Medidas de efeito e impacto em Epidemiologia Nutricional

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Medidas de efeito e impacto em Epidemiologia Nutricional"

Transcrição

1 Medidas de efeito e impacto em Epidemiologia Nutricional Profª. Drª Marly Augusto Cardoso Departamento de Nutrição, Faculdade de Saúde Pública, USP e mail: marlyac@usp usp.br

2 Delineamento dos Estudos de Casos e Controles Tempo Direção do Estudo Expostos Não Expostos Expostos Não Expostos Inicia com: Casos Controles População

3 Delineamento de um Estudo de Coorte Tempo Direção do Estudo População Pessoas sem a doença Expostos Não Expostos Doentes Sadios Doentes Sadios

4 Ensaio Clínico Aleatorizado Controlado População Estudada Seleção pelo critério definido Participantes potenciais Não participantes Convidados a participar Participantes Não participante Sorteados Controle Tratamento/Intervenção

5 População E + O + O + E + E + O + E - O - O - E - E - O - Tipo de Estudo Amostra Tipo de Estudo Tipo de Estudo Exposição passada Seleção com base no desfecho Seleciona exposição e desfecho s/ prévio conhecimento Seleção 2º exposição ou medida inicial seguimento Registro de desfecho Tipo de Estudo Seleção sem conhecimento de exposição ou desfecho Modif. Expo- sição seguimento Registro de desfecho Passado Presente Futuro O = outcome (desfecho); E = exposição

6 Conceitos: Odds: palavra inglesa (sem tradução adequada) que se refere a um quociente. O número (ou probabilidade) de um evento dividido pelo número (ou probabilidade) da ausência deste evento. No exemplo anterior, para cada desnutrido há 4 crianças eutróficas, ou seja, odds = ¼ ou 0,25.

7 Conceitos: Razão (Ratio): é a divisão de um número (numerador) por outro (denominador). Varia de 0 a mais infinito. Ex.: em uma população existem 2,3 pessoas por dormitório. Proporção: razão em que o numerador está incluindo no denominador. Varia de zero a um. Ex.: se entre 50 crianças 10 estão desnutridas, a proporção é de 0,2 (ou 20%)

8 Conceitos: Taxa (rate): Em epidemiologia refere-se à velocidade instantânea de uma mudança por unidade de tempo. Ex.: assim como um carro está avançando, em determinado momento, a 80km/h, uma população pode estar morrendo a 5% ao ano. Pode variar de 0 a mais infinito.

9 Conceitos: Incidência: Número de indivíduos que se tornam doentes durante um dado período em uma dada população que, no início do período, não estavam doentes. Pode ser usado de forma mais genérica para definir o número de eventos novos. O termo incidência é muitas vezes usado para taxa de incidência (incidence rate).

10 Conceitos: Densidade de incidência: Taxa de incidência de pessoa-ano (person-time); usado às vezes para descrever a taxa de hazard (= fator ou exposição que pode adversamente afetar a saúde). Fonte: Last JM. A dictionary of Epidemiology. 3rd em. New York: Oxford University Press, 1995.

11 Medidas de efeito: A epidemiologia analítica se caracteriza pela comparação do risco de adoecer entre um grupo exposto a um fator de risco de interesse e um grupo de referência As medidas de efeito indicam a magnitude do efeito de um fator de risco sobre a ocorrência da doença ou variável de interesse

12 Doentes (ou casos ) Não doentes (ou controles ) Total Expostos a b a + b Não-expostos c d c + d Total a + c b + d

13 Risco Relativo (RR): Quantas vezes a mais é provável que uma pessoa exposta fique doente em relação a uma não exposta? RR é a taxa de risco. incidência entre os expostos a/a+b RR = incidência entre os não-expostos = c/c+d

14 Odds Ratio (OR): Razão de odds, razão das probabilidades, razão das chances, razão dos produtos cruzados. OR é estimativa do RR; é a razão de exposição: doentes expostos /doentes não-expostos a/c OR = não doentes expostos/não doentes não-expostos = b/d

15 Tipo de estudo Transversal Medida de ocorrência estimável Prevalência Medida de efeito Razão de prevalências Caso-Controle Coortes Prevalência de exposição Incidência cumulativa Razão de odds RR ou razão de incidências cumulativas Taxa de incidência ou densidade de incidência (DI) Razão de taxas de incidência ou de DI

16 Interpretação: RR: quantas vezes maior é o risco entre os expostos comparado aos não expostos RR = 1,3 significa que o risco entre os expostos é 1,3 vezes maior ou 30% maior RR = 0,7 significa que o risco entre os expostos é 0,7 o dos não expostos ou confere proteção de 30%

17 Interpretação: Na interpretação dos valores pontuais de RR ou de OR deve-se levar em consideração o intervalo com 95% de confiança

18 Medidas de impacto: Qual a proporção de casos observados é de responsabilidade de um determinado fator de risco? Se fosse possível eliminar completamente um fator de risco, em quanto seria reduzida, a nível populacional, a ocorrência de uma doença?

