Fevereiro de 2010

7 1500 realização pessoal os médicos e 2.8% os efermeiros. O feómeo de burout pleo (i.e. três dimesões simultâeas) ão esteve presete em ehum dos profissioais. Relativamete aos íveis de satisfação e realização pessoal e profissioal, dois aspectos merecem destaque. Desde logo, a maioria dos profissioais (75.8% de médicos e 56.9% de efermeiros) voltariam a escolher a mesma profissão, equato 6.5% dos médicos e 18.5% dos efermeiros ão o fariam (17.7% dos médicos e 24.6% dos efermeiros maifestaram dúvidas sobre o que voltariam a fazer). Em segudo lugar, os íveis globais de satisfação e realização pessoal e profissioal foram os seguites: i) 1.5% de médicos e 14.3% de efermeiros com baixa satisfação e realização; ii) 71.2% de médicos e 62.8% de efermeiros com moderada satisfação e realização; e iii) 27.3% de médicos e 22.9% de efermeiros com elevada satisfação e realização. No que cocere aos íveis de saúde metal, os resultados foram os seguites: i) 9.1% dos médicos e 2.8% dos efermeiros com baixos ídices de saúde metal; ii) 61.6% dos médicos e 71.4% dos efermeiros com ídices moderados; e iii) 29.3% dos médicos e 25.8% dos efermeiros com ídices elevados 3.2. Aálise comparativa da experiêcia de stresse ocupacioal etre médicos e efermeiros Numa aálise comparativa etre os dois grupos profissioais, a Tabela 3 idicaos as dimesões com valores sigificativos ( t-test para amostras idepedetes). Em termos gerais, a classe médica revelou maiores íveis de satisfação/realização pessoal/profissioal e uma meor experiêcia de stresse. Tabela 3 Difereças sigificativas as variáveis avaliadas em fução da actividade profissioal MÉDICOS VARIÁVEL QSPS - Lidar com clietes QSPS - Relações profissioais QSPS - Excesso de trabalho QSPS - Carreira e remueração QSPS - Acções de formação ESR - Satisfação/Realização (.93) 2.01 (.92) 2.40 (.88) 1.47 (.96) 1.91 (.92) 4.38 (.77) ENFERMEIROS (.67) 2.40 (.92) 2.73 (.71) 2.38 (.85) 2.47 (.88) 4.06 (1.01) p <.05*; *** p <.001 Actas do VII Simpósio Nacioal de Ivestigação em Psicologia Uiversidade do Miho, Portugal, 4 a 6 de Fevereiro de 2010 t (g.l.) -2.95* (121.12) -2.47* (136) -2.44* (138) -5.91*** (138) -3.73*** (138) 2.05* (134)

8 Aálise comparativa da experiêcia de stresse ocupacioal etre diferetes grupos de médicos e efermeiros O objectivo desta aálise foi observar evetuais difereças a experiêcia profissioal em ambos os grupos profissioais, tedo em cosideração algumas variáveis pricipais ao ível pessoal e profissioal. Assim, cosoate o úmero de subgrupos em comparação, aplicaram-se t-test para amostras idepedetes ou aálises de variâcia Oe-way (ANOVA), seguidas de comparações pos-hoc com o teste de Sheffé. Começado pelo grupo dos médicos, a Tabela 4 assiala as difereças sigificativas ecotradas. De um modo geral, verificou-se que: i) os médicos evideciaram um ível de saúde metal superior relativamete às colegas do sexo femiio; ii) os médicos que trabalhavam em exclusividade apresetaram maior stresse relacioado com carreira e remueração ; iii) os que praticam EF queixaram-se meos quato ao excesso de trabalho ; iv) os íveis de despersoalização foram superiores os profissioais de medicia itera relativamete aos de especialidades de giecologia/obstetrícia; v) os assistetes hospitalares experieciaram um maior stresse relacioado com a carreira e remueração do que os iteros complemetares e os assistetes hospitalares graduados. Paralelamete, ecotraram-se difereças este último agrupameto os íveis de despersoalização. No etato, o teste de pos-hoc de Sheffé ão revelou difereças estatisticamete sigificativas sedo, cotudo, de supor, pelos valores médios, que os assistetes hospitalares apresetem maior despersoalização que os outros grupos (pricipalmete relativamete aos assistetes hospitalares gradudos). Actas do VII Simpósio Nacioal de Ivestigação em Psicologia Uiversidade do Miho, Portugal, 4 a 6 de Fevereiro de 2010

