Estratégia de Apoio Integrado do Ministério da Saúde. Célia Nicolotti Núcleo técnico Política Nacional de Humanização
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- Daniel Vilanova Sampaio
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1 Estratégia de Apoio Integrado do Ministério da Saúde Célia Nicolotti Núcleo técnico Política Nacional de Humanização
2 Objetivos prévios da conversa Apresentar linhas gerais da estratégia de Apoio Integrado do MS; Discutir sobre apoio e PNH; Refletir sobre a produção do comum, a partir da estratégia de AI.
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4 ALGUNS DESAFIOS Assistenciais Perfil epidemiológico: tripla carga de doenças Sistema ainda fragmentado e orientado para doenças agudas Políticos Federalismo brasileiro: três entes autônomos porém interdependentes Fragilidades nos mecanismos de gestão solidária e cooperativa Institucionais Atuação fragmentada e desarticulada do MS Ênfase na formulação de políticas e indução financeira
5 Pressuposto: há uma noção geral comum de apoio/cooperação que deve permear as relações interfederativas na busca da garantia do direito à saúde e que possa evocar a expressão de forças, composições e conflitos. Apoio Integrado configura-se numa estratégia do Ministério da Saúde. Fortalecer a gestão do SUS, tendo em vista a implementação das políticas expressas no PNS e dos dispositivos do Decreto no 7.508/11.
6 O apoiador deve estar sempre inserido em movimentos coletivos, buscando novos modos de operar e produzir nas organizações. É, portanto, na articulação entre o cuidado e a gestão onde estes domínios se interferem mutuamente que a função de apoio trabalha: Ativando espaços coletivos, através de arranjos ou dispositivos que propiciem a interação entre sujeitos;
7 Reconhecendo as relações de poder, afeto e a circulação de saberes visando à viabilização dos projetos pactuados por atores institucionais e sociais; Mediando a construção de objetivos comuns e a pactuação de compromissos e contratos. Ampliando a capacidade institucional nos processos de planejamento, monitoramento e avaliação. Promovendo ampliação da capacidade crítica dos grupos, propiciando processos transformadores das práticas de saúde e contribuindo para melhorar a qualidade da atenção no SUS.
8 Em síntese, é possível afirmar que o trabalho do apoiador envolve uma tríplice tarefa: ativar coletivos, conectar redes, incluir a multiplicidade de olhares e práticas, interesses e desejos para produção de objetivos comuns, na implementação das Políticas de Saúde. O Apoio depende de mecanismos de co-gestão, para que gestores e trabalhadores possam olhar para o próprio trabalho, para suas relações no serviço, para as relações das equipes com os usuários, para que mudanças possam ocorrer.
9 Apoio Integrado Implica num modo de participar da relação com os outros entes federados, para além das normas e da indução financeira, aprendendo com os efeitos, aprimorando a prática gestora, a partir da análise de resultados em grupos plurais e implicados positivamente com mudanças para melhoria do SUS. Função que se exerce entre sujeitos, com distintos graus de saber e de poder, com a busca de novas formas de agir: democráticas, comunicativas, integradoras.
10 Algumas contribuições No planejamento em Saúde, no âmbito estadual e municipal; No planejamento regional integrado, no âmbito de cada região de saúde; Na elaboração do desenho da rede de atenção à saúde em cada território; Na implementação das redes de atenção à saúde, com ênfase nas redes temáticas; Na implementação de Contratos Organizativos de Ação Pública (COAP), expressão dos compromissos de cada ente federado para com o sistema de saúde; Nos processos decorrentes destas ações, tais como regulação, monitoramento e avaliação, gestão do trabalho e educação na saúde, vigilância em saúde, dentre outros.