19 Medidas de impacto: Em se tratando de fatores de risco, esta medida é chamada de fração etiológica ou risco atribuível. Qual o risco adicional que acompanha a exposição, acima daquela experimentada pelas pessoas não-expostas? : RA = incidência nos expostos incidência nos nãoexpostos

20 Medidas de impacto: Risco atribuível à população: Qual a contribuição de um fator de risco às taxas de doença na população? RAP = RA x presença do fator de risco na população

Medidas de Associação em Epidemiologia

Medidas de Associação em Epidemiologia UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Medidas de Associação em Epidemiologia Prof. Fredi Alexander Diaz Quijano Departamento Epidemiologia FSP E-mail: frediazq@msn.com Comparando riscos: 30% 25% 20% 15% 10% 5% Incidência

Leia mais

Medidas de Associação-Efeito. Teste de significância

Medidas de Associação-Efeito. Teste de significância Medidas de Associação-Efeito Teste de significância 1 O método Epidemiológico estudos descritivos Epidemiologia descritiva: Observação da frequência e distribuição de um evento relacionado à saúde-doença

Leia mais

ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS. Lúcio Botelho Sérgio Freitas

ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS. Lúcio Botelho Sérgio Freitas ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Lúcio Botelho Sérgio Freitas ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO CONCEITO: Todo aquele que focaliza a ocorrência de um fenômeno numa população ou amostra representativa. Se baseia na observação

Leia mais

Tipos de estudos epidemiológicos

Tipos de estudos epidemiológicos Tipos de estudos epidemiológicos Vítor Salvador Picão Gonçalves Universidade de Brasília Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária Laboratório de Epidemiologia Veterinária - EpiPlan Objetivos da aula

Leia mais

Delineamento de Estudos em Epidemiologia Nutricional

Delineamento de Estudos em Epidemiologia Nutricional Delineamento de Estudos em Epidemiologia Nutricional Profª. Drª Marly Augusto Cardoso Departamento de Nutrição, Faculdade de Saúde Pública, USP e-maile mail: marlyac@usp usp.br Nutrição Humana Visa o conhecimento

Leia mais

Medidas de Epidemiologia Geral Parte I

Medidas de Epidemiologia Geral Parte I Medidas de Epidemiologia Geral Parte I Faculdade de Ciências Médicas de Cacoal FACIMED Profª Gracian Li Pereira Habilidades Gerais VI Epidemiologia Geral 2012.2 Tipos de frações utilizadas para descrever

Leia mais

Medidas de efeito e associação em epidemiologia

Medidas de efeito e associação em epidemiologia Medidas de efeito e associação em epidemiologia Objetivo central da pesquisa epidemiológica: identificação de relações causais entre exposições (fatores de risco ou proteção) e desfechos (doenças ou medidas

Leia mais

Vigilância Epidemiológica, Sanitária e Ambiental

Vigilância Epidemiológica, Sanitária e Ambiental Saúde Pública Vigilância Epidemiológica, Sanitária e Ambiental Tema 8 Estudos em Epidemiologia Bloco 1 Danielle Cristina Garbuio Objetivo da aula Apresentar os principais desenhos de pesquisa em epidemiologia.

Leia mais

Medidas de ocorrência de doença

Medidas de ocorrência de doença Universidade de São Paulo Faculdade de Saúde Pública Departamento de Epidemiologia Medidas de ocorrência de doença ANA PAULA SAYURI SATO Companhia Pop. 1851 HISTÓRICO Mortes por cólera Coef. Mort /1000

Leia mais

Ajustar Técnica usada na análise dos dados para controlar ou considerar possíveis variáveis de confusão.

Ajustar Técnica usada na análise dos dados para controlar ou considerar possíveis variáveis de confusão. Glossário Ajustar Técnica usada na análise dos dados para controlar ou considerar possíveis variáveis de confusão. Análise de co-variância: Procedimento estatístico utilizado para análise de dados que

Leia mais

MEDIDAS DE FREQUÊNCIA DE EVENTOS Aula 6

MEDIDAS DE FREQUÊNCIA DE EVENTOS Aula 6 MEDIDAS DE FREQUÊNCIA DE EVENTOS Aula 6 MEDIDA DA OCORRÊNCIA DE EVENTOS COMO DOENÇAS, AGRAVOS À SAÚDE (ACIDENTES, VIOLÊNCIAS) E MORTES. Exemplo: número de pessoas que apresentaram uma dada doença num certo

Leia mais

EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA: ESTUDOS DE COORTE

EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA: ESTUDOS DE COORTE UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA E BIOESTATÍSTICA EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA: ESTUDOS DE COORTE 2018 - I www.epi.uff.br Prof Cynthia Boschi O que são estudos epidemiológicos Estudos

Leia mais

RISCO. em epidemiologia e ciências da saúde

RISCO. em epidemiologia e ciências da saúde RISCO em epidemiologia e ciências da saúde Factor de risco Um factor (ou exposição ) que se suspeita estar associado a uma doença, no sentido em que a sua presença aumenta a probabilidade de doença Pode

Leia mais

Aula 6 Delineamento de estudos epidemiológicos Epidemiologia analítica

Aula 6 Delineamento de estudos epidemiológicos Epidemiologia analítica Faculdade de Saúde Pública Departamento de Epidemiologia HEP142 Epidemiologia Aula 6 Delineamento de estudos epidemiológicos Epidemiologia analítica Rossana V. Mendoza López Lembrando da aula anterior

Leia mais

ENFERMAGEM EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA. Aula 4. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA. Aula 4. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Aula 4 Profª. Tatiane da Silva Campos Medidas de Frequência de Doenças Risco É o conceito epidemiológico do conceito matemático de probabilidade. É

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Estudos epidemiológicos: Estudos de Caso-Controle Graduação em nutrição 2017 TIPOS PRINCIPAIS DE DESENHOS DE ESTUDO Estudos Epidemiológicos Não Experimental Experimental Dados

Leia mais

09/03/2012. Razão, Proporção e Taxas = 5 / 2 = 2,5 / 1. Qual é o denominador???? Razão (Exemplos) = 0.5 = 50% 4

09/03/2012. Razão, Proporção e Taxas = 5 / 2 = 2,5 / 1. Qual é o denominador???? Razão (Exemplos) = 0.5 = 50% 4 Razão, Proporção e Taxas Razão Proporção Taxa Razão Quociente de duas quantidades O numerador não é necessariamente incluído no denominador Permite comparar quantidades de diferentes naturezas Qual é o

Leia mais

Métodos de investigação científica. Medidas de eventos em saúde 5/13/14. História natural da doença eventos em saúde

Métodos de investigação científica. Medidas de eventos em saúde 5/13/14. História natural da doença eventos em saúde História natural da doença eventos em saúde Métodos de investigação científica Medidas de eventos em saúde Prof. Dra Marisa M. Mussi-Pinhata História natural da doença eventos em saúde Medidas de ocorrência

Leia mais

METODOLOGIA EPIDEMIOLOGICA

METODOLOGIA EPIDEMIOLOGICA METODOLOGIA EPIDEMIOLOGICA CLASSIFICAÇÃO DOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS: ESTUDOS DESCRITIVOS Os estudos descritivos objetivam informar sobre a distribuição de um evento, na população, em termos quantitativos.

