LEI Nº , DE 28 DE DEZEMBRO DE 2006
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1 LEI Nº , DE 28 DE DEZEMBRO DE 2006 DISPÕE SOBRE A GARANTIA DE NUTRICIONISTA RESPONSÁVEL TÉCNICO NOS PROGRAMAS E SERVIÇOS MUNICIPAIS, EM QUE SÃO DESENVOLVIDAS ATIVIDADES ELACIONADAS COM ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO HUMANAS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE CURITIBA, CAPITAL DO ESTADO DO PARANÁ, aprovou e eu, Prefeito Municipal, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º A Prefeitura Municipal de Curi ba garan rá Nutricionista Responsável Técnico para a coordenação e/ou o desenvolvimento de a vidades relacionadas com alimentação e nutrição humanas, nas polí cas, nos programas e serviços municipais. Art. 2º A Secretaria Municipal da Educação garan rá Nutricionista Responsável Técnico, em quan dade a ser estabelecida por decreto do execu vo, garan ndo a qualidade para a gestão do programa de Alimentação Escolar a par r das seguintes a vidades: I - Obter diagnós co nutricional da população pré-escolar e escolar mediante ar culação com o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) da Secretaria Municipal da Saúde; II - Realizar estudos de avaliação do consumo alimentar pré-escolar e escolar, levantando informações sobre prá cas alimentares, produzindo indicadores para a área de segurança alimentar e nutricional destes grupos populacionais específicos; III - Definir o cardápio da alimentação escolar, com base nos indicadores nutricionais do SISVAN e nos indicadores de consumo, conforme recomendações do Conselho Municipal de Alimentação Escolar; IV - Acompanhar periodicamente a evolução do estado nutricional de pré-escolares e escolares, a par r de avaliação antropométrica produzindo e divulgando informações na comunidade escolar sobre o perfil nutricional destes grupos específicos, com atenção especial aos casos de risco nutricional; V - Elaborar, coordenar, supervisionar e implementar Programas de Educação Alimentar e Nutricional, visando a prevenção da desnutrição, da obesidade e demais problemas nutricionais na comunidade; VI - Integrar comissões técnicas e/ou conselhos intersetoriais relacionados aos programas de 1/6
2 municipal. Art. 3º A Secretaria Municipal da Saúde garan rá Nutricionista Responsável Técnico, em quan dade a ser estabelecida por decreto do execu vo, garan ndo a qualidade para promover a gestão distrital e local das ações de saúde ligadas à área de alimentação e nutrição, nos Distritos Sanitários, nos Centros de Especialidades Clínicas, nas Unidades Municipais de Saúde básicas e nas unidades vinculadas ao Programa de Saúde da Família (PSF) e nos serviços de Vigilância Sanitária de Alimentos, realizando as seguintes a vidades: NO DISTRITO SANITÁRIO: I - Coordenar no nível distrital, as ações da polí ca municipal de alimentação e nutrição e estratégias de promoção da segurança alimentar e nutricional regional; II - Produzir e atuar na gestão da informação no nível distrital sobre o perfil nutricional de grupos da população monitorados pelo SISVAN municipal (pré-escolares, escolares, gestantes, adolescentes, adultos e idosos), iden ficando as especificidades regionais nos níveis: demográfico, sócio-econômico e ambiental e propondo as respec vas estratégias de ação para o enfrentamento dos problemas iden ficados; III - Coordenar no nível distrital, as ações de implantação, implementação e avaliação dos Programas de Alimentação em vigor; IV - Coordenar estratégias de educação nutricional cole va em consonância às a vidades dos Programas de Alimentação em vigor: Bolsa Família, Leite das Crianças, Suplementação Nutricional, Leites e Dietas Especiais ou outros vigentes; V - Avaliar as solicitações de dietas enterais e leites especiais, através de atendimento na Unidade de Saúde ou no domicílio do usuário solicitante, bem como acompanhar a evolução clínica dos usuários desses produtos até a sua alta do Programa; VI - Promover ações de segurança alimentar nos equipamentos e programas gerenciados pela Secretaria Municipal de Saúde; VII - Integrar comissões técnicas e/ou conselhos intersetoriais relacionados aos programas de regional. EM CENTROS DE ESPECIALIDADES CLÍNICAS: I - Realizar atendimento ambulatorial individual, avaliando o estado nutricional do usuário, a par r do diagnós co clínico, exames laboratoriais, anamnese alimentar e exames antropométricos; II - Prescrever a dieta do usuário, fazendo as adequações necessárias e realizando acompanhamento periódico; III - Registrar em prontuário do usuário a prescrição dietoterápica, a evolução nutricional, as intercorrências e a alta nutricional; 2/6
