4.1 Pólos, Zeros e Resposta do Sistema

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "4.1 Pólos, Zeros e Resposta do Sistema"

Transcrição

1 ADL Pólos, Zeros e Resposta do Sistema A resposta de saída de um sistema é a soma de duas respostas: a resposta forçada e a resposta natural. Embora diversas técnicas, como a solução de equações diferenciais ou a aplicação da transformada de Laplace permitam calcular essa resposta, tais técnicas são trabalhosas e consomem muito tempo.o uso de pólos e zeros e de sua relação com a resposta de sistemas no domínio do tempo simplifica e torna mais rápida a análise. Pólos de uma Função de Transferência 1. valores da variável, s, da transformada de Laplace que fazem com que a função de transferência se tome infinita 2. quaisquer raízes do denominador da função de transferência que sejam comuns às raízes do numerador. Zeros de uma Função de Transferência 1. os valores da variável, s, da transformada de Laplace que fazem com que a função de transferência se torne igual a zero. 2. quaisquer raízes do numerador da função de transferência que sejam comuns às raízes do denominador. 3. Pólos e Zeros de um Sistema de Primeira Ordem: Um Exemplo Dada a função de transferência G(s) da figura, há um pólo em s = 5 e um zero em 2. Estes valores são plotados no plano complexo s

2 Vejamos a resposta do sistema a um degrau unitário. Multiplicando a função de transferência da figura pela transformada de um degrau resulta onde (4.1) Assim, (4.2) Podemos concluir que: 1. Um pólo da função de entrada gera a forma da resposta forçada (isto é, o pólo na origem gerou a função degrau na saída). 2. Um pólo da função de transferência gera a forma da resposta natural (isto é, o pólo em 5 gerou e -5t ). 3. Um pólo sobre o eixo real gera uma resposta exponencial da forma e -t, onde - é a localização do pólo sobre o eixo real. Assim, quanto mais à esquerda fique situado o pólo sobre o semi-eixo real negativo, tanto mais rápido será o decaimento da resposta transitória exponencial para zero. 4. Os pólos e zeros geram as amplitudes para ambas as respostas, natural e forçada (isto pode ser visto a partir dos cálculos de A e B na Eq. (4.1)).

3 Exemplo 4.1 Cálculo da resposta usando pólos Problema, escrever a saída, c(t), em termos genéricos. (4.3a) Solução Por inspeção. cada pólo do sistema gera uma exponencial como parte da resposta natural. O pólo da entrada gera a resposta forçada. Por conseguinte, (4.3b) Aplicando a transformada de Laplace inversa, obtemos (4.4) 4.3 Sistemas de Primeira Ordem Um sistema de primeira ordem sem zeros pode ser descrito pela função de transferência mostrada na figura abaixo. Se a entrada for um degrau unitário, onde R(s) = l/s, a transformada de Laplace da resposta ao degrau será C(s), onde Aplicando a transformada de Laplace inversa, a resposta ao degrau é dada por (4.5) (4.6) onde o pólo da entrada situado na origem gerou a resposta forçada c f (t) = 1, e o pólo do sistema em -a, gerou a resposta natural c n (t) = -e -at. A Eq. (4.6) está plotada na Fig. 4.5.

4 Examinemos a importância do parâmetro a, o único parâmetro necessário para descrever a resposta transitória. Quando t = 1/a (4.7) (4.8) Constante de Tempo Chamamos 1/a de constante de tempo da resposta. Com base na Eq. (4.7), podemos descrever a constante de tempo como o tempo necessário para que a resposta c(t) se reduza a 37% do seu valor inicial. Alternativamente, com base na Eq. (4.8), a constante de tempo é o tempo necessário para que a resposta ao degrau alcance 63% do seu valor final (ver Fig. 4.5 abaixo). O inverso da constante de tempo é homogêneo a l/segundos, ou seja, a freqüência. Assim, podemos chamar o parâmetro a de freqüência exponencial. Como a derivada de e -at é -a para t = 0. a é a taxa inicial de variação da exponencial em t =0. A constante de tempo também pode ser calculada a partir do diagrama de pólos (ver figura da pág. Anterior).Quanto mais longe do eixo imaginário o pólo se situa, tanto mais rápida será a resposta transitória. Tempo de Subida,T r O tempo de subida é definido como o tempo necessário para que a forma de onda vá de 0,1 a 0,9 do seu valor final. O tempo de subida é obtido resolvendo a Eq. (4.6). Portanto, (4.9)

5 Tempo de Assentamento (acomodação), T s (T a ) O tempo de assentamento é definido como o tempo necessário para que a resposta alcance uma faixa de 2% em torno do valor final e aí permaneça. Fazendo c(t) = 0,98 na Eq. (4.6) e resolvendo cm função de t: (4.10) Funções de Transferência de Primeira Ordem Obtidas Experimentalmente Frequentemente não é possível ou prático obter analiticamente a função de transferência de um sistema. Possivelmente o sistema é fechado e as partes componentes não são identificáveis facilmente. Com uma entrada em degrau, podemos medir a constante de tempo e o valor de estado estacionário, a partir de cujos valores podemos calcular a função de transferência. Considere um sistema de primeira ordem simples, G(s) = K/(s + a), cuja resposta ao degrau é (4.11) Se pudermos identificar os valores de K e de a de ensaios em laboratório, poderemos obter a função transferência do sistema. Por exemplo, suponha que a resposta ao degrau unitário seja dada na Fig Curva com ausência de ultrapassagem e inclinação inicial não-nula. Valor final é cerca de 0,72, Constante de tempo é calculada onde a curva chega ao valor 0.63 X 0,72 = 0,45, ou seja cerca de 0.13 s. Em conseqüência, a = 1/0,13 = 7,7. Com base na Eq. (4.11). a resposta forçada alcança o valor estacionário K/a = 0,72. Substituindo o valor de a, obtemos K = 5,54. Assim, a função de transferência do sistema é G(s) = 5,54/(s + 7,7).