9 1502 Tabela 4 Difereças sigificativas as variáveis avaliadas em fução das características pessoais e profissioais dos médicos Femiio VARIÁVEL ISM - Saúde Metal 44 QSPS - Carreira e remueração (1.02) Hospital 1.29 (.97) QSPS - Excesso de trabalho -2.07* (66) Não Pratica EF t (g.l.) 41 Pediatria MBI-PSH - Despersoaliza. 2.42* (63) t (g.l.) 2.19 (.80) (.92) Med. Itera Cirurg. Geral 2.59* (65) Giec./Obstet. F (g.l.) (.87) (1.30) (1.06) (.63) Itero Complemetar QSPS - Carreira e remueração MBI-PSH Despersoalização * p <.05;**p<.01; (.69) Acumulação (.87) Pratica EF t (g.l.) Masculio Assistete Hospitalar Assist. Hospit. Graduado (.84) 1.55 (1.11) (.95) 1.60 (1.23) (.85).68 (.34) 3.82* (66) F (g.l.) 6.32** (59) 3.42* (58) No que se refere ao grupo profissioal de efermagem, a Tabela 5 apreseta os resultados comparativos com sigificâcia estatística. Em termos gerais, verificou-se que: i) os que trabalhavam em regime de exclusividade evideciaram maior stresse relacioado com as acções de formação ; ii) os que assumiram a prática de exercício físico evideciaram maior realização/satisfação profissioal/pessoal; iii) os profissioais com cotratos de trabalho a termo apresetaram maior exaustão emocioal e despersoalização; iv) os efermeiros especialistas apresetaram meor stresse relacioado com a carreira e remueração, meores íveis de exaustão emocioal e, iversamete, maiores íveis de satisfação/realização pessoal/profissioal do que os outros dois grupos profissioais. Actas do VII Simpósio Nacioal de Ivestigação em Psicologia Uiversidade do Miho, Portugal, 4 a 6 de Fevereiro de 2010

10 1503 Tabela 5 Difereças sigificativas as variáveis avaliadas em fução das características pessoais e profissioais dos efermeiros VARIÁVEL Hospital 60 QSPS - Acções de formação ESR - Total (.86) Pratica EF (.73) 2.00 (.82) Não pratica EF 40 Quadro/Efectivo MBI-PSH Exaustão emocioal MBI-PSH - Despersoalização t (g.l.) Acumulação 3.79 (1.11) Precário/Termo (1.19).73 (.79) (1.18) 1.26 (.88) Efermeiro 41 QSPS- Carreira e remueração MBI-PSH Exaustão emocioal ESR - Total * p <.05;**p<.01;***p< (.80) 2.39 (1.24) 3.77 (.92) Efermeiro Graduado (.76) 2.10 (1.19) 4.01 (1.02) Efermeiro Especialista (1.09).96 (.69) 5.15 (.52) 2.20* (70) t (g.l.) -2.60* (66.53) t (g.l.) -2.22* (67) -2.46* (67) F (g.l.) 3.55 (69)* 6.09 (69)** 9.30 (67)*** 4. DISCUSSÃO A experiêcia de stresse e burout tem sido apotada como uma das áreas de impacto egativo o bem-estar físico e metal dos profissioais de saúde. Apesar disso, aida faltam estudos que idiquem melhor o impacto destas variáveis e que esclareçam quais os factores pessoais e profissioais explicativos das difereças o processo de gestão das adversidades e dos desafios laborais. É este pressuposto que este trabalho se equadra, avaliado a experiêcia profissioal de médicos e efermeiros e a relação do stresse ocupacioal com algumas variáveis pessoais e profissioais. No que se refere aos íveis de stresse, a maioria dos profissioais caracterizou a sua profissão como moderadamete stressate, embora o caso dos médicos, por comparação aos efermeiros, assistiu-se a uma maior tedêcia para atribuir elevados valores de stresse à actividade laboral (45.7% os médicos e 18.5% os efermeiros). No caso dos médicos, este valor situou-se acima de outros estudos iteracioais, que apotam ídices a ordem dos 30% (Firth-Cozes, 2009). No que cocere à efermagem, os idicadores de elevado stresse situaram-se bastate abaixo dos ecotrados por um grupo de ivestigadores suecos, que mostraram que cerca de 80% Actas do VII Simpósio Nacioal de Ivestigação em Psicologia Uiversidade do Miho, Portugal, 4 a 6 de Fevereiro de 2010