Leia mais

Medidas de freqüência

Medidas de freqüência Medidas de freqüência IESC/UFRJ Mestrado em Saúde Coletiva Especialização em Saúde Coletiva Modalidade Residência Professores: Pauline Lorena Kale e Antonio José Leal Costa 2009 Ocorrência de doença Medidas

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA. Medidas de Freqüência de doenças e Medidas do Efeito da Exposição

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA. Medidas de Freqüência de doenças e Medidas do Efeito da Exposição UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA Medidas de Freqüência de doenças e Medidas do Efeito da Exposição HEP 0176 Epidemiologia para Curso de Nutrição 2017 1.

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Epidemiologia HEP 143

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Epidemiologia HEP 143 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Epidemiologia HEP 143 TIPOS PRINCIPAIS DE DESENHOS DE ESTUDO Estudos Epidemiológicos Não Experimental Experimental Dados agregados Dados individuais Ensaio clínico randomizado

Leia mais

Estudos Epidemiológicos Analíticos: Definição, tipologia, conceitos. Prof. Dr.Ricardo Alexandre Arcêncio

Estudos Epidemiológicos Analíticos: Definição, tipologia, conceitos. Prof. Dr.Ricardo Alexandre Arcêncio Estudos Epidemiológicos Analíticos: Definição, tipologia, conceitos Prof. Dr.Ricardo Alexandre Arcêncio Estudos epidemiológicos analíticos Estudo transversal Exposição (Causa) Coorte Caso-controle Doença

Leia mais

Medidas de ocorrência: conhecendo a distribuicão... agravos, doenças e condições de saúde em uma população

Medidas de ocorrência: conhecendo a distribuicão... agravos, doenças e condições de saúde em uma população NOTAS DE EPIDEMIOLOGIA E ESTATÍSTICA Medidas de ocorrência: conhecendo a distribuição de agravos, doenças e condições de saúde em uma população Measuring disease occurrence: understanding the distribution

Leia mais

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS. CLÁUDIA PINHO HARTLEBEN MÉDICA VETERINÁRIA

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS. CLÁUDIA PINHO HARTLEBEN MÉDICA VETERINÁRIA TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS CLÁUDIA PINHO HARTLEBEN MÉDICA VETERINÁRIA clauhart@terra.com.br Email: claudia.fernandes@ufpel.tche.br PREVALÊNCIA População examinada quanto a presença ou ausência de

Leia mais

MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO

MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO EPIDEMIOLOGIA UNIDADE IV FINALIDADE: provar a existência de uma associação entre uma exposição e um desfecho. 1 RISCO RELATIVO (RR) Expressa uma comparação matemática entre o risco de adoecer em um grupo

Leia mais

Freqüências absolutas

Freqüências absolutas Universidade Federal do Rio de Janeiro Programa de Pós P s Graduação em Saúde Coletiva Medidas de Freqüência de Doenças e Problemas de Saúde: Incidência, Prevalência Medida de Frequência = Quantificação

Leia mais

Princípios de Bioestatística

Princípios de Bioestatística Princípios de Bioestatística Medidas de efeito: Risco Relativo e Razão de Chances Enrico A. Colosimo/UFMG http://www.est.ufmg.br/ enricoc/ Depto. Estatística - ICEx - UFMG 1 / 19 2 / 19 Medidas de Efeito

Leia mais

Medidas de Ocorrência de Doenças: Morbidade

Medidas de Ocorrência de Doenças: Morbidade Ribeirão Preto, 2016 DISCIPLINA EPIDEMIOLOGIA Medidas de Ocorrência de Doenças: Morbidade Luiz Henrique Arroyo ROTEIRO DA AULA Conceitos básicos da epidemiologia o Epidemia, Endemia o Pandemia, Surto o

Leia mais

RISCO. em epidemiologia

RISCO. em epidemiologia RISCO em epidemiologia Dois dogmas da epidemiologia 1. Os casos de doença não têm distribuição aleatória no espaço e no tempo. 2. Existem factores de risco que influenciam o aparecimento e/ou desenvolvimento

Leia mais

13/06/2011 ESTUDOS ECOLÓGICOS. Introdução a Epidemiologia. Introdução a Epidemiologia. Epidemiologia. Estudos epidemiológicos

13/06/2011 ESTUDOS ECOLÓGICOS. Introdução a Epidemiologia. Introdução a Epidemiologia. Epidemiologia. Estudos epidemiológicos Universidade Federal do Rio de janeiro Programa de Pós Graduação em Saúde Coletiva ESTUDOS ECOLÓGICOS Mario Vianna Vettore Epidemiologia Estudo da ocorrência e distribuição de estados ou eventos relacionados

Leia mais

Medidas de Impacto. Risco atribuível aos expostos

Medidas de Impacto. Risco atribuível aos expostos Medidas de Impacto. São diferenças de medidas de frequência; alguns autores dizem que são também medidas de associação. Enquanto que o Risco Relativo (), uma medida de associação, nos indica quanto mais

Leia mais

Medidas de Impacto. c) SALADA:

Medidas de Impacto. c) SALADA: Medidas de Impacto. 1) Amostra = 2189 Doentes = 1566 Não doentes = 623 Estudo de Coorte retrospectivo. (esta é a resposta mais correcta; no entanto, é possível argumentar a favor de um estudo transversal

Leia mais

QUANTOS ADOECEM E MORREM?