Sistemas de Controle 1

Sistemas de Controle 1 Pontifícia Universidade Católica de Goiás Escola de Engenharia Sistemas de Controle 1 Cap4 Resposta no Domínio do Tempo Prof. Filipe Fraga Sistemas de Controle 1 4. Resposta no Domínio do Tempo 4.1 Introdução

Leia mais

ADL Sistemas de Segunda Ordem Subamortecidos

ADL Sistemas de Segunda Ordem Subamortecidos ADL19 4.6 Sistemas de Segunda Ordem Subamortecidos Resposta ao degrau do sistema de segunda ordem genérico da Eq. (4.22). Transformada da resposta, C(s): (4.26) Expandindo-se em frações parciais, (4.27)

Leia mais

Resposta no Tempo. Carlos Alexandre Mello. Carlos Alexandre Mello 1

Resposta no Tempo. Carlos Alexandre Mello. Carlos Alexandre Mello 1 Resposta no Tempo Carlos Alexandre Mello 1 Resposta no Tempo - Introdução Como já discutimos, após a representação matemática de um subsistema, ele é analisado em suas respostas de transiente e de estadoestacionário

Leia mais

Resposta de Sistemas com Pólos Adicionais

Resposta de Sistemas com Pólos Adicionais ADL21 Funções de Transferência de Segunda Ordem Obtidas Experimentalmente Uma vez mais podemos medir na curva de resposta em laboratório a ultrapassagem percentual e o tempo de assentamento, de onde é

Leia mais

Comecemos escrevendo a forma geral de uma equação diferencial de ordem n, 1 inear e invariante no tempo, , b i

Comecemos escrevendo a forma geral de uma equação diferencial de ordem n, 1 inear e invariante no tempo, , b i 3 6 ADL aula 2 Função de Transferência Comecemos escrevendo a forma geral de uma equação diferencial de ordem n, 1 inear e invariante no tempo, onde c(t) é a saída, r(t) é a entrada e os a i, b i e a forma

Leia mais

Erros de Estado Estacionário. Carlos Alexandre Mello. Carlos Alexandre Mello 1

Erros de Estado Estacionário. Carlos Alexandre Mello. Carlos Alexandre Mello 1 Erros de Estado Estacionário Carlos Alexandre Mello 1 Introdução Projeto e análise de sistemas de controle: Resposta de Transiente Estabilidade Erros de Estado Estacionário (ou Permanente) Diferença entre

Leia mais

Pontifícia Universidade Católica de Goiás Escola de Engenharia. Aluno (a): Aula Laboratório 07 Cap 9 Resposta no Domínio do Tempo

Pontifícia Universidade Católica de Goiás Escola de Engenharia. Aluno (a): Aula Laboratório 07 Cap 9 Resposta no Domínio do Tempo Escola de Engenharia Laboratório ENG 3503 Sistemas de Controle Prof: Filipe Fraga 07 Aluno (a): Aula Laboratório 07 Cap 9 Resposta no Domínio do Tempo 1- Considerações teóricas: A resposta de saída de

Leia mais

EES-49/2012 Prova 1. Q1 Dado o seguinte conjunto de equações:

EES-49/2012 Prova 1. Q1 Dado o seguinte conjunto de equações: Q1 Dado o seguinte conjunto de equações: EES-49/2012 Prova 1 Onde: h C é o sinal de entrada do sistema; θ é o sinal de saída do sistema; T P é uma entrada de perturbação; T T, T R e h R são variáveis intermediárias;

Leia mais

Transformada Z. Transformada Z

Transformada Z. Transformada Z Semelhante ao apresentado anteriormente, entre a relação das transformadas de Fourier e de Laplace, será visto que a generalização da representação senoidal complexa de um sinal de tempo discreto pela

Leia mais

Redução de Subsistemas Múltiplos

Redução de Subsistemas Múltiplos CAPÍTULO CINCO Redução de Subsistemas Múltiplos SOLUÇÕES DE DESAFIOS DOS ESTUDOS DE CASO Controle de Antena: Projetando uma Resposta a Malha Fechada a. Desenhando o diagrama de blocos do sistema: b. Desenhando

Leia mais

Sistemas de Controle 1

Sistemas de Controle 1 Pontifícia Universidade Católica de Goiás Escola de Engenharia Sistemas de Controle 1 Cap4 Resposta no Domínio do Tempo Prof. Dr. Marcos Lajovic Carneiro Sistemas de Controle 1 Prof. Dr. Marcos Lajovic

Leia mais

Sistemas de Controle 2

Sistemas de Controle 2 Pontifícia Universidade Católica de Goiás Escola de Engenharia Sistemas de Controle 2 Cap.10 Técnicas de Resposta em Frequência Prof. Dr. Marcos Lajovic Carneiro 10. Técnicas de Resposta de Frequência

Leia mais

Pólos, Zeros e Estabilidade

Pólos, Zeros e Estabilidade Pólos, Zeros e Estabilidade Definindo Estabilidade A condição para estabilidade pode também ser expressa da seguinte maneira: se um sistema é estável quando sujeito a um impulso, a saída retoma a zero.

