CURSO PREPARATÓRIO Concurso para JUIZ FEDERAL Prova escrita ALEXANDRE ROSSATO DA S. AVILA 2016

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1 CURSO PREPARATÓRIO Concurso para JUIZ FEDERAL Prova escrita ALEXANDRE ROSSATO DA S. AVILA 2016

2 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS Prof. Alexandre Schumacher Triches

3 DEFINIÇÃO PELA LEI 8.212/91 Art A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.

4 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS QUE NORTEIAM A SEGURIDADE SOCIAL Solidariedade princípio fundamental da Seguridade Social. Pressupõe que o esforço geral beneficie os mais necessitados. Relaciona-se com a capacidade contributiva. O ato de constituir a Seguridade Social já é um ato de solidariedade reconhecimento de que a ação individual não é suficiente para atender as necessidades decorrentes das contingências sociais é necessária a ação da comunidade.

5 SOLIDARIEDADE Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constituise em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: (...) II - a cidadania III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (...)

6 SOLIDARIEDADE Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

7 SOLIDARIEDADE Art A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais.

8 UNIVERSALIDADE DA COBERTURA E DO ATENDIMENTO A Seguridade Social deve ser acessível a todas as pessoas no território nacional e do ponto de vista objetivo, busca atender a todos os riscos sociais a que estão sujeitas as pessoas. (A Seguridade não começou de forma universal) Universalidade da cobertura: situações de vida que necessitam de proteção (critério material) Universalidade do atendimento: titulares do direito à proteção social (critério pessoal) A universalidade se aplica na Saúde e na Assistência Social, porém não na Previdência Social.

9 UNIFORMIDADE E EQUIVALÊNCIA DOS BENEFÍCIOS E SERVIÇOS ÀS POPULAÇÕES URBANAS E RURAIS Antes da CF/88 havia duas previdências : uma rural e uma urbana. A Constituição unificou os sistemas. Antes da CF os trabalhadores rurais tinham menos benefícios e menores. Uniformidade: eventos cobertos; Equivalência: igualdade no valor das prestações. Decorre do princípio da isonomia Há diferenças no custeio e nos benefícios

10 SELETIVIDADE E DISTRIBUTIVIDADE NA PRESTAÇÃO DOS BENEFÍCIOS E SERVIÇOS É possível cobrir todas as contingências sociais? Os planos de seguridade têm que eleger um plano básico compatível com as possibilidade econômicas do sistema e com as necessidades reais dos beneficiários Seletividade: sistema (político) seleciona as necessidades e beneficiários atendidos Distributividade: na medida de sua necessidade, também relacionado com distribuição de renda (deve levar isso em consideração)

11 RISCOS SOCIAIS ELEITOS Art A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;

12 RISCOS SOCIAIS ELEITOS III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no 2º.

13 IRREDUTIBILIDADE DO VALOR DOS BENEFÍCIOS Esse princípio possui estreita relação com o Direito do Trabalho, na medida em que os salários são irredutíveis, bem como os vencimentos de magistrados O art. 58 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias promoveu uma correção nos valores dos benefícios, que desde a origem (desde a concessão) vinham se defasando. Porém, após a Lei 8.213/91, novamente, não acompanhou mais a inflação, nem tampouco teve ganhos reais. O Supremo Tribunal Federal entendeu que se trata de irredutibilidade do valor nominal.

14 IRREDUTIBILIDADE DO VALOR DOS BENEFÍCIOS Vários juristas criticavam a sistemática (ou a falta de adoção de um índice) usada pelo Governo, que elege índices de atualização que não refletem a inflação e não garantem a manutenção do real valor dos benefícios previdenciários. Atualmente o reajuste é pelo INPC (art. 41-A)

15 EQUIDADE NA FORMA DE PARTICIPAÇÃO NO CUSTEIO O Estado e toda sociedade devem participar de forma direta ou indireta no financiamento do Sistema de Seguridade Social. Esse princípio também justifica que a Assistência Social independe de contribuição, pelo grau de miserabilidade de seus beneficiários. O princípio da equidade é desdobramento do princípio da igualdade, pois os que estão em igual situação financeira devem contribuir em igualdade de valores, mas os que tem patamares diferenciados, deverão contribuir de forma diversa, uns mais, outros menos.