QUANTOS ADOECEM E MORREM? QUANTOS ADOECEM E MORREM? Medidas de frequência de doenças Razão, proporções, índice. Indicadores epidemiológicos de morbidade: Conceitos e exemplos de incidência e prevalência. O Enfoque epidemiológico

Leia mais

RPP Estudos observacionais. Seqüência comum dos estudos ESTUDOS DE CASO-CONTROLE

RPP Estudos observacionais. Seqüência comum dos estudos ESTUDOS DE CASO-CONTROLE RPP 5722 2014 69 FMRP - USP Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente ESTUDOS DE CASO-CONTROLE Heloisa Bettiol 2011 Modelos de estudos de investigação científica em clínica e epidemiologia

Leia mais

12/03/2012. Risco Relativo ou razão de incidências acumuladas. Razão de taxas de incidências RR= exposta NÃO DESENVOLVE DOENÇA PESSOAS-TEMPO

12/03/2012. Risco Relativo ou razão de incidências acumuladas. Razão de taxas de incidências RR= exposta NÃO DESENVOLVE DOENÇA PESSOAS-TEMPO // RISCO RELATIVO: INCIDÊNCIA Risco absoluto, indica a magnitude de risco em um grupo de pessoas com uma certa exposição leva em consideração o risco que existe nas pessoas não expostas RISCO RELATIVO:

Leia mais

ESTUDOS: EXPLICANDO O PROBLEMA

ESTUDOS: EXPLICANDO O PROBLEMA ESTUDOS: EXPLICANDO O PROBLEMA Estudo Caso-Controle e de Intervenção Tipos de estudos epidemiológicos ESTUDOS DESCRITIVOS DE ÂMBITO CLÍNICO urelato de caso ou Série de casos u Coorte clínica ou estudo

Leia mais

MEDIDAS DE POSIÇÃO E DE DISPERSÃO. Profª Andréa H Dâmaso

MEDIDAS DE POSIÇÃO E DE DISPERSÃO. Profª Andréa H Dâmaso MEDIDAS DE POSIÇÃO E DE DISPERSÃO Profª Andréa H Dâmaso Bioestatística e Delineamento Experimental - 2012 Tópicos da aula Medidas de tendência central e dispersão Variáveis contínuas: distribuição normal

Leia mais

aula 12: estudos de coorte estudos de caso-controle

aula 12: estudos de coorte estudos de caso-controle ACH-1043 Epidemiologia e Microbiologia aula 12: estudos de coorte estudos de caso-controle Helene Mariko Ueno papoula@usp.br Estudo epidemiológico observacional experimental dados agregados dados individuais

Leia mais

REVISÃO. Conceitos, fórmulas, passo a passo e dicas!

REVISÃO. Conceitos, fórmulas, passo a passo e dicas! REVISÃO Conceitos, fórmulas, passo a passo e dicas! Incidência e Prevalência Taxas que quantificam o número de pessoas afetadas e descrevem como uma doença ocorre em determinado local em um determinado

Leia mais

Seqüência comum dos estudos

Seqüência comum dos estudos FMRP - USP Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente Seqüência comum dos estudos Relatos de casos Reconhecem o problema ESTUDOS DE CASO-CONTROLE Masirisa Mus 2017 Estudos descritivos

Leia mais

Medir Saúde e Doença

Medir Saúde e Doença Medir Saúde e Doença SHE- FMUP 2003 Epidemiologia O estudo da distribuição e dos determinantes dos estados de saúde ou eventos em populações específicas, e a aplicação deste estudo ao controlo dos problemas

Leia mais

Método epidemiológico aplicado à avaliação de intervenções (ênfase em vacinas)

Método epidemiológico aplicado à avaliação de intervenções (ênfase em vacinas) Universidade de São Paulo Faculdade de Saúde Pública Departamento de Epidemiologia Método epidemiológico aplicado à avaliação de intervenções (ênfase em vacinas) ANA PAULA SAYURI SATO Como medir efeitos

Leia mais

Gabarito: Letra B. I é falso porque fumo é uma causa contributiva (componente) e III é falso porque o RR seria igual a 1.

Gabarito: Letra B. I é falso porque fumo é uma causa contributiva (componente) e III é falso porque o RR seria igual a 1. Questão 1 (0,5 ponto): Com base nas seguintes afirmações, responda: I) Fumar aumenta o risco de câncer de pulmão. Entretanto, nem todos os fumantes desenvolvem câncer e alguns não-fumantes o desenvolvem.