Leia mais

TRANSFORMADA DE LAPLACE E OPERADORES LINEARES

TRANSFORMADA DE LAPLACE E OPERADORES LINEARES TRANSFORMADA DE LAPLACE E OPERADORES LINEARES O DOMÍNIO DE LAPLACE Usualmente trabalhamos com situações que variam no tempo (t), ou seja, trabalhamos no domínio do tempo. O domínio de Laplace é um domínio

Leia mais

Sistemas de Controle 1

Sistemas de Controle 1 Pontifícia Universidade Católica de Goiás Escola de Engenharia Sistemas de Controle 1 Cap2 - Modelagem no Domínio de Frequência Prof. Dr. Marcos Lajovic Carneiro Sistemas de Controle 1 Prof. Dr. Marcos

Leia mais

Faculdade de Engenharia da UERJ - Departamento de Engenharia Elétrica Controle & Servomecanismo I - Prof.: Paulo Almeida Exercícios Sugeridos

Faculdade de Engenharia da UERJ - Departamento de Engenharia Elétrica Controle & Servomecanismo I - Prof.: Paulo Almeida Exercícios Sugeridos Faculdade de Engenharia da UERJ Departamento de Engenharia Elétrica Controle & Servomecanismo I Prof.: Paulo Almeida Exercícios Sugeridos Estabilidade, Resposta Transitória e Erro Estacionário Exercícios

Leia mais

Controle de Processos Aula: Função de transferência, diagrama de blocos, polos e zeros

Controle de Processos Aula: Função de transferência, diagrama de blocos, polos e zeros 107484 Controle de Processos Aula: Função de transferência, diagrama de blocos, polos e zeros Prof. Eduardo Stockler Tognetti Departamento de Engenharia Elétrica Universidade de Brasília UnB 2 o Semestre

Leia mais

Modelagem no Domínio do Tempo

Modelagem no Domínio do Tempo CAPÍTULO TRÊS Modelagem no Domínio do Tempo SOLUÇÕES DE DESAFIOS DOS ESTUDOS DE CASO Controle de Antena: Representação no Espaço de Estados Para o amplificador de potência, E s a() V () s 150. Usando a

Leia mais

Erros de Estado Estacionário. Carlos Alexandre Mello. Carlos Alexandre Mello cabm@cin.ufpe.br 1

Erros de Estado Estacionário. Carlos Alexandre Mello. Carlos Alexandre Mello cabm@cin.ufpe.br 1 Erros de Estado Estacionário Carlos Alexandre Mello 1 Introdução Projeto e análise de sistemas de controle: Resposta de Transiente Estabilidade Erros de Estado Estacionário (ou Permanente) Diferença entre

Leia mais

Aula 05 Transformadas de Laplace

Aula 05 Transformadas de Laplace Aula 05 Transformadas de Laplace Pierre Simon Laplace (1749-1827) As Transformadas de Laplace apresentam uma representação de sinais no domínio da frequência em função de uma variável s que é um número

Leia mais

Aula 05 Transformadas de Laplace

Aula 05 Transformadas de Laplace Aula 05 Transformadas de Laplace Pierre Simon Laplace (1749-1827) As Transformadas de Laplace apresentam uma representação de sinais no domínio da frequência em função de uma variável s que é um número

Leia mais

Resposta dos Exercícios da Apostila

Resposta dos Exercícios da Apostila Resposta dos Exercícios da Apostila Carlos Eduardo de Brito Novaes carlos.novaes@aedu.com 5 de setembro de 0 Circuitos Elétricos. Passivos a) b) V o (s) V i (s) 64s + 400 s + 96s + 400, v o ( ) v i ( )

Leia mais

Analise sistemas LCIT usando a Transformada de Laplace

Analise sistemas LCIT usando a Transformada de Laplace MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA CAMPUS JOINVILLE DEPARTAMENTO DO DESENVOLVIMENTO DO ENSINO

Leia mais

1. Sinais de teste. 2. Sistemas de primeira ordem. 3. Sistemas de segunda ordem. Especificações para a resposta

1. Sinais de teste. 2. Sistemas de primeira ordem. 3. Sistemas de segunda ordem. Especificações para a resposta Desempenho de Sistemas de Controle Realimentados 1. Sinais de teste. Sistemas de primeira ordem 3. Sistemas de segunda ordem Especificações para a resposta Fernando de Oliveira Souza pag.1 Engenharia de

Leia mais

CONTROLE LINEAR CONTÍNUO: PRINCÍPIOS E LUGAR DAS RAÍZES

CONTROLE LINEAR CONTÍNUO: PRINCÍPIOS E LUGAR DAS RAÍZES PETROBRAS ENGENHEIRO(A) DE EQUIPAMENTOS JÚNIOR - ELETRÔNICA ENGENHEIRO(A) DE EQUIPAMENTOS JÚNIOR - ELÉTRICA ENGENHEIRO(A) JÚNIOR - ÁREA: AUTOMAÇÃO CONTROLE LINEAR CONTÍNUO: PRINCÍPIOS E LUGAR DAS RAÍZES

Leia mais

V. ANÁLISE NO DOMÍNIO DO TEMPO

V. ANÁLISE NO DOMÍNIO DO TEMPO INSTITUTO TECNOLÓGICO DE AERONÁUTICA CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA-AERONÁUTICA MPS-43: SISTEMAS DE CONTROLE V. ANÁLISE NO DOMÍNIO DO TEMPO Prof. Davi Antônio dos Santos (davists@ita.br) Departamento de

Leia mais

Disciplina: Instrumentação e Controle de Sistemas Mecânicos. Teoria de Controle Parte 2

Disciplina: Instrumentação e Controle de Sistemas Mecânicos. Teoria de Controle Parte 2 Disciplina: Instrumentação e Controle de Sistemas Mecânicos Teoria de Controle Parte 2 Sistemas de Primeira Ordem: Função de Transferência Pelo o que já foi dito, devido aos diferentes tipos de atraso,