3 IV - Realizar o atendimento nutricional domiciliar aos usuários com patologias específicas que necessitam de cuidados nutricionais em tempo prolongado ou con nuadamente; V - Avaliar as solicitações de dietas enterais e leites especiais, através de atendimento na Unidade de Saúde ou no domicílio do usuário solicitante, bem como acompanhar a evolução clínica dos usuários desses produtos até a sua alta do Programa; VI - Integrar a equipe mul disciplinar, com par cipação plena na atenção prestada ao usuário; VII - Produzir e analisar indicadores nutricionais e de saúde cole vos, no foco da vigilância alimentar e nutricional de grupos portadores de patologias específicas; VIII - Par cipar do planejamento e execução de treinamento, orientação, supervisão e avaliação de pessoal técnico e auxiliar. EM UNIDADES MUNICIPAIS DE SAÚDE BÁSICAS OU DE PSF: I - Promover orientação e educação alimentar e nutricional para usuários, familiares e comunidade em geral; II - Elaborar e/ou coordenar programas e projetos específicos de assistência alimentar a grupos vulneráveis da população, tais como: recém-nascidos, crianças de 0 a 5 anos, gestantes, adolescentes, idosos, grupos de diabé cos, grupos de hipertensos dentre outros; III - Par cipar de equipes mul disciplinares des nadas a planejar, implementar, e acompanhar programas, cursos, pesquisas e eventos na área de alimentação e nutrição; IV - Integrar a equipe mul disciplinar, com par cipação plena na atenção prestada ao usuário, relacionada às ações de alimentação e nutrição, tais como: Programa Saúde da Família, Programa Mãe Curi bana, Protocolo de Atendimento à Criança e ao Adolescente, Programa Vida Saudável, Programa de Hipertensão e Diabetes ou outros vigentes; V - Par cipar do planejamento e execução de treinamento, orientação, supervisão e avaliação de pessoal técnico e auxiliar em alimentação e nutrição, excetuando-se as atribuições específicas do Nutricionista; VI - Produzir e analisar indicadores nutricionais e de saúde, no foco da vigilância alimentar e nutricional local; VII - Contribuir no planejamento, execução e análise de inquéritos e estudos epidemiológicos rela vos à alimentação e nutrição no nível local; VIII - Promover ações de segurança alimentar nos equipamentos e programas gerenciados pela Secretaria Municipal da Saúde; IX - Avaliar as solicitações de dietas enterais e leites especiais, através de atendimento na Unidade de Saúde ou no domicílio do usuário solicitante, bem como acompanhar a evolução clínica dos usuários desses produtos até a sua alta do Programa; 3/6
4 X - Avaliar e encaminhar usuários, conforme a necessidade, aos Centros de Especialidades para atendimento individualizado em dietoterapia; XI - Integrar comissões técnicas e/ou conselhos intersetoriais relacionados aos programas de local. EM VIGILÂNCIA SANITÁRIA: I - Integrar a equipe de Vigilância Sanitária, par cipando em inspeções sanitárias rela vas a alimentos; II - Coordenar equipe de segurança de alimentos; III - Cumprir e fazer cumprir a legislação de vigilância sanitária relacionada aos alimentos e princípios da Análise de Perigos e Pontos Crí cos de Controle (APPCC); IV - Promover assistência e treinamento especializado em alimentação, nutrição, controle de qualidade de gêneros e produtos alimen cios, orientação sobre manipulação correta de alimentos e orientação para implantação do Manual de Boas Prá cas (MBP), dos Procedimentos Operacionais Padronizados (POP`s) e dos princípios da Análise de Perigos e Pontos Crí cos de Controle (APPCC); V - Integrar comissões técnicas de regulamentação e procedimentos rela vos a alimentos; VI - Efetuar controle periódico dos trabalhos executados e promover sistemá ca de avaliação e atualização das prá cas desenvolvidas em alimentação e nutrição; VII - Integrar comissões técnicas e/ou conselhos intersetoriais relacionados aos programas de municipal. Art. 4º A Secretaria Municipal do Abastecimento garan rá Nutricionista Responsável Técnico, em quan dade a ser estabelecida por decreto do execu vo, garan ndo a qualidade na realização das seguintes a vidades: I - Planejar, coordenar, supervisionar, implementar, executar e avaliar programas e polí cas de abastecimento e segurança alimentar; II - Promover ações de educação alimentar e nutricional à população; III - Promover ações de segurança alimentar nos equipamentos e programas gerenciados pela Secretaria Municipal do Abastecimento; IV - Acompanhamento técnico de produtos adquiridos e comercializados pela Prefeitura Municipal de Curi ba, quando executado pela Secretaria Municipal do Abastecimento, de acordo com a legislação vigente; V - Integrar comissões técnicas e/ou conselhos intersetoriais relacionados aos programas de 4/6