Leia mais

MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO E IMPACTO. Ana Azevedo Serviço de Higiene e Epidemiologia Faculdade de Medicina da Universidade do Porto

MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO E IMPACTO. Ana Azevedo Serviço de Higiene e Epidemiologia Faculdade de Medicina da Universidade do Porto MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO E IMPACTO Ana Azevedo Serviço de Higiene e Epidemiologia Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Causas Perito no tribunal => causa da doença individualmente Notificação de

Leia mais

Principais Delineamentos de Pesquisa. Lisia von Diemen

Principais Delineamentos de Pesquisa. Lisia von Diemen Principais Delineamentos de Pesquisa Lisia von Diemen Tipos de Estudos Observacionais Descritivos Analíticos Instante Período de Tempo Experimentais Randomizado Não-Randomizado Observacionais Descritivos

Leia mais

Tipo de estudos epidemiológicos

Tipo de estudos epidemiológicos Tipo de estudos epidemiológicos Observacionais: A causa (exposição) e o efeito (desfecho) são mensurados em um único momento no tempo. Parte-se da exposição (presente/ausente) e, em pelo menos em um momento

Leia mais

Princípios de Bioestatística

Princípios de Bioestatística Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Exatas Departamento de Estatística Princípios de Bioestatística Aula 3: Medidas de Associação entre Variáveis Qualitativas: Risco Relativo Razão

Leia mais

Medir saúde e doença II. Medidas de Mortalidade Indicadores de Saúde Padronização

Medir saúde e doença II. Medidas de Mortalidade Indicadores de Saúde Padronização Medir saúde e doença II Medidas de Mortalidade Indicadores de Saúde Padronização Prevalência Risco Taxa incidência O que é medido Unidades Percentagem de população com doença Sem Probabilidade de doença

Leia mais

QUANTIFICAÇÃO DAS DOENÇAS NAS POPULAÇÕES

QUANTIFICAÇÃO DAS DOENÇAS NAS POPULAÇÕES QUANTIFICAÇÃO DAS DOENÇAS NAS POPULAÇÕES Prof. Francisco Baptista A defesa da saúde populacional, através de medidas de profilaxia, tem como base o conhecimento da freqüência da doença e dos seus determinantes,

Leia mais

Epidemiologia Analítica. Estudos de risco: Estudos de coorte

Epidemiologia Analítica. Estudos de risco: Estudos de coorte Epidemiologia Analítica Estudos de risco: Estudos de coorte Mendonça MFS, Ludermir AB. Violência por parceiro íntimo e incidência de transtorno mental comum. Rev Saude Publica. 2017 Apr 10;51:32. OBJETIVO:

Leia mais

BIOESTATÍSTICA AULA 7. Anderson Castro Soares de Oliveira Jose Nilton da Cruz. Departamento de Estatística/ICET/UFMT

BIOESTATÍSTICA AULA 7. Anderson Castro Soares de Oliveira Jose Nilton da Cruz. Departamento de Estatística/ICET/UFMT BIOESTATÍSTICA AULA 7 Anderson Castro Soares de Oliveira Jose Nilton da Cruz Departamento de Estatística/ICET/UFMT Tabela de contingência TABELA DE CONTINGÊNCIA Uma forma de resumir e apresentar variáveis

Leia mais

Desenvolvendo um protocolo de pesquisa. Profª Gracian Li Pereira Fundamentos de Pesquisa 4º período FACIMED 2011/2

Desenvolvendo um protocolo de pesquisa. Profª Gracian Li Pereira Fundamentos de Pesquisa 4º período FACIMED 2011/2 Desenvolvendo um protocolo de pesquisa Profª Gracian Li Pereira Fundamentos de Pesquisa 4º período FACIMED 2011/2 Carta de intenções Que pesquisa é proposta? Com que problema o projeto de pesquisa está

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Epidemiologia HEP Cassia Maria Buchalla

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Epidemiologia HEP Cassia Maria Buchalla UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Epidemiologia HEP 0176 2017 Cassia Maria Buchalla TIPOS PRINCIPAIS DE DESENHOS DE ESTUDO Estudos Epidemiológicos Não Experimental Experimental Dados agregados Dados individuais

Leia mais

Medidas de Frequência de. Doenças

Medidas de Frequência de. Doenças Universidade Federal do Rio de Janeiro Centro de Ciências da Saúde Faculdade de Medicina / Instituto de Estudos em Saúde Coletiva - IESC Departamento Medicina Preventiva Disciplina de Epidemiologia Medidas

Leia mais

Estudos de Caso-Controle

Estudos de Caso-Controle UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Estudos de Caso-Controle Prof. Fredi Alexander Diaz Quijano Departamento Epidemiologia FSP E-mail: frediazq@msn.com Estudos de Caso-Controle Comparação de grupos de pessoas selecionadas

Leia mais

ESTUDOS OBSERVACIONAIS TÓPICOS DA APRESENTAÇÃO PERÍODO DE OBSERVAÇÃO TIPOS DE ESTUDOS CLÍNICOS TRANSVERSAIS. Taiza E. G.

ESTUDOS OBSERVACIONAIS TÓPICOS DA APRESENTAÇÃO PERÍODO DE OBSERVAÇÃO TIPOS DE ESTUDOS CLÍNICOS TRANSVERSAIS. Taiza E. G. 1 UD BVACINAI ANVAI aiza. G. antos-pontelli NCC5701 - Metodologia Científica e studos Clínicos ÓPIC DA APNAÇÃ 1. Período de observação 2. studos transversais: conceitos 3. studos transversais: descritivos,

Leia mais

1.1 Analise e interprete o efeito da cobertura da ESF na razão de taxa de mortalidade infantil bruta e ajustada.

1.1 Analise e interprete o efeito da cobertura da ESF na razão de taxa de mortalidade infantil bruta e ajustada. CONCURSO PÚBLICO DA FIOCRUZ - 2016 GABARITO DA DISCURSIVA CARGO: Pesquisador em Saúde Pública (PE 4004) PERFIL: PE 4004 Epidemiologia em Saúde Pública 1ª QUESTÃO 1.1 Analise e interprete o efeito da cobertura

Leia mais

Alternativas à Regressão Logística para análise de dados

Alternativas à Regressão Logística para análise de dados XVIII Congresso Mundial de Epidemiologia VII Congresso Brasileiro de Epidemiologia EIDEMIOLOGIA NA CONSTRUÇÃO DA SAÚDE ARA TODOS: MÉTODOS ARA UM MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO Alternativas à Regressão Logística

Leia mais

UERGS Administração de Sistemas e Serviços de Saúde Introdução ao Método Epidemiológico. 1. Indicadores epidemiológicos, mortalidade e morbidade.