16 EQUIDADE NA FORMA DE PARTICIPAÇÃO NO CUSTEIO Significa não poder ser criada fonte de custeio diferenciada para sujeitos passivos iguais e, ao mesmo tempo, dever haver distinção das pessoas segundo a sua capacidade contributiva. Ex.: alíquotas diferenciadas (tanto para segurados como para empresas incentivos fiscais SIMPLES, SUPERSIMPLES...) Equidade intergeracional os empréstimos públicos e as despesas governamentais não devem sobrecarregar as gerações futuras cabe à geração que delas se beneficia arcar com o ônus respectivo. As gerações anteriores financiaram um sistema que não têm hoje e é possível que isso ocorra com a geração atual com relação ao futuro

17 DIVERSIDADE DA BASE DE FINANCIAMENTO O esquema de contribuição tríplice revelou-se insuficiente, passando-se a exigir novas fontes de custeio. Nesse sentido há dupla dimensão na diversidade, que pode ser objetiva, quando se trata dos fatos sobre os quais incide contribuição e subjetiva, que se refere aos sujeitos pessoas naturais ou jurídicas que verterão contribuições. Deve-se buscar diversas fontes de custeio, somando-se, aos recursos orçamentários dos entes públicos, com a tributação destinada a essa finalidade.

18 DIVERSIDADE DA BASE DE FINANCIAMENTO Diversidade objetiva: eventos; subjetiva: contribuintes Previsão constitucional: art. 195 Leis podem instituir contribuições diversas das já previstas, desde que obedecido o art. 154, I (ou seja, em lei complementar, com base diversa dos já existentes). COFINS, CSLL, PIS/PASEP. Deve ser considerado o princípio da preexistência do custeio (art. 195, 5º)

19 PRINCÍPIO DO CARÁTER DEMOCRÁTICO E DESCENTRALIZADO DA ADMINISTRAÇÃO Tem por fundamento a participação na gestão administrativa daqueles que contribuem para a seguridade social ou dela usufruem; São componentes desse Sistema, especialmente os Conselhos e as suas composições: Conselhos de Saúde, de Previdência Social, de Assistência Social e ainda da Previdência Complementar

20 PRINCÍPIO DO CARÁTER DEMOCRÁTICO E DESCENTRALIZADO DA ADMINISTRAÇÃO O Ministério da Previdência Social voltou a instituir, através do Decreto nº 4.874/03, os Conselhos Estaduais e por Gerência Executiva, para assessorar o INSS e apontar soluções para os problemas A Lei nº 8.213/91 também prevê a composição paritária do Conselho de Recursos da Previdência Social e das Juntas de Recursos. As Câmaras e Turmas de Julgamento têm representação do Governo, dos Trabalhadores e das Empresas. O art. 10 da Carta Magna prevê que a gestão administrativa é um dos meios mais diretos de o cidadão fazer valer a sua vontade.

21 SAÚDE A Saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Saúde, segundo a OMS é completo bem-estar físico e mental do ser humano.

22 SAÚDE PRINCÍPIOS E DIRETRIZES Acesso universal e igualitário É na Saúde que esse princípio tem aplicação mais ampla. O atendimento á saúde independe de contribuição, filiação, posição social, renda. Princípio da reserva do possível: seletividade dos serviços, deve ser compatível com a realidade econômica do país atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas Menos custosas e mais eficazes

23 ASSISTÊNCIA SOCIAL Será alcançada a quem tiver necessidade, independentemente de contribuição Proteção à família, à maternidade, às crianças, adolescentes, idosos e deficientes Princípio da universalidade da cobertura e do atendimento Limitado pela verificação da situação de necessidade

24 ASSISTÊNCIA SOCIAL Princípio da seletividade e distributividade de benefícios e serviços: A assistência social também é seletiva Princípio da proteção dos indivíduos em situação de vulnerabilidade ou risco social: Considera não somente a questão individual de pobreza, mas a dimensão dinâmica de exclusão social

25 ASSISTÊNCIA SOCIAL Princípio da promoção da integração à sociedade e ao mercado de trabalho: Relacionado com o princípio da proteção aos indivíduos em situação de vulnerabilidade busca de emprego Habilitação e reabilitação das pessoas das pessoas portadoras de deficiência Percentuais mínimos em concursos e empresas Princípio da descentralização político-administrativa: Coordenação e expedição de normas gerais cabe à esfera federal, coordenação e execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social que prestem serviços na área, que são de utilidade pública.

26 ASSISTÊNCIA SOCIAL Garantia de salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. Regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) Lei 8.742/93.

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