5 municipal. Art. 5º A Fundação de Ação Social garan rá Nutricionista Responsável Técnico, em quan dade a ser estabelecida por decreto do execu vo, garan ndo a qualidade na realização das seguintes a vidades: I - Propiciar à população atendida pelos Programas de Apoio, Abrigo e também os Sócio-preven vos, uma alimentação equilibrada, com qualidade, buscando suprir carências não somente nutricionais, como também, carências afe vas e as geradas pela ausência da droga, no intuito de resgatar o crescimento, desenvolvimento e garan r a manutenção da saúde da clientela atendida; II - Padronizar gêneros perecíveis e de alimentação básica (não perecíveis) u lizados pela clientela atendida, de acordo com percapitas e capacidade de cada Unidade, considerando-se a demanda em função do fluxo de crianças e necessidades nutricionais; III - Providenciar o encaminhamento de frutas e verduras variadas, para que esta oferta gere maiores possibilidades de se trabalhar com hábitos alimentares, assim como, propiciar através da imitação e condicionamento, a mudança no comportamento alimentar e à aquisição de bons hábitos, respeitando-se o fato de que o alimento, para esta clientela, representa muito mais que um veículo de nutrição orgânica, como também, aquele que supre necessidades afe vas e situacionais; IV - Conferir e encaminhar às Unidades e Programas de Apoio e Abrigo, planilhas de perecíveis elaboradas pelo Setor de Nutrição observando-se, quan dades conforme padrões pré-estabelecidos e pos dos gêneros alimen cios a serem entregues pelos fornecedores aos Programas e Unidades; V - Orientar e estabelecer contato direto com os responsáveis pelos serviços de cozinha das Unidades de Abrigo quanto às exigências a serem cobradas dos fornecedores no que se refere à quan dade e qualidade dos gêneros alimen cios a serem entregues; VI - Elaborar cardápios, considerando-se dificuldades inerentes a caracterís cas de cada local, a experiência destes funcionários, a data de entrega dos gêneros alimen cios, a composição das preparações quanto a harmonia de cores, combinações adequadas às necessidades nutricionais e receitas mais apreciadas pela clientela; VII - Orientar diretores, educadores, cozinheiros e conseqüentemente à clientela atendida quanto aos cuidados sobre nutrição e saúde; VIII - Prezar pela qualidade dos produtos de higiene e limpeza adquiridos para estas Unidades e Programas, visando eficiência destes e conseqüente custo/bene cio, minimizando danos à saúde de funcionários e da clientela atendida; IX - Acompanhar o atendimento da empresa de alimentação transportada/terceirizada a qual fornece alimentação (desjejum, almoço e jantar) para as Unidades de adultos Mais Viver, Pousada de Maria e (almoço e jantar) para a Central de Resgate Social; X - Efetuar o controle de qualidade dos produtos das cestas básicas encaminhadas aos núcleos regionais para repassar às famílias atendidas pelos Programas: Serviço de Atendimento ao vi mizado (SOS Criança), Criança em Segurança e outros; 5/6
6 XI - Elaborar material de educação nutricional, de saúde e higiene para serem u lizados pela equipe de cada Unidade; XII - Prever e buscar a introdução de alimentos funcionais / nutracêu cos para necessidades nutricionais especiais, assim como, a prevenção de diversas patologias, através destes; XIII - Orientar os responsáveis pelo recebimento de mercadorias referentes à área de nutrição, higiene e limpeza, do almoxarifado central, quanto às exigências per nentes a cada produto solicitado pela equipe de compras da FAS, buscando minimizar diferenças quanto ao produto adquirido e o produto entregue. Art. 6º Os demais órgãos da Prefeitura Municipal de Curi ba, em que são desenvolvidos polí cas e programas que visem a promoção da saúde, garan rão Nutricionista Responsável Técnico, para a gestão e supervisão das a vidades relacionadas com alimentação e nutrição humanas, através da valorização de prá cas alimentares saudáveis e melhoria da qualidade de vida. Art. 7º Ficam criadas comissões intersetoriais para as unidades da Prefeitura Municipal de Curi ba que possuam a atuação de Nutricionista, para a discussão da aplicação e da qualidade das polí cas definidas relacionadas com alimentação e nutrição humanas. Art. 8º A Prefeitura Municipal de Curi ba poderá realizar e manter parcerias e convênios com ins tuições de ensino e outras ins tuições para o desenvolvimento de pesquisas e projetos relacionados com a alimentação e nutrição humanas, sob a supervisão técnica do profissional Nutricionista. Art. 9º A Prefeitura Municipal de Curi ba poderá realizar e manter contratos de estágios com as ins tuições de ensino, pela Prefeitura Municipal de Curi ba, na área de Nutrição, sob a supervisão e orientação de profissional Nutricionista habilitado, de acordo com a legislação vigente. Art. 10 Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação. PALÁCIO 29 DE MARÇO, em 28 de dezembro de JAIR CÉZAR DE OLIVEIRA Prefeito Municipal em Exercício Data de Inserção no Sistema LeisMunicipais: 25/07/ /6
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