UERGS Administração de Sistemas e Serviços de Saúde Introdução ao Método Epidemiológico. 1. Indicadores epidemiológicos, mortalidade e morbidade. UERGS Administração de Sistemas e Serviços de Saúde Introdução ao Método Epidemiológico 1. Indicadores epidemiológicos, mortalidade e morbidade. 2. Exercícios gerais. 2.1 Estudos epidemiológicos coletivos.

Leia mais

Unidade: Medidas de Frequência de Doenças e Indicadores de Saúde em Epidemiologia. Unidade I:

Unidade: Medidas de Frequência de Doenças e Indicadores de Saúde em Epidemiologia. Unidade I: Unidade: Medidas de Frequência de Doenças e Indicadores de Saúde em Epidemiologia Unidade I: 0 Unidade: Medidas de Frequência de Doenças e Indicadores de Saúde em Epidemiologia Introdução Existem evidências

Leia mais

Métodologia científica e estudos epidemiológicos observacionais. Jorge Barros, semestre 3

Métodologia científica e estudos epidemiológicos observacionais. Jorge Barros, semestre 3 Métodologia científica e estudos epidemiológicos observacionais. Jorge Barros, semestre 3 1. Metodologia científica Da definição do tema à divulgação dos resultados. Introdução à metodologia científica

Leia mais

Conceitos básicos em epidemiologia

Conceitos básicos em epidemiologia Conceitos básicos em epidemiologia ETMOLOGICAMENTE: EPI=SOBRE DEMOS= POPULAÇÃO LOGOS = TRATADO Epidemiologia é portanto, o estudo de alguma coisa que aflige (afeta) a população. - epidemiologia clássica:

Leia mais

Clinical trials. Estudos Experimentais (de intervenção) Ensaios clínicos. Ensaios clínicos. Tratamento do RN c/ Toxo congênita

Clinical trials. Estudos Experimentais (de intervenção) Ensaios clínicos. Ensaios clínicos. Tratamento do RN c/ Toxo congênita Ensaios clínicos Clinical trials Estudos Experimentais (de intervenção) Ensaios clínicos Investigação prospectiva do efeito relativo de uma intervenção terapêutica ou profilática em humanos. Prof. Dra

Leia mais

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS. Profa. Carla Viotto Belli Maio 2019

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS. Profa. Carla Viotto Belli Maio 2019 TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Profa. Carla Viotto Belli Maio 2019 ESTUDOS DE CASO Características: Primeira abordagem Avaliação inicial de problemas mal conhecidos Formulação da hipóteses Enfoque em

Leia mais

EPIDEMIOLOGIA. Histórico e Conceitos. Curso de Verão 2012 Inquéritos de Saúde

EPIDEMIOLOGIA. Histórico e Conceitos. Curso de Verão 2012 Inquéritos de Saúde EPIDEMIOLOGIA Histórico e Conceitos Curso de Verão 2012 Inquéritos de Saúde Uma Breve História da Epidemiologia Hipócrates Dos ares, das águas e dos lugares quem quiser prosseguir no estudo da ciência

Leia mais

Desenhos de estudos científicos. Heitor Carvalho Gomes

Desenhos de estudos científicos. Heitor Carvalho Gomes Desenhos de estudos científicos Heitor Carvalho Gomes 2016 01 01 01 Desenhos de estudos científicos Introdução Epidemiologia clínica (Epidemiologia + Medicina Clínica)- trata da metodologia das

Leia mais

Patrício Costa. Escola de Ciências da Saúde Universidade do Minho

Patrício Costa. Escola de Ciências da Saúde Universidade do Minho Patrício Costa Escola de Ciências da Saúde Universidade do Minho Teoria Hipóteses Operacionalização de conceitos Selecção de inquiridos ou sujeitos Plano de investigação: observacional / Inquérito Condução

Leia mais

Tipos de Estudos Epidemiológicos

Tipos de Estudos Epidemiológicos Pontifícia Universidade Católica de Goiás Escola de Ciências Agrárias e Biológicas Epidemiologia e Saúde Pública Tipos de Estudos Epidemiológicos Prof. Macks Wendhell Gonçalves Msc. Quando recorrer às

Leia mais

Instituto de Saúde Coletiva (ISC) Depto. Epidemiologia e Bioestatística Disciplina: Epidemiologia II

Instituto de Saúde Coletiva (ISC) Depto. Epidemiologia e Bioestatística Disciplina: Epidemiologia II Instituto de Saúde Coletiva (ISC) Depto. Epidemiologia e Bioestatística Disciplina: Epidemiologia II AULA 3 Medindo e descrevendo a ocorrência das doenças 2017-1 1 Medindo a ocorrência das doenças 1: Contagem,

Leia mais

UERGS Administração de Sistemas e Serviços de Saúde Introdução ao Método Epidemiológico. 1. Indicadores epidemiológicos, mortalidade e morbidade.

UERGS Administração de Sistemas e Serviços de Saúde Introdução ao Método Epidemiológico. 1. Indicadores epidemiológicos, mortalidade e morbidade. UERGS Administração de Sistemas e Serviços de Saúde Introdução ao Método Epidemiológico 1. Indicadores epidemiológicos, mortalidade e morbidade. 2. Exercícios gerais. 2.1 Estudos epidemiológicos coletivos.

Leia mais

Questão clínica: Prognóstico/sobrevida. Análise de sobrevida 2015

Questão clínica: Prognóstico/sobrevida. Análise de sobrevida 2015 Questão clínica: Prognóstico/sobrevida Análise de sobrevida 2015 Objetivo Estimar a sobrevida de um grupo populacional desde um determinado tempo T até a ocorrência de algum DESFECHO (doença, morte...)