Leia mais

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Princípios de Instrumentação Biomédica. Módulo 5. Heaviside Dirac Newton

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Princípios de Instrumentação Biomédica. Módulo 5. Heaviside Dirac Newton Universidade Federal do Rio de Janeiro Princípios de Instrumentação Biomédica Módulo 5 Heaviside Dirac Newton Conteúdo 5 - Circuitos de primeira ordem...1 5.1 - Circuito linear invariante de primeira ordem

Leia mais

Capítulo 3. Função de transferência e dinâmicas dos sistemas (Parte D, continuação)

Capítulo 3. Função de transferência e dinâmicas dos sistemas (Parte D, continuação) DINÂMICA DE SISTEMAS BIOLÓGICOS E FISIOLÓGICOS Capítulo 3 Função de transferência e dinâmicas dos sistemas (Parte D, continuação) Juntando agora os três casos numa só figura, A resposta y(t) classifica-se

Leia mais

= + Exercícios. 1 Considere o modelo simplificado de um motor DC:

= + Exercícios. 1 Considere o modelo simplificado de um motor DC: 7 Exercícios 1 Considere o modelo simplificado de um motor DC: a) Deduza, utilizando a definição, o seu equivalente discreto ZOH. b) Confirme a validade da expressão obtida com o resultado listado na tabela

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETRÔNICA Prof. Paulo Roberto Brero de Campos

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETRÔNICA Prof. Paulo Roberto Brero de Campos MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETRÔNICA Prof. Paulo Roberto Brero de Campos LUGAR DAS RAÍZES INTRODUÇÃO O método do Lugar das Raízes é uma

Leia mais

Definição (6.1): Definimos equação diferencial como uma qualquer relação entre uma função e as suas derivadas.

Definição (6.1): Definimos equação diferencial como uma qualquer relação entre uma função e as suas derivadas. Capítulo 6 Definição (6.1): Definimos equação diferencial como uma qualquer relação entre uma função e as suas derivadas. Definição (6.2): Seja e uma função real incógnita definida num intervalo aberto.

Leia mais

Capítulo 10. Técnicas de Resposta de Freqüência

Capítulo 10. Técnicas de Resposta de Freqüência Capítulo 10 Técnicas de Resposta de Freqüência Fig.10.1 O Analisador Dinâmico de Sinal HP 35670A obtém dados de resposta de freqüência de um sistema físico. Os dados exibidos podem ser usados para analisar,

Leia mais

Sistemas de Controle 2

Sistemas de Controle 2 Pontifícia Universidade Católica de Goiás Escola de Engenharia Sistemas de Controle 2 Cap.7 - Erros de Estado Estacionário Prof. Dr. Marcos Lajovic Carneiro Sistemas de Controle 2 Prof. Dr. Marcos Lajovic

Leia mais

Capítulo 3. Função de transferência e dinâmicas dos sistemas

Capítulo 3. Função de transferência e dinâmicas dos sistemas DINÂMICA DE SISTEMAS BIOLÓGICOS E FISIOLÓGICOS Capítulo 3 Função de transferência e dinâmicas dos sistemas 3.1. Aplicação da transformada de Laplace às equações diferenciais A transformada de Laplace é

Leia mais

Sistemas de Controle 1

Sistemas de Controle 1 Pontifícia Universidade Católica de Goiás Escola de Engenharia Sistemas de Controle 1 Cap5 Redução de Subsistemas Múltiplos Prof. Filipe Fraga Sistemas de Controle 1 5. Redução de Subsistemas Múltiplos

Leia mais

I Controle Contínuo 1

I Controle Contínuo 1 Sumário I Controle Contínuo 1 1 Introdução 3 1.1 Sistemas de Controle em Malha Aberta e em Malha Fechada................ 5 1.2 Componentes de um sistema de controle............................ 5 1.3 Comparação

Leia mais

Transformadas de Laplace Engenharia Mecânica - FAENG. Prof. Josemar dos Santos

Transformadas de Laplace Engenharia Mecânica - FAENG. Prof. Josemar dos Santos Engenharia Mecânica - FAENG SISTEMAS DE CONTROLE Prof. Josemar dos Santos Sumário Transformadas de Laplace Teorema do Valor Final; Teorema do Valor Inicial; Transformada Inversa de Laplace; Expansão em

Leia mais

INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - CAMPUS SERRA. Sistemas

INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - CAMPUS SERRA. Sistemas INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - CAMPUS SERRA Sistemas Dinâmicos Para controlar é preciso conhecer Sistemas dinâmicos Modificam-se no decorrer do tempo Modelos matemáticos Método analítico (Leis físicas)

Leia mais

O Papel dos Pólos e Zeros

O Papel dos Pólos e Zeros Departamento de Engenharia Mecatrônica - EPUSP 27 de setembro de 2007 1 Expansão em frações parciais 2 3 4 Suponha a seguinte função de transferência: m l=1 G(s) = (s + z l) q i=1(s + z i )(s + p m ),

Leia mais

Quantização do Campo Escalar por Path Integrals

Quantização do Campo Escalar por Path Integrals Teoria Quântica de Campos I 91 Quantização do Campo Escalar por Path Integrals (Nastase 9, Peskin 9.2, Ryder 6.1 a 6.5, Ramond 3.1 e 3.2) Usaremos as idéias das últimas 20 página para quantizar o campo

Leia mais

Funções de Green. Prof. Rodrigo M. S. de Oliveira UFPA / PPGEE

Funções de Green. Prof. Rodrigo M. S. de Oliveira UFPA / PPGEE Funções de Green Prof. Rodrigo M. S. de Oliveira UFPA / PPGEE Funções de Green Suponha que queremos resolver a equação não-homogênea no intervalo a x b, onde f (x) é uma função conhecida. As condições