11 1504 dos efermeiros com íveis elevados de stresse (Petterso, Aretz, Aretz, & Hörte, 1995). Relativamete aos idicadores de burout, o aspecto mais saliete predeu-se com o facto dos valores ecotrados em ambos os grupos estarem abaixo dos ecotrados outros estudos (Gil-Mote & Marucco, 2008; Lima et al., 2007; Trigo et al., 2007; Tucuduva, Garcia, Prudete, Cetofati, & Souza, 2006). Por exemplo, uma aálise sobre este problema a classe médica, Frasquilho (2005a) idica que cerca de metade dos profissioais se ecotravam em burout. No caso dos efermeiros, Queirós (2005) um estudo com efermeiros portugueses também ecotrou valores de burout superiores ao do osso estudo, omeadamete a dimesão da exaustão emocioal com 27% (9.8% o osso caso) e o ciismo com 16% (dimesão semelhate à despersoalização do IBM-PSH) (1.4% o osso caso). Na comparação etre médicos e efermeiros, algus aspectos merecem ser realçados. Assim, uma observação detalhada sobre as razões que poderão explicar a experiêcia de stresse em cada uma das profissões, costatou-se que os pricipais factores de pressão os médicos e os efermeiros correspodem às dimesões de lidar com os clietes e do excesso de trabalho, respectivamete, o que vai de ecotro aos estudos de Melo, Gomes e Cruz (1997) e de Martí, Ferádez e Gómez Martíez, (2001). No etato, a profissão de efermagem apresetou íveis superiores de stresse em cada uma das dimesões avaliadas, sedo aida de salietar os problemas relacioados com a carreira e remueração. Isto está de acordo com a crise social e com a revisão do estatuto da carreira de efermagem que ocorre actualmete em Portugal, podedo cotribuir para maiores problemas ocupacioais estes profissioais. Este aspecto é aida complemetado pelo facto dos efermeiros evideciarem meores íveis de satisfação/realização do que os médicos, o que em sempre é cofirmado a literatura iteracioal (Krogstad, Hofoss, Veestra, & Hjortdahl, 2006; Sehle et al., 2009). A um outro ível, também devemos cosiderar as difereças ecotradas em cada um dos grupos profissioais. No que se refere ao grupo dos médicos, observaram-se ídices superiores de saúde metal os homes, o que corrobora os dados da literatura iteracioal, ode é afirmado que a idade adulta, as perturbações de foro metal, especificamete a depressão e asiedade, são mais prevaletes o sexo femiio (Gil-Mote, 2002). Por outro lado, os médicos que trabalham em regime de acumulação com outra istituição, Actas do VII Simpósio Nacioal de Ivestigação em Psicologia Uiversidade do Miho, Portugal, 4 a 6 de Fevereiro de 2010

12 1505 apresetaram uma maior preocupação com as questões da carreira e remueração, o que os poderá levar a dispoibilizarem-se para acumular mais do que um local de trabalho. No que cocere à especialidade exercida, os profissioais de medicia itera evideciaram maiores íveis de despersoalização do que os seus colegas das especialidades de giecologia/obstetrícia. De facto, a especialidade de medicia itera tem vido a ser referida em estudos iteracioais como sedo das mais causadoras de stresse (Thomas, 2004; Trigo et al., 2007). Em termos da categoria profissioal, este trabalho mostrou que existem difereças etre os iteros complemetares e os assistetes hospitalares, ao ível do stresse relacioado com a carreira e remueração, apresetado estes últimos valores superiores. Isto mostra que os iteros complemetares apresetam uma maior preocupação com as questões da sua formação e meos com as questões ecoómicas ou relacioadas com a carreira, que assumem uma importâcia superior após o térmio do período formativo. No caso dos efermeiros, algus dos dados obtidos ecotram paralelo um estudo realizado por Gomes, Cruz e Cabaelas (2009) com efermeiros portugueses, uma vez que também se verificou que os profissioais com situações mais istáveis e em íveis iiciais da carreira evideciaram maiores problemas de stresse ocupacioal. Um aspecto iteressate predeu-se com a prática de exercício físico, que parece ter um impacto positivo em ambos os grupos profissioais, uma vez que os médicos com estilos activos de vida evideciaram meores queixas quato ao excesso de trabalho e os efermeiros com a mesma tedêcia assumiram maior realização/satisfação, o que vai de ecotro aos resultados de outros estudos (ver Tucuduva et al., 2006). Em coclusão, os resultados deste estudo reforçam a ecessidade de se compreeder melhor as relações etre o stresse ocupacioal e a actividade laboral dos profissioais de saúde, de forma a implemetar medidas ao ível idividual e istitucioal que o possam reduzir (disto mesmo é exemplo a promoção de estilos de vida activos, caracterizados pela prática de exercício físico). Apesar da sua atureza trasversal e da limitação da amostra recolhida, este estudo demostrou a existêcia de difereças etre estas duas profissões, o que sigifica que as possíveis iterveções a levar a cabo deverão cosiderar estas especificidades. Actas do VII Simpósio Nacioal de Ivestigação em Psicologia Uiversidade do Miho, Portugal, 4 a 6 de Fevereiro de 2010

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