Leia mais

Medicina baseada em evidências e hipertensão arterial Medicine based on evidences and hypertension

Medicina baseada em evidências e hipertensão arterial Medicine based on evidences and hypertension CURSO 51 Medicina baseada em evidências e hipertensão arterial Medicine based on evidences and hypertension Editor: Álvaro Avezum Uma visão geral de pesquisa clínica em estudos de hipertensão arterial

Leia mais

VII-004 DESENHOS EPIDEMIOLÓGICOS MAIS FREQÜENTEMENTE USADOS EM SANEAMENTO

VII-004 DESENHOS EPIDEMIOLÓGICOS MAIS FREQÜENTEMENTE USADOS EM SANEAMENTO VII-4 DESENHOS EPIDEMIOLÓGICOS MAIS FREQÜENTEMENTE USADOS EM SANEAMENTO Júlio César Teixeira (1) Engenheiro Civil e de Segurança no Trabalho. Mestre em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos pela

Leia mais

A Epidemiologia em Medicina Eliseu Alves Waldman *

A Epidemiologia em Medicina Eliseu Alves Waldman * 1 19/08/07 In: Lopes AC& Amato Neto V (editores). Tratado de Clínica Médica. Volume I. São Paulo. Editora Roca, 2ª. Edição. A Epidemiologia em Medicina Eliseu Alves Waldman * Tópicos 1. Conceitos 2. Definição,

Leia mais

nascimentos, óbitos, doenças Mede a ocorrência de eventos Exemplo: número de nascimentos vivos, óbitos ou número doentes emprego: administrativo

nascimentos, óbitos, doenças Mede a ocorrência de eventos Exemplo: número de nascimentos vivos, óbitos ou número doentes emprego: administrativo Medidas de ocorrência de eventos em epidemiologia Outros eventos necessitam de uma série de exames laboratoriais para sua identificação ou há imprecisão do momento do seu inicio, por exemplo demência,

Leia mais

Desenhos dos estudos de Epidemiologia Nutricional Analítica

Desenhos dos estudos de Epidemiologia Nutricional Analítica Desenhos dos estudos de Epidemiologia Nutricional Analítica Estudo experimental ou de intervenção Estudo transversal ou seccional. Estudo caso-controle. Estudo de coorte ou longitudinal. ESTUDO EXPERIMENTAL

Leia mais

ESTUDOS DE COORTE. Baixo Peso Peso Normal Total Mãe usuária de cocaína

ESTUDOS DE COORTE. Baixo Peso Peso Normal Total Mãe usuária de cocaína UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FACULDADE DE MEDICINA DEPARTAMENTO DE MEDICINA PREVENTIVA DISCIPLINA DE EPIDEMIOLOGIA ESTUDOS DE COORTE 1) Com o objetivo de investigar

Leia mais

Tipos de Estudos Científicos e Níveis de Evidência

Tipos de Estudos Científicos e Níveis de Evidência Tipos de Estudos Científicos e Níveis de Evidência Francisco Batel Marques, PhD Professor, School of Pharmacy, University of Coimbra Director, CHAD Centro de Avaliação de Tecnologias em Saúde e Investigação

Leia mais

0HGLGDVGHDVVRFLDomRHPHVWXGRVHSLGHPLROyJLFRVULVFRUHODWLYRHRGGVUDWLR

0HGLGDVGHDVVRFLDomRHPHVWXGRVHSLGHPLROyJLFRVULVFRUHODWLYRHRGGVUDWLR 1 0HGLGDVGHDVVRFLDomRHPHVWXGRVHSLGHPLROyJLFRVULVFRUHODWLYRHRGGVUDWLR 0iULR%:DJQHU Doutor em Epidemiologia (Universidade de Londres) Professor Adjunto, Departamento de Medicina Social, Faculdade de Medicina,

Leia mais

14/03/2012 VIES. Conceito

14/03/2012 VIES. Conceito PRECISÃO É afetada por erro aleatório Medidas de um fenômeno estável Repetidas por pessoas e instrumentos diferentes em momentos e lugares diferentes Alcançam resultados semelhantes PRECISÃO Para avaliar

Leia mais

EPI3. Aula 6 Estudos de risco: Análise de sobrevida

EPI3. Aula 6 Estudos de risco: Análise de sobrevida EPI3 Aula 6 Estudos de risco: Análise de sobrevida 2015 Objetivo Estimar a sobrevida de um grupo populacional desde um determinado tempo T até a ocorrência de algum DESFECHO (doença, morte...) Verificar

Leia mais

UERGS Administração de Sistemas e Serviços de Saúde Introdução ao Método Epidemiológico. 1. Indicadores epidemiológicos, mortalidade e morbidade.

UERGS Administração de Sistemas e Serviços de Saúde Introdução ao Método Epidemiológico. 1. Indicadores epidemiológicos, mortalidade e morbidade. UERGS Administração de Sistemas e Serviços de Saúde Introdução ao Método Epidemiológico 1. Indicadores epidemiológicos, mortalidade e morbidade. 2. Exercícios gerais. 2.1 Estudos epidemiológicos coletivos.

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Epidemiologia Geral HEP 141. Maria Regina Alves Cardoso

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Epidemiologia Geral HEP 141. Maria Regina Alves Cardoso UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Epidemiologia Geral HEP 141 Maria Regina Alves Cardoso 2017 INTERPRETAÇÃO DE DADOS EPIDEMIOLÓGICOS Vamos considerar... Causa: uma característica ou evento que produz ou influencia

Leia mais

Métodos Empregados em Epidemiologia

Métodos Empregados em Epidemiologia Métodos Empregados em Epidemiologia Para avaliar: conhecimento da saúde da população, fatores que determinam a saúde, a evolução do processo da doença, impacto das ações propostas para alterar o seu curso.