11 Gestão Compartilhada do Apoio Integrado COLEGIADO DE SECRETÁRIOS Núcleo Gestor do Apoio Integrado / SE SESAI SAS SCTIE SGEP SGTES SE SVS
12 Estratégia do Apoio Integrado - Operacionalização SVS Rede Cego nha ANVISA Rede U/E DARAS/SAS DAI/SGEP SGEP (DAGEP/ DOGES/DE NASUS) Rede SM DAB/SAS PNH/SAS SCTIE SESAI SGTES Equipe de Referência para o AI reuniões periódicas para organizar as estratégias de implementação das Políticas de Saúde, de acordo com os objetivos estratégicos do MS e com as diretrizes regionais. Temáticos também podem fazer parte
13 Alguns destaques: FORMAÇÃO Utilização das diretrizes da educação permanente no SUS; Considera a formação/atuação como indissociáveis; Valoriza o conhecimento prévio dos participantes; Propiciar espaços de reflexão crítica A SGTES como responsável pela condução do processo de formação dos apoiadores atua de forma articulada no Núcleo Gestor do Apoio Integrado, na identificação e qualificação de necessidades e demandas de formação e apresenta propostas de arranjos operacionais do processo educativo, incluindo possíveis parcerias com instituições de ensino. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO Metodologias de monitoramento e avaliação do processo de Apoio Integrado em conjunto com as áreas responsáveis do MS a serem construídas.
14 Basta juntar para integrar? Basta integrar para transversalizar? Que outras questões podemos incluir nesta discussão?
15 PNH toma o desafio da inclusão não como um modismo, mas como prática política; A PNH experimenta/oferta modos de fazer em saúde que nao dissociam atenção e gestao, clínica e política e que mobilizam o protagonismo de gestores, trabalhadores e usuários;
16 Método da PNH Tríplice inclusão: pressupõe a inclusão dos sujeitos, dos coletivos organizados e de analisadores sociais. O método da inclusão considera que incluir, participar, propicia a criação de uma experiência comum, o que não significa homogeneizar nem dissipar singularidades ou evitar controvérsias, mas sustentar a instabilidade entre o que comunga e o que difere. (Santos-Filho; Barros 2012)
17 (..) A proposta é o tensionamento de produzir o comum no regime das diferenças, não propriamente a partir do que temos em comum, do que nos iguala e serializa (...) (Oliveira et al, 2009)
18 Apoio é uma função gerencial que reformula o modo tradicional de se fazer coordenação, planejamento, supervisão e avaliação em saúde. Um dos objetivos essenciais do apoio é a criação de grupalidade, a construção e fortalecimento de redes de coletivos. O apoiador se insere em um processo de movimento de coletivos, ou ajuda a sua irrupção, auxiliando e ofertando conceitos e tecnologias para a análise da instituição, buscando novos modos de operar, funcionar, agir e produzir das organizações, considerando os pressupostos da democracia institucional e da autonomia dos sujeitos. (Documento Curso do RS)
19 Função do apoiador é a de contribuir para a gestão e organização de processos de trabalho, construção de espaços coletivos onde os grupos analisam, definem tarefas e elaboram projetos de intervenção. Tal função se opera com o aporte dos referenciais conceituais articulados em torno da Política de Humanização, em seus pilares ético-político-estéticos. (Santos-Filho; Barros 2012) Quem apoia sustenta e empurra ao mesmo tempo. Valoriza recursos e potência do sujeito e do grupo, mas traz algo externo e novo (oferta).
20 Não se trata de fazer por, nem para, mas de um fazer COM num processo que não se encerra em si, implementar mudanças, favorecer a reflexão e participação gera sujeitos, que geram significados...que geram caminhos...que geram...
21 OBRIGADA!! SEGUIMOS CONVERSANDO
22 Como interagir com a PNH: humanizasus@saude.gov.br Site Humanizasus Biblioteca Virtual da Saúde/MS Rede HumanizaSUS (RHS)
23 Algumas referências utilizadas: Diretrizes do Apoio Integrado para Qualificação da Gestão e da Atenção no SUS; Ministério da Saúde, 2012 Devir apoiador: uma cartografia da função apoio, Gustavo Nunes de Oliveira, 2011 O Trabalho em Saúde e o Desafio da Humanização: algumas estratégias de análiseintervenção; Serafim Barbosa Santos Filho e Maria Elizabeth Barros de Barros, 2012
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