Leia mais

VI. MÉTODO DO LUGAR GEOMÉTRICO DAS RAÍZES

VI. MÉTODO DO LUGAR GEOMÉTRICO DAS RAÍZES INSTITUTO TECNOLÓGICO DE AERONÁUTICA CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA-AERONÁUTICA MPS-43: SISTEMAS DE CONTROLE VI. MÉTODO DO LUGAR GEOMÉTRICO DAS RAÍZES Prof. Davi Antônio dos Santos (davists@ita.br) Departamento

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETRÔNICA LUGAR DAS RAÍZES

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETRÔNICA LUGAR DAS RAÍZES MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETRÔNICA LUGAR DAS RAÍZES A função de transferência do circuito abaixo em malha fechada é: F(s) = C(s) = G(s)

Leia mais

SCS Sistemas de Controle / Servomecanismos. Aula 04 Diagrama do lugar geométrico das raízes

SCS Sistemas de Controle / Servomecanismos. Aula 04 Diagrama do lugar geométrico das raízes Aula 04 Diagrama do lugar geométrico das raízes Definição: O lugar das raízes de um sistema é um gráfico que representa a trajetória das raízes de sua equação característica pólos da função de transferência

Leia mais

Indice. Resposta forçada (condições iniciais nulas)

Indice. Resposta forçada (condições iniciais nulas) Indice 3.3 Inversão da TLP Fracções parciais Resolução equações diferenciais Polinómio característico Estabilidade resposta natural 3.4 Função de Transferência Estabilidade devido à entrada (resposta forçada)

Leia mais

A Transformada de Laplace

A Transformada de Laplace MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA CAMPUS JOINVILLE DEPARTAMENTO DO DESENVOLVIMENTO DO ENSINO

Leia mais

Resposta dinâmica. Prof. Alan Petrônio Pinheiro Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Elétrica

Resposta dinâmica. Prof. Alan Petrônio Pinheiro Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Elétrica Capítulo 6*: Resposta dinâmica Prof. Alan Petrônio Pinheiro Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Elétrica alanpetronio@ufu.br *Baseado no capítulo 3 do livro texto: Sistemas de Controle

Leia mais

SISTEMAS DE CONTROLE I Capítulo 6 - Estabilidade. Prof. M.e Jáder de Alencar Vasconcelos

SISTEMAS DE CONTROLE I Capítulo 6 - Estabilidade. Prof. M.e Jáder de Alencar Vasconcelos SISTEMAS DE CONTROLE I Capítulo 6 - Estabilidade Prof. M.e Jáder de Alencar Vasconcelos CAPÍTULO 6 INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO No Capítulo 1, vimos que três requisitos fazem parte do projeto de um sistema de

Leia mais

Caracterização Dinâmica de Instrumentos

Caracterização Dinâmica de Instrumentos Instrumentação Industrial Caracterização Dinâmica de Instrumentos Caracterização Dinâmica Os Instrumentos são, de fato, Sistemas Dinâmicos. x t y t t t Instrumento O Comportamento transitório é determinado

Leia mais

PNV3324 FUNDAMENTOS DE CONTROLE EM ENGENHARIA

PNV3324 FUNDAMENTOS DE CONTROLE EM ENGENHARIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA NAVAL E OCEÂNICA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO PNV3324 FUNDAMENTOS DE CONTROLE EM ENGENHARIA NOTAS DE AULA* Prof. Helio Mitio Morishita * Este texto é um mero

Leia mais

Sinais e Sistemas Unidade 5 Representação em domínio da frequência para sinais contínuos: Transformada de Laplace

Sinais e Sistemas Unidade 5 Representação em domínio da frequência para sinais contínuos: Transformada de Laplace Sinais e Sistemas Unidade 5 Representação em domínio da frequência para sinais contínuos: Transformada de Laplace Prof. Cassiano Rech, Dr. Eng. rech.cassiano@gmail.com Prof. Rafael Concatto Beltrame, Me.

Leia mais

Sistemas de Controle 1

Sistemas de Controle 1 Pontifícia Universidade Católica de Goiás Escola de Engenharia Sistemas de Controle 1 Cap6 Estabilidade Prof. Filipe Fraga Sistemas de Controle 1 6. Estabilidade 6.1 Introdução 6.2 Critério de Routh-Hurwitz

Leia mais

Aula 3. Carlos Amaral Fonte: Cristiano Quevedo Andrea

Aula 3. Carlos Amaral Fonte: Cristiano Quevedo Andrea Aula 3 Carlos Amaral Fonte: Cristiano Quevedo Andrea UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná DAELT - Departamento Acadêmico de Eletrotécnica Curitiba, Marco de 2012. Resumo 1 Introdução 2 3

Leia mais

Técnicas de Lugar das Raízes. Carlos Alexandre Mello. Carlos Alexandre Mello 1

Técnicas de Lugar das Raízes. Carlos Alexandre Mello. Carlos Alexandre Mello 1 Técnicas de Lugar das Raízes Carlos Alexandre Mello 1 Introdução Lugar das raízes é um método de análise e projeto para estabilidade e resposta de transiente É uma representação gráfica dos polos de um

Leia mais

Sintonia de Controladores PID

Sintonia de Controladores PID Sintonia de Controladores PID Objetivo: Determinar K p, K i e K d de modo a satisfazer especificações de projeto. Os efeitos independentes dos ganhos K p, K i e K d na resposta de malha fechada do sistema

Leia mais

Métodos de Resposta em Frequência Parte 2. Controle de Sistemas Renato Dourado Maia (Unimontes)

Métodos de Resposta em Frequência Parte 2. Controle de Sistemas Renato Dourado Maia (Unimontes) Métodos de Resposta em Frequência Parte 2 Controle de Sistemas Renato Dourado Maia (Unimontes) 1 Sistemas de Fase Mínima e Não Mínima Um sistema pode ter zeros no semiplano direito e ser também estável.