Leia mais

Delineamento de estudo caso-controle

Delineamento de estudo caso-controle Delineamento de estudo caso-controle EXPOSTOS EXPOSIÇÃO AO FATOR DE RISCO CASOS/CONTROLES POPULAÇÃO SIM NÃO SIM NÃO TEMPO PESQUISA CASOS (Apresentam a doença) CONTROLES (Não apresentam a doença) Estimativa

Leia mais

INTRODUÇÃO À PESQUISA CLÍNICA MODULO 1. Dra Carla M. Guerra Instituto Prevent Senior

INTRODUÇÃO À PESQUISA CLÍNICA MODULO 1. Dra Carla M. Guerra Instituto Prevent Senior INTRODUÇÃO À PESQUISA CLÍNICA MODULO 1 Dra Carla M. Guerra Instituto Prevent Senior ESCOLHA DO TEMA Tema principal Tema principal Item específico Tema principal Item específico Problema TRANSFORMAR

Leia mais

RPP ESTUDOS DE COORTE. FMRP USP Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente. Estudos observacionais

RPP ESTUDOS DE COORTE. FMRP USP Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente. Estudos observacionais RPP 5722 2013 42 FMRP USP Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente ESTUDOS DE COORTE Heloisa Bettiol 2012 Modelos de estudos de investigação científica em clínica e epidemiologia

Leia mais

Delineamentos de estudos. FACIMED Investigação científica II 5º período Professora Gracian Li Pereira

Delineamentos de estudos. FACIMED Investigação científica II 5º período Professora Gracian Li Pereira Delineamentos de estudos FACIMED 2012.1 Investigação científica II 5º período Professora Gracian Li Pereira Delineamentos de estudos Estudos descritivos Relato de caso Série de casos Transversal Ecológico

Leia mais

VALIDADE EM ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

VALIDADE EM ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FACULDADE DE MEDICINA -DEPARTAMENTO DE MEDICINA PREVENTIVA NÚCLEO DE ESTUDOS EM SAÚDE COLETIVA DISCIPLINA DE EPIDEMIOLOGIA 1º semestre

Leia mais

ESTUDOS SECCIONAIS. Graduação. em Saúde Coletiva. Programa de Pós P. Estudos epidemiológicos. Epidemiologia

ESTUDOS SECCIONAIS. Graduação. em Saúde Coletiva. Programa de Pós P. Estudos epidemiológicos. Epidemiologia Universidade Federal do Rio de janeiro Programa de Pós P Graduação em Saúde Coletiva ESTUDOS SECCIONAIS Mario Vianna Vettore Epidemiologia Estudo da ocorrência e distribuição de estados ou eventos relacionados

Leia mais

Desenho de Estudos. Enrico A. Colosimo/UFMG enricoc. Depto. Estatística - ICEx - UFMG 1/28

Desenho de Estudos. Enrico A. Colosimo/UFMG  enricoc. Depto. Estatística - ICEx - UFMG 1/28 1/28 Introdução à Bioestatística Desenho de Estudos Enrico A. Colosimo/UFMG http://www.est.ufmg.br/ enricoc Depto. Estatística - ICEx - UFMG 2/28 Perguntas Relevantes Os grupos são comparáveis? As variáveis

Leia mais

Modelos de estudo em saúde

Modelos de estudo em saúde Estudos Epidemiológicos Estudos Clínicos Modelos de estudo em saúde Prof. Dra Marisa M. Mussi-Pinhata Estudos epidemiológicos: Conhecer a saúde da população, os fatores determinantes, a evolução do processo

Leia mais

TABAGISMO E CÂNCER DE PULMÃO * Manual do Instrutor

TABAGISMO E CÂNCER DE PULMÃO * Manual do Instrutor 1 05/06 TABAGISMO E CÂNCER DE PULMÃO * Manual do Instrutor OBJETIVOS discutir os elementos do delineamento da pesquisa e as vantagens e desvantagens de estudos tipo caso-controle versus estudos prospectivos

Leia mais

Indicadores de ocorrência de doenças em populações

Indicadores de ocorrência de doenças em populações Indicadores de ocorrência de doenças em populações Considerações gerais Principais indicadores de ocorrência de doenças Mortalidade: mede o risco de um indivíduo da população morrer Letalidade: mede o

Leia mais

1) Introdução à Epidemiologia 2) Epidemiologia e suas áreas de interesse 3) Medidas em epidemiologia 4) Freqüência absoluta versus relativa

1) Introdução à Epidemiologia 2) Epidemiologia e suas áreas de interesse 3) Medidas em epidemiologia 4) Freqüência absoluta versus relativa Saúde Coletiva e Ambiental Aula 7 Medidas da Saúde Coletiva Prof. Ricardo Mattos Bibliografia de Referência: Medronho, 2008 (Cap. 2) UNIG, 2009.1 Sumário da Aula 1) Introdução à Epidemiologia 2) Epidemiologia

Leia mais

UERGS Administração de Sistemas e Serviços de Saúde Introdução ao Método Epidemiológico. 1. Indicadores epidemiológicos, mortalidade e morbidade.

UERGS Administração de Sistemas e Serviços de Saúde Introdução ao Método Epidemiológico. 1. Indicadores epidemiológicos, mortalidade e morbidade. UERGS Administração de Sistemas e Serviços de Saúde Introdução ao Método Epidemiológico 1. Indicadores epidemiológicos, mortalidade e morbidade. 2. Exercícios gerais. 2.1 Estudos epidemiológicos coletivos.

Leia mais

ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Epidemiologia é... a ciência que estuda o processo saúde-doença na comunidade, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades e dos agravos à saúde coletiva,

Leia mais