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- Danilo Gabeira Alcântara
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1 Descrição do Produto Produto: Protocolo de atribuições do Enfermeiro para um serviço de acolhimento institucional de crianças/adolescentes Mestrando: Janine Vasconcelos Orientador: Dra. Dirce Stein Backes Objetivo geral do estudo: Criar e validar protocolo de atribuições do Enfermeiro para um serviço de acolhimento institucional de crianças/adolescentes, na perspectiva do pensamento complexo. O produto final gerado foi um Protocolo de atribuições do Enfermeiro para um serviço de acolhimento institucional de crianças/adolescentes, o qual foi validado por especialistas da área Pediátrica, em âmbito Nacional e Internacional. Para a construção e validação do mesmo utilizou-se a técnica do Ciclo de Delphi, que inicia a partir de um convite a especialistas na área, via meio eletrônico, os quais deveriam retornar o instrumento ao pesquisador, em prazo previamente estipulado.
2 O instrumento composto por quatro dimensões e 26 itens, foi avaliado na primeira rodada do Ciclo de Delphi por 10 especialistas, que sugeriram alterações, as quais foram atendidas na íntegra. Após a readequação do instrumento, este foi novamente enviado aos 10 especialistas, na segunda rodada do Ciclo de Delphi. No retorno dos especialistas, na segunda rodada, o instrumento obteve o IVC maior que 80%, sendo assim considerado válido no âmbito nacional e internacional. Os itens validados encontram-se relacionados às dimensões gerenciais, assistenciais, educativas e sociais-políticas. A dimensão de atribuição gerencial visa garantir a qualidade da assistência da enfermagem e a organização do sistema de cuidados na instituição. A gerência passa a ser compreendida como uma ferramenta de auxílio na assistência de enfermagem, onde o enfermeiro torna-se responsável pelo processo de mudança e transformação, estimulando o trabalho multiprofissional e multidimensional (DIAS, 2013). A dimensão gerencial do enfermeiro caracteriza-se como um instrumento do processo de trabalho que objetiva oferecer ao indivíduo uma assistência integral e qualificada, com base em ações relacionadas à promoção e à educação e saúde. Nessa direção, a prática gerencial privilegia os interesses coletivos e zela pela assistência singular e multidimensional. O enfermeiro por assumir a
3 atividade gerencial torna-se responsável por conduzir e viabilizar o processo de cuidado (FERST, 2015). Já a dimensão assistencial do enfermeiro objetiva o cuidado individual e coletivo, com a intenção de promover, manter e recuperar a saúde deste. Nesta dimensão assistencial, utilizam-se alguns métodos no processo de assistência em enfermagem como a Sistematização da Assistência em Enfermagem (SAE) e também alguns procedimentos e técnicas de enfermagem (SANTOS, GIOVANELLA et al., 2012). A Sistematização da Assistência em Enfermagem é um instrumento privativo do enfermeiro que subsidia intervenções de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde do ser humano. Esta identifica as necessidades de cuidados apresentadas pelo indivíduo e também é utilizada para organizar o trabalho de enfermagem e garantir uma assistência individualizada com qualidade. A mesma permite a continuidade e a integralidade do cuidado através de ações elaboradas pelo profissional enfermeiro. (VIANA, PIRES, 2014). A dimensão educativa possibilita, por sua vez, identificar novas e melhores maneiras de atuar em todas as áreas do processo de trabalho. Esta tem por objetivo capacitar indivíduos e grupos a identificarem uma solução para os problemas de saúde, garantindo
4 assim a autonomia do sujeito. Assim, os profissionais enfermeiros precisam se adequar ao método educativo como sendo uma prática profissional, tornando-se indispensável a sua competência profissional, visto que as atividades educativas assumem um papel importante, para que se possa atingir um cuidado integral (SEGALLA, 2012). No âmbito do cuidado integral, destaca-se a prática educativa como uma ação complexa, subsidiada pelo profissional enfermeiro. A aplicabilidade da complexidade no âmbito educacional favorece a reflexão crítica da realidade em que o indivíduo se encontra, propondo ao mesmo um cuidado sistêmico. A prática educativa exercida pelo profissional enfermeiro deve ser instigadora, reflexiva e acima de tudo crítica (CRUZ, ARAÚJO et al, 2016). A dimensão sócio-política atenta-se às necessidades comunitárias relacionadas aos diferentes momentos de sua vida, principalmente no que se refere ao processo saúde/doença. A enfermagem passa a ser vista como prática social, por se apresentar como uma profissão dinâmica e sujeita a constantes mudanças e reflexões sobre novos paradigmas (PAULA, PERES et al., 2013). Compreender a enfermagem como prática social significa ultrapassar suas dimensões técnico-científicas e vê-la com prática social essencial na comunidade, a qual compartilha a
5 responsabilidade pela saúde do indivíduo. As práticas sociais destacam-se por atentar às necessidades apresentadas pela sociedade. A enfermagem, neste contexto, destaca-se por ser uma profissão dinâmica e sujeita a constantes transformações, frente as questões sociais e de saúde (ZOBOLI, SCHVEITZER, 2013). Após a discussão ampliada das dimensões e itens do protocolo, foi confeccionada uma representação gráfica - quadro de tamanho 80cm X 80cm, de material de Polivinil de Policloreto (PVC), ver a Figura 1. Figura 1 - Representação gráfica do Protocolo de atribuições do Enfermeiro para um serviço de acolhimento institucional de crianças/adolescentes, na perspectiva do pensamento complexo.
6 O protocolo de atribuições do Enfermeiro, após a confecção de sua versão final gráfica, bem como os resultados gerais da pesquisa, foram amplamente discutidos e validados, também, pelos dirigentes e
7 equipe multiprofissional do serviço de acolhimento institucional para crianças/adolescentes, em questão. Inicialmente foi agendado um dia e um horário para ser discutida a modalidade de apresentação dos resultados e do protocolo das atribuições do enfermeiro no serviço de acolhimento institucional para crianças/adolescentes. Neste dia agendado, houve reflexões frente ao protocolo de atribuições do enfermeiro à luz da complexidade de Edgar Morin. Discutiu-se, inicialmente, entre os membros da equipe multiprofissional e também com o dirigente da instituição, a importância de se construir uma visão ampliada em relação ao cuidado de crianças/adolescentes que são acolhidos no serviço de acolhimento institucional. Durante a conversa informal, instigou-se a equipe multiprofissional e o dirigente da instituição a refletirem sobre suas práticas profissionais à luz do pensamento da complexidade. E, por fim, apresentou-se o protocolo aos integrantes, em formato impresso, a fim de validarem as atribuições e realizarem suas sugestões. Ao término da discussão, foi sugerido pelos participantes que o protocolo de atribuições do enfermeiro, em sua forma gráfica, fosse fixado na sala de Enfermagem do serviço de acolhimento institucional e, em sua forma impressa, permanecesse fixo ao mural
8 da sala da equipe técnica do serviço. Além disso, foi sugerido que o protocolo fosse inserido no Projeto Político Pedagógico do Serviço de Acolhimento Institucional, em questão. Os dirigentes reconheceram e mencionaram que o protocolo de atribuições do enfermeiro chega em um excelente momento no Serviço de Acolhimento, em questão, visto que o Projeto Político Pedagógico se encontra em readequação institucional. Além disso, reconheceram que faltavam, neste Projeto, as atribuições do Enfermeiro, o qual atualmente integra a equipe técnica nesta instituição.
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