Leia mais

Controle de Processos Aula: Função de transferência, diagrama de blocos e pólos

Controle de Processos Aula: Função de transferência, diagrama de blocos e pólos 107484 Controle de Processos Aula: Função de transferência, diagrama de blocos e pólos Prof. Eduardo Stockler Tognetti Departamento de Engenharia Elétrica Universidade de Brasília UnB 1 o Semestre 2016

Leia mais

SC1 Sistemas de Controle 1. Cap. 2 - Estabilidade Prof. Tiago S Vítor

SC1 Sistemas de Controle 1. Cap. 2 - Estabilidade Prof. Tiago S Vítor SC1 Sistemas de Controle 1 Cap. 2 - Estabilidade Prof. Tiago S Vítor Sumário 1. Introdução 2. Critério de Routh-Hurwitz 3. Critério de Routh-Hurwitz: Casos Especiais 4. Projeto de Estabilidade via Routh-Hurwitz

Leia mais

Análise do Lugar das Raízes

Análise do Lugar das Raízes Análise do Lugar das Raízes A característica básica da resposta transitória de um sistema de malha fechada, depende essencialmente da localização dos pólos de malha fechada. É importante, então, que o

Leia mais

Aula 3. Circuitos Complexos via Método das Malhas. Função de transferência múltiplas malhas

Aula 3. Circuitos Complexos via Método das Malhas. Função de transferência múltiplas malhas 2 Aula 3 Circuitos Complexos via Método das Malhas 1. Substituir todos os valores dos elementos passivos por suas impedâncias. 2. Substituir todas as fontes e todas as variáveis no domínio do tempo pelas

Leia mais

O método do lugar das raízes

O método do lugar das raízes 4 O método do lugar das raízes 4.1 Introdução Neste capítulo é apresentado o método do lugar das raízes, que consiste basicamente em levantar a localização dos pólos de um sistema em malha fechada em função

Leia mais

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Circuitos Elétricos I EEL 420. Módulo 11

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Circuitos Elétricos I EEL 420. Módulo 11 Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuitos Elétricos I EEL 420 Módulo Laplace Bode Fourier Conteúdo - Transformada de Laplace.... - Propriedades básicas da transformada de Laplace....2 - Tabela de

Leia mais

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Circuitos Elétricos I EEL 420. Módulo 11

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Circuitos Elétricos I EEL 420. Módulo 11 Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuitos Elétricos I EEL 420 Módulo Laplace Bode Fourier Conteúdo - Transformada de Laplace.... - Propriedades básicas da transformada de Laplace....2 - Tabela de

Leia mais

Transformada Z. Transformada Z Bilateral. Transformada de Fourier e Transformada Z. A transformada de Fourier não converge para todas as sequências.

Transformada Z. Transformada Z Bilateral. Transformada de Fourier e Transformada Z. A transformada de Fourier não converge para todas as sequências. Transformada Z Luís Caldas de Oliveira Introdução A transformada de Fourier não converge para todas as sequências. A transformada Z abrange uma maior classe de sinais. sumo 1. Definição 2. gião de Convergência

Leia mais

Sistemas de Controle 2

Sistemas de Controle 2 Pontifícia Universidade Católica de Goiás Escola de Engenharia Sistemas de Controle 2 Cap.7 - Erros de Estado Estacionário Prof. Dr. Marcos Lajovic Carneiro Sistemas de Controle 2 Prof. Dr. Marcos Lajovic

Leia mais

FEUP - MIEEC - Análise Matemática 1

FEUP - MIEEC - Análise Matemática 1 FEUP - MIEEC - Análise Matemática Resolução da a Chamada - de Janeiro de 9 Respostas a perguntas diferentes em folhas diferentes Justifique cuidadosamente todas as respostas. Não é permitida a utilização

Leia mais

Aula 11. Cristiano Quevedo Andrea 1. Curitiba, Outubro de DAELT - Departamento Acadêmico de Eletrotécnica

Aula 11. Cristiano Quevedo Andrea 1. Curitiba, Outubro de DAELT - Departamento Acadêmico de Eletrotécnica Aula 11 Cristiano Quevedo Andrea 1 1 UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná DAELT - Departamento Acadêmico de Eletrotécnica Curitiba, Outubro de 2011. Resumo 1 Introdução - Lugar das Raízes

Leia mais

INTRODUÇÃO À ANALISE DE SINAIS ELT 032

INTRODUÇÃO À ANALISE DE SINAIS ELT 032 INTRODUÇÃO À ANALISE DE SINAIS ELT 032 Prof. Jeremias Barbosa Machado Introdução Neste capítulo estudaremos as Transformadas de Laplace. Elas apresentam uma representação de sinais no domínio da frequência

Leia mais

Sumário. CAPÍTULO 1 Introdução 1. CAPÍTULO 2 Terminologia dos Sistemas de Controle 14

Sumário. CAPÍTULO 1 Introdução 1. CAPÍTULO 2 Terminologia dos Sistemas de Controle 14 Sumário CAPÍTULO 1 Introdução 1 1.1 Sistemas de controle 1 1.2 Exemplos de sistemas de controle 2 1.3 Sistemas de controle de malha aberta e malha fechada 3 1.4 Realimentação 3 1.5 Características da realimentação

Leia mais

Universidade Federal do Rio de Janeiro COPPE Programa de Engenharia Química 2014/1

Universidade Federal do Rio de Janeiro COPPE Programa de Engenharia Química 2014/1 Universidade Federal do Rio de Janeiro COPPE Programa de Engenharia Química COQ 790 ANÁLISE DE SISTEMAS DA ENGENHARIA QUÍMICA AULA 8: Sistemas de Primeira Ordem (Continuação): Sistema Lead-Lag; Sistemas

Leia mais

Desempenho de Sistemas de Controle Realimentados. 3. Efeitos de um terceiro pólo e um zero na resposta de um sistema de segunda ordem

Desempenho de Sistemas de Controle Realimentados. 3. Efeitos de um terceiro pólo e um zero na resposta de um sistema de segunda ordem Desempenho de Sistemas de Controle Realimentados 1. Sinais de teste 2. Desempenho de sistemas de segunda ordem 3. Efeitos de um terceiro pólo e um zero na resposta de um sistema de segunda ordem 4. Estimação

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO. Professor Leonardo Gonsioroski

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO. Professor Leonardo Gonsioroski UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO O que veremos na aula de hoje Transformadas Direta e Inversa de Laplace Técnicas de Frações Parciais

Leia mais

SC1 Sistemas de Controle 1. Cap. 3 Erros no Regime Estacionário Prof. Tiago S Vítor

SC1 Sistemas de Controle 1. Cap. 3 Erros no Regime Estacionário Prof. Tiago S Vítor SC1 Sistemas de Controle 1 Cap. 3 Erros no Regime Estacionário Prof. Tiago S Vítor Sumário 1. Introdução 2. Erro em regime estacionário de sistemas com realimentação unitária 3. Constantes de Erro Estático

Leia mais

Sistemas de Controle 2

Sistemas de Controle 2 Pontifícia Universidade Católica de Goiás Escola de Engenharia Sistemas de Controle 2 Cap.10 Técnicas de Resposta em Frequência Prof. Dr. Marcos Lajovic Carneiro 10. Técnicas de Resposta de Frequência

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETRÔNICA DIAGRAMAS DE BODE

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETRÔNICA DIAGRAMAS DE BODE MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETRÔNICA 1. INTRODUÇÃO DIAGRAMAS DE BODE Para explicar os diagramas de Bode, vamos fazer, inicialmente, uma

Leia mais

Programa de engenharia biomédica. Princípios de instrumentação biomédica cob 781

Programa de engenharia biomédica. Princípios de instrumentação biomédica cob 781 Programa de engenharia biomédica Princípios de instrumentação biomédica cob 781 5 Circuitos de primeira ordem 5.1 Circuito linear invariante de primeira ordem resposta a excitação zero 5.1.1 O circuito

Leia mais

RESPOSTA EM FREQUÊNCIA: DIAGRAMA DE BODE

RESPOSTA EM FREQUÊNCIA: DIAGRAMA DE BODE RESPOSTA EM FREQUÊNCIA: DIAGRAMA DE BODE CCL Profa. Mariana Cavalca Baseado em: MAYA, Paulo Álvaro; LEONARDI, Fabrizio. Controle essencial. São Paulo: Pearson, 2011. OGATA, Katsuhiko. Engenharia de controle

Leia mais

Métodos de Resposta em Freqüência

Métodos de Resposta em Freqüência Métodos de Resposta em Freqüência 1. Sistemas de fase mínima 2. Exemplo de traçado do diagrama de Bode 3. Medidas da resposta em freqüência 4. Especificações de desempenho no domínio da freqüência pag.1

Leia mais

Aula 8. Cristiano Quevedo Andrea 1. Curitiba, Abril de DAELT - Departamento Acadêmico de Eletrotécnica

Aula 8. Cristiano Quevedo Andrea 1. Curitiba, Abril de DAELT - Departamento Acadêmico de Eletrotécnica Classificaçã dos Sistemas de Controle Especificaçõe do Estado Estacionário de Erro Aula 8 Cristiano Quevedo Andrea 1 1 UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná DAELT - Departamento Acadêmico

Leia mais

Estabilidade de sistemas de controle lineares invariantes no tempo

Estabilidade de sistemas de controle lineares invariantes no tempo 2 Estabilidade de sistemas de controle lineares invariantes no tempo 2.1 Introdução Neste capítulo, vamos definir alguns conceitos relacionados à estabilidade de sistemas lineares invariantes no tempo.

Leia mais

Controle de Processos Aula: Sistemas de 1ª e 2ª ordem

Controle de Processos Aula: Sistemas de 1ª e 2ª ordem 107484 Controle de Processos Aula: Sistemas de 1ª e 2ª ordem Prof. Eduardo Stockler Tognetti Departamento de Engenharia Elétrica Universidade de Brasília UnB 1 o Semestre 2016 E. S. Tognetti (UnB) Controle

Leia mais

EES-49/2012 Prova 2. Individual Duração: 100 minutos. Consulta permitida a uma página A4 com anotações pessoais e fórmulas.

EES-49/2012 Prova 2. Individual Duração: 100 minutos. Consulta permitida a uma página A4 com anotações pessoais e fórmulas. EES-49/2012 Prova 2 Individual Duração: 100 minutos Consulta permitida a uma página A4 com anotações pessoais e fórmulas. Permitido o uso de calculadora para a realização de operações básicas, incluindo

Leia mais

Sistemas de Controle 1

Sistemas de Controle 1 Pontifícia Universidade Católica de Goiás Escola de Engenharia Sistemas de Controle 1 Cap3 Modelagem no Domínio do Tempo Prof. Dr. Marcos Lajovic Carneiro Sistemas de Controle 1 Prof. Dr. Marcos Lajovic

Leia mais

AULA 3. CRITÉRIO DE ESTABILIDADE DE Routh-Hurwitz. Universidade Federal do ABC UFABC ESTA003-17: SISTEMAS DE CONTROLE I

AULA 3. CRITÉRIO DE ESTABILIDADE DE Routh-Hurwitz. Universidade Federal do ABC UFABC ESTA003-17: SISTEMAS DE CONTROLE I Universidade Federal do ABC UFABC ESTA003-17: SISTEMAS DE CONTROLE I AULA 3 CRITÉRIO DE ESTABILIDADE DE Routh-Hurwitz PROF. DR. ALFREDO DEL SOLE LORDELO TELA CHEIA Critério de estabilidade de Routh A questão

Leia mais

Fundamentos de Controle

Fundamentos de Controle Fundamentos de Controle Análise de resposta transitória. Sistemas de primeira e segunda ordem. Prof. Juliano G. Iossaqui Engenharia Mecânica Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) Londrina,

Leia mais

Derivadas 1 DEFINIÇÃO. A derivada é a inclinação da reta tangente a um ponto de uma determinada curva, essa reta é obtida a partir de um limite.

Derivadas 1 DEFINIÇÃO. A derivada é a inclinação da reta tangente a um ponto de uma determinada curva, essa reta é obtida a partir de um limite. Derivadas 1 DEFINIÇÃO A partir das noções de limite, é possível chegarmos a uma definição importantíssima para o Cálculo, esta é a derivada. Por definição: A derivada é a inclinação da reta tangente a

Leia mais

ERRO EM REGIME PERMANENTE

ERRO EM REGIME PERMANENTE MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETRÔNICA ERRO EM REGIME PERMANENTE Inicialmente veja o sistema realimentado mostrado na figura

Leia mais

II. REVISÃO DE FUNDAMENTOS

II. REVISÃO DE FUNDAMENTOS INSTITUTO TECNOLÓGICO DE AERONÁUTICA CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA-AERONÁUTICA MPS-43: SISTEMAS DE CONTROLE II. REVISÃO DE FUNDAMENTOS Prof. Davi Antônio dos Santos (davists@ita.br) Departamento de Mecatrônica

Leia mais

Fundamentos de Controlo

Fundamentos de Controlo Fundamentos de Controlo a Série Resposta no Tempo de Sistemas Causais. S.1 Exercícios Resolvidos P.1 Seja H(s) = s (s + ) a função de transferência de um SLIT contínuo causal. Qual dos sinais da Figura

Leia mais

Experimento 5 Circuitos RLC com onda quadrada

Experimento 5 Circuitos RLC com onda quadrada Experimento 5 Circuitos RLC com onda quadrada 1. OBJETIVO O objetivo desta aula é estudar a variação de voltagem nas placas de um capacitor, em função do tempo, num circuito RLC alimentado com onda quadrada.

Leia mais

Transformada de Laplace

Transformada de Laplace Sinais e Sistemas Transformada de Laplace lco@ist.utl.pt Instituto Superior Técnico Sinais e Sistemas p.1/60 Resumo Definição da transformada de Laplace. Região de convergência. Propriedades da transformada

Leia mais

Capítulo 8 Realimentação

Capítulo 8 Realimentação Capítulo 8 Realimentação Considerações Gerais A Fig. 1 mostra o sistema com realimentação negativa, onde H(s) e G(s) são chamados de malha direta e de realimentação, respectivamente. Fig. 1. Malha de Realimentação

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO DEPROCESSOS

CARACTERIZAÇÃO DEPROCESSOS CARACTERIZAÇÃO DEPROCESSOS ESINTONIA DECONTROLADORES PORMÉTODOSEMPÍRICOS Profa. Cristiane Paim Semestre 2014-2 Caracterização de Processos Considere a configuração série de um sistema de controle: Dado

Leia mais

Projeto por Intermédio do Lugar das Raízes

Projeto por Intermédio do Lugar das Raízes CAPÍTULO NOVE Projeto por Intermédio do Lugar das Raízes SOLUÇÕES DE DESAFIOS DOS ESTUDOS DE CASO Controle de Antena: Compensação por Atraso e Avanço de Fase a. Não-compensado: Com base no Desafio de Estudos

Leia mais

Sistemas de controle. Prof. André Schneider de Oliveira

Sistemas de controle. Prof. André Schneider de Oliveira Sistemas de controle Prof. André Schneider de Oliveira Estrutura da apresentação Conceitos fundamentais do sistemas de controle Características da resposta Introdução à estabilidade Polos e zeros Conceito

Leia mais

Unidade V - Desempenho de Sistemas de Controle com Retroação

Unidade V - Desempenho de Sistemas de Controle com Retroação Unidade V - Desempenho de Sistemas de Controle com Retroação Introdução; Sinais de entrada para Teste; Desempenho de um Sistemas de Segunda Ordem; Efeitos de um Terceiro Pólo e de um Zero na Resposta Sistemas

Leia mais

Ações de controle básicas: uma análise do desempenho em regime

Ações de controle básicas: uma análise do desempenho em regime Capítulo 3 Ações de controle básicas: uma análise do desempenho em regime estático 3. Introdução Neste capítulo, as ações de controle básicas utilizadas em controladores industriais e o seu desempenho

Leia mais

Transformada de Laplace. Transformada de Laplace (CP1) DEQ/UFSCar 1 / 76

Transformada de Laplace. Transformada de Laplace (CP1)  DEQ/UFSCar 1 / 76 Transformada de Laplace Transformada de Laplace (CP) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp DEQ/UFSCar / 76 Roteiro I Introdução Definição da Transformada Transformada de Laplace de Algumas Funções Transformada

